Vejo na televisão imagens de rua da Irlanda, da Grécia, da Espanha, e são iguais às de Portugal: as pessoas movem-se de ou para o trabalho, há transportes a funcionar, comércio aberto, crianças a irem para escola, enfim, a vida como habitualmente. A mim parece-me que estes países e estas pessoas estão vivas, que não estão à beira da morte. Mas não, é ilusão minha: todos os noticiários nos dizem que sobre esta gente e estes países pesa a mais tenebrosa ameaça destes sinistros tempos económicos que se vivem: os mercados.
Estou farto dos mercados, estou farto da constante ameaça dos mercados: os mercados acordaram bem dispostos mas, depois do almoço, os mercados enervaram-se e subiram-nos outra vez as taxas de juro; os mercados não gostam disto, os mercados querem aquilo; os mercados querem um orçamento aprovado, os mercados não acreditam na execução do orçamento que queriam aprovado; os mercados assustam-se quando o ministro das Finanças fala, os mercados reagem em stresse se o ministro fica calado mais do que dois dias; os mercados querem que os Estados desçam o défice, diminuindo despesas e aumentando receitas, mas os mercados fogem se a PT pagar um euro que seja de imposto sobre as mais-valias do maior negócio europeu do ano; os mercados estão preocupados com a quebra do consumo, mas os mercados adoram os aumentos do IVA; os mercados recomendam cortes salariais, mas os mercados são frontalmente contra os cortes nos salários e prémios dos gestores das grandes empresas, porque isso é uma intromissão estatal que contraria a regra da concorrência... nos mercados.
Sim, eu sei: à falta de alternativa, estamos na mão dos mercados e não os podemos mandar para onde bem nos apetecia e eles mereciam. Mas convém não esquecer que foi esta fé nos mercados, como se fosse o boi-ápis, a desregulação e falta de supervisão dos famosos mercados, que mergulharam o mundo inteiro na crise que vivemos, devido ao estoiro do mercado imobiliário especulativo e do mercado financeiro, atulhado do que chamam "activos tóxicos" - que deram biliões a ganhar a muito poucos e triliões a pagar por todos. A Irlanda, que hoje os mercados flagelam com juros acima dos 8%, está onde está, não porque a sua economia tenha ido à falência (pelo contrário, e como sucede com Portugal, está em crescimento), mas porque os seus tão acarinhados bancos, maravilha fatal dos mercados e do liberalismo selvagem, rebentaram de ganância e irresponsabilidade e obrigaram o Estado a resgatá-los à custa de um défice de 32%. Num mundo justo, os mercados deveriam ser os primeiros a pagar pela falência da Irlanda; no mundo em que vivemos, quem ganha com isso são os mercados outra vez e quem paga são os contribuintes - irlandeses primeiro, europeus depois - e os desempregados da Irlanda. Por isso, a srª Merkel disse que seria justo que os mercados (isto é, os investidores na dívida pública irlandesa) participassem também nos custos de resgatar a dívida irlandesa, se isso se vier a revelar inevitável. Mas, no mundo em que vivemos, o que sucedeu é que toda a gente caiu em cima da srª Merkel, porque a sua declaração logo fez subir as taxas de juro junto dos indignados mercados. Mesmo no Inverno, já nem espirrar se pode, porque os mercados não gostam.
