quarta-feira, outubro 31, 2007

Paul Rassinier desmente Holocausto Judeu

A obra do historiador francês Paul Rassinier foi sem dúvida alguma a contribuição mais importante para restabelecer a verdade sobre o «holocausto» judaico. O valor dessa obra reside em primeiro lugar no facto de Rassinier ter sido ele próprio um detido dos campos de concentração alemães e, depois, no facto de, dado o seu carácter de socialista anti-nazi, não estar obviamente disposto a defender Hitler e o Nacional-Socialismo. No entanto, preocupado com a verdade histórica, Rassinier, até à sua morte, ocorrida em 1966, consagrou os anos do pós-guerra a investigações que levaram à mais completa refutação do mito dos 6 milhões de mortos judeus.

De 1933 a 1943 foi professor de História no liceu de Belfort, Academia de Besançon. Durante a guerra interveio na Resistência e foi preso pela Gestapo em 30 de Outubro de 1943. Ficou detido em Buchenwald e em Dora até ao final da guerra. Atingido pelo tifo nos últimos tempos da sua detenção e não conseguindo restabelecer-se por completo, teve de abandonar o ensino.

Condecorado com a medalha da Resistência e do Reconhecimento Francês, foi eleito deputado da Assembleia Constituinte, cargo que os comunistas lhe retiraram em Novembro de 1946. Rassinier empreendeu então uma análise sistemática das pretensas atrocidades alemãs, em particular do presumido extermínio de judeus.

Os seus livros são pouco conhecidos, o que não deve surpreender-nos. Nenhum foi publicado em português. Os mais importantes são A Mentira de Ulisses, estudo das condições de vida nos campos de concentração, baseado na sua própria experiência; Ulisses Atraiçoado pelos Seus, continuação do anterior, que prossegue na desmontagem das mentiras da propaganda anti-alemã; O Verdadeiro Processo Eichmann e O Drama dos Judeus Europeus, onde, através de uma análise estatística rigorosa, mostra como os factos foram intencionalmente deformados, ao mesmo tempo que examina as consequências políticas e financeiras da lenda do «extermínio» e a sua exploração levada a cabo por Israel e pelos países comunistas. Escreveu ainda Os Responsáveis da II Guerra Mundial, A Operação Vicario e outros de importância menor.

A Mentira de Ulisses faz alusão às histórias incríveis que costumam fazer parte dos relatos dos que regressam de países longínquos (muito mente quem de longe vem). Até à data da sua morte, Rassinier leu tudo o que se publicou sobre o «Holocausto» e tentou encontrar -- e encontrar-se -- com os autores dessas histórias. Desfez completamente as afirmações extravagantes de David Rousset que, no seu livro The Other Kingdom [O Outro Reino] (Nova Iorque, 1947), pretendia que em Buchenwald havia câmaras de gás. Tendo ele mesmo estado em Buchenwald, provou que nesse campo nunca houve câmaras de gás.

Interpelou também o padre Jean Paul Renard, que afirmara o mesmo no seu livro Chaines et Lumières [Correntes e Luzes]. Na contestação com que este prelado respondeu à afirmação de Rassinier, afirmou que «... houve pessoas que lhe disseram havê-las»


Campo de concentração de Ravensbrück - trabalho forçado de mulheres na indústria têxtil

A seguir, Rassinier procedeu a uma verdadeira dissecação do livro de Denise Dufournier, Ravensbrück: The Women Camp of Death [Ravensbrück: O Campo da Morte das Mulheres](Londres, 1948) e descobriu também que as únicas provas que a autora tinha eram «certos rumores»... Chegou ao mesmo resultado com os livros de Philip Friedman, This Was Auschwitz - The Story of a Murder Camp [Isto foi Auschwitz - a história de um campo de assassínio] (Nova Iorque, 1950) e de Eugen Kogon, The Theory and Practice of Hell [Teoria e Prática do Inferno](Nova Iorque, 1950).

Nenhum desses autores foi capaz de apresentar uma só testemunha autêntica da existência de câmaras de gás em Auschwitz. Eles próprios não tinham visto nenhuma. Kogon pretendeu que uma ex-detida já falecida chamada Janda Weiss lhe tinha dito, a ele somente, que vira câmaras de gás em Auschwitz, mas, como já tinha falecido, como Kogon sustentava, Rassinier não pôde, naturalmente, pedir-lhe esclarecimentos.

Rassinier conseguiu encontrar-se com Benedikt Kautsky, autor do livro Teufel und Verdammte [O Diabo e os Malditos], onde pretendia que em Auschwitz haviam sido exterminados milhões de judeus. Kautsky limitou-se a confirmar o que já escrevera no livro, ou seja, que não tinha visto nunca câmaras de gás e que baseava as suas informações no que «...outros lhe tinham contado».

Segundo Rassinier, o Oscar da Literatura sobre o «extermínio» devia ser atribuído ao livro de Miklos Nyizli, Doctor at Auschwitz: «A falsificação dos factos, as contradições evidentes e as mentiras descaradas mostram que o autor fala de lugares que manifestamente nunca viu». Segundo este «doutor de Auschwitz», ter-se-iam exterminado ali diariamente 25.000 pessoas durante 4 anos e meio, o que representa um grande progresso relativamente às 24.000 diárias durante 2 anos e meio de Olga Lengyell. Tal cadência faria com que em 1945 nos encontrássemos com um total de 41 milhões de pessoas -- só em Auschwitz -- ou seja, duas vezes e meia a população judaica do mundo inteiro antes da guerra. Rassinier tentou descobrir a identidade da estranha «testemunha», mas foi-lhe dito que tinha morrido antes da publicação do livro, o que, obviamente, o levou à convicção de que tal pessoa nunca existiu.

Depois da guerra Rassinier visitou todos os cantos da Europa à procura de uma testemunha ocular de extermínios em câmaras de gás em campos de concentração alemães. Não encontrou uma única. Nenhum dos autores dos numerosos livros que acusavam os alemães do extermínio de judeus tinha visto alguma vez uma câmara de gás construída com esse propósito, e menos ainda uma câmara de gás a funcionar. Nenhum autor conseguiu apresentar uma testemunha autêntica, viva, que tivesse visto uma só câmara de gás. Invariavelmente, os ex-detidos como Renard, Kautsky e Kogon, baseavam as suas afirmações, não no que realmente tinham visto, mas no que «ouviram dizer» a pessoas «dignas de fé», mas que, por uma lamentável casualidade, tinham todas falecido e não podiam, por isso, confirmar ou desmentir as afirmações feitas.

O mais importante dos factos que surgem dos estudos de Rassinier e sobre o qual não fica dúvida alguma é a mentira, a lenda das «câmaras de gás». Investigações feitas no lugar revelaram de maneira irrefutável que, contrariamente às declarações das «testemunhas» sobreviventes, nunca houve câmaras de gás em nenhum dos campos de concentração alemães, sejam Buchenwald, Bergen-Belsen, Ravensbrück, Dachau, Dora, Mauthausen ou outros. O facto foi certificado em primeiro lugar por Stephen Pinter do Ministério da Guerra dos Estados Unidos, e hoje admitido e reconhecido oficialmente pelo Instituto de História Contemporânea de Munique.

Como faz notar Rassinier, não obstante a verdade histórica oficial não faltaram «testemunhas» que, no processo contra Eichmann, fossem declarar de novo terem visto em Bergen-Belsen prisioneiros partirem para as câmaras de gás.

No que se refere aos campos do Leste, na Polónia, Rassinier mostra que a única «prova» da existência de câmaras de gás em Treblinka, Chelmno, Belzec, Majdanek e Sobibor é o relatório do ex-oficial das SS, Kurt Gerstein, cuja autenticidade foi total e definitivamente impugnada. De início pretendeu terem-se exterminado 40 milhões de pessoas durante a guerra, número absurdo que na primeira declaração escrita e assinada reduziu para 25 milhões e que voltou a reduzir na segunda. Recordemos ainda que, depois de declarações tão precisas, se suicidou (?!) na prisão.

A autenticidade das notas de Gerstein foi tão duvidosa que nem o tribunal de Nuremberga, não obstante todas as tentativas, conseguiu aceitá-las... No entanto, continuam a circular por aí, em três versões diferentes, uma alemã (distribuída nas escolas) e duas francesas, mesmo apesar de não concordarem entre si. Foi a versão alemã que serviu como «prova de convicção» no processo Eichmann em 1961...

Finalmente, Rassinier chama a atenção para uma confissão importante feita pelo Dr. Kubovy, director do Centro Mundial de Documentação Judaica Contemporânea de Telavive, em La Terre Retrouvée: que não existe uma só ordem escrita de extermínio procedente de Hitler, de Himmler, de Heydrich, de Goering, nem de ninguém.


