quarta-feira, dezembro 18, 2013

O mundo vai ter que mudar em breve. Como? Da maneira habitual, à força, à bruta, com violência libertadora - por mim, não me importo de regressar à véspera de um qualquer "1789"


Esta imagem fui buscá-la à NET. O texto da legenda é meu:



Um público exausto e furioso com os reais efeitos da «Austeridade» faz perder a cabeça a um comentador habitué da SIC Notícias, acérrimo defensor do Memorando de Entendimento.


Quem também está sujeito a perder a cabeça com a «Austeridade», num futuro que não se afigura longínquo, poderão muito bem ser:

a) Os banqueiros nacionais, que não passam de gerentes de conta dos grandes bancos internacionais (sem o apoio dos quais não beneficiariam das enormes benesses que o Estado lhe garante);

b) Todos os governantes (todos corruptos) e figurantes do «Two-Party Scam». Esta é uma fraude que consiste na fundação e financiamento pela Banca de dois partidos políticos (PS + PSD) que surgem aos olhos do eleitorado como antagónicos, mas que, de facto, constituem um partido único. O objetivo é fornecer aos eleitores a ilusão de liberdade de escolha política e serenar possíveis sentimentos de revolta contra a elite dominante;

c) Os grandes accionistas e administradores de grandes empresas que vivem à sombra de negócios, raramente transparentes, com o Estado;

d) Um Presidente da República (cercado de amigos e negócios duvidosos) e que é da opinião que os brutais sacrifícios que os cidadãos estão a sofrer, têm valido a pena;

e) Todos os deputados do «arco da governação» (todos eles corruptos), que acumulam a função parlamentar com a de administrador, diretor ou consultor de empresas que desenvolvem grandes negócios com o Estado;

f) Os juízes do Tribunal Constitucional - composto por treze juízes, sendo dez eleitos pela Assembleia da República — por maioria qualificada de dois terços dos Deputados (ou seja, eleitos pelos deputados do «arco da governação», que, como já sabemos, primam pela corrupção). Aparentam fazer uma certa oposição ao governo, chumbando algumas medidas mas deixando passar o que de facto o governo quer;

g) Os juízes do Tribunal de Contas, cuja missão deveria ser velar pela racionalidade e boa gestão dos gastos do Estado, mas que têm permitido todo o tipo de obras estapafúrdias a custos pornográficos, tudo à custa dos contribuintes - «TVI - Derrapagem: obras públicas custam até 7 vezes mais que previsto»;

h) Os procuradores-gerais da república – indivíduos que em vez de investigar o Grande Crime, estão mais empenhados em abafá-lo.

i) O batalhão de jornalistas e comentadores venais que papagueiam, até ao vómito, nas televisões, jornais e rádios, as grandes vantagens da «Austeridade» para a economia do país, e que resultam no empobrecimento, no desemprego, na miséria, na fome e na morte dos portugueses.



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Desespero


Artigo surripiado ao Quarta República

Artigo do Professor Massano Cardoso



Noto uma onda de desespero, vejo nuvens aterradoras, negras, pesadas, sinto a força de um vento destruidor, cruzo-me com almas sem alento e sem esperança e toco em corpos febris tremendo de frio e nem sei se de fome também. O mundo que me cerca está diferente, vazio de alegria e esfomeado de justiça e de dignidade.

A natureza humana, a selvagem, a destruidora, consegue vencer os defensores da igualdade e da liberdade, que, humilhados, olham silenciosos uns para os outros sem compreender muito bem o que está a acontecer. O mundo regrediu, os valores e princípios filhos de revoluções libertadoras foram apagados. O mundo rege-se por uma velha ordem que pensavam ter sido destruída. Não, não foi, apenas hibernou e, agora, regressa com força, com violência, com raiva impondo os seus desejos e ignorando os direitos e valores daquilo que se poderia esperar da dignidade humana.

O mundo vai ter que mudar em breve. Como? Da maneira habitual, à força, à bruta, com a violência libertadora, com a única arma que lhe resta para fazer afronta ao comportamento ameaçador e destruidor de forças primitivas.

Esperar por soluções "civilizadas"? Impossível. Essas soluções constituem o garante da sobrevivência do "ancien régime", que regressou das profundezas do Hades com uma força que nunca teve nos seus velhos tempos. Solução drástica? Talvez. Comportamento pessimista? Talvez. Exagero de apreciação? Talvez. Pode ser tudo isso, mas o mundo "civilizado" em que vivemos tem de ser morto, digo morto e não apagado, e mesmo assim tenho receio da sua capacidade para ressuscitar novamente no eterno retorno de vida e morte. Por mim, não me importo de regressar à véspera de um qualquer "1789" [tem início a Revolução Francesa]. Se for preciso, porque não? Mesmo que isso custe sofrimento ou mesmo a vida é sempre preferível do que viver neste teatro de faz-de-conta, onde a honra, a lealdade, o respeito e a dignidade humana deixaram de ter significado ou valor.

Viver assim cansa, e é fonte de desespero.

21 comentários:

Paulo J. disse...

Os portugueses, aqueles que vivem do rendimento do seu trabalho e os pensionistas, estão a sofrer o mais forte ataque de sempre desferido pela criminalidade organizada e transnacional. Sacam-nos tudo o que podem na maior das impunidades, tomam decisões contrárias ao direito e nada lhes acontece, desbaratam o pouco que é público e aproveitam-se dessas negociatas para encher as algibeiras. Se a violação de direitos alcançados e a desobediência a decisões juidiciais são crime, não estamos perante políticos, enfrentamos criminosos que devem ser fortemente punidos por nos estarem a empurrar para a fome e a miséria. E para enfrentar criminosos que têm a lei pelo seu lado, só resta a força.