Mas é assim que estamos: nas mãos dos abutres. Sim, eu sei, não adianta para nada matar o mensageiro no lugar da mensagem. Nem eu o faço: já escrevi várias vezes que agora não há volta a dar. Vivemos há tempo de mais a gastar o que não tínhamos e a endividar-nos para o futuro. Todos - indivíduos, famílias, empresas, bancos, autarquias, Estado - instalámo-nos irresponsavelmente num modus vivendi que consistiu em pedir dinheiro emprestado por conta da riqueza que um dia iríamos ter e nunca tivemos. Um exemplo basta para dar conta da insanidade financeira em que o país mergulhou: convencemo-nos de que era possível que cada português fosse dono de habitação própria, coisa jamais vista em lugar algum. Mas também nos convencemos (e ainda há quem esteja convencido) de que podemos ter auto-estradas de borla, o maior consumo público de farmácia e tratamentos hospitalares de toda a Europa ou um sistema de pensões cujas despesas aumentam incessantemente enquanto as receitas diminuem paulatinamente. Era fatal que um dia teria de chegar a conta destas criminosas ilusões que uma geração irresponsável de políticos alimentou e uma geração de eleitores aplaudiu. Chegou agora e eu acho que não temos outro caminho senão enfrentar a inevitabilidade de começar a cortar brutalmente nas despesas para podermos matar o défice, cobrir os juros usurários que os mercados agora nos cobram e começar a amortizar a dívida acumulada. E seria justo que tal sucedesse enquanto está no poder a geração que nos enterrou em toda esta dívida e dela beneficiou.
Isso é uma coisa. Outra, é assistir de braços cruzados à ditadura dos mercados e à retoma, como se nada tivesse sucedido, das regras de um capitalismo moralmente pervertido e socialmente insustentável. Países como Portugal, a Irlanda, a Grécia, não obstante todos os erros próprios cometidos e a responsabilidade que têm nas suas actuais situações, têm o direito de exigir condições decentes para pagarem o que devem. Bruxelas e o FMI sabem muito bem que, com juros entre os 7 e os 11%, não há sacrifícios, nem despedimentos, nem miséria que chegue para conseguir pagar, sobrevivendo. É um escândalo que a PT não pague um tostão de mais-valias num negócio de 7500 milhões de euros porque factura os lucros da operação através de uma sua subsidiária sediada na Holanda, onde a taxa de IRC é de... 0%! É um escândalo para a PT, um escândalo para um país como a Holanda, que serve de barriga de aluguer para dumping empresarial e fuga fiscal, e um escândalo para a UE, os Estados Unidos e todo o G-20, que nem sequer se atreveram ainda, mesmo depois de terem visto o que viram, a começar a concertar-se para pôr fim a essa coisa pornográfica que são as offshores - autênticos salteadores da riqueza das nações e fábricas de desempregados.
Eu sei também qual é a resposta pronta, de cada vez que se fala nas offshores: "se nós não temos, têm os outros e as empresas fogem para os melhores mercados". Pois, mas se os senhores do mundo, concertados nas reuniões do G-20, decidirem todos boicotar as offshores e as empresas que lá existem, elas acabam, fatalmente. E, se já se conseguiu estabelecer regras universais para o comércio mundial e assuntos ainda mais complexos, porque não se consegue aqui? A resposta provável é esta: porque os senhores do mundo, ao contrário do que se possa pensar, não são Obama, nem Hu Jintao, nem Medvedev, nem Merkel ou Sarkozy: os senhores do mundo são uns cavalheiros que se reúnem uma vez por ano em fóruns como o de Davos, na Suíça, e aí, enquanto representantes do verdadeiro poder - financeiro, empresarial, político, militar e de informação e comunicação - entre si estabelecem as regras do jogo. E agora, com a Rússia e a China tão devotamente convertidas ao capitalismo, nunca foi tão fácil aos senhores do mundo estabelecerem as regras que lhes interessam. E nunca o capitalismo foi um jogo tão viciado e tão amoral. A falência óbvia do socialismo foi o caminho aberto para a libertinagem, sem regras, sem princípios morais e sem qualquer preocupação de que a economia sirva os povos, em lugar de os sugar. Se vivesse hoje, Adam Smith seria anarquista.