Rassinier nega o número de 6 milhões

O nosso autor, baseando-se numa análise estatística muito minuciosa, prova a total falsidade do número de 6 milhões adoptado por razões de propaganda. Por um lado, aumentou-se artificialmente o número da população judaica antes da guerra, ignorando propositadamente todas as emigrações e evacuações. Por outro, reduziu-se, também artificialmente, o número de sobreviventes em 1945. Este último foi o método usado pelo Congresso Mundial Judaico. Rassinier repudia também todos os depoimentos, escritos ou verbais, das «testemunhas» do género antes citado que indicam o número de 6 milhões, visto estarem cheios de contradições, exageros e mentiras. Termina, realçando o facto muito significativo desse número não ter sido mencionado no processo de Eichmann: «No processo de Jerusalém a acusação viu-se consideravelmente enfraquecida pela ausência do seu motivo central: os 6 milhões de judeus europeus que se pretende terem sido exterminados em câmaras de gás. Esta alegação conseguiu impor-se facilmente logo depois da guerra, aproveitando o caos geral, espiritual e material. Mas hoje já foram publicados muitos documentos que não estavam disponíveis no momento dos processos de Nuremberga e que provam que apesar dos judeus terem sido prejudicados e perseguidos pelo regime hitleriano, não pôde haver 6 milhões de vítimas».


A emigração como solução final

Rassinier afirma ainda que o governo do III Reich não teve nunca outra política em relação aos judeus que não fosse fazê-los sair da Alemanha. Depois da promulgação das leis raciais de Nuremberga em Setembro de 1934, os alemães negociaram com os ingleses o envio dos judeus alemães para a Palestina na base da Declaração Balfour. Quando esse plano fracassou, pediram a outros países que aceitassem a imigração judaica, pedido que todos recusaram. O projecto de emigração para a Palestina foi retomado em 1938, mas voltou a fracassar em face da obstinação dos organismos internacionais judaicos, mais interessados numa política hostil ao III Reich e propiciadora da guerra que na salvação dos próprios irmãos de raça. O Reich conseguiu, apesar de todas estas dificuldades, fazer emigrar a maioria dos judeus alemães, sobretudo para os Estados Unidos. Rassinier fala também da negativa francesa de aceitar nos finais de 1940 o plano de emigração dos judeus para Madagáscar e analisa as alternativas posteriores dessa negociação.

Os judeus, recorda Rassinier, tinham declarado a guerra financeira, económica -- e a outra -- à Alemanha em 1933 e, por isso, foram internados em campos de concentração «...que é o que fazem todos os países em guerra com os cidadãos dos países inimigos... Decidiu agrupá-los e fazê-los trabalhar num imenso ghetto instalado no final de 1941 - depois da invasão à URSS - nos territórios do Leste, perto da antiga fronteira que separava a Rússia da Polónia: em Auschwitz, Chelmno, Belzec, Majdanek, Treblinka, etc. Deveriam esperar ali o final da guerra, até que pudessem reiniciar-se as negociações internacionais que decidiriam o seu futuro».

Rassinier insiste na exploração deliberada da lenda do «holocausto» tendo como fim vantagens políticas e financeiras e considera que a União Soviética e Israel se puseram de acordo para explorar o «filão». Faz notar que, depois de 1950, se viu aparecer a avalanche de livros fraudulentos a propósito do «extermínio» que traziam o selo das organizações cujas actividades estão sincronizadas de tal maneira que só podem ter sido concebidas de comum acordo. A primeira é o Comité de Investigação dos Crimes e Criminosos de Guerra auspiciada pelos comunistas de Varsóvia, a segunda, o Centro Mundial de Documentação Judaica Contemporânea, de Paris e Telavive. As suas publicações aparecem em momentos favoráveis de clima político e no que se refere à União Soviética, Rassinier afirma que tem por único objectivo distrair a atenção sobre as suas próprias actividades.
.

terça-feira, outubro 30, 2007

Pierre Lévy - A Internet vai acabar com os políticos



Pierre Lévy

UM "CHAT" COM PIERRE LÉVY

Eduardo Veras/Agência RBS - 23/05/2000

Texto em português do Brasil


Num futuro não muito distante, as fronteiras territoriais serão abolidas e ninguém mais vai precisar de líderes. A democracia estará disseminada pelo globo, e a humanidade viverá sob um único governo planetário. Tudo graças à rede mundial de computadores, a Internet. Pelo menos é o que espera o pensador francês Pierre Lévy, 43 anos, tido como o mais optimista dos filósofos europeus contemporâneos. Em sua quinta ou sexta visita ao Brasil (ele perdeu a conta), o autor de A Inteligência Colectiva realiza uma série de conferências sobre cibercultura. Nesta segunda-feira, pela manhã, em Porto Alegre, ele concedeu esta entrevista para a Agência RBS.


Agência RBS – O Sr. diz que a Internet criou um espaço democrático, em que mais gente tem acesso à informação e maior chance de se manifestar. Mas nem todo mundo tem acesso à Internet. Isso não acabaria aumentando a distância entre pobres e ricos, por exemplo?

Pierre Lévy – Os que têm acesso à Internet estão conectados com a inteligência colectiva, todos os conhecimentos possíveis e todas as pessoas, todos os grupos de discussão. É algo vivo e muito democrático. Uma comunicação horizontal, não como a do jornal, do rádio ou da TV, que é vertical. Quem participa do movimento da cibercultura vive num universo cada vez mais democrático. Os que não participam estão obviamente excluídos. Isso é muito inquietante. A boa notícia é que há um aumento do número de conexões. A Internet é o sistema de comunicação que se reproduziu mais rapidamente em toda a história dos sistemas de comunicação. Há 10 anos, havia menos de 1% do planeta conectado. Hoje, em certos países, na Escandinávia, 80% da população está conectada. Em certos Estados norte-americanos, já se ultrapassou 50%.


Agência RBS – Em países pobres é bem diferente.

Lévy – Os dois países do mundo em que o aumento de conexões é mais forte são o Brasil e a China. Você não pode ser impaciente. Já é extraordinária a rapidez com que tudo isso vem ocorrendo. Antes de a Internet chegar a todo mundo, é preciso tempo. Se você pensar que o alfabeto foi inventado há 3 mil anos e somente depois de alguns séculos a maioria da humanidade passou a ler...


Agência RBS – O Sr. acha que vivemos um momento tão importante quanto o do advento da imprensa?

Lévy – Mais importante. Quando se inventou a imprensa, o resultado mais importante foi talvez a criação da comunidade científica, graças aos livros e revistas que traziam números correctos, desenhos correctos. Com a imprensa, a humanidade pôde acumular conhecimento. Os sábios puderam se comunicar uns com os outros. O problema da memória foi resolvido. Os homens puderam se concentrar sobre a observação e a experimentação. Hoje, a participação activa não está mais limitada a um pequeno grupo, a comunidade científica. Todas as pessoas podem participar dessa inteligência colectiva. É uma escala maior. O resultado provavelmente em uma dezena de anos será o fim das fronteiras nacionais, um governo planetário, uma nova forma de democracia, com participação mais directa.


Agência RBS – Não haveria mais os líderes, as pessoas que comandam?

LévyNo futuro, todo mundo vai comandar. Vão acabar as pessoas que comandam.


Agência RBS – É uma utopia.

Lévy – Sim. É uma utopia. Se você houvesse dito no início do século 18 que em dois séculos haveria o sufrágio universal na maioria dos países do mundo, diriam que você estava louco. A cada salto no sistema de comunicação, na inteligência colectiva da humanidade, se tem mais liberdade.


Agência RBS – O Sr. acredita que o advento da Web chega a afectar a construção do pensamento do homem contemporâneo?

Lévy – Isso já começou. As pessoas hoje não aprendem a contar como contavam antes da calculadora. O uso que se faz da memória é completamente diferente. Temos todas as informações disponíveis na Internet. Não precisamos mais saber as coisas de cor. Os instrumentos de percepção se tornaram colectivos. Do Canadá, posso saber o que se passa em Porto Alegre. Posso olhar por tudo, pelo interior do corpo humano, imagens médicas etc. Isso transforma totalmente nossa percepção do mundo.


Agência RBS – Isso muda a vida até de quem não tem acesso à Internet?

Lévy – Sim. Se muda todo o funcionamento da sociedade, muda também a sociedade para aquele que não está conectado.


Agência RBS – Como o Sr. vê o que poderíamos chamar de mau uso que se faz da Internet? A pornografia infantil, por exemplo.

