sábado, novembro 15, 2008

Daily Show - McCain versus McCain na ajuda financeira de 700 mil milhões de dólares à banca

Jon Stewart: O senado aprovou uma versão modificada do plano de recuperação, rejeitada dois dias antes pelos seus primos idiotas, na Câmara. E todos sabemos quem merece os louros.

McCain: Eu sinto-me orgulhosos do meu trabalho, ao suspender a campanha, voltar a Washington e conseguir que os republicanos se sentassem à mesa e melhorassem o plano, e acredito que será aprovado.


Jon Stewart: Por que razão está McCain tão confiante de que a proposta vai ser aprovada na Câmara dos Representantes? Porque o Senado acrescentou 150 mil milhões de dólares em ofertas para convencer os legisladores de que não estão apenas a salvar a economia do país mas também a ganhar um prémio. Ena!

Esperem aí. Querem que eu dê 700 mil milhões de dólares do dinheiro dos contribuintes para compensar a ganância e a incompetência de Wall Street? Para fazer isso vou precisar de mais 150 mil milhões… E sabem quem é que vai mesmo ficar furioso com este plano?

McCain: Isto é um torniquete, não é uma cura. É um torniquete para parar a hemorragia.


Jon Stewart: É o John McCain na mesma entrevista (à CNN) em que se gabou pela aprovação desta mesma proposta. Vai ser engraçado ver estes dois (McCains) à tareia:


McCain: Os fundamentos deste pacote são bons... são fortes...

McCain: Demonstra a incrível influência dos lobbies e grupos de interesses.

McCain: Acredito que este plano irá dar lucro.

McCain: É uma loucura e uma obscenidade, porque é um desperdício do dinheiro dos contribuintes.

McCain: Os contribuintes serão os primeiros a receber, isso é um ponto importante desta proposta.

McCain: Isto são jogos de poder da pior espécie.

McCain: Regressei a Washington, consegui sentar os republicanos à mesa.

McCain: Estes financiamentos obscuros, estas jogadas escandalosas.

McCain: Melhoraram o plano.

McCain: É péssimo. E é uma... É uma fonte de corrupção.

McCain: E estou em crer que será aprovado.


Vídeo legendado em português (2:43m):

7 comentários:

Castanheira disse...

A questão que se põe é, deixa-se que cancro da crise do crédito se espalhe às empresas e ao consumo, ou administra-se uma terapia de choque?

A ajuda financeira parece uma quimioterapia. Toda a gente sabe que a cura é dolorosa e não há a garantia que funcione.

Foi pedido ao Congresso Americano que administrasse uma terapia dolorosa para curar o cancro do crédito. É mais fácil ser aquele que diz "já não vou deixar que te façam sofrer mais" do que dizer "isto vai doer muito, mas é pior se não o fizermos."

xatoo disse...

"pior se não o fizermos" o quê?
não nos vi nenhum de nós (as pessoas normais que não jogam no casino) a fazer o que quer que fosse. Fizeram-nos! contrair a obrigação de pagar as dívidas de jogo dos ricos - uma malta com quem não tenho qualquer afinidade. Vão fazer quimioterapia à puta que os pariu!

Quanto ao McCain é um escroque da pior espécie - digno portanto de ter concorrido à Presidência da camorra Imperial - se por acaso a justiça funcionasse na economia dos paises ocidentais subjugada pela pior ladroagem, esse tipo estaria preso há mais de uma década quando lesou milhões ao envolver-se no negócio da burla engendrada pelo banqueiro Charles Keating
.

Diogo disse...

Castanheira, concordo com o Xatoo. Esta rapaziada precisava de mais quimio e de menos terapia. Porque a moléstia é fraudulenta.

Vou ver o link do Charles Keating.

Ana Camarra disse...

Diogo

Bom tenho que ver esse link, mas não é agora.

De qualquer das formas isto não quimioterapia isto é dar um transplante de figado a um alcóolico, só que neste caso o alcóolico não está a pensar deixar de beber e o figado não é de um morto...

Beijos

Diogo disse...

Pior do que isso Ana, o alcoólico tem o fígado em excelentes condições e o dador tem os órgãos todos em péssimo estado e agrava-se de dia para dia.

Zorze disse...

Diogo,

Ainda bem que perdeu.
Vi o link que o Xatoo, refere. Não conhecia, é incrível como ainda se candidatou a presidente dos USA e esta história não ter sido trazida a público.

Abraço,
Zorze

Anónimo disse...

where you come from!