Estou farto dos mercados, estou farto da constante ameaça dos mercados: os mercados acordaram bem dispostos mas, depois do almoço, os mercados enervaram-se e subiram-nos outra vez as taxas de juro; os mercados não gostam disto, os mercados querem aquilo; os mercados querem um orçamento aprovado, os mercados não acreditam na execução do orçamento que queriam aprovado; os mercados assustam-se quando o ministro das Finanças fala, os mercados reagem em stresse se o ministro fica calado mais do que dois dias; os mercados querem que os Estados desçam o défice, diminuindo despesas e aumentando receitas, mas os mercados fogem se a PT pagar um euro que seja de imposto sobre as mais-valias do maior negócio europeu do ano; os mercados estão preocupados com a quebra do consumo, mas os mercados adoram os aumentos do IVA; os mercados recomendam cortes salariais, mas os mercados são frontalmente contra os cortes nos salários e prémios dos gestores das grandes empresas, porque isso é uma intromissão estatal que contraria a regra da concorrência... nos mercados.
Sim, eu sei: à falta de alternativa, estamos na mão dos mercados e não os podemos mandar para onde bem nos apetecia e eles mereciam. Mas convém não esquecer que foi esta fé nos mercados, como se fosse o boi-ápis, a desregulação e falta de supervisão dos famosos mercados, que mergulharam o mundo inteiro na crise que vivemos, devido ao estoiro do mercado imobiliário especulativo e do mercado financeiro, atulhado do que chamam "activos tóxicos" - que deram biliões a ganhar a muito poucos e triliões a pagar por todos. A Irlanda, que hoje os mercados flagelam com juros acima dos 8%, está onde está, não porque a sua economia tenha ido à falência (pelo contrário, e como sucede com Portugal, está em crescimento), mas porque os seus tão acarinhados bancos, maravilha fatal dos mercados e do liberalismo selvagem, rebentaram de ganância e irresponsabilidade e obrigaram o Estado a resgatá-los à custa de um défice de 32%. Num mundo justo, os mercados deveriam ser os primeiros a pagar pela falência da Irlanda; no mundo em que vivemos, quem ganha com isso são os mercados outra vez e quem paga são os contribuintes - irlandeses primeiro, europeus depois - e os desempregados da Irlanda. Por isso, a srª Merkel disse que seria justo que os mercados (isto é, os investidores na dívida pública irlandesa) participassem também nos custos de resgatar a dívida irlandesa, se isso se vier a revelar inevitável. Mas, no mundo em que vivemos, o que sucedeu é que toda a gente caiu em cima da srª Merkel, porque a sua declaração logo fez subir as taxas de juro junto dos indignados mercados. Mesmo no Inverno, já nem espirrar se pode, porque os mercados não gostam.
Mas é assim que estamos: nas mãos dos abutres. Sim, eu sei, não adianta para nada matar o mensageiro no lugar da mensagem. Nem eu o faço: já escrevi várias vezes que agora não há volta a dar. Vivemos há tempo de mais a gastar o que não tínhamos e a endividar-nos para o futuro. Todos - indivíduos, famílias, empresas, bancos, autarquias, Estado - instalámo-nos irresponsavelmente num modus vivendi que consistiu em pedir dinheiro emprestado por conta da riqueza que um dia iríamos ter e nunca tivemos. Um exemplo basta para dar conta da insanidade financeira em que o país mergulhou: convencemo-nos de que era possível que cada português fosse dono de habitação própria, coisa jamais vista em lugar algum. Mas também nos convencemos (e ainda há quem esteja convencido) de que podemos ter auto-estradas de borla, o maior consumo público de farmácia e tratamentos hospitalares de toda a Europa ou um sistema de pensões cujas despesas aumentam incessantemente enquanto as receitas diminuem paulatinamente. Era fatal que um dia teria de chegar a conta destas criminosas ilusões que uma geração irresponsável de políticos alimentou e uma geração de eleitores aplaudiu. Chegou agora e eu acho que não temos outro caminho senão enfrentar a inevitabilidade de começar a cortar brutalmente nas despesas para podermos matar o défice, cobrir os juros usurários que os mercados agora nos cobram e começar a amortizar a dívida acumulada. E seria justo que tal sucedesse enquanto está no poder a geração que nos enterrou em toda esta dívida e dela beneficiou.
Isso é uma coisa. Outra, é assistir de braços cruzados à ditadura dos mercados e à retoma, como se nada tivesse sucedido, das regras de um capitalismo moralmente pervertido e socialmente insustentável. Países como Portugal, a Irlanda, a Grécia, não obstante todos os erros próprios cometidos e a responsabilidade que têm nas suas actuais situações, têm o direito de exigir condições decentes para pagarem o que devem. Bruxelas e o FMI sabem muito bem que, com juros entre os 7 e os 11%, não há sacrifícios, nem despedimentos, nem miséria que chegue para conseguir pagar, sobrevivendo. É um escândalo que a PT não pague um tostão de mais-valias num negócio de 7500 milhões de euros porque factura os lucros da operação através de uma sua subsidiária sediada na Holanda, onde a taxa de IRC é de... 0%! É um escândalo para a PT, um escândalo para um país como a Holanda, que serve de barriga de aluguer para dumping empresarial e fuga fiscal, e um escândalo para a UE, os Estados Unidos e todo o G-20, que nem sequer se atreveram ainda, mesmo depois de terem visto o que viram, a começar a concertar-se para pôr fim a essa coisa pornográfica que são as offshores - autênticos salteadores da riqueza das nações e fábricas de desempregados.
Eu sei também qual é a resposta pronta, de cada vez que se fala nas offshores: "se nós não temos, têm os outros e as empresas fogem para os melhores mercados". Pois, mas se os senhores do mundo, concertados nas reuniões do G-20, decidirem todos boicotar as offshores e as empresas que lá existem, elas acabam, fatalmente. E, se já se conseguiu estabelecer regras universais para o comércio mundial e assuntos ainda mais complexos, porque não se consegue aqui? A resposta provável é esta: porque os senhores do mundo, ao contrário do que se possa pensar, não são Obama, nem Hu Jintao, nem Medvedev, nem Merkel ou Sarkozy: os senhores do mundo são uns cavalheiros que se reúnem uma vez por ano em fóruns como o de Davos, na Suíça, e aí, enquanto representantes do verdadeiro poder - financeiro, empresarial, político, militar e de informação e comunicação - entre si estabelecem as regras do jogo. E agora, com a Rússia e a China tão devotamente convertidas ao capitalismo, nunca foi tão fácil aos senhores do mundo estabelecerem as regras que lhes interessam. E nunca o capitalismo foi um jogo tão viciado e tão amoral. A falência óbvia do socialismo foi o caminho aberto para a libertinagem, sem regras, sem princípios morais e sem qualquer preocupação de que a economia sirva os povos, em lugar de os sugar. Se vivesse hoje, Adam Smith seria anarquista.
Comentário
Embora quase totalmente de acordo com este artigo de Sousa Tavares, reparo que o cronista, no 4º parágrafo, não consegue fugir à lengalenga do «vivemos acima das nossas possibilidades», infinitamente martelada nas televisões pelos propagandistas.
Faço minhas algumas palavras de um post no Arrastão:
"Um atrás do outro, economistas e seus derivados explicam, redundantes, os males do nosso País. Nas televisões, nas rádios e nos jornais qualquer tipo de discordância é tratada como delírio radical, dando à ofensiva ideológica em curso a roupagem de neutralidade técnica que precisa para se impor."
"O guião é simples: vivemos acima das nossas possibilidades. E aquilo em que vivemos é um Estado Social gordo e generoso. E as nossas possibilidades são o safe-se como puder, que os recursos públicos são precisos para o sector privado..."
"... Os nossos catastrofistas mantêm a pose virginal. Mas se olharmos com atenção, sabemos que trabalham para quem tem interesses na actual situação - vale a pena ver "Inside Job" e a parte referente aos académicos avençados pela banca - e que quase todos tiveram responsabilidades políticas. Mais: que o emagrecimento do Estado que defendem não bate certo com as reformas imorais que alguns deles recebem desde tenra idade. Os portugueses vivem acima das suas possibilidades, dizem os que sempre viveram em cima das possibilidades dos portugueses."