Lévy – A Internet é uma espécie de projecção de tudo que há no espírito humano. No espírito humano, o sexo ocupa uma parte muito grande. É algo biológico. Se não fôssemos obcecados por sexo, não nos reproduziríamos. Temos uma certa agressividade. Se não tivéssemos, a espécie humana teria desaparecido. Essa agressividade nos serviu muito na época pré-histórica. Hoje, é preciso sublimar essa agressividade, assim como se faz com a sexualidade. Podemos sublimar a sexualidade no amor, por exemplo. Mas digamos que o instinto bruto permanece. Os comportamentos agressivos acabam se manifestando. O ciúme, os maus sentimentos que existem no espírito humano também vão aparecer na Internet. É um espaço de pensamento e comunicação em que não há censura. O que é interessante é que há menos hipocrisia.
.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Os Media, a Política e a Internet

Em 1983, cinquenta corporações controlavam a grande maioria de todos os Media nos Estados Unidos. Nessa altura Ben Bagdikian foi chamado “alarmista” por chamar a atenção para este facto no seu livro, The Media Monopoly [O Monopólio dos Media]. Na quarta edição do seu livro, publicada em 1992, Bagdikian escreveu "Nos Estados Unidos, menos de duas dúzias destes monstros extraordinários possuem e operam 90% dos mass media" – controlando quase todos os jornais americanos, revistas, televisões e estações de rádio, livros, discos, filmes, vídeos, agências noticiosas e agências de imagens.

Ben Bagdikian previu que com o tempo este número diminuiria para cerca de meia dúzia de companhias. Isto foi recebido com cepticismo na altura. Quando a sexta edição do The Media Monopoly foi publicado em 2000, o número tinha caído para seis. Desde então, tem havido ainda mais fusões (…). Em 2004 no revisto e aumentado livro de Bagdikian, The New Media Monopoly, o autor refere que apenas cinco enormes corporaçõesa Time Warner, a Disney, a News Corporation de Murdoch, a Bertelsmann da Alemanha, e a Viacom (outrora CBS)controlam agora a maior parte da indústria dos media nos Estados Unidos.

Evolução do número de corporações (de 1993 até 2004) que controlam a maioria dos Media norte-americanos - jornais, revistas, televisões e rádios, livros, música, filmes, vídeos, agências noticiosas, agências de imagens:



Luiz Brito Garcia, professor venezuelano - "Os meios de comunicação têm donos. A informação tem proprietários. Existem latifúndios, monopólios, impérios mediáticos. A propriedade ilimitada da informação de uns pressupõe a ilimitada desinformação de todos. Somente há comunicação entre iguais".


Daniel Oliveira - Jornal Expresso - 27/10/2007

(...) A fuga de leitores e espectadores da imprensa e da televisão para blogues e documentários resulta do mesmo cansaço: de tanto querer entreter, o jornalismo já só se consegue repetir.

Em todo o mundo milhares de pessoas com uma câmara na mão e milhões de «bloggers» nos seus computadores mostram-nos uma realidade muitíssimo mais variada, profunda e contraditória do que encontramos nas salas de cinema e em frente à televisão. Seja para falar de política ou de qualquer outra coisa. Uns são excelentes outros são péssimos. Mas é nesta ‘rede’ que podemos hoje encontrar a mais impressionante resposta à ética do entretenimento. É cíclico: quando a anestesia parece geral há sempre uma reacção.


Internet próxima da TV no horário nobre

Portugal diário - 2007/10/22

Um inquérito realizado em seis países europeus revelou que 67 por cento dos cidadãos laboralmente activos consultam a Internet durante o chamado horário nobre. Este número aproxima-se da televisão, que lidera, com 75 por cento.

Segundo noticia a edição desta segunda-feira do Diário de Notícias, o estudo feito pela OPA Europa - uma organização que integra marcas líderes na web -, revela um enorme aumento da utilização da Internet no prime time (das 20:00 às 23:00, na hora portuguesa), já que nos últimos três anos cresceu 23 por cento.

Mais significativos são os números relativos à parte da manhã, em que Internet lidera desde 2004, com perto de 84 por cento das pessoas entrevistadas a dizerem consultar a rede durante esse período.


Comentário:

Como diz, e bem, o professor venezuelano Luiz Brito Garcia: os meios de comunicação têm donos. A informação tem proprietários. Existem latifúndios, monopólios, impérios mediáticos. A propriedade ilimitada da informação de uns pressupõe a ilimitada desinformação de todos. Somente há comunicação entre iguais.

Com o advento da Internet a "comunicação entre iguais" tem vindo a crescer de forma sustentada e exponencial. A «informação privada» e a «desinformação ilimitada de todos» está a ser crescentemente curto-circuitada pela Internet.

Os «jornalistas», os nossos representantes mediáticos (funcionários dos monopólios da informação), especialistas na omissão, na distorção, na mentira, no exagero, na inexatidão, na subjectividade, na fabricação e na manipulação das «notícias», que nos fazem chegar via «mass media», estão a ser consistentemente substituídos pela informação directa, «boca-a-boca», peer-to-peer, via Internet – informação imensamente mais autêntica, que não passa pelo crivo deturpador dos latifúndiários mediáticos.

Esta revolução nos Media está também a chegar à política. As palavras de Luiz Brito Garcia aplicam-se textualmente ao poder político: "Os partidos políticos têm donos. O poder político tem proprietários. Existem latifúndios, monopólios, impérios políticos. A propriedade ilimitada do poder de uns pressupõe a ilimitada sujeição de todos. Somente há democracia entre iguais".

Já se começou timidamente com as petições online. Os temas políticos já são discutidos entre muitos milhares de cidadãos em fóruns e Blogs. Não faltará muito para que a decisão política seja tomada na base da democracia directa. Os «representantes políticos eleitos», meros funcionários dos monopólios do poder, bem podem começar a fazer as malas.


DIRECT DEMOCRACY AND THE INTERNET - Dick Morris

"The Internet offers a potential for direct democracy so profound that it may well transform not only our system of politics but also our very form of government."

"A internet oferece um potencial tão profundo para a democracia directa que pode muito bem transformar-se não apenas no nosso sistema político mas igualmente no nosso sistema de governo".
.

sábado, outubro 27, 2007

Prémios Príncipe de Astúrias - Museu do Holocausto foi o mais aplaudido

Expresso Online - 26 de Outubro de 2007

O Prémio das Letras

Amos Oz

O melhor discurso da noite de entrega dos prémios Príncipe de Astúrias pertenceu ao escritor israelita Amos Oz. Com o título de "A mulher da janela", o texto, de apenas uma página e meia, foi lido em hebraico, "o idioma da Bíblia", como frisou Oz, que recebeu o prémio das Letras e foi o único laureado que dispensou a gravata. Um texto de antologia, em que o escritor aproveitou para desafiar a Europa. "Os judeus e os árabes têm algo em comum: ambos sofreram no passado sob a pesada e violenta mão da Europa". Esta realidade histórica "impõe à Europa uma especial responsabilidade na solução do conflito entre árabes e israelitas: em lugar de levantar um dedo acusador para uma ou outra das partes, os europeus deveriam mostrar afecto e compreensão e prestar ajuda a ambos. A Europa não tem que escolher entre ser pró-israelitas ou pró-palestinianos. Deve estar é a favor da paz".


O Prémio Concórdia

(...) No entanto, se houvesse um instrumento capaz de medir o ritmo e a intensidade dos aplausos, teria sido registado um pico máximo aquando da entrega do Prémio Concórdia ao Yad Vashem, o Museu da Memória do Holocausto. A numerosa delegação do museu, que incluía uma dezena de sobreviventes do holocausto, agradeceu colectivamente - e esta foi a segundo infracção ao protocolo -, de mãos dadas e ao alto, a que a assistência respondeu de pé, tributando-lhe uma prolongada e emocionada salva de palmas. Seguiu-se um respeitoso minuto de silêncio, em memória dos mais de seis milhões de judeus vítimas do nazismo.


O Prémio de Cooperação Internacional

Al Gore, o principal laureado da edição deste ano, com o prémio de cooperação internacional, dissertou sobre o tema da verdade. Foi um curto improviso, muito semelhante no conteúdo às suas famosas conferências sobre o aquecimento global. Citou Ghandi: "A força mais poderosa da humanidade é a força da verdade". Referindo-se aos problemas que afectam o planeta e o homem, exortou: "Somos um só povo, vivendo em nações separadas, mas que enfrentamos um futuro comum". Terminou com uma palavra de esperança, lembrando que "a vontade política é um recurso renovável".

(...) Al Gore [...] não deixou de lamentar "os cépticos que, em Espanha, afirmam que as mudanças climáticas se inserem num ciclo natural". O herdeiro da coroa aproveitou a ocasião para intervir, à sua maneira, neste debate, para enfatizar que "a mudança climática é uma das ameaças que os seres humanos devem enfrentar com decisão e urgência".


Comentário:

A Amos Oz, que defende que se "impõe à Europa uma especial responsabilidade na solução do conflito entre árabes e israelitas”, pergunto-lhe se não seria de começar por cortar nos três mil milhões de dólares que Israel recebe actualmente por ano em ajuda militar dos Estados Unidos.


Ao Yad Vashem, o Museu da Memória do Holocausto, pergunto-lhe se os “mais de seis milhões de judeus vítimas do nazismo” não serão apenass uma desculpa para «The Germans have paid 80 billions deutschmarks in restitution for the persecution of the Jews» [os alemães pagaram 80 biliões de marcos em indemnizações pela perseguição aos Judeus].


A Al Gore, pergunto-lhe se o investimento de 1% de produto interno bruto global (GDP $13.21 trillion in 2006 só nos Estados Unidos) no combate ao «Global Warming», como reclama um relatório do economista Sir Nicholas Stern, não será uma fantástica oportunidade para as sequiosas empresas do «Aquecimento Global»
.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Rudolf Höss - o comandante do campo de concentração de Auschwitz era fluente em inglês mas fraco em aritmética

Rudolf Höss

Excertos de Faurisson e Zundel

Rudolf Höss foi o primeiro de três sucessivos comandantes do campo de concentração de Auschwitz. É muitas vezes chamado "o Comandante de Auschwitz".

Rudolf Höss compareceu perante o Tribunal Militar Internacional de Nuremberga como testemunha a 15 de Abril de 1946, onde o seu depoimento causou grande sensação. Para espanto dos outros réus e na presença de jornalistas de todo o mundo, Höss confessou os mais horrendos crimes da História. Contou como recebeu pessoalmente uma ordem de Himmler para exterminar os Judeus. Estimou em 3 milhões o número de pessoas que tinham sido exterminadas em Auschwitz, dois milhões e meio das quais nas câmaras de gás.

As confissões de Rudolf Höss constituíram a pedra angular da tese que afirma que o extermínio sistemático de Judeus, sobretudo por intermédio de câmaras de gás, foi uma realidade histórica. É verdade que Höss testemunhou em Nuremberga atrocidades horrendas, e confirmou sob juramento a verdade de um depoimento que ele aceitou assinar para a acusação. Nesse depoimento, Höss confessou ter dado ordens para gasear milhões de vítimas. O depoimento, a propósito, estava em inglês, uma língua que ele não falava ou compreendia. [(2Butler, Rupert, Legions of Death, Hamlyn Paperbacks, Great Britain, 1983, pp 10-12)]


Após uma primeira confissão [a 14 de Março de 1946], os Britânicos conseguiram outra confissão de Rudolf Höss a 16 de Março de 1946, escrita à mão em inglês com caligrafia inglesa. Note-se a diferença do estilo de letra entre o texto e a assinatura de Höss:




Declaração feita voluntariamente na ....... prisão
Por Rudolf Höss, ex-comandante do
Campo de concentração de Auschwitz a 16 de Março de 1946

Eu pessoalmente organizei segundo ordens recebidas de Himmler
em Maio de 1941 o gaseamento de dois milhões de pessoas entre
Junho/Julho de 1941 e o fim de 1943
durante o qual
eu fui o comandante de Auschwitz

Assinado
Rudolf Höss,
SS-Ostubaf [Obersturmbannführer das SS - Tenente-Coronel das SS]
Eh. (?) Kdt. v. Auschwitz-Birkenau


Statement made voluntarily at ______ Gaol
by Rudolf Höss, former Commandant of
Auschwitz Concentration Camp on l6th day of March 1946.

I personally arranged on orders received from Himmler
in May 1941 the gassing of two million persons between
June/July 1941 and the end of 1943 during which
time I was commandant of Auschwitz.

signed.
Rudolf Höss,
SS-Stubhr.
Eh. (?) Kdt. v. Auschwitz-Birkenau



Sabe-se agora, através do livro «Legions of Death» [Legiões da Morte], que Rudolf Höss foi espancado quase até à morte por membros pela British Field Police Force [Força Policial de Campo Britânica] após a sua captura e muito maltratado depois disso até ter prestado o seu testemunho devastador e o seu depoimento ajuramentado usado pela propaganda aliada desde então.


O documento PS-3868 é um depoimento assinado por Rudolf Höss a 5 de Abril de 1946. É um texto dactilografado, com 20 páginas e escrito em inglês. É surpreendente que Höss tenha assinado uma declaração sob juramento, não em alemão mas em inglês. A sua assinatura aparece por tês vezes. A última após um texto de quatro linhas, também em inglês, também dactilografado, que diz:

"Eu compreendo inglês tal como está escrito acima. As afirmações acima são verdadeiras: esta declaração é feita voluntariamente por mim sem coacção; depois de ler do princípio ao fim a declaração, eu assinei-a e voltei a assiná-la na presença de testemunhas em Nuremberga, Alemanha, a 5 de Abril de 1946."

"I understand English as it is written above. The above statements are true: this declaration is made by me voluntarily and without compulsion; after reading over the statement, I have signed and executed the same at Nurnberg, Germany, on the fifth day of April 1946."


Harlan Amen

O espectacular depoimento oral de Rudolf Höss perante o Tribunal Militar Internacional de Nuremberga aconteceu a 15 de Abril de 1946, dez dias depois de ter escrito o documento PS-3868. Quando chegou a altura do advogado de acusação, o coronel Harlan Amen depois de ler cada excerto do documento PS-3868, parava e perguntava a Höss se o texto correspondia àquilo que ele tinha afirmado. Harlan recebeu as seguintes respostas:

"Jawohl", "Jawohl", "Jawohl", "Ja, es stimmt"

["Certamente", "Certamente", "Certamente", "Sim, está correcto"].


Comentário:

A confissão feita voluntariamente em inglês por Rudolf Höss, ex-comandante do campo de concentração de Auschwitz, na qual este afirmou ter pessoalmente organizado o gaseamento de dois milhões de pessoas entre Junho de 1941 e o fim de 1943 (três milhões até 1945), é hoje contraditada pelas placas que se encontram desde 1995 em Auschwitz, que apontam para um total de cerca de um milhão e meio de vítimas. As placas foram abençoadas por Bento XVI:


.

segunda-feira, outubro 22, 2007

A câmara de gás de Dachau – um instrumento de extermínio que nunca foi utilizado

Excertos de Ernst Zundel:

De 1945 a 1960 os meios de comunicação e os tribunais Aliados afirmaram que câmaras de gás homicidas tinham sido usadas em Dachau, Mauthausen e Hartheim. Aparentemente, não existiam falta de provas desse facto. Foi particularmente chamada a atenção para a "câmara de gás" de Dachau e para as suas vítimas.

Um dos dias mais decisivos do julgamento de Nuremberga foi aquele no qual a acusação exibiu um filme sobre os campos de concentração alemães. O horror supremo chegou com a "câmara de gás" de Dachau. O orador explicou o funcionamento do dispositivo que supostamente gaseou "provavelmente 100 pessoas de cada vez". É difícil exagerar o quanto a exibição desse filme influenciou a imaginação das pessoas, incluindo a maior parte dos acusados alemães. É provável que a exibição do filme em Nuremberga tenha sido um dos eventos que mais ajudaram a incitar a opinião pública contra os alemães.


Hoje, qualquer visitante à "câmara de gás" de Dachau pode ler num painel na parede da "câmara de gás" a seguinte frase em cinco línguas diferentes:


CÂMARA DE GÁS – disfarçada de "sala de chuveiros" – nunca foi usada como câmara de gás


A fotografia deste painel pode ser observada no site de "The Holocaust History Project" [O Projecto de História de Holocausto], que é uma empresa sem fins lucrativos com sede em San Antonio, Texas. O projecto tornou-se conhecido pela sua refutação do relatório de Leuchter e do relatório de Rudolf. Existe também uma secção dedicada à negação do Holocausto, incluindo o desmascarar de negacionistas como David Irving, Ernst Zundel e vários outros.


Barbara Distel - Directora do Museu Memorial de Dachau

Em 1980, na obra de Ernst Zundel - «Memória em defesa contra aqueles que me acusam de falsificar a história» [Mémoire en defense contre ceux qui m'accusent de falsifier l'histoire (1980, p. 197-222)], o autor relata como embaraçou completamente Barbara Distel, a Directora do Museu, e o já falecido Dr. Guerisse, então Presidente do Comité Internacional de Dachau, sedeado em Bruxelas, perguntando-lhes porque é que tinham chamado a esta sala uma “câmara de gás”. Quando se perguntava a estas duas pessoas porque é que os Alemães não tinham conseguido terminar esta pequena câmara de gás que tinham começado a construir em 1942, Barbara e Guerisse respondiam que os prisioneiros usados para a construir, ou a sabotavam ou recusavam-se a trabalhar.


