"Doentes" suspeitos de doença respiratória, assintomáticos ou com sintomas leves de infeção respiratória entopem ambulâncias e hospitais, enquanto os quadros clínicos mais graves são forçados a morrer em casa.
Foi o próprio presidente do Hospital de Santa Maria, Daniel Ferro, que, após uma sondagem realizada nos últimos dois dias, anunciou que 85% dos doentes transportados para aquele serviço a bordo de uma ambulância não precisavam de cuidados urgentes de saúde e poderiam ter sido atendidos em centros de saúde.
Em declarações aos jornalistas esta noite, Daniel Ferro anunciou que, a partir da próxima sexta-feira, uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da Proteção Civil vai fazer uma pré-triagem aos doentes que chegam de ambulância ao local.
Os casos que não necessitam de cuidados próprios da urgência hospitalar serão encaminhados para o centro de saúde de Sete Rios e de Odivelas. Segundo Daniel Ferro, muitos dos doentes “utilizam a ambulância como um meio de transporte”.
No momento em que falou já havia 39 ambulâncias em fila à porta do Hospital de Santa Maria, todas com doentes suspeitos de doença respiratória, descreveu o médico.
Daniel Ferro alertou novamente para que os casos assintomáticos ou com sintomas leves de infeção respiratória procurem antes os centros de saúde, de modo a desimpedir os hospitais para os quadros clínicos mais graves.
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