Jesus, ao chegar ao átrio do Templo de Jerusalém, deparou-se com os mercadores que ali vendiam e compravam. Fez então um açoite de cordéis e expulsou-os a todos do Templo, com as ovelhas e os bois. Deitou por terra o dinheiro dos banqueiros e derrubou-lhes as mesas; e disse: "Tirai isto daqui; não façais da casa de Meu Pai um covil de ladrões". (Evangelho segundo São Mateus).
Publicado no Recanto das Letras - 11.03-2011
É sabido que Jerusalém, na época de Jesus, além de ser um grande ponto de confluência comercial, era, também, o centro religioso de uma vasta região, onde centenas de milhares de pessoas se dirigiam para realizar o seu acto de devoção a Iavé, em especial na época da Páscoa, pagando os seus dízimos e oferecendo sacrifícios, facto coordenado e controlado pelos sacerdotes, escribas e fariseus.
Todo o israelita, após atingir a idade adulta, tinha a obrigação de fazer ofertas a Iavé, pagando, em moeda hebraica, uma determinada quantia ao tesouro do templo. Na festa da Páscoa judaica, a adoração no templo deveria ser acompanhada de uma "oferta", em dinheiro, e/ou do sacrifício de um animal, o mais puro possível, de preferência, sem manchas.
Ocorre que, por ser aceita no templo apenas a moeda hebraica, os cambistas, que ficavam no pátio do templo, vendiam aos fiéis, por um preço exorbitante, tal moeda. Além disso, como os animais a serem oferecidos deveriam ser sem defeitos, era muito difícil e dispendioso que os mesmos fossem trazidos até ao templo, principalmente os de maior porte, restando, aos peregrinos, comprá-los, também, dos comerciantes locais, ou seja, era uma dupla extorsão – a venda da moeda hebraica e a venda de animais para serem sacrificados. Lamentavelmente, os sacerdotes recebiam um percentual dos lucros decorrentes de tais negociações.
Somente pelo extorsão, já seria compreensiva a ira de qualquer pessoa que almeja a justiça e a não exploração das pessoas, em especial dos mais necessitados. Quem de nós não se sente assim quando presencia ou toma conhecimento de episódios de exploração da população carente, cuja prática, normalmente, é realizada exactamente por aqueles que deveriam, ou, pelo menos, poderia, protegê-los ou ajudá-los?
Dessa forma, pode-se aceitar e entender tamanha ira de Jesus ao presenciar tal facto, não apenas pelo comércio nas dependências do templo, mas, principalmente, pela exploração e extorsão do povo mais humilde, com a lamentável participação dos sacerdotes e dos aristocratas, em nome de práticas de adoração e veneração a Iavé. Em nome de Deus, ludibriavam e exploravam o povo. Em nome de que deus?
É sabido que Jerusalém, na época de Jesus, além de ser um grande ponto de confluência comercial, era, também, o centro religioso de uma vasta região, onde centenas de milhares de pessoas se dirigiam para realizar o seu acto de devoção a Iavé, em especial na época da Páscoa, pagando os seus dízimos e oferecendo sacrifícios, facto coordenado e controlado pelos sacerdotes, escribas e fariseus.
Todo o israelita, após atingir a idade adulta, tinha a obrigação de fazer ofertas a Iavé, pagando, em moeda hebraica, uma determinada quantia ao tesouro do templo. Na festa da Páscoa judaica, a adoração no templo deveria ser acompanhada de uma "oferta", em dinheiro, e/ou do sacrifício de um animal, o mais puro possível, de preferência, sem manchas.
Ocorre que, por ser aceita no templo apenas a moeda hebraica, os cambistas, que ficavam no pátio do templo, vendiam aos fiéis, por um preço exorbitante, tal moeda. Além disso, como os animais a serem oferecidos deveriam ser sem defeitos, era muito difícil e dispendioso que os mesmos fossem trazidos até ao templo, principalmente os de maior porte, restando, aos peregrinos, comprá-los, também, dos comerciantes locais, ou seja, era uma dupla extorsão – a venda da moeda hebraica e a venda de animais para serem sacrificados. Lamentavelmente, os sacerdotes recebiam um percentual dos lucros decorrentes de tais negociações.
Somente pelo extorsão, já seria compreensiva a ira de qualquer pessoa que almeja a justiça e a não exploração das pessoas, em especial dos mais necessitados. Quem de nós não se sente assim quando presencia ou toma conhecimento de episódios de exploração da população carente, cuja prática, normalmente, é realizada exactamente por aqueles que deveriam, ou, pelo menos, poderia, protegê-los ou ajudá-los?
