domingo, maio 29, 2011

The Economic Horror

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A tese (1997) defendida por Viviane Forrester é de que o emprego, tal como o conhecemos durante três séculos no Ocidente, tem os dias contados e tornou-se menos plausível, a cada ano que passa, de ser a forma de distribuir a riqueza.

O "O Horror Económico" ataca também as actuais políticas dos governos ocidentais que fazem tentativas cada vez mais desesperadas para manter vivo o sistema de trabalhos e salários. Forrester cita a constante redução de números cada vez maiores das classes trabalhadoras e, agora, das classes médias; o atrito constante, a nível internacional, da assistência social e dos direitos sindicais, por um lado, e a crescente desestabilização dos que trabalham, já para não falar dos desempregados.

Tudo isto criou uma cultura de emprego e desemprego (e subemprego) que não é apenas stressante, lamentável e desagradável mas também, segundo Forrester, "gerou uma economia mundial que é uma obscenidade, uma afronta à natureza humana" e, usando as palavras do título do livro, um "Horror":


Excertos de "O HORROR ECONÓMICO" de Viviane Forrester

«Penso que cada um de nós, qualquer que seja o nosso trajecto de vida, deveria sentir-se preocupado com a actual situação do mundo, o qual é inteiramente governado por economistas. Se Shakespeare voltasse hoje à vida, julgo que ficaria fascinado pela trágica interacção das poderosas forças económicas que estão furtivamente a transformar os destinos dos cidadãos ou melhor das populações de todos os países.

Em minha opinião estamos a testemunhar uma mudança profunda, uma transformação da sociedade e da civilização, e estamos a ter muita dificuldade em aceitá-lo. Como é que podemos dizer adeus a uma sociedade que estava baseada em empregos estáveis que forneciam uma rede segura e os fundamentos de uma existência decente? A segurança no emprego está de saída.

Pela primeira vez na história, a grande maioria dos seres humanos já não são indispensáveis ao pequeno número daqueles que dirigem a economia mundial. A economia está de forma crescente envolvida com especulação pura. As massas trabalhadoras e os seus custos estão a tornar-se supérfluas. Por outras palavras, existe uma coisa ainda pior do que ser explorado e que consiste em já nem sequer valer ser explorado!

É verdade que a forma como as coisas estão não estão a ser escondidas, mas existe uma tendência para evitar falar sobre isso claramente. Em sociedades democráticas, em qualquer caso, não se diz às pessoas que estão a ser consideradas como supérfluas. Sob os totalitarismos pode existir um perigo ainda pior do que o desemprego e a pobreza. Uma vez desaparecidos os assalariados, porque é que um regime totalitário não elimina simplesmente essas forças que se tornaram inúteis.

Em países democráticos existe uma necessidade urgente de vigilância. É muitas vezes invocado de que a era industrial, quando um salário regular fornecia os meios de subsistência, pode de alguma forma reacender-se. Mas esses dias acabaram. Os rendimentos salariais estão a desaparecer e a panóplia de esmolas temporárias e pensões concebidas para os substituir estão a minguar, algo que não pode ser considerado senão criminoso.




Os gestores da máquina económica exploram esta situação. O pleno emprego é uma coisa do passado, mas ainda o utilizamos como padrão que era corrente no século dezanove, ou há vinte ou trinta anos, quando ainda existia. Entre outras coisas, este facto encoraja a que muitos desempregados sintam vergonha de si próprios. Esta vergonha sempre foi absurda mas é-o ainda mais hoje.

Isto ocorre de mãos dadas com o receio sentido pelos privilegiados que ainda possuem um emprego pago e têm medo de o perder. Eu sustento que esta vergonha e este medo deviam ser cotadas na bolsa de valores, porque constituem inputs importantes no lucro. Há uns anos as pessoas condenavam a alienação causada pelo trabalho. Hoje, a redução dos custos do trabalho contribuem para os lucros das grandes companhias, cuja ferramenta de gestão favorita é despedir trabalhadores; quando despedem, o valor das suas acções disparam.

Hoje, ouvimos muito falar acerca da “criação de riqueza”. Dantes, esta expressão era simplesmente conhecida como lucro. Hoje, as pessoas falam desta riqueza como se ela fosse automática e directamente para a comunidade e criasse empregos, e, contudo, vemos empresas altamente lucrativas a reduzir drasticamente a sua força de trabalho.

Quando as pessoas falam dos poderosos, não estão a falar do grosso da população do seu país mas acerca dos manda-chuvas que relocalizam num piscar de olhos. Os políticos fazem do emprego a sua prioridade, mas a Bolsa de Valