

Na Conferência de Paz de Versalhes, os primeiros-ministros da Grã-Bretanha e da França, Lloyd George e Georges Clemenceau, discutiram sobre a partilha do petróleo da Mesopotâmia; mas estando a Alemanha e a Turquia derrotadas, chegaram secretamente a acordo (Acordo de San Remo, 1920), recebendo a França a parcela anteriormente detida pela Alemanha. Os EUA, por seu lado, exigiram partilhar os despojos da guerra no Médio Oriente, até que finalmente a Grã-Bretanha cedeu (Acordo da Linha Vermelha, 1928).
A existência de petróleo na Mesopotâmia era conhecido desde o princípio do século XX mas só começaria a ser explorado em 1927. A organização da sua exploração foi obra do arménio turco Calouste Gulbenkian, geólogo competente e talentoso homem de negócios, que para o efeito constituiu a Companhia Turca do Petróleo, ainda no tempo do império Otomano (em 1912), com capitais alemães e turcos, a qual não chegaria a operar, mercê do imediato inicio e das vicissitudes da guerra. Após intricadas negociações, a Companhia foi reestruturada para dar lugar à Companhia de Petróleo do Iraque (1928), agora com capitais da Shell (anglo-holandesa), BP (britânica), CFP (francesa, actualmente a Total-Fina- Elf), cada qual com 23,75%, e da Exxon e Móbil (norte-americanas) com 11, 875% cada. Gulbenkian foi premiado pelo seu trabalho com a titularidade de 5% do capital, sendo desde então conhecido por "senhor cinco por cento".

Fundado formalmente em 1897, o sionismo abarcava uma grande diversidade de opiniões sobre onde deveria ser fundada a nação judaica, tendo-se pensado de início estabelecê-la no Chipre, na Argentina e até no Congo, entre outros locais julgados apropriados.
A chamada diáspora judaica, ou seja a dispersão dos judeus pelo mundo, foi o principal argumento de ordem religiosa a reivindicar o estabelecimento da pátria judaica na Palestina. No entanto, o argumento da expulsão [dos judeus da Palestina], é contestado por alguns sionistas, porque que não coincide com os registros históricos que dão como certo que, muito antes das deportações romanas, a grande maioria do povo judeu já se tinha helenizado e migrado espontaneamente ou que nem sequer teria retornado à Palestina após o cativeiro na Babilónia.
A Inglaterra expressou o seu apoio ao sionismo com a Declaração de Balfour, que colocou em prática com a aquisição do mandato sobre a região por ocasião da perda dos territórios pelo Império Otomano como consequência da Primeira Guerra Mundial, dando início a um aumento substancial da migração de judeus para lá durante duas décadas até 1945, migração esta que se acentuou com a "solução final" que levou os nazis a «exterminarem mais de seis milhões de judeus» durante a Segunda Guerra Mundial sob o governo de Hitler.


Tenho muito prazer em lhe comunicar, em nome do Governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de concordância quanto às aspirações Sionistas Judaicas, que foi submetida e aprovada pelo Gabinete (Conselho de Ministros).
O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento, na Palestina, de uma pátria para o Povo Judeu, e envidará todos os esforços no sentido de facilitar a realização desse objectivo, entendendo-se claramente que nada será feito que possa atentar contra os direitos civis e religiosos das colectividades não-judaicas existentes na Palestina, nem contra os direitos e o estatuto político de que gozam os judeus em qualquer outro país.
Ficaria extremamente grato se encaminhasse esta declaração ao conhecimento da Federação Sionista.
Atenciosamente
Arthur James Balfour"
A Declaração de Balfour consta de uma carta escrita a 2 de novembro de 1917 pelo então ministro britânico dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, dirigida a Lord Rothschild comunicando-lhe o seu empenho em conceder ao povo judeu facilidades na povoamento da Palestina no caso da Inglaterra conseguir derrotar o Império Otomano, que, até então, dominava aquela região.
A França e a Itália, aliadas de Londres na Primeira Guerra Mundial ratificaram voluntariamente a Declaração de Balfour, evitando que o Oriente ficasse sob administração exclusiva do Império Britânico. Os Estados Unidos aprovaram-na somente em Agosto de 1918.
Observe-se que o objectivo primordial do sionismo, que consistia no estabelecimento de uma pátria judaica, sempre foi bem visto pelos organismos internacionais, de tal forma que a Liga das Nações (Mandato de 1922) assim como a ONU aprovaram desde logo os princípios básicos do sionismo, aliás extensível a qualquer povo da terra. Esta simpatia aumentou, e muito, após a descoberta do genocídio de judeus praticado pelos nazis alemães, sobretudo a partir de 1944, até ao final da Segunda Guerra Mundial.