Dessa forma, pode-se aceitar e entender tamanha ira de Jesus ao presenciar tal facto, não apenas pelo comércio nas dependências do templo, mas, principalmente, pela exploração e extorsão do povo mais humilde, com a lamentável participação dos sacerdotes e dos aristocratas, em nome de práticas de adoração e veneração a Iavé. Em nome de Deus, ludibriavam e exploravam o povo. Em nome de que deus?
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Não será nossa obrigação fuzilar a escumalha que criou
dívidas brutais ao país, em obras faraónicas e inúteis,
para o entregar de mão beijada aos vendilhões?
Não será nossa obrigação fuzilar a escumalha que criou
dívidas brutais ao país, em obras faraónicas e inúteis,
para o entregar de mão beijada aos vendilhões?
Há dois mil anos, Jesus, na Sua infinita bondade, não hesitou em açoitar os cambistas-banqueiros do Templo, ao presenciar, irado, a exploração e extorsão do povo mais humilde, com o conluio dos sacerdotes e dos aristocratas [os actuais políticos e grandes empresários].
Não teremos nós, hoje, a obrigação de colocar perante pelotões de fuzilamento, em sucessivas levas, a escumalha [figuras da área financeira, dirigentes políticos e do sector empresarial do Estado] que criou dívidas brutais ao país, com toda a sorte de obras faraónicas e inúteis sempre acompanhadas de gigantescas derrapagens orçamentais?
A seguir, uma lista de inutilidades deliberadamente executadas para servirem de pretexto à oferta da riqueza nacional, pertença das gerações actuais e futuras, à Grande Finança Internacional:
«Centro Cultural de Belém, Casa da Música no Porto, Estádios do Euro 2004, Expo98, Aeroporto de Beja, Metro Sul do Tejo, Pontes, Submarinos, 700 quilómetros de Auto-estradas excedentárias, Parcerias Público-Privadas (PPP), empresas públicas, consultorias, e já se abalançavam para novas auto-estradas, um mega-aeroporto e vários traçados de TGV...»
Não teremos nós, hoje, a obrigação de colocar perante pelotões de fuzilamento, em sucessivas levas, a escumalha [figuras da área financeira, dirigentes políticos e do sector empresarial do Estado] que criou dívidas brutais ao país, com toda a sorte de obras faraónicas e inúteis sempre acompanhadas de gigantescas derrapagens orçamentais?
A seguir, uma lista de inutilidades deliberadamente executadas para servirem de pretexto à oferta da riqueza nacional, pertença das gerações actuais e futuras, à Grande Finança Internacional:
«Centro Cultural de Belém, Casa da Música no Porto, Estádios do Euro 2004, Expo98, Aeroporto de Beja, Metro Sul do Tejo, Pontes, Submarinos, 700 quilómetros de Auto-estradas excedentárias, Parcerias Público-Privadas (PPP), empresas públicas, consultorias, e já se abalançavam para novas auto-estradas, um mega-aeroporto e vários traçados de TGV...»
E por fim, o FMI
O dinamarquês Poul Thomsen (à esquerda na imagem), a trabalhar há cerca de 20 anos no FMI, vai ser o responsável da instituição na negociação do pacote de austeridade que Portugal terá de implementar em troca da ajuda externa. À direita, um experiente açoitador de vendilhões, hoje com armamento mais actualizado e de olhos postos no cabrão que veio a soldo da Grande Finança Internacional.
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16 comentários:
O meu aplauso caro Diogo por este post que vou divulgar
Diogo,
Post cheio de oportunidade com a proximidade da Páscoa.
Descontando a "décalage" temporal, seria mais ou menos assim. O açoite dos vendilhões hoje, poderia tomar outros contornos, segundos as ferramentas tecnológicas que existem por aí.
A parte curiosa, é que a história se repete vezes sem conta.
Parece que corremos em círculo...?
Abraço.
1º o gajo queria nacionalizar a banca para dar trabalho aos seus apóstolos
2º o gajo multiplicava os pães mas cobrava dívidas de fé
3º que raio é que fazem os filhos da pute das cidades fabricam mais cimento
e comem-nos os vegetais tomates incluidos à guiza de imposto
vai mas é apanhar morangos
sai da cidade e bai trabalhar
quem banqueiros não quer
não lhes toma os bícios
seus skin heads do grafitti
Vá lá, desta vez a culpa não é dos judeus...
E que bom que o Diogo conhece a mulher do Paul Thomsen!...
olá Diogo, um bom dia.
nao tenho vindo ver o correio, por motivos de (muito!!) trabalho mas não queria deixar de lhe dizer que Jesus Cristo, a ser como o descrevem na cena dos vendilhões do templo, se "aterrasse" em Fátima e outros lugares semelhantes faria um terramoto !
