quinta-feira, novembro 18, 2010

Sobre a Cimeira da NATO [um tentáculo do Pentágono] e das suas «guerras ao terrorismo»

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O Terrorismo




Excerto de um artigo de Mário Soares - Jornal Expresso 27-03-2004

Variações sobre o terrorismo

«É preciso conhecer melhor a Al-Qaeda para a combatermos com eficácia. Não às cegas. Há milhares de livros, publicados em todas as línguas, sobre o terrorismo global - que está intimamente relacionado com a «globalização depredadora» que temos e com a «economia de casino» que nos rege. Estudemo-los. »

«(...) Exploremos os contactos que a Al-Qaeda parece ter com o mundo obscuro das finanças - dos «off-shores» e dos «paraísos fiscais» - com o «dinheiro sujo», com a criminalidade organizada, com o tráfico ilegal de armas, incluindo atómicas, com o mercado da droga. Há franjas desse sub-mundo que, seguramente, serviços secretos, mesmo os minimamente secretos, mesmo os minimamente organizados, podem penetrar e conhecer. Já o devem ter feito. Mas será que os grandes responsáveis querem tomar conhecimento dessa negra realidade e das pistas que indica



Comentário

Os serviços minimamente secretos e minimamente organizados, de que fala Soares, não deverão estar muito interessados em meter o nariz nas tramóias dos serviços secretos mais poderosos e sofisticados. They say curiosity killed the cat!
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8 comentários:

Castanheira disse...

É uma honra para Lisboa receber uma cimeira de uma das maiores organizações terroristas do mundo. Atenção aos prédios com mais de 20 andares.

Canal Daniel Simões disse...

Mas... quando o Diogo vai buscar palavras do Mário Soares como estas, fico-me sempre interrogando: então, mas este cavalheiro não andou participando do transporte de armas americanas para o Iraque e para o Irão? Não foi ele que fortaleceu os laços com os Bush? Mas, então... está a entregar-se a si mesmo aos poucos com algumas entrevistas???

Diogo disse...

Daniel,

Faço sempre o possível por utilizar declarações de insiders, de tipos que fazem parte do sistema. Aos olhos dos «leigos», que não acreditam nas «teorias da conspiração», estes Soares têm muito mais credibilidade do que nós, os chamados «maluquinhos da conspiração».

Considero pessoalmente o Soares um escroque com E grande, mas reconheço que as suas palavras têm um grande impacto sobre as pessoas. É por isso que as uso.

Abraço

a.castro disse...

Caro Diogo,
A Marselhesa, "toca" no meu computador.
Abraço.

Anónimo disse...

Qual a coisa qual é ela que era muito amiga do Carlicci e gostava muito de "franguinhos"?

Anónimo disse...

Carlucci.

infinitoamanajé disse...

Querem as "globais" reações violentas. As guerras de todos os "matizes". Isto lhes permite sempre aplicar ao "problema (violento), a reação (violenta), para a solução (violenta) com a ansiosa aquiescência do oprimido em desespero. Nunca pregaram um único prego sem a estopa, haja vista os mais de 800 campos de concentração já construídos nos U.S.A.
Abraços.

Filipe Bastos disse...

A interrogação espontânea e lógica, que surge a qualquer um, é: "POR QUE É QUE NINGUÉM ACABA COM OS OFFSHORES?"

Quem diz offshores, diz contas na Suíça, ou outras formas legais de fugir à Justiça, ou a responsabilidades legais e fiscais.

Toda a gente sabe, que entre estas contas estão os maiores criminosos da Terra: traficantes de droga, de armas, de orgãos, etc.; ditadores sanguinários africanos, asiáticos, sul-americanos, etc.; assassinos profissionais, terroristas, etc.; trafulhas, corruptos de médio e grande porte, etc...

Então... por que é que alguns locais, estão acima da lei? Por que é que podem viver, de cobrar menos impostos, de branquear capitais de criminosos, e de escondê-los do resto do mundo?

Lemos diariamente, que fulano ditador tem contas na Suíça, ou que certa empresa fictícia está sediada nas Caimão. E é tudo "normal"?

Por comparação, se alguém quiser criar um site de pedofilia, e tentar alojá-lo num servidor público, será denunciado e punido, seja onde for. É um crime lesa-humanidade, não há um porto seguro: nem offshores lhe valem. Porque há acordos internacionais, e um esforço consciente e justificado, para o punir.

Mas se alguém se lembra de criar um offshore, é aceite e procurado internacionalmente - mesmo que receba e guarde dinheiro de promotores de pedofilia, ou de outras práticas repugnantes. É um porto seguro para o capital, seja de quem for.

Aí já não há acordos internacionais? Vale tudo... em nome do capital?

Não será esta a maior hipocrisia - o que é uma competição difícil... - do mundo actual?