Deutsche Welle - 17.11.2008
«Como é possível abordar, de forma atual, o Holocausto? Como fazer exposições, livros e filmes sobre o tema? O curso de mestrado de uma escola superior em Berlim dedica-se a responder tais questionamentos.
O curso Holocausto – Comunicação e Tolerância começou a ser oferecido há um ano pelo Touro College, que é a primeira instituição teuto-judaica de ensino superior na Alemanha. Ele existe há cinco anos e obteve o reconhecimento estatal em 2006.
Sua sede, no oeste de Berlim, fica num prédio construído nos anos 1920 por uma família judaica. O curso é o único em seu gênero na Europa e foi criado por Bernard Lander, diretor do Touro College.
O único estrangeiro entre os 120 estudantes do curso é o israelense Guy Band, para quem o a dedicação dos professores é muito importante: "O tratamento é muito pessoal, já que passamos muito tempo com os professores", explicou. "Estudamos em uma sala pequena, o que facilita os questionamentos e as discussões, além de cada um poder expressar sua opinião", complementou.
Para o estudante, a combinação do mestrado é perfeita. "Não são ensinados somente fatos do Holocausto. Também aprendemos como o tema pode ser abordado ao longo do tempo e considerando as mudanças na mídia", explicou Guy.»
Uma opinião do académico judeu, Tony Judt, director do Remarque Institute da Universidade de Nova Iorque:
"A Shoah [termo hebreu para o Holocausto] é frequentemente explorado na América e em Israel para desviar e impedir qualquer crítica a Israel. De facto, o Holocausto dos judeus europeus é, hoje em dia, explorado de três maneiras: Fornece, em particular, aos judeus americanos uma exclusiva 'identidade de vítima' retrospectiva; permite a Israel superar qualquer sofrimento de outras nações (e justificar os seus próprios excessos) com a alegação de que a catástrofe judia foi única e incomparável; e (em contradição com as duas primeiras) oferece-se como exemplo de uma metáfora versátil para o mal – em qualquer altura e onde quer que seja – e é ensinado às crianças nas escolas nos Estados Unidos e na Europa sem qualquer referência ao contexto ou à causa. Esta instrumentalização moderna do Holocausto para obter vantagens políticas é eticamente infame e politicamente perigosa."
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«Como é possível abordar, de forma atual, o Holocausto? Como fazer exposições, livros e filmes sobre o tema? O curso de mestrado de uma escola superior em Berlim dedica-se a responder tais questionamentos.
O curso Holocausto – Comunicação e Tolerância começou a ser oferecido há um ano pelo Touro College, que é a primeira instituição teuto-judaica de ensino superior na Alemanha. Ele existe há cinco anos e obteve o reconhecimento estatal em 2006.
Sua sede, no oeste de Berlim, fica num prédio construído nos anos 1920 por uma família judaica. O curso é o único em seu gênero na Europa e foi criado por Bernard Lander, diretor do Touro College.
O único estrangeiro entre os 120 estudantes do curso é o israelense Guy Band, para quem o a dedicação dos professores é muito importante: "O tratamento é muito pessoal, já que passamos muito tempo com os professores", explicou. "Estudamos em uma sala pequena, o que facilita os questionamentos e as discussões, além de cada um poder expressar sua opinião", complementou.
Para o estudante, a combinação do mestrado é perfeita. "Não são ensinados somente fatos do Holocausto. Também aprendemos como o tema pode ser abordado ao longo do tempo e considerando as mudanças na mídia", explicou Guy.»
Uma opinião do académico judeu, Tony Judt, director do Remarque Institute da Universidade de Nova Iorque:
"A Shoah [termo hebreu para o Holocausto] é frequentemente explorado na América e em Israel para desviar e impedir qualquer crítica a Israel. De facto, o Holocausto dos judeus europeus é, hoje em dia, explorado de três maneiras: Fornece, em particular, aos judeus americanos uma exclusiva 'identidade de vítima' retrospectiva; permite a Israel superar qualquer sofrimento de outras nações (e justificar os seus próprios excessos) com a alegação de que a catástrofe judia foi única e incomparável; e (em contradição com as duas primeiras) oferece-se como exemplo de uma metáfora versátil para o mal – em qualquer altura e onde quer que seja – e é ensinado às crianças nas escolas nos Estados Unidos e na Europa sem qualquer referência ao contexto ou à causa. Esta instrumentalização moderna do Holocausto para obter vantagens políticas é eticamente infame e politicamente perigosa."