Quanto a nós e ao que nos cabe fazer contra este vendedor da banha-da-cobra , com futuro assegurado como pastor de seita (tem um jeito fantástico com se viu neste congresso-comício do PS) e à corja toda (que decepção IMENSA Fernando Nobre - que já me havia decepcionado tanto aquando da candidatura à presidência da república) , FMI à cabeça, francamente não sei !
Como não estou enquadrada em qualquer partido político e não vejo qualquer movimento de cidadãos , aqui estou, impotente, a ver a minha vida a andar muito para trás (desde 2003 que não era aumentada coisa de jeito e agora tiraram-me quase 200€ ao ordenado o que faz com que, sendo eu sozinha e com uma filha para acabar de criar, me tenha tornado pobre).
Sinto-me triste, desalentada.
E vivo um dia de cada vez tentando extrair de cada um o melhor que posso, construído pelas minhas mãos que não espero messias nenhum - nem terreno nem de outra galáxia qualquer.
Não tenho fé.
Nem em Deus ( sou agnóstica) nem nos homens - e é muito grave ter perdido esta.
Conto comigo, com os meus pouquíssimos mas Bons Amigos.
Creio que toda a gente já percebeu a gravidade dos tempos que atravessamos neste agonizar do capitalismo e neoliberalismo desenfreados. Não sei de uma solução. Alguém sabe ?
No nosso país a mediocridade é tremenda.
Não sei que pensar de um povo que baixa os braços perante tudo o que se tem passado, particularmente nos últimos 6 anos com este ser execrável como PM.
E calo-me, desculpe o tempo tomado.
João
Vamos lá disparar contra os senhores dos maus? E na catequese ensinavam que Jesus era contra os maus! Tudo faz sentido, assim!
Bem alertaram os especialistas que a pequenada da "era digital" nunca ia crescer. Confundem tudo, sem nunca chegarem a perceber nada de nada.
Já vimos que a democracia partidocrática falhou. E agora o que fazemos, sem dinheiro e com dívidas? Primeiro um estado forte que se comprometa a solver os compromissos que os jacobinos contraíram, segundo justiça. Sim justiça. Quem penhorou, roubou, traíu, tudo em nome de uma palvra deve ser julgado por alta traição e os seus bens penhorados para o Estado.
Banksters!!!!!!!Os amigos e militantes de topo,alta gama do PSD!!!!
O Diogo, Ó DIOGO, então isso faz-se??? Você perdeu a cabeça!!! Então neste blog frequentado por labregos intelectuais, quase tudo à esquerda como convém, você sai dessa tensão esquerda-direita para entrar numa tensão baixo-acima.Ó homem você está a precisar de tratamento ou então ainda se torna um místico com esta espiritualidade toda. veja lá que até os seus habituais comentadores nem sabem o que perorar.
SANTA PÁSCOA é o que vos deseja o
Joaquim de Portugal
Pensei que os funcionários do FMI eram despedidos ao fim de algum tempo. Afinal no FMI aqueles que defendem os despedimentos nunca foram despedidos. Que mérito tem uma instituição defender despedimentos e flexibilidade no mercado laboral se envia para negociar pessoas com 20 anos de trabalho na instituição? Este e outros do FMI já deviam ter sido despedidos à pelo menos 15 anos. Jesus devia regressar...
Devia aparecer um Noé que fizesse uma Arca onde fossem metidos todos os políticos e que afundasse no meio do Atlântico.
Concordo com Castanheira
-Àquele de Portugal, esse Quim, não se responde ouviram meninos?!Nós não respondemos a provocações dessa gentinha!!!
O típico blog dos punheteiros de esquerda.
Vão-se curar seus merdas!!!
Olhe Diogo! Esta ofensa é porque já estou farto de receber estas punhetices que você por aqui vai publicando e... me enviando!
Conversa séria é todas as 4ªs feiras onde você sabe. Com homens pensando a sério. Apareça e deixe-se destas masturbações intelectuais.Ou como diriamos mais antigos, cresça e apareça. O seu
Joaquim de Portugal
Joaquim de Portugal,
Que conversa séria é essa de todas as 4ªs feiras onde eu sei onde é?
Ui ui...já está a rolar um clima...
"Todas as quartas-feiras há forró!"
hahahahaha
Jesus irou-se com mercadores da fé, pessoas que se aproveitavam da FÉ do povo para extorquí-los e faziam isso usando o nome de Deus. Quanto aos políticos Ele não falava nada, raça de viboras eram os sacerdotes e fariseus, cegos guiando cegos, tal como acontece hoje, mercadores da fé
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