Jornal de Notícias - 23 de Setembro de 2006
O presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre, acusa a actual administração norte-americana de pretender "subjugar toda a sociedade humana".
No último dia do encontro "Psiquiatria de Catástrofe e Intervenção na Crise", organizado pelo Hospital Militar de Coimbra, Fernando Nobre disse que o presidente dos Estados Unidos e os seus partidários encaram o Estado e os cidadãos "como simples sustentáculos ao serviço do seu único objectivo", que passa pelo "mercado livre, competição, diminuição do peso do Estado, desregulamentação, reestruturação dos sindicatos, mas desde que sejam domesticados".
Para o presidente da AMI, trata-se de uma "visão mercantilista" do Mundo e da humanidade e acusou os seus promotores de pretenderem "a maior acumulação possível de riqueza para alguns eleitos, mesmo que para atingirem tal fim seja necessário o desencadeamento de guerras injustificadas que matarão milhares ou milhões de seres humanos".
"Esta visão, que elegeu o mercado como novo bezerro de ouro, recusa-se a ver o sofrimento que provoca a milhões de seres humanos vistos como meros produtos descartáveis", sublinhou Fernando Nobre.
A "força motriz das forças actualmente dominantes" no Mundo, "os pobres, os desempregados e os fracos são vistos como meros incompetentes, culpados da sua triste sorte, não merecendo ser defendidos, nem ter voz", considerou.
A visão oposta, "que fiz minha, corporizada pelas Organizações Não-Governamentais, expressão da sociedade civil mundial organizada, quer colocar o ser humano no cerne de todas as questões", frisou Fernando Nobre.
Comentário:
Eis um Fernando que não é apenas Nobre de nome mas sobretudo no discernimento, na humanidade e na coragem. E que dá uma lição de inteligência e de verdade a muitos escribas da comunicação social e a alguns blogues da nossa praça. Mas a coisa não é fácil: muitos jornalistas são venais e muitos bloggers são atrasados mentais.
Após uma pesquisa no Google, da totalidade dos «nossos merdia» só o Jornal de Notícias deu a notícia por inteiro. A Rádio Renascença deu a notícia truncada. Todos os outros a omitiram. Os fantoches que trabalham na comunicação social «esqueceram-se» do discurso do presidente da Assistência Médica Internacional (AMI). A isto não se chama sociedade da informação. A isto chama-se fascismo.
16 comentários:
"muitos jornalistas são venais e muitos bloggers são atrasados mentais", ainda bem que reconhece o seu estado mental.
Perguntem-he também se ele partilha convosco a teoria de que os atentados de NY, Londres e Madrid foram inside jobs e que afinal os aviões do 11 de Setembro nunca existiram.
Talvez aí já não concordassem com o dr. Nobre.
É que se pode ser crítico do governo norte-americano sem se ser anti-norte-americano.
Ao miguel bombarda
Penso que a maioria das pessoas quando se manifesta contra as politicas dos estados unidos se manifesta contra o seu governo, de maneira nenhuma contra o povo.
Um aplauso ao sr. Fernando Nobre, ele sabe do que fala.
Um abraço a todos
miguel bombarda said: «Perguntem-he também se ele partilha convosco a teoria de que os atentados de NY, Londres e Madrid foram inside jobs e que afinal os aviões do 11 de Setembro nunca existiram.»
Para um presidente da AMI que acusa os promotores de uma visão mercantilista do Mundo e da humanidade de pretenderem a maior acumulação possível de riqueza para alguns eleitos, mesmo que para atingirem tal fim seja necessário o desencadeamento de guerras injustificadas que matarão milhares ou milhões de seres humanos, não ficaria surpreendido que ele visse o 11 de Setembro como um «inside job».
No fim de contas estes «eleitos» consideram os outros seres humanos como meros produtos descartáveis. Para quem está disposto a descartar milhões de vidas em proveito próprio que diferença faz assassinar 3000 pessoas na Baixa de Manhattan?
Sem pretender retirar mérito e honra às palavras de Fernando Nobre, eu diria: tanto eufemismo!
Na verdade a situação é bem mais perversa e monstruosa do que o que o Dr. Fernando Nobre diz.
NA VERDADE, a situação que se vive deve-se ao facto de existir uma "elite de gansgters", gente poderosa, com muito dinheiro, que controla os serviços secretos por todo o Mundo, de cujos serviços se usam até para execução das suas actividades criminosas. Controlam também o governo americano e os restantes governos do Mundo. Por isso usam os poderes e os meios do Estado Americano para cometerem toda a espécie de atrocidades, com que forjam pretextos para agressões e guerrar motivadas por interesses económicos e de apropriação dos recursos.
A invas~~ao do Afeganistão tinha sido "prometida" aos Talibans, porque estes decidiram negociar com empresas petrolíferas Venezuelanas as facilidades para a construção dum pipeline que as empresas detidas pelos neo-nazis queriam...
E assim por diante em todos os restantes casos de agressão, guerra, atentados terroristas, provocações.
Mas isto não é compatível nem com as regras do mercado livre e da concorrência. Isto é crime, qualquer que seja a perspectiva pela qual se avalie.
Esta é a questão central dos problemas do Mundo actual: a apropriação e sequestro dos recursos militares e institucionais do país (América) e do Mundo para a prossecução de interesses particulares.
Aliás, se a coisa fosse tão simples como transparece das palavras de Fernando Nobre nem se justificaria uma tão monstruosa conspiração como a do 11 de Setembro.
A opinião de Fernando Nobre sobre o assunto (a conspiração) não interessa nada para a questão nem vai alterar a realidade ou a natureza do acto; sequer pode colmatar as lacunas, as brechas, as contradições absurdas, da versão oficial do "evento"...