Os Judeus declaram guerra à Alemanha - o Boicote Económico Sionista de 1933 à Alemanha Nazi
A primavera de 1933 testemunhou o começo de um período de cooperação privada entre o governo alemão e o movimento sionista na Alemanha e na Palestina (e mundialmente) de forma a aumentar o fluxo de imigrantes judeus-alemães e dinheiro para a Palestina.

O actual lamento mundial dos partidários de Israel (já para não mencionar os próprios israelitas) sobre "o Holocausto", não ousam mencionar que tornar a situação na Alemanha insustentável para os judeus - em cooperação com Nacional Socialismo alemão - fazia parte do plano.
Este foi a génese do denominado Acordo de Transferência (Transfer Agreement), acordo negociado em 1933 entre os judeus sionistas e o governo Nazi para transferir 60 mil judeus alemães e 100 milhões de dólares para a Palestina Judaica, em troca do fim do boicote mundial judeu que ameaçava derrubar o regime de Hitler.

Edwin Black, no volumoso livro «O Acordo de Transferência» (The Transfer Agreement) (Macmillan, 1984), declarou que embora a maioria dos judeus não quisesse de forma nenhuma ir para a Palestina, devido à influência do movimento sionista dentro da Alemanha Nazi a melhor forma de um judeu de sair de Alemanha era emigrando para a Palestina.
As denúncias das práticas alemãs contra os judeus para os assustar e obrigarem-nos a ir para a Palestina serviu os interesses sionistas, porque só com o advento de hostilidade alemã para com a Judiaria se poderia convencer os judeus do mundo que a imigração [para a Palestina] era o único escape.
Para todos os propósitos, o governo Nacional Socialista foi a melhor coisa que podia acontecer ao Sionismo na história, pois "provou" a muitos judeus que os europeus eram irreprimivelmente anti-judeus e que a Palestina era a única resposta: o Sionismo veio a representar a grande maioria dos judeus somente por artifício e cooperação com Adolf Hitler.

Como foi descrito por um analista israelita durante o escândalo Irão-Contras, onde Israel teve um papel crucial como intermediário, "É como se Israel se tivesse tornado noutra agência federal [americana], uma que é conveniente utilizar quando se quer algo feito sem muito barulho." O ex-ministro de Estado americano, Alexander Haig, descreveu Israel como o maior e o único porta-aviões americano que é impossível afundar.

Na realidade, um Estado israelita em constante estado de guerra - tecnologicamente sofisticado e militarmente avançado, mas com uma economia dependente dos Estados Unidos, está muito mais disposto a executar operações que outros aliados considerariam inaceitáveis, do que um Estado Israelita que estivesse em paz com os seus vizinhos.
Israel recebe actualmente três mil milhões de dólares por ano em ajuda militar dos Estados Unidos.
Em suma, não obstante o sofrimento e a morte causados a um incontável número de pessoas de todas os credos e raças, um pequeno grupo de famílias que dominam há mais de um século a alta finança mundial, edificaram uma sólida base militar, sob a forma de um Estado Judaico, junto das maiores reservas energéticas do planeta e do estratégico Canal de Suez.
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