Anónimo disse...

"Os portugueses, aqueles que vivem do rendimento do seu trabalho e os pensionistas, estão a sofrer o mais forte ataque de sempre desferido pela criminalidade organizada e transnacional."

Os tais que defendem e patrocinam a democracia.

Diogo disse...

Existe uma Máfia Financeira Internacional que, dominando tudo e todos, tem o poder de criar épocas de expansão económica (a sementeira) a que se segue uma época de recessão (a colheita), em que essa Máfia recolhe os frutos dessa expansão, enviando os povos para a miséria. É a sementeira seguida da ceifa. Até quando?

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...

"Democracy is a pathetic belief in the collective wisdom of individual ignorance."

Pedro Lopes disse...

"Existe uma Máfia Financeira Internacional que, dominando tudo e todos, tem o poder de criar épocas de expansão económica (a sementeira)"


O Problema da banca não é só a banca em si mesma.
O Problema é que a Banca hoje em dia controla grande parte da economia real. A Banca nacional e internacional detém grande parte das acções de muitas multinacionais e empresas que antes eram nacionais.
E ainda detém o controlo das grandes empresas de endoutrinamento(Mass mérdia) e de entretenimento.

Uma proposta séria, ponderada e sensata, moderada e com bom senso seria cortar a cabeça a todos os banqueiros. É que se ficarem vivos um dia dia ainda podem conseguir voltar a conspirar e instalarem-se de novo ao comando.

Pedro Lopes disse...
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Anónimo disse...
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Pedro Lopes disse...

Ó Diogo, pobre Diogo.

Eu tinha imensa consideração pelo teu blog, havia aqui grandes diálogos, do melhor que pode haver, do melhor em toda a blogosfera e fóruns em Portugal.

Argumentação que nunca ouves nem lês na merda da comunicação social obediente aos patrões da banca e tu em vez de aproveitares essa qualidade e essa frescura intelectual destas tresloucada-mente a censurar comentários sem qualquer nexo.

Uma vez que a verdade não anda ao sabor das modas e tendências, talvez um dia ainda coças a cabeça e pensas para os teus botões:

"Afinal aquelas gajos até tinham razão".

Andaste de cavalo para burro.
Mas o blog é teu.

"A realidade é aquela coisa que, quando você deixa de acreditar nela, ela não vai embora."
- Philip K. Dick.

É pá ao menos desta vez, e peço-te por favor não venhas com aquela cassete do adorar ditadores de bigode, que isso só te enterra ainda mais.

Pedro Lopes disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Pedro Lopes disse...
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Pedro Lopes disse...
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Diogo disse...

Pedro Lopes, apaguei este teu último comentário porque não tem nada a ver com o assunto do post.

Anónimo disse...

Hoje,24/12, o mundo começou a mudar como sempre, desde há cerca de 2000 anos.Para si Diogo, patrão deste execrável blog, e para vocês outros administradores que nos removem, julgo que serei o único com atitude prosélita nesta noite grandiosa em que, no meio das trevas, se fez luz há mais de 2000 anos. Não se preocupem pois com os pequenos apagões que eventualmente agora vos incomodam neste dia de férias que muito coerentemente decidiram não aceitar e só o fizeram depois de muita luta e de dizerem que não têm nada a ver com o menino Jesus.
Santo Natal a todos ó cambada!

Anónimo disse...

PS O PARTIDO DA REVISAO CONSTITUCIONAL

QUEM VAI FAZER A REVISAO CONSTITUCIONAL VAI SER O P.S. QUANDO FOR GOVERNO , enquanto o governo estiver nas mãos da direita nunca haverá revisão constitucional porque o PS na sua acção de oposição nunca irá juntar-se ao PSD e CDS para formar os 2/3 de deputados necessários à aprovação pois perderia ainda mais intenções de voto nas sondagens para o PCP e BE , mas o dia em que o PS chegar ao poder esqueçam os direitos às reformas e os direitos laborais porque o PS no governo torna-se "credível" e avança para a revisão constitucional à qual a direita adere espontaneamente para que seja o PS a fazer o trabalho sujo e ai sim haverá 2/3 a favor e ai sim os portugueses vão sentir na pele o sofrimento.

Anónimo disse...

Aqueles que falam na constituição e que aquilo é "inconstitucional" e etc, por acaso já leram a constituição?

A constituição é violada todos os dias.

Crimes de traição à Pátria e violação da propriedade privada à cabeça sem qualquer castigo para os criminosos e ausência de indemnizações às vitimas apesar de tudo ser inconstitucional.

O que pode levar um mega protesto de boicote aos impostos visto que os impostos pagos ao estado foi na base de uma espécie de "contrato"(constituição).

Se eu for ao restaurante e pedir um bife e me servirem pescada cozida eu não sou obrigado a pagar, porque eu fui lá, sentei-me, e pedi a refeição e pagaria no fim, com a condição que me serviriam aquilo que eu pedisse.

Ora se eu pago impostos para um estado que se rege por uma constituição que diz sermos um estado de direito(entre muitas outras coisas não cumpridas como as acima referidas) e não o somos, há uma quebra do contrato, logo há legitimidade para boicotar os impostos até haver um novo regime que faça um novo contrato(constituição) e a cumpra.

Ou o crime de traição à Pátria é constitucional?
A invasão de propriedade privada idem?
Escutas e videovigilâncias ilegais idem?
Escravatura idem?

Diogo disse...

Aos dois últimos Anónimos: bons comentários!