Na imagem seguinte, um grupo de catastrofistas que trabalha para quem tem interesses na actual situação e que vive acima das possibilidades dos restantes portugueses:
.
Faço minhas algumas palavras de um post no Arrastão:
"Um atrás do outro, economistas e seus derivados explicam, redundantes, os males do nosso País. Nas televisões, nas rádios e nos jornais qualquer tipo de discordância é tratada como delírio radical, dando à ofensiva ideológica em curso a roupagem de neutralidade técnica que precisa para se impor."
"O guião é simples: vivemos acima das nossas possibilidades. E aquilo em que vivemos é um Estado Social gordo e generoso. E as nossas possibilidades são o safe-se como puder, que os recursos públicos são precisos para o sector privado..."
"... Os nossos catastrofistas mantêm a pose virginal. Mas se olharmos com atenção, sabemos que trabalham para quem tem interesses na actual situação - vale a pena ver "Inside Job" e a parte referente aos académicos avençados pela banca - e que quase todos tiveram responsabilidades políticas. Mais: que o emagrecimento do Estado que defendem não bate certo com as reformas imorais que alguns deles recebem desde tenra idade. Os portugueses vivem acima das suas possibilidades, dizem os que sempre viveram em cima das possibilidades dos portugueses."
Na imagem seguinte, um grupo de catastrofistas que trabalha para quem tem interesses na actual situação e que vive acima das possibilidades dos restantes portugueses:
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21 comentários:
Sorry,Já não leio nada deste gajo.
A prosa e a praxis deste tipo está ao nível de vendedores de pentes,tipo o gajo dos violinos de Chopin|!
Sim...ler livros de economia é complicado, exige paciência e inteligência. Seguir os argumentos também não é fácil, exige preparação.
Mais vale escrever uns textitos a dizer que há um grupo de mauzões que tem um plano para fazer mal aos bonzinhos coitadinhos. Assim pode sempre dizer-se às pessoas que teriam uma vida melhor se não fossem os "mauzões". O problema é que quando os "mauzões" desaparecem, ficam só os ignorantes, que não fazem a mínima ideia de como funciona a civilização...não me lembro de nenhuma "revolução" feita por ignorantes com "argumentos" iguais aos que aqui se ventilam (vejam o desastre da economia venezuelana, a mesma que "combate o neoliberalismo" e "distribui pelos pobres") que não tenha acabado em retrocesso civilizacional e pior nível de vida, primeiro para os ricos, depois para a classe média e, quando a produção de riqueza começa a diminuir seriamente, para todos...e os pobrezinhos lá foram "enganados" outra vez. Têm líderes muito amigos, mas ficaram mais pobres do que nunca...
“A falência óbvia do socialismo foi o caminho aberto para a libertinagem, sem regras, sem princípios morais e sem qualquer preocupação de que a economia sirva os povos, em lugar de os sugar.”
Interessante como denunciando uma série de verdades no final defende a sua dama. Dama essa responsável por muitas dos males que denúncia. Lol Quiçá por necessidade, não vá o xôxalista fabiano manda-lo comentar para Marte... ou para Davos...
Caro Diogo
«vivemos acima das nossas possibilidades»
Sem crédito, quantos portugueses teriam casa própria?
Não fazer confusão/baralhar com a presunção de que em 30 anos teremos a casa paga.
Quando se compra a crédito é porque não temos dinheiro, logo, estamos a viver acima das nossas possibilidades, com dinheiro que não é nosso.
Também é verdade que foi e é incentivado até à exaustão a vivência a crédito.
Eu já tinha lido o artigo e agora reli e posso afirmar que com ele concordo, mesmo naquele ponto em que o Diogo discorda, pois andamos muitos anos a viver a crédito sem qualquer preocupação de como pagar o empréstimo…era uma alegria ver toda a espécie de ofertas de dinheiro fácil, ele era nos jornais, rádios e televisões, sem esquecer na internet.