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10 comentários:
Diogo
Nunca me passaria pela ginja tal coisa, um Mestrad em Holocausto?!
Sinceramente!
De facto no minimo é estranho, no máximo é perigoso.
Obrigado por mais esta janela.
Beijos
Ana,
Faz parte da manutenção do embuste. Há que preservar geração após geração esta «verdade» divina. Se houve genocídios morreram muitos milhões de ucranianos, ou chineses ou congoleses, ou indonésios, ou ruandeses, ou alemães, ou polacos ou russos, pouco interessa. O que importa é o eterno sofrimento do povo eleito.
Diogo
Houve genocidios, há genocidios, infelizmente, mas não especificamente desse suposto povo, supostamente eleito.
Todas estas coisas, teêm-me feito pensar, já em miuda o meu pai me falava da 2ª Guerra Mundial e referia que o númer de mortos era enerme, masque não seriam todos judeus, aliás nem a maioria, seriam russos, ciganos, homosexuais, comunistas, polacos, por exemplo um dos povos mais martirizado no séc. XX foram os vietnamitas, primeiro com os franceses, depois com a invasão japonesa, depois com os americanos, várias gerações em guerra...
Na Italia sofreram horrorores, a Guerra Civil Espanhola foi o que foi, tantos, tantos...
Faz-me impressão alguem "querer" ser vitima, acho que é a ultima coisa que se deseja!
Beijos
Ana: «Faz-me impressão alguém "querer" ser vitima, acho que é a ultima coisa que se deseja! »
Os patrões destas «vítimas» têm retirado grandes dividendos do «indizível sofrimento do Shoah».
Um livro que te aconselho a ler é «A indústria do Holocausto» de Norman Finkelstein.
Ultimamente tenho andado a postar muito sobre este tema porque começo a ler uns artigos e estes puxam outros e mais outros e muitos deles interessantíssimos. Gosto de os traduzir e dar a conhecer.
Beijo
breaking news
um dos principais alvos dos ataques em Mumbai foi a sinagoga e o Jewish Center onde vivem inúmeras familias judias
os outros alvos foram cidadãos norte americanos e ingleses hospedados em hotéis de luxo
ou seja, a insurreição atacou Israel, EUA e UK os 3 polos primordiais do capitalismo e da alta finança.
mas as tvs só falam em "terrorismo" e Al-Qaeda a rodos,
Os mestrados tornaram-se um negócio de vender «canudos». Há as coisas mais inacreditáveis. Se calhar até há um mestrado em Pais Natais... só que esta está longe de ser inofensiva.
Xatoo: «a insurreição atacou Israel, EUA e UK os 3 polos primordiais do capitalismo e da alta finança. mas as tvs só falam em "terrorismo" e Al-Qaeda a rodos».
Não fiques tão entusiasmado. Não há insurreição nenhuma. É a al-Qaeda do costume. A mesma que atacou em Nova Iorque, Londres, Bali e Madrid. A esmagadora maioria das vítimas são desgraçados mexilhões locais.
O Globo:
«Apesar de o principal alvo ser turistas, a maior parte das vítimas foi de indianos que jantavam em hotéis e no Café Leopold ou esperavam trem na estação. Dos mortos confirmados, pelo menos seis estrangeiros - incluindo um britânico, um australiano, um japonês, um italiano e um alemão - estão entre as vítimas.»
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/11/28/bombaim_operacao_no_hotel_oberoi_em_centro_judaico_termina-586588344.asp
Alf, a chama deste «holocausto» não pode morrer. De outra forma, de onde viriam os biliões para manter a base militar que é Israel?
Sempre deveras interessante, meu caro Diogo.
"Quanto maior for a mentira mais o povo acredita nela."
Esta frase é de uma clareza meridional.
Abraço,
Zorze
i think the archive you wirte is very good, but i think it will be better if you can say more..hehe,love your blog,,,
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