Comentário:

1 - Como é possível colocar um painel numa câmara de gás a afirmar que está disfarçada de sala de chuveiros e que nunca foi utilizada para gasear ninguém?

2 – De que forma é que um prisioneiro num campo de extermínio se pode recusar a trabalhar, sem ser imediatamente eliminado?
.

sábado, outubro 20, 2007

Eisenhower, Churchill e de Gaulle não tiveram conhecimento das câmaras de gás nazis



Por Robert Faurisson

Três das mais conhecidas obras sobre a Segunda Guerra Mundial são a «Cruzada na Europa» do General Eisenhower (Crusade in Europe - New York: Doubleday [Country Life Press], 1948), «A Segunda Guerra Mundial» de Winston Churchill (The Second World War - London: Cassell, 6 vols., 1948-1954), e o «Memórias da Guerra» do General de Gaulle (Mémoires de guerre - Paris: Plon, 3 vols., 1954-1959). Nestas três obras não há uma única referência às câmaras de gás nazis.

A «Cruzada na Europa» de Eisenhower é um livro de 559 páginas; os seis volumes de «A Segunda Guerra Mundial» de Churchill têm um total de 4.448 páginas; e o «Memórias da Guerra» do General de Gaulle tem 2.054 páginas. Em nenhuma destas três obras publicadas entre 1948 e 1959, que perfazem um total de 7,061 páginas (não incluindo as partes introdutórias), se encontra uma única referência às câmaras de gás nazis, ao genocídio de judeus, ou às seis milhões de vítimas judaicas da Guerra.

As câmaras de gás, utilizadas para assassinar milhões de Judeus não mereceriam nem que fosse apenas uma referência passageira, nas obras de Eisenhower, Churchill ou de Gaulle?

Ou será que Dwight Eisenhower, comandante supremo das forças aliadas durante a Segunda Guerra Mundial e depois presidente dos Estados Unidos da América, e Winston Churchill, primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial e que recebeu o Prémio Nobel de Literatura pelas suas «Memórias da Guerra», não quiseram que as suas obras ficassem vinculadas a «factos» que eles sabiam não ser verdadeiros?
.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Simon Wiesenthal – onze milhões de mortos no Holocausto

Simon Wiesenthal contou a Yehuda Bauer onde fora buscar o número de 11 milhões de mortos do Holocausto. Wiesenthal contou-lhe que o tinha inventado. E porque o tinha ele inventado? Wiesenthal inventou-o, escreveu Bauer em 1989, "para fazer com que os não-judeus se sentissem como se fizessem parte de nós".


Excertos de um artigo assinado por Walter Reich, no site do American Enterprise Institute, um dos mais poderosos think-tanks neoconservadores norte-americanos e fervoroso defensor de Israel.


The Use and Abuse of Holocaust Memory

O Uso e Abuso da Memória do Holocausto


United States Holocaust Memorial Museum



Jimmy Carter

Em Maio de 1978, o Presidente Jimmy Carter, numa cerimónia no relvado da Casa Branca em honra do 30º aniversário de Israel, anunciou que estava a estabelecer uma comissão para estudar a criação de um monumento comemorativo nacional "para os seis milhões que foram mortos no Holocausto."

No dia seguinte ao discurso de Carter sobre os seis milhões, um ajudante de Casa Branca sugeriu que a nova comissão pudesse ampliar o número de seis milhões para onze milhões de forma a incluir na definição de Holocausto os cinco milhões de vítimas não-judias. Onze meses depois, em Abril de 1979, nos primeiros "Dias de Recordação", na cerimónia na Rotunda do Capitólio, o Presidente Carter falou dos "onze milhões de vítimas inocentes exterminadas - seis milhões das quais judeus."

Elie Wiesel

E cinco meses depois, em Setembro de 1979, Elie Wiesel, o presidente designado da Comissão do Holocausto pelo Presidente Carter, entregou o relatório da Comissão que dava ênfase à essência especificamente judia do Holocausto, notando que "qualquer tentativa para diluir ou negar esta realidade seria falsificar o Holocausto em nome do universalismo desinformado." O relatório não negou que os alemães tivessem também feito outras vítimas; mas deu ênfase ao empreendimento assassino Nazi sobre os judeus.

Um mês depois, um ajudante de Casa Branca insistiu com Carter para que, na sua ordem executiva que criava o Conselho Comemorativo do Holocausto dos Estados Unidos, o presidente, "deveria tornar claro que o monumento comemorativo era para honrar a memória de todas as vítimas do Holocausto - seis milhões de judeus e cerca de cinco milhões de pessoas de outros povos." outro ajudante de Casa Branca salientou que esta definição - onze milhões - tinha origem em Simon Wiesenthal, “cujas credenciais sobre o Holocausto são tão boas como qualquer pessoa que eu conheça”.

Elie Wiesel resistiu a esta definição abrangente do Holocausto, tentando separar o "extermínio sistemático promovido pelo estado alemão de seis milhões de judeus" dos "milhões de outras vítimas dos Nazis." Mas Carter recusou este teor e ao emitir a ordem executiva estabelecendo o Conselho Comemorativo do Holocausto dos Estados Unidos, referiu-se a onze milhões de vítimas.

De um ponto de vista histórico, tudo isto acarreta uma grande e estranha ironia. Na realidade, de onde vem este número onze milhões? Sim, veio de Simon Wiesenthal, o caçador de Nazis. Mas onde é que ele o foi buscar? Yehuda Bauer, o historiador de Holocausto, ficou intrigado com esta questão.

Yehuda Bauer

Como escreveu Bauer, "O número total de vítimas não-judias dos campos de concentração é de quase meio milhão de -- que é muita gente, mas não são cinco milhões. Por outro lado, o número total de mortos na Segunda Guerra Mundial foi estimado em cerca de trinta e cinco milhões. Deduza-se os quase seis milhões judeus, e restam muitos mais do que os cinco milhões de Wiesenthal.

De qualquer forma não havia nenhum plano premeditado para assassinar todas estas pessoas -- todos os membros de um qualquer grupo. Se um camponês polaco ou um habitante da cidade tivesse evitado qualquer resistência e outros tipos de oposição, teria sofrido, sem dúvida, mas não teria sido marcado para ser assassinado. Chamar àquilo que aconteceu às vítimas não-judias 'o Holocausto' é 'simplesmente' falso." Portanto onde é que Wiesenthal foi buscar o número onze milhões, incluindo cinco milhões de não-judeus?

Numa conversa privada, Bauer colocou-lhe essa questão. E Wiesenthal contou a Bauer onde fora buscar esse número. Wiesenthal contou-lhe que o tinha inventado. É verdade, ele tinha-o fabricado! E porque o tinha ele inventado? Wiesenthal inventou-o, escreveu Bauer em 1989, "para fazer com que os não-judeus se sentissem como se fizessem parte de nós." Wiesenthal já tinha manifestado a um repórter do Washington Post em 1979, quando lhe disse que "Desde 1948 eu procurei com outros líderes judeus não falar dos aproximadamente seis milhões de judeus mortos, mas antes de onze milhões de civis mortos, incluindo seis milhões de judeus."

"So where did Wiesenthal get the number eleven million, including five million non-Jews? In a private conversation, Bauer asked him that very question. And Wiesenthal told Bauer where he had gotten it. He told him that he had “invented” it. That’s right, he had made it up! And why had he invented it? He had invented it, Bauer wrote in 1989, “in order to make the non-Jews feel like they are part of us." - Yehuda Bauer, “Don’t Resist: A Critique of Phillip Lopate,” Tikkun, vol. 4, No. 3, May-June 1989, p. 67; cited in Novick, p. 215.


Simon Wiesenthal

O que Wiesenthal sentia em 1948 era que o mundo não-judeu não se interessaria pela tragédia judia a menos que percebessem que tinham também sido mortos não-judeus. Desta forma chamou a atenção para eles. Na necessidade de precisar um número, Wiesenthal inventou para cima de 5 milhões. E foi esse o número caprichoso que apareceu na ordem executiva (decreto) do Presidente Carter e que teve como resultado a primeira definição oficial do Holocausto, reunindo os que foram mortos como parte de um único genocídio industrial por motivos raciais e os que foram mortos em resultado da brutalidade nazi. Foi a forma peculiar, até mesmo bizarra como este número oficial e infundado -- e, pior ainda, esta combinação oficial de tragédias históricas, cujo efeito foi privar-nos de um acontecimento único do qual o mundo inteiro tem muito que aprender – tenha sido criado por ordem presidencial.

