Texto de Tiago Mota Saraiva - 30 de Janeiro de 2010:
A coisa vai piorar, esta é a noção que tem o cidadão comum. Teixeiras dos Santos, Constâncios, Salgueiros e outros não se cansam de agitar, de diferentes formas, um amanhã sem futuro. Falam em orçamento de estado, défice e rating, noções que a maioria não domina mas que sabe traduzirem-se em menos dinheiro ao fim do mês.
A acção política transformou-se em negócio (cada vez mais obscuros) e a alta finança procura acabar com a política através do medo. A política deixou de ser o confronto entre diferentes visões e alternativas, para se transformar num penoso caminho de falências e desemprego orientado dentro de um trajecto único que não vai a votos.
O governo não discute política, agita o medo. O medo das agências de rating, do défice, e até, vejam bem, do aumento dos salários ou impostos. A Política não discute o aumento dos salários, discute quais os salários que aumentam e diminuem. A Política não discute o aumento dos impostos, discute quais os impostos que aumentam e diminuem.
A política exige confronto e escolhas. Tudo o que sai fora do trilho imposto pelos interesses financeiros é ridicularizado sem ser discutido.
É natural que o Orçamento de Estado seja aprovado pelo PS, PSD e CDS. Tem sido sempre assim. Trata-se da defesa do trilho traçado pelos interesses financeiros. O seu discurso repete-se, ano após ano, e ainda que votem em conjunto trocam acusações de responsabilidade pela situação. Outros, normalmente da mole de "catedráticos independentes", culpam-nos a todos: porque trabalharmos pouco, porque os funcionários públicos ganham demais, porque não somos competitivos, porque vivemos tempo demais, porque estamos endividados e, até, porque não temos filhos. Os filhos que o orçamento, neste caso o nosso, não nos deixa ter.
A coisa vai piorar, esta é a noção que tem o cidadão comum. Teixeiras dos Santos, Constâncios, Salgueiros e outros não se cansam de agitar, de diferentes formas, um amanhã sem futuro. Falam em orçamento de estado, défice e rating, noções que a maioria não domina mas que sabe traduzirem-se em menos dinheiro ao fim do mês.
A acção política transformou-se em negócio (cada vez mais obscuros) e a alta finança procura acabar com a política através do medo. A política deixou de ser o confronto entre diferentes visões e alternativas, para se transformar num penoso caminho de falências e desemprego orientado dentro de um trajecto único que não vai a votos.
O governo não discute política, agita o medo. O medo das agências de rating, do défice, e até, vejam bem, do aumento dos salários ou impostos. A Política não discute o aumento dos salários, discute quais os salários que aumentam e diminuem. A Política não discute o aumento dos impostos, discute quais os impostos que aumentam e diminuem.
A política exige confronto e escolhas. Tudo o que sai fora do trilho imposto pelos interesses financeiros é ridicularizado sem ser discutido.
É natural que o Orçamento de Estado seja aprovado pelo PS, PSD e CDS. Tem sido sempre assim. Trata-se da defesa do trilho traçado pelos interesses financeiros. O seu discurso repete-se, ano após ano, e ainda que votem em conjunto trocam acusações de responsabilidade pela situação. Outros, normalmente da mole de "catedráticos independentes", culpam-nos a todos: porque trabalharmos pouco, porque os funcionários públicos ganham demais, porque não somos competitivos, porque vivemos tempo demais, porque estamos endividados e, até, porque não temos filhos. Os filhos que o orçamento, neste caso o nosso, não nos deixa ter.
6 comentários:
A ruína do país deve-se à corrupção e à extrema incompetência de um bando de crápulas irresponsáveis que se acantonou nos partidos,tornando-os claras organizações criminosas.
Todas as asneiras que fazem são branqueadas por uma imprensa subsídio-dependente e manhosa que troca favores com o poder.
Todos sabem que a corrupção impera desde as autarquias ao poder central.Milhares de dirigentes têm chegado à vida política com uma mão à frente e outra atrás,sendo hoje ricos como nababos.
Giram entre governos e institutos ou empresas públicas,locupletando-se com vencimentos e pensões escandalosas,algumas obtidas em dois ou três anos de serviço.
Por outro lado as remunerações dos lacaios partidários do poder local vieram criar uma situação de rotura num orçamento que é claramente sobredimensionado pelos capitais externos com que a máquina se tem alimentado nestas duas dezenas e meia de anos,para manter os previlégios e distribuir os favores a uma franja da população,mais indigente e propensa ao crime,para que se mantenham calmos e não perturbem o regime do gamanço,comprando simultâneamente milhares de votos.
Por outro lado,a caça ao voto levou à engorda da Função Pública para números grotescos,criando uma rede clientelar.
Estes srs que recomendam mais sacrifícios aos poucos que ainda ajudam a sustentar o sistema,trabalhando para sobreviver,é bom que se diga,vivem com rendimentos que são estratosféricos.Recomendam sacrifícios aos outros,sendo que eles nunca os fariam.
Estou mesmo a ver os doutos recomendadores a viverem e sustentarem famílias com 600 ou 700 euros/mês,a pagarem rendas de casa,mobílias,alimentação e a educação dos filhos...
Esta gente vive num patamar tão elevado que há muito se desligou da realidade do país.São o baronato do regime.
E viva a demoniacracia!
Baixem o ordenado desses senhores, não pela economia, mas pela decência e moral públicas!
Estes fazem parte dum vasto grupo de priveligiados como afirma o anónimo do 1º. comentário que se acantonaram nos partidos para tiveram proveito da dança de cadeiras entre o poder e as empresas que gratificam os agentes do poder dando-lhes lugares nos conselhos de administração. Através das remunerações, gratificações e cartões e outros benefícios eles conseguem enriquecer e viver nababamente com as suas famílias. Recomendam sempre que o país está em situação económica difícil o que aliás tem sido uma constante por culpa deles que gerem mal o país mas eles vivem muito bem, que se proceda a descidas nos vencimentos daqueles que com o que agora ganham já o fazem com dificuldade. Mas estou a crer que este estado de coisas não se irá manter por muitos mais anos. Haverá um dia que isto vai rebentar e a população sacrificada mesmo com o risco da sua própria vida se sublevará. Não é humanamente suportável uma vida de constante sacrifício e quando isso acontecer os que agora nos secam os bolsos vão ser varridos até á estalada.
O baronato do regime que, como diz o primeiro Anónimo, vive num patamar tão elevado que há muito se desligou da realidade do país, há-de ser varrido, não à estalada, como diz o Contradições, mas a tiro.
O artigo é muito bom.
Abraço,
Zorze
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