Dirigentes muçulmanos pedem reposição de ópera de Mozart
Diário Digital / Lusa - 28 de Setembro de 2006
Os participantes na primeira Conferência sobre o Islão, em Berlim, apelaram hoje à reposição no cartaz da Ópera Alemã da ópera Idomeneo, de Mozart, cuja exibição foi suspensa por receio de atentados terroristas.
A decisão de retirar a ópera de Mozart do cartaz, por esta terminar com uma cena em que surgem as cabeças decepadas de Jesus Cristo, Buda, Maomé e Poseidon, foi tomada pela intendente da Ópera Alemã de Berlim, Kerstin Harms, mas tem sido muito criticada nos meios culturais e políticos alemães.
A intendente alegou que tinha sido advertida para os riscos de atentados por altos responsáveis da polícia berlinense, e por isso achou que não podia pôr em risco a vida do público nem do elenco e funcionários da ópera que dirige.
A chanceler Angela Merkel referiu-se hoje ao caso, considerando a retirada de Idomeneo do cartaz de uma das mais prestigiadas casas de ópera do país «uma decisão inaceitável».
«A auto-censura não nos ajuda nada, não faz sentido recuar em situações destas, temos de dar prioridade à liberdade de expressão», advertiu a chefe do governo alemão.
A encerrar os trabalhos da primeira conferência sobre o Islão, os representantes da comunidade muçulmana na Alemanha apelaram à reposição em cartaz da ópera de Mozart, e anunciaram que pretendem assistir à peça.
«Os participantes na conferência pediram à direcção da Deutsche Oper que volte a exibir Idomeneo, e querem ver a peça», sublinhou o ministro do interior, Wolfgang Schaeuble, anfitrião do encontro, que decorreu no Palácio de Charlottenburgo, sob fortes medidas de segurança.
Comentário:
Depois do relativo sucesso da crise dos cartoons dinamarqueses e da incipiente «gaffe» do Papa, que até o extremista presidente do Irão considerou não excessiva nem insultuosa, temos agora dirigentes muçulmanos a pedirem à direcção da Deutsche Oper de Berlim que volte a exibir Idomeneo de Mozart, desejando inclusivamente assistir à peça.
Este pode ser considerado um dia negro para os promotores da «Guerra de Civilizações». Não será difícil imaginar os semblantes carregados que vagueiam pelos corredores da Central Intelligence Agency em Langley, ou nos sombrios labirintos do Pentágono em Washigton DC.
Diário Digital / Lusa - 28 de Setembro de 2006
Os participantes na primeira Conferência sobre o Islão, em Berlim, apelaram hoje à reposição no cartaz da Ópera Alemã da ópera Idomeneo, de Mozart, cuja exibição foi suspensa por receio de atentados terroristas.
A decisão de retirar a ópera de Mozart do cartaz, por esta terminar com uma cena em que surgem as cabeças decepadas de Jesus Cristo, Buda, Maomé e Poseidon, foi tomada pela intendente da Ópera Alemã de Berlim, Kerstin Harms, mas tem sido muito criticada nos meios culturais e políticos alemães.
A intendente alegou que tinha sido advertida para os riscos de atentados por altos responsáveis da polícia berlinense, e por isso achou que não podia pôr em risco a vida do público nem do elenco e funcionários da ópera que dirige.
A chanceler Angela Merkel referiu-se hoje ao caso, considerando a retirada de Idomeneo do cartaz de uma das mais prestigiadas casas de ópera do país «uma decisão inaceitável».
«A auto-censura não nos ajuda nada, não faz sentido recuar em situações destas, temos de dar prioridade à liberdade de expressão», advertiu a chefe do governo alemão.
A encerrar os trabalhos da primeira conferência sobre o Islão, os representantes da comunidade muçulmana na Alemanha apelaram à reposição em cartaz da ópera de Mozart, e anunciaram que pretendem assistir à peça.
«Os participantes na conferência pediram à direcção da Deutsche Oper que volte a exibir Idomeneo, e querem ver a peça», sublinhou o ministro do interior, Wolfgang Schaeuble, anfitrião do encontro, que decorreu no Palácio de Charlottenburgo, sob fortes medidas de segurança.
Comentário:
Depois do relativo sucesso da crise dos cartoons dinamarqueses e da incipiente «gaffe» do Papa, que até o extremista presidente do Irão considerou não excessiva nem insultuosa, temos agora dirigentes muçulmanos a pedirem à direcção da Deutsche Oper de Berlim que volte a exibir Idomeneo de Mozart, desejando inclusivamente assistir à peça.
Este pode ser considerado um dia negro para os promotores da «Guerra de Civilizações». Não será difícil imaginar os semblantes carregados que vagueiam pelos corredores da Central Intelligence Agency em Langley, ou nos sombrios labirintos do Pentágono em Washigton DC.
15 comentários:
“Os muçulmanos deviam pedir desculpa por terem ocupado Espanha durante 800 anos”. Aznar dixit. A propósito, como é que o pidedoso sheik Munir interpreta a invasão e conquista da Península Ibérica pelos exércitos muçulmanos, a partir de 711? Foram os povos que cá viviam que os convidaram ou a conquista foi feita com o uso de violência? E reparem como o próprio presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, Abdul Karim Vakil, diz que “a História tem que ser reescrita”, salientando os “oito séculos de convivência na Península Ibérica”, entre muçulmanos e não muçulmanos!
mais um desaire para os senhores da guerra!