É só pedir que nos damos, nem sequer lhe perguntamos onde mora, quanto mais se tem um emprego ou outro qualquer meio de ganhar dinheiro, o que interessava mesmo para quem emprestava era o juro alto, cobrado ao artolas que alinhava neste esquema.
O resultado só podia ser mesmo o que é de todos conhecido… Só para dar um exemplo, eu conheço uma família que pediu dinheiro emprestado desta forma, a juros altíssimos, para ir de férias para a República Dominicana em 2008, que ainda hoje está a pagar.
a economia só existe na cabeça dos economistas...
Eu gosto muito dos mercados,mas a fruta,as couves e o peixe têm de ser frescos!
www.a4guerramundial.blogspot.com
Sim, o conhecimento só existe na cabeça de quem conhece. Para os outros é tudo uma massa informe. Lá isso é verdade...
Se não vivêssemos num estado socialista, a nação, não necessitaria de se endividar tanto. Quanto mais estado social (quanto mais socialismo), mais despesas. Como o estado não tem a árvore da pataca, tem de o ir buscar aos cidadãos e empresas. Como se tem visto que não chega (gasta-se mais do o que se arrecada, porque se tem paulatinamente destruído o tecido produtor, que mais contribui para o estado, a favor dos grandes grupos económicos e China por exemplo), tem de ir pedir emprestado, na esperança (quiçá ilusão) de um dia o poder pagar. Isto é viver acima das possibilidades.
Se não vivêssemos (nós e o estado), acima das nossas possibilidades, os agiotas não teriam tanta facilidade em controlar a sociedade. Sem credito não há juros e sem estes não há lucro. Sem lucro não há dinheiro para controlar a sociedade.
PS
Não estou a dizer que sou contra alguns apoios sociais às pessoas. Isso é outra discussão.
Agora por exemplo 17 mil organismos que vivem à pála do estado (mais os grandes grupos económicos com as suas benesses), é um absurdo. Muitos de utilidade duvidosa.
Reconheço que é enervante ver que aqueles que vivem agarrados à mama do estado, estarem sempre a dizer que se vive acima das possibilidades.
Carlinhos,o teu cavaco não é um gajo sério,tal como o teu vómito sobre a Venezuela-HUGO CHAVEZ foi eleito sem ter a propaganda dos orgãos de 'referência',PROPRIEDADE das empresas,que não são instituições DEMOCRÁTICAS.mAS,ISTO, É MUITA AREIA PÁ TUA CABEÇA!gRASAS ADEUS Q O BEN ALI,ESSE EXÍMIO DEMOCRATA,TAL COMO OS OUTROS,mUARAK,pINOCHET,O GAJO DA cOLOMBIA,está na ARÁBIA sAUDITA...Isto é:se for o nosso candidato,o da Oligarquia,da Cleptocracia,dos Xicosespertos é uma Democra cia;se for eleito um outro cuja praxis seja para a Grande massa de EXPLORADOS,já não é democracia-é ditadura.Assim,não se pode falar-é logo com uma moca pelos CORNOS ABAIXO!!!!!
cARLINHOS,O CAVACO SÓ TRCOU A MARIANI POR UM TERRENO E,ESSE TERRENO JÁ TINHA UM PRÉDIO EM CONSTRUÇÃO HÁ 9 (nove MESES!!!!)
.Ou seja,foi uma 'atençãozinha' da SLN,dos seus amigos, para com o 'trabalhinho'.Se isto fosse um país sério,o gajo,sim esse q estás a pensar,não poderia candidatar-se!Assim, resta que um gajo lhe espete um tiro nos cornos!!!É assim que se lida com a famiglia...Corleone
Estás doente.
Trata-te.
E o único remédio para esse socialismo galopante que se conhece,é o casamento gay que o teu ídolo aprovou.