Será assim o Holocausto, por causa desta definição caprichosa, uma experiência compartilhada? Felizmente, quando o Museu de Holocausto que surgiu do decreto de Carter foi construído, não foi usada aquela definição. Mas está lá no decreto, está sempre a aparecer em todos os jornais, revista e artigos profissionais, e evidentemente, vezes incontáveis na Web. No dia 20 de Setembro de 2005, no tributo ao Registro Congressional de Simon Wiesenthal após a sua morte, o Senador Dianne Feinstein realçou que o Centro Wiesenthal era “dedicado… a todas as 11 milhões de pessoas de nacionalidades diferentes, raças e credos que morreram no Holocausto." Para muitos, o número de 11 milhões é considerado um dado adquirido. E, com o passar do tempo, esse "conhecimento" será, estou convencido, ainda mais adquirido, ainda mais aceite, e ainda mais universal.


Comentário:

Simon Wiesenthal confessou a Yehuda Bauer que inventou a morte de mais de cinco milhões de não-judeus "para fazer com que os não-judeus se sentissem como se fizessem parte de nós".

Até onde terá ido a fértil imaginação do Sr. Wiesenthal? Quem inventa a morte de mais de cinco milhões de não-judeus, não o poderá fazer, por números idênticos e com igual facilidade, para os não-gentios?
.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Parabéns Engenheiro, os sinais animadores para a economia portuguesa continuam a multiplicar-se

Jornal de Notícias - 10 de Março de 2007

Há sinais animadores para a economia portuguesa, defendeu o primeiro-ministro, José Sócrates, ao afirmar que os números "confirmam a recuperação da economia portuguesa", cujo "motor" são as exportações.



Jornalismo Porto Net - 16 de Outubro 2007

Portugal: trinta e dois por cento da população activa vive no limiar da pobreza

Os actuais números sobre a pobreza em Portugal colocam o país entre os países da União Europeia onde existe um maior fosso entre pobres e ricos. Em 2005, um terço da população activa portuguesa (entre os 16 e os 64 anos) vivia com um rendimento de cerca de 360 euros por mês, ou seja, no limiar da pobreza.

O fosso entre pobres e ricos existente em Portugal também aumentou. Segundo João José Fernandes, da Oikos, “o novo Orçamento de Estado vai penalizar ainda mais esta situação”.


Esquerda - 16 de Outubro 2007

No Dia Internacional pela Erradicação da Pobreza, existem em Portugal mais de dois milhões de pobres e o país apresenta o mais elevado nível de desigualdades sociais entre os países da União Europeia.

Em Portugal, uma em cada cinco pessoas vive em situação de pobreza. Segundo os dados conhecidos, estes 19% da população vivem com rendimentos mensais inferiores a 360€, havendo mais de 700 mil pessoas (7% da população) com rendimento inferior a 240€. Este ano, a taxa de desemprego apresentou em Portugal o seu valor mais alto dos últimos 30 anos.

Estudos recentes divulgados pelo Eurostat e pelo PNUD (Nações Unidas) referem que Portugal é dos países europeus onde a desigualdade social é maior. A diferença de rendimentos entre a classe mais alta e a mais pobre tem vindo a aumentar e em 2003 os rendimentos dos 20% mais ricos de Portugal eram 7,4 vezes superiores aos dos 20% mais pobres. Na União Europeia, o rendimento dos mais ricos é 5 vezes superior ao dos mais pobres.


Correio da Manhã - 17 de Outubro de 2007

De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Eurostat, o departamento de estatísticas das comunidades europeias, Portugal foi o país que sofreu o maior agravamento na taxa mensal de desemprego, que saltou de 7,5 por cento em Julho, para 8,3 por cento em Agosto.

Pela primeira vez em mais de 20 anos, Portugal registou uma taxa de desemprego superior à da vizinha Espanha, que apresentou uma taxa de 8,0 por cento em Agosto. Pior do que o nosso país, ficaram apenas quatro países: Eslováquia (11,1%), Polónia (9,1%), França (8,6%) e Grécia (8,4%).


Comentário:

Para animar ainda mais a economia, Sr. Engenheiro, precisamos de investir, com urgência, muitos milhares de milhões de euros na OTA e em (muitos) TGVs. Se, por manifesta ignorância, a sociedade civil se revoltar contra estes investimentos tão necessários, o Sr. Engenheiro pode voltar a apostar na construção de estádios de futebol. Cernache do Bonjardim, Amiais de Baixo, Charneca de Caparica e Fermentelos já mostraram alguma receptividade à construção desse tipo de recintos desportivos nas respectivas localidades, na condição de possuírem uma capacidade mínima não inferior a 60.000 espectadores.
.

segunda-feira, outubro 15, 2007

O risível namoro dos candidatos republicanos ao National Rifle Association

A corrida dos Republicanos à Casa Branca passa por um namoro descarado ao National Rifle Association (NRA), um dos lobbies políticos mais poderosos de Washington. A NRA é uma organização conservadora que defende o direito dos americanos usarem armas sem restrições.

Mas alguns senadores meteram o pé na argola. Jon Stewart tem os hilariantes pormenores. Vejam o vídeo e soltem uma valente gargalhada:

Vídeo – 4:37m (legendado em português)

domingo, outubro 14, 2007

The hollow steel shaft - O poço de aço vazio



O Relatório Final da Comissão do 11 de Setembro negou a existência de 47 colunas centrais de cada uma das Torres do Wold Trade Center, afirmando:

"O núcleo interior dos edifícios era um poço de aço vazio, no qual foram agrupados elevadores e escadas."

«The interior core of the buildings was a hollow steel shaft, in which elevators and stairwells were grouped






No entanto, a verdade é um pouco mais complexa:

No núcleo central de cada uma das torres gémeas do World Trade Center existiam 47 colunas em caixa de aço maciças conectadas umas às outras por vigas de aço dentro de uma área rectangular de piso de aproximadamente 26,5 x 41,8 metros. Cada coluna, além de ter pelo menos 91 por 41 cm, tinha paredes que eram de pelo menos de 10 cm de espessura na base, estreitando-se nos andares superiores, os quais tinham menos peso para suportar.


Partes das colunas em aço temperado encontradas no Ground Zero




Estes edifícios de 110 andares colapsaram em pilhas de entulho com apenas uns poucos andares de altura. Como foi isto possível? O núcleo de cada torre continha 47 colunas em caixa de aço maciças. De acordo com a teoria da panqueca, os suportes horizontais de aço escaparam das colunas verticais. Mas se foi isto que aconteceu, as 47 colunas centrais teriam permanecido de pé. A Comissão do 11 de Setembro sugeriu uma solução ousada para este problema. A Comissão simplesmente negou a existência das 47 colunas centrais, afirmando: "O núcleo interior dos edifícios era um poço de aço vazio, no qual foram agrupados elevadores e escadas [The interior core of the buildings was a hollow steel shaft, in which elevators and stairwells were grouped] - (Kean e Hamilton, 2004, 541 note 1).



Voilà! Sem quaisquer 47 colunas centrais de aço maciço, o principal problema da versão oficial sobre o colapso das torres está removido.

Sem coluna vertebral, como se infere do Relatório Final da Comissão do 11 de Setembro, as Torres do Wold Trade Center ruíram desamparadas ao fim de 1 hora.

sábado, outubro 13, 2007

Aquecimento Global - a maior negociata do século XXI



By Dr. Timothy Ball & Tom Harris

Imaginem o que seria basear toda a política económica e energética de um país numa teoria incompleta e não provada – uma teoria baseada inteiramente em modelos de computador nos quais uma variável menor é considerada a única determinante de todo o sistema climático global. É isto precisamente que Al Gore, a presidente do comité de ambiente do Senado norte-americano Barbara Boxer, e outros querem que a América faça. Esperam que os americanos concordem com uma fé cega na tese de que emissões humanas de gás carbónico (CO2) estão a causar uma mudança de clima catastrófica. Barbara Boxer, Gore e os seus aliados apelam prontamente à intimidação emocional contra quem quer que ouse questionar este dogma.

As suas declarações – Barbara Boxer: "os americanos têm a vontade para reduzir, parar e inverter o efeito estufa" – são meras exibições de arrogância que expõem a sua falta de compreensão de ciência básica (ou o total desrespeito pela inteligência do público). As políticas que defendem são totalmente injustificadas cientificamente e têm implicações económicas extraordinariamente prejudiciais para o mundo desenvolvido.

A ciência avança através de hipóteses baseadas num conjunto de suposições. Outros cientistas desafiam e testam essas suposições no que o filósofo Karl Popper chamou a prática da ‘falibilidade’. Tentar contestar a hipótese é o que constitui a verdadeira ciência. No entanto, a hipótese de que o acréscimo humano de CO2 conduziria a um aumento significativo do efeito de estufa foi rapidamente aceite sem este normal desafio científico. Como afirmou o Dr. Richard S. Lindzen, Professor de Meteorologia no Departamento de Ciências da Terra, Atmosféricas e Planetárias do MIT (MIT’s Department of Earth, Atmospheric and Planetary Sciences), o consenso foi alcançado antes que a investigação tivesse começado. Partidários dessa hipótese começaram a defender o indefensável lançando ataques pessoais e a silenciar oponentes científicos amedrontados.