Finalmente consegui. Venho notando uma certa dificuldade em aceder à caixa de comentários. Não sei se este mesmo problema ocorre com outras visitas, mas tudo me leva a crer numa qualquer virose impeditiva. Quanto ao post. Bem isto só vem provar e aliás fazendo referência a este post, que os muçulmanos não têm dificuldade de entendimento com os paises europeus, têm sim é com os EUA.
Contradicoes: «os muçulmanos têm dificuldade de entendimento é com os EUA»
E não com todos os EUA. Apenas com a malta que está no poder.
Eu pedia o favor a todos os que tiverem dificuldade em aceder a esta caixa de comentários que me enviassem um e-mail a dizê-lo. Obrigado.
Os Turcos é que andam a fazer teatro até conseguirem entrar na UE , depois VERÍAMOS como IA ser...
Mas porquê a Idomeneo mamma mia|? Se havia tantas óperas de Mozart a achincalhar o Islão: a Apollo et Hyacinthus por exemplo, ou a refinada la finta semplice, ou, porque não, a Bastien und Bastienne. Enganei-me, esta última ridiculariza a Igreja Universal do Reino de Deus. Por falar nisso, tenho até ao fim do mês para pagar o dízimo. Merda para a Ópera!
Fónix! Assim se perde uma boa oportunidade para incendiar meia dúzia de embaixadas...
Estes alemães não têm qualquer sentido de humor!
Os Muçulmanos não tem problemas em entenderem-se com os euopeus???
11 de Março e 7 de Julho foi o que? um cumprimento? O caso dos cartoons? uma simples discussão?
Estes boches são uma merda. Razão tinha o Churchill: the United States is like giant boiler. Once the fire is lighted under it, there is no limit to the power it can generate.
Não Churchill! Não são os yankees que são uma merda. São os krauts, ouviste? Os salsichas, os wursts, os mein führer, os kristallnacht!
Se bem que, verdade seja dita, os yankees também não são boa peça. Ou, como dizemos em Marnes-La-Coquette, les yankés ils ne sont pas une bonne pièce. À bientôt!
Nuno Gouveia,
Relembremos o dia 7 de Julho de 2005:
O diálogo seguinte teve lugar na tarde do dia dos atentados (7 de Julho de 2005) na rádio da BBC 5. O repórter da BBC entrevistou Peter Power, Director Chefe da empresa Visor Consultants, que se define a si própria como uma empresa de consultoria para a “gestão de crises”. Power é um ex-funcionário da Scotland Yard:
POWER: Às nove e meia da manhã estávamos efectivamente a realizar um exercício, utilizando mais de mil pessoas, em Londres, exercício esse baseado na hipótese de acontecerem explosões simultâneas de bombas, precisamente nas estações de metro onde elas aconteceram esta manhã, por isso ainda estou estupefacto.
BBC: Sejamos claros, você estava e efectuar um exercício para testar se estavam à altura de um acontecimento destes, e ele aconteceu enquanto faziam o exercício?
POWER: Exactamente, e foi cerca das nove e meia da manhã. Nós planeámos isto para uma empresa, que por razões óbvias não vou revelar o nome, mas eles estão a ouvir e vão sabê-lo. Estava numa sala cheia de gestores de crises e, em menos de cinco minutos, chegámos à conclusão que aquilo era real, e portanto passámos dos procedimentos de exercícios de crise para uma situação real.
O Sr. Power repetiu estas declarações na televisão (ITN). O clip de vídeo de dois minutos está disponível AQUI
Entendamo-nos Nuno Gouveia. Eu não sou superticioso. Mas estou convencido que era mais fácil ganhar o euromilhões cem vezes consecutivas sem sequer fazer uma aposta do que organizar um exercício anti-terrorista no mesmo dia, à mesma hora e nas mesmas estações de metro onde os filhos da puta dos extremistas islâmicos decidiram fazer um atentado. Há coisas do diabo!
Numa demonstração cabal das palavras do seráfico Sheik Munir, líder espiritual da Comunidade Islâmica Portuguesa (”O Islão não ataca, defende”), um professor de Filosofia, Robert Redeker, foi obrigado a deixar a sua casa e a esconder-se, sob protecção policial, depois de ter sido ameaçado de morte por muçulmanos, descontentes com a publicação de um artigo da sua autoria, no jornal Figaro, no passado dia 19 de Setembro.
Mais uma vítima da religião da paz. As ameaças feitas ao professor e divulgadas via Internet, continham a sua fotografia, o seu endereço e indicações como chegar até sua casa. Talvez seja altura de fazer o mesmo a alguns extremistas encapotados que já por cá andam, a afiar as facas para degolar os que deles discordam. Incluindo os seus colaboradores e apoiantes. É preciso denunciar a ralé que se encobre debaixo dos direitos que este país, que tão generosamente os acolhe, lhes concede.
No meio de toda esta trapalhad uma boa notícia, parece que os piquenos não são tão parvos como parecem. Bom fim de semana
Shame on you, Homem das Cidades! A querer a desviar as atenções do extremismo islâmico-fascista, que tanto odeia os nossos valores e que quer instaurar à força uma teocracia suicidária global.
Pois é! Vida de provocador está cada vez mais difícil... chatice!
Os pategos começam a ser cada vez menos, já não se deixam enganar nem envolver por falácias e "fidelidades" de aspecto e resultados mais do que duvidosos.
Provocação está difícil... menos aqui nesta caixa de comentários, onde parece que só o amigo Raul tem dificuldades; quem devia ter não tem.
Mas a coisa vai lá. Devagar, mas vai. Mais dificuldade menos dificuldade há coisas que são inevitáveis e a verdade sobre estes assuntos é uma delas.
Esperemos que a sensatez perdure...
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