Pede-se a melhor compreensão para os sacrifícios que o governo socialista nos exige.
http://economico.sapo.pt/noticias/cds-pede-explicacoes-ao-governo-sobre-concurso-para-compra-de-2655-viaturas_109320.html
Curiosidades.
http://novoadamastor.blogspot.com/2011/01/exs-camaradas-amigos-e-conhecidos.html
Anónimo 21 Janeiro, 2011 20:52 e 21 Janeiro, 2011 20:56
Estou-lhe profundamente grato por ter tido a gentileza de trazer o seu magnificente, imponente até, contributo.
Continue assim que vai muito bem.
http://exiladonomundo.blogspot.com/2011/01/entre-as-brumas-da-memoria.html
Perguntas importantes: Quem sou eu? Quem somos nós? Quem são eles? De onde viemos? PARA ONDE ESTÃO NOS LEVANDO?
Antropofágico, inumano, "o sistema" reciclado milenarmente, cria o (nosso) sofrimento do qual se alimenta. Nosso pensamento cria nossa realidade. Eles sabem disso. Perguntemos ao Bento XVI com seu "invisível" Banco do Vaticano e seu mais de 2 bilhões de fiéis depositantes...
Caro anónimo de 20 Janeiro de 2011 12:19.
Como pessoa informada que já leu (presumo) livros de economia, daqueles que exigem inteligência e paciência, talvez possa elucidar os frequentadores deste blog, que é para isso que a discussão existe, porque é que os estados não têm as mesmas oportunidades de financiamento que os mercados (leia-se especuladores). Porque é que os especuladores financiam-se junto do BCE a 1% e nós temos que recorrer aos especuladores que nos emprestam a 7%. Costumava-se dizer: queres dinheiro - vai ao Totta (passe a publicidade). Mas o nosso Totta, que é o BCE, vedou-nos o acesso aos seus empréstimos, abandonando-nos à mercê dos especuladores, que depois, seguindo a lógica da ganância, aproveitam-se disso, obviamente. Explique lá. sr. anónimo, porque é que não temos a mesma oportunidade de financiamento que os especuladores, porque é nos é vedado o acesso ao BCE?
Faz-me tremenda confusão esta coisa do "vivemos acima das nossas possibilidades" que é, como quem diz, vivemos à custa do Estado. Vejamos: cerca de metade do rendimento vai para o Estado. Ou seja, não é o Estado que nos subsidia a nós, somos nós que subsidiamos o Estado. Depois o Estado nos devolve parte desse dinheiro. Só que a parte que nos é devolvida é muito inferior àquilo que entrou, porque entretanto é preciso pagar as acessorias, mordomias, estudos, regalias e outras alcavalas aos bois e às girls, mais os PPPs, TGVs, BPNs e agora também alimentar os especuladores, esses mesmo que nos emprestam a 7%. Tudo isto à custa do Zé. Portanto, é essa gentalha que vive acima das suas possibilidades e vivem assim porque somos nós (refiro-me à maioria dos contribuintes) que pagamos para eles. Se há alguém a viver acima das suas possibilidades e, sobretudo, acima do seu contributo para a sociedade, são os tais bois, girls, analistas, "jornalistas", comentadores, especuladores, etc.
À primeira vista os textos de MST, têm a lógica das evidências do senso comum, que se discutem nos cafés e nas tabernas, só que de uma forma mais elaborada e encadeada.
É preciso ter cuidado, ao analisar as verdades oriundas das evidências de MST.
Os factos das coisas podem-se levar para os caminhos que nós desejamos, depende da capacidade do "convencimento".
Não esqueçamos, que MST, é pago pelo sistema a escrever semanalmente no jornal semanário de maior tiragem nacional.
Se escrevesse, as verdadeiras verdades, pergunto se ainda os seus textos seriam publicados.
Sabendo-se que as verdades verdadeiras, são sempre um assunto de elevada complexidade.
Ter alguém no sistema e patrocinado por ele, a dizer que os políticos são uns malandros e uns corruptos é como no futebol, a história dos árbitros e o penalti que foi roubado e etc.
Abraço.
Venham de lá, oh, nojo, quantas são elas, caramba, caras do medo?
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