Contudo, para frustração dos alarmistas, as evidências científicas continuam a desmontar a noção viciada de que as emissões humanas de CO2 são um problema.

Por exemplo, no mês passado o Goddard Institute para Estudos Espaciais da Nasa (GISS), fez alterações significativas aos seus registros de temperatura, minimizando a magnitude das subidas recentes. Estas alterações foram causadas pela descoberta do investigador canadiano Steve McIntyre de erros nas metodologias da NASA, investigador já famoso pela desmistificação do agora infame gráfico de temperatura 'stick de hóquei', que era um pilar fundamental do Relatório da 2001 do Painel Intergovernamental de Mudança de Clima da ONU (IPCC).

O Dr. James Hansen, como Director de GISS, é responsável pelos registros de temperatura da NASA. Um ardente partidário de Gore, Hansen desempenha frequentemente papéis contraditórios em simultâneo - apenas uma semana depois da mudança dos registros da NASA postou uma diatribe num Blog, não pelos canais oficiais da NASA, mas como um cidadão comum. Nela reivindicou que as mudanças de temperatura dos registros eram insignificantes (quando na realidade, são altamente significantes) e comparou os cépticos do aquecimento climático a "bobos da corte" a soldo da indústria. Hanson também representou este jogo fraudulento quando fez uma apresentação sensacionalista da mudança climática ao Congresso Americano como um cidadão comum. Tais pontos de vista são incoerentes com as suas actividades como cientista / executivo da NASA.

Antes da descoberta de McIntyre, a NASA considerava 1998 o ano mais quente da parte continental dos EUA; agora, tal como foi explicado por Paul Driessen no Canada Free Press, é 1934 o ano mais quente, com 1998 em segundo lugar e 1921 em terceiro. Quando a produção humana de CO2 era mínima, nos anos trinta, aconteceram quatro dos 10 anos mais quentes. Agora, a última década inclui apenas três dos dez anos mais quentes. Será que Gore procederá às correcções necessárias no seu «Uma Verdade Inconveniente»?

Uma segunda 'prova' do aquecimento global causado pela emissão humana de CO2, de acordo com o IPCC, era um reivindicado aumento das temperaturas globais em cerca de 1° Fahrenheit (0,55 graus Celsius) em 130 anos. Foi considerado que este facto estava fora de variabilidade natural. Mas a incerteza nas medições andavam à volta de ± 0.3° Fahrenheit (0,16 graus Celsius), significando isto que os valores possíveis poderiam variar até 66% da mudança total. A fonte deste cálculo da temperatura, o Professor Phil Jones da University of East Anglia, recusou revelar quais os registros de temperatura que foram usados e como é que ele os 'ajustou'. Claramente, as conclusões do IPCC devem ser vistas com considerável suspeita até que revelem totalmente a proveniência dos dados de Phil Jones.

Modelos de computador são a base de todas as previsões usada pelos alarmistas. E estes modelos usaram dados de temperatura que são agora reconhecidamente suspeitos ou completamente errados. Será que Gore, Barbara Boxer e o IPCC vão proceder a uma reavaliação do alarme do efeito estufa? A ciência exacta nunca foi timbre oficial desta cruzada.


Na BBC:

Um relatório do economista Sir Nicholas Stern sugere que efeito de estufa pode reduzir a economia global em 20%. Mas agindo imediatamente (contra o efeito de estufa) tal custaria apenas 1% de produto interno bruto global, afirma o estudo de 700 páginas. Tony Blair disse que o Estudo de Stern demonstrou que a evidência científica do efeito estufa é “esmagadora” e as suas consequências "desastrosas".


Comentário:

Se dúvidas houvesse quanto à verdade do «Aquecimento Global», a atribuição simultânea do Nobel da Paz ao Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC) e a Al Gore, produtor do filme «An Inconvenient Truth» que o Supremo Tribunal da Grã-Bretanha considerou conter nove erros (mentiras) graves, sugere que existe uma agenda política evidente por trás do «Global Warming» que nada tem a ver com ciência.

Como prescreve Sir Nicholas Stern, se todos os países gastarem 1% do seu Produto Interno Bruto no combate ao «Aquecimento Global» a situação poderia ainda ser «reversível». Só os Estados Unidos têm um Produto Interno Bruto de 13 .000.000.000.000 de dólares (US$13 trillion.). Não é difícil imaginar a saliva a escorrer pela boca dos principais accionistas das empresas especializadas no «Arrefecimento Global».
.

quinta-feira, outubro 11, 2007

O Estado de Israel, ou a edificação de uma base militar junto das ricas jazidas petrolíferas do Oriente Médio


A geopolítica do petróleo tem estado patente nas relações internacionais desde o início do século XX. A indústria petrolífera, a motorização de veículos terrestres e navais e a indústria aeronáutica tinham-se desenvolvido notavelmente nos EUA. As potencialidade militares destas inovações eram evidentes. A actuação das potências industriais ao longo do século XX foi fortemente determinada ou condicionada pelo acesso e controlo dos recursos de hidrocarbonetos, sobretudo o petróleo. A intervenção da Grã-Bretanha no Médio Oriente antes e após a Primeira Guerra Mundial (ocupação da Pérsia e da Mesopotâmia, protectorado do Kuwait); o desenvolvimento de frentes de batalha durante a Segunda Guerra Mundial, na Europa Oriental e no Pacífico, a progressão da presença norte-americana no Golfo Pérsico-Arábico e na Ásia Central (Arábia Saudita, Iraque, etc.), são manifestações da mesma ambição de controlar um bem económico essencial e de elevado valor militar.



Desde a Primeira Guerra Mundial, a prospecção de petróleo e o controlo das correspondentes reservas passou a ter importância estratégica. O Médio Oriente e a Ásia Central, com a bacia do Mar Cáspio e o Golfo Arábico-Persa, acabaram progressivamente por se revelar de longe como a região geográfica mais dotada em recursos petrolíferos.

Com o desencadear da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a corrida ao petróleo acelerou e todas as potências procuraram obter posições vantajosa nesse negócio. A Grã-Bretanha, que antes da Guerra já controlava o petróleo recentemente descoberto na Pérsia (Companhia Petrolífera Anglo-Persa), suspeitava que, por correlação geológica, a vizinha província da Mesopotâmia do império Otomano (Turco), seria igualmente rica em petróleo. Com o fim da Guerra e o colapso do império Otomano, a Grã-Bretanha obteve mandato da Sociedade das Nações para administrar a Pérsia, a Península Arábica e a Palestina. Pôde então determinar que a província da Mesopotâmia (actual Iraque) se tornasse um reino sob protecção britânica.

Na Conferência de Paz de Versailles, os primeiros-ministros da Grã-Bretanha e da França, Lloyd George e Georges Clemenceau, discutiram sobre a partilha do petróleo da Mesopotâmia; mas estando a Alemanha e a Turquia derrotadas, chegaram secretamente a acordo (Acordo de San Remo, 1920), recebendo a França a parcela anteriormente detida pela Alemanha. Os EUA, por seu lado, exigiram partilhar os despojos da guerra no Médio Oriente, até que finalmente a Grã-Bretanha cedeu (Acordo da Linha Vermelha, 1928).

A existência de petróleo na Mesopotâmia era conhecido desde o princípio do século XX mas só começaria a ser explorado em 1927. A organização da sua exploração foi obra do arménio turco Calouste Gulbenkian, geólogo competente e talentoso homem de negócios, que para o efeito constituiu a Companhia Turca do Petróleo, ainda no tempo do império Otomano (em 1912), com capitais alemães e turcos, a qual não chegaria a operar, mercê do imediato inicio e das vicissitudes da guerra. Após intricadas negociações, a Companhia foi reestruturada para dar lugar à Companhia de Petróleo do Iraque (1928), agora com capitais da Shell (anglo-holandesa), BP (britânica), CFP (francesa, actualmente a Total-Fina- Elf), cada qual com 23,75%, e da Exxon e Móbil (norte-americanas) com 11, 875% cada. Gulbenkian foi premiado pelo seu trabalho com a titularidade de 5% do capital, sendo desde então conhecido por "senhor cinco por cento".




Obtendo o seu nome de Sião (Sion, Zion) que é o nome de um monte nos arredores de Jerusalém, o Sionismo é um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado Judaico.

Em 1896, o livro "Judenstaat" ("O estado judaico") de Theodor Herzl, líder do Movimento Sionista, foi traduzido para inglês. Herzl pregava que o problema do anti-semitismo só seria resolvido quando os judeus dispersos pelo mundo pudessem reunir-se e estabelecer-se num Estado nacional independente.