O Dr F. Nobre é muito bom naquilo que faz, e por isso deve ser escutado quando fala do seu "métieer".
Quanto ao resto, como diz o povo "não vá o sapateiro além do chinelo".
Eu, por exemplo, aprecio bastante a mestria do Cristiano Ronaldo no drible curto, mas acho que isso não o torna especialmente apto a discutir a física quântica.
Para começar, não me recordo de ter votado nos tais "representantes da sociedade civil mundial organizada".
Quem os elegeu?
Caro Sofocleto,
Só teremos uma forma de saber, não? É perguntar ao Fernando Nobre, ou melhor ainda: pedir-lhe para que ele tome o vosso partido aquando daquela discussão pública com o Henrique Monteiro, o Cutileiro, o Vasco Rato e os restantes "lacaios da CIA".
Ah! e se ele não se mostrar muito convencido mostrem-lhe videos do You Tube e sessões contínuas do Daily Show. Depois disso, com certeza, será mais "chossudovskiano" que o próprio.
Meu caro Miguel Bombarda, acha mesmo que é preciso perguntar ao Fernando Nobre, um homem que refere alguns eleitos que para atingirem os seus fins estão dispostos a desencadear guerras injustificadas que matarão milhares ou milhões de seres humanos, se ele acha esses eleitos incapazes de levar a cabo o 11 de Setembro?
Julga que ele não sabe que um ano antes do 11 de Setembro, o “Project for a New American Century” (PNAC) fazia apelo a "algum evento catastrófico e catalisador, como um novo Pearl Harbor", o qual serviria para galvanizar a opinião pública americana em apoio a uma agenda de guerra? (Rebuilding American Defenses pág 51).
A questão que se deve colocar meu bom Miguel, é porque será que malta com acesso à Internet ainda não sabe disto?
Nao conhecia este Blog. Certamente é feito por alguém alucinado, que deve viver num hospital psiquiatrico.
Sofocleto,ou você não sabe inglês (e não acredito nisso), ou está de má-fé.
No documento em questão não se faz nenhum "apelo".
A frase que tanto o eriçou, é uma constatação perfeitamente trivial e que é feita diáriamente por milhares de gestores em todo o mundo: a mudança é sempre gradual, excepto quando ocorrem fenómenos extraordinários.
Há tempos fiz um trabalho na area da organização onde citava uma frase de uma lição(para alunos de Harvard) de Lou Gerstner, o homem que em 1993 veio arrancar a IBM da falência :" a transformação de uma empresa começa com a percepção de uma crise ou emergência".
Conceda que é um bocado ridículo desenvolver a tese de que o Sr Lou estava a "apelar" a crises e emergências.
Francamente, Sofocleto, você até nem escreve mal, porque razão não usa um bocado mais de bom senso antes de exercitar as suas indignações?
Lidador,
Você está a falar de quê? Que frase é que me «eriçou»? Que tese é que eu «desenvolvi»? Explique-me lá, porque eu sinceramente não percebi nada.
Este também tem a sua indústria assente na "assistência".Se lhe fizessem uma auditoria a sério era uma chatiçe...
Sofocleto, você citou a pag 51 do documento Rebuilding American Defenses.
Pensei que o tivesse lido...afinal vejo que apenas se limita a colar cartazes.
Faça bom uso da brocha e do balde de cola.
Há uma perspectiva estranha em relação ao modo como se vê os "apologistas da conspiração", porque dá ideia que os que acreditam na versão oficial estão afastados de qualquer teoria da conspiração. Ora, as duas teorias são de conspiração: uma diz respeito aos islâmicos e outra a grupos de poder americanos.
Eu proponho a visão de um documentário da BBC sobre a fabricação do medo feito pelas duas partes (grupos de poder americanos e islâmicos radicais). Esta forma de fazer política em que se faz do "outro" um demónio é em si uma conspiração.
Este doc pode ser visto no video.google. Deixo-vos os links.
The Power of Nightmares Part 1
The Power of Nightmares Part 2
The Power of Nightmares Part 3
O Dr. Fernando Nobre é um médico com um forte pendor humanístico, pelo que tenho de admitir que se rege por normas éticas e morais intrínsecas à sua profissão. Quem dera que todos os médicos se regessem por tais normas.
Quem ler o Juramento de Hipócrates (375 a.C), ou o Testamento de Amato Lusitano (1511-1568) fica a perceber qual a missão, dentro dos cânones deontológicos, a que o Dr. Fernando Nobre se obrigou.
É claro que os actos que se praticam têm sempre um significado e implicação política, sobretudo quando são açções de natureza humanitária,em que existe um evidente nexo de causalidade com a gestão de interesses globais, como, por exemplo o petróleo ou os diamantes.
O Dr. Fernando Nobre se não manifestasse a sua opinião de experiência vivida e de trabalho feito, seria um ser amorfo e sem qualquer capacidade para organizar e gerir uma ONG com a dimensão mundial da AMI.
É que ele tem uma dimensão técnica e humana, que nos obriga a prestar-lhe o nosso reconhecimento, em nome de todos os desvalidos que se encontraram nas encruzilhadas da História.
E a quem ele vem acudindo com muito trabalho e muitos riscos pessoais!
Por isso tem autoridade e moral para se pronunciar sobre os desmandos políticos de quem rege o mundo.
Isto vem a propósito de umas "parvoeiras" que li neste Blogg!!!
Quem disse que as eleições americanas foram democráticas?
Seriam democráticas se tivesse ganho o outro candidato!
Estas foram como as do General Humberto Delgado em tempos idos.
Continue Dr. Fernando Nobre, que o Mundo precisa de gente como o Senhor.
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