Fundado formalmente em 1897, o sionismo abarcava uma grande diversidade de opiniões sobre onde deveria ser fundada a nação judaica, tendo-se pensado de início estabelecê-la no Chipre, na Argentina e até no Congo, entre outros locais julgados apropriados.

A chamada diáspora judaica, ou seja a dispersão dos judeus pelo mundo, foi o principal argumento de ordem religiosa a reivindicar o estabelecimento da pátria judaica na Palestina. No entanto, o argumento da expulsão [dos judeus da Palestina], é contestado por alguns sionistas, porque que não coincide com os registros históricos que dão como certo que, muito antes das deportações romanas, a grande maioria do povo judeu já se tinha helenizado e migrado espontaneamente ou que nem sequer teria retornado à Palestina após o cativeiro na Babilónia.

A Inglaterra expressou o seu apoio ao sionismo com a Declaração de Balfour, que colocou em prática com a aquisição do mandato sobre a região por ocasião da perda dos territórios pelo Império Otomano como consequência da Primeira Guerra Mundial, dando início a um aumento substancial da migração de judeus para lá durante duas décadas até 1945, migração esta que se acentuou com a "solução final" que levou os nazis a «exterminarem mais de seis milhões de judeus» durante a Segunda Guerra Mundial sob o governo de Hitler.

A Declaração de Balfour


"Caro Lord Rothschild,

Tenho muito prazer em lhe comunicar, em nome do Governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de concordância quanto às aspirações Sionistas Judaicas, que foi submetida e aprovada pelo Gabinete (Conselho de Ministros).

O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento, na Palestina, de uma pátria para o Povo Judeu, e envidará todos os esforços no sentido de facilitar a realização desse objectivo, entendendo-se claramente que nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e religiosos das colectividades não-judaicas existentes na Palestina, nem contra os direitos e o estatuto político de que gozam os judeus em qualquer outro país.

Ficaria extremamente grato se encaminhasse esta declaração ao conhecimento da Federação Sionista.

Atenciosamente
Arthur James Balfour"


A Declaração de Balfour consta de uma carta escrita a 2 de novembro de 1917 pelo então ministro britânico dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, dirigida a Lord Rothschild comunicando-lhe o seu empenho em conceder ao povo judeu facilidades na povoamento da Palestina no caso da Inglaterra conseguir derrotar o Império Otomano, que, até então, dominava aquela região.

A França e a Itália, aliadas de Londres na Primeira Guerra Mundial ratificaram voluntariamente a Declaração de Balfour, evitando que o Oriente ficasse sob administração exclusiva do Império Britânico. Os Estados Unidos aprovaram-na somente em Agosto de 1918.

Observe-se que o objectivo primordial do sionismo, que consistia no estabelecimento de uma pátria judaica, sempre foi bem visto pelos organismos internacionais, de tal forma que a Liga das Nações (Mandato de 1922) assim como a ONU aprovaram desde logo os princípios básicos do sionismo, aliás extensível a qualquer povo da terra. Esta simpatia aumentou, e muito, após a descoberta do genocídio de judeus praticado pelos nazis alemães, sobretudo a partir de 1944, até ao final da Segunda Guerra Mundial.




Muito antes do governo de Hitler ter começado a restringir os direitos dos judeus alemães, os líderes da comunidade judia mundial declararam formalmente guerra à "Nova Alemanha" numa altura em que o Governo Americano e até mesmo os líderes judeus na Alemanha estavam a aconselhar prudência na forma de como lidar com o novo regime de Hitler.



A guerra dos líderes da comunidade internacional judia contra a Alemanha não só provocou represálias por parte do governo alemão mas também preparou o terreno para uma aliança económica e política entre o governo de Hitler e os líderes do movimento sionista que esperou que a tensão entre os alemães e os judeus conduzisse à emigração maciça dos judeus para a Palestina. Em suma, o resultado foi uma aliança táctica entre os Nazis e os fundadores do moderno estado de Israel - um facto que muitos hoje prefeririam ver esquecido.

A primavera de 1933 testemunhou o começo de um período de cooperação privada entre o governo alemão e o movimento sionista na Alemanha e na Palestina (e mundialmente) de forma a aumentar o fluxo de imigrantes judeus-alemães e dinheiro para a Palestina.

Para os líderes sionistas, a tomada do poder por Hitler ofereceu a possibilidade de um fluxo de imigrantes para a Palestina. Antes, a maioria dos judeus alemães que se identificavam como alemães tinham pouca afinidade com a causa sionista de promover o agrupamento da Judiaria mundial na Palestina. Mas os Sionistas compreenderam que só um Hitler anti-semita tinha capacidade para empurrar os judeus alemães anti-sionistas para os braços do Sionismo.

O actual lamento mundial dos partidários de Israel (já para não mencionar os próprios israelitas) sobre "o Holocausto", não ousam mencionar que tornar a situação na Alemanha insustentável para os judeus - em cooperação com Nacional Socialismo alemão - fazia parte do plano.

Este foi a génese do denominado Acordo de Transferência (Transfer Agreement), acordo negociado em 1933 entre os judeus sionistas e o governo Nazi para transferir 60 mil judeus alemães e 100 milhões de dólares para a Palestina Judaica, em troca do fim do boicote mundial judeu que ameaçava derrubar o regime de Hitler.

De acordo com historiador judeu Walter Laqueur e muitos outros, os judeus alemães estavam longe de estar convencidos de que a imigração para a Palestina era a resposta. Além disso, embora a maioria dos judeus alemães tenha recusado considerar os Sionistas como seus líderes políticos, é certo que Hitler cooperou com os Sionistas com a finalidade de implementar a solução final: a transferência em massa de judeus para o Oriente Médio.

Edwin Black, no volumoso livro «O Acordo de Transferência» (The Transfer Agreement) (Macmillan, 1984), declarou que embora a maioria dos judeus não quisesse de forma nenhuma ir para a Palestina, devido à influência do movimento sionista dentro da Alemanha Nazi a melhor forma de um judeu de sair de Alemanha era emigrando para a Palestina.

As denúncias das práticas alemãs contra os judeus para os assustar e obrigarem-nos a ir para a Palestina serviu os interesses sionistas, porque só com o advento de hostilidade alemã para com a Judiaria se poderia convencer os judeus do mundo que a imigração [para a Palestina] era o único escape.

Para todos os propósitos, o governo Nacional Socialista foi a melhor coisa que podia acontecer ao Sionismo na história, pois "provou" a muitos judeus que os europeus eram irreprimivelmente anti-judeus e que a Palestina era a única resposta: o Sionismo veio a representar a grande maioria dos judeus somente por artifício e cooperação com Adolf Hitler.


Israel, o maior e único porta-aviões americano que é impossível afundar

Nalguns aspectos claramente demarcados, o actual apoio dos Estados Unidos ao governo israelita corresponde aos interesses próprios americanos. Numa região onde o nacionalismo árabe pode ameaçar o controle de petróleo pelos americanos assim como outros interesses estratégicos, Israel tem desempenhado um papel fundamental evitando vitórias de movimentos árabes, não apenas na Palestina como também no Líbano e na Jordânia. Israel manteve a Síria, com o seu governo nacionalista que já foi aliado da União Soviética, sob controlo, e a força aérea israelita é preponderante na região.

Como foi descrito por um analista israelita durante o escândalo Irão-Contras, onde Israel teve um papel crucial como intermediário, "É como se Israel se tivesse tornado noutra agência federal [americana], uma que é conveniente utilizar quando se quer algo feito sem muito barulho." O ex-ministro de Estado americano, Alexander Haig, descreveu Israel como o maior e o único porta-aviões americano que é impossível afundar.

O alto nível continuado de ajuda dos EUA a Israel deriva menos da preocupação pela sobrevivência de Israel mas antes do desejo de que Israel continue o seu domínio político sobre os Palestinianos e que mantenha o seu domínio militar da região.

Na realidade, um Estado israelita em constante estado de guerra - tecnologicamente sofisticado e militarmente avançado, mas com uma economia dependente dos Estados Unidos, está muito mais disposto a executar operações que outros aliados considerariam inaceitáveis, do que um Estado Israelita que estivesse em paz com os seus vizinhos.

Israel recebe actualmente três mil milhões de dólares por ano em ajuda militar dos Estados Unidos.


Em suma, não obstante o sofrimento e a morte causados a um incontável número de pessoas de todas os credos e raças, um pequeno grupo de famílias: Rothschild, Rockefeller, Morgan, Mantagu, Harriman, Kuhn, Loeb, Warburg, Lehman, Schiff, Pyne, Sterling, Stillman, Lazard, etc, que dominam há mais de um século a alta finança mundial, edificaram uma sólida base militar, na forma de um Estado Judaico, junto das maiores reservas energéticas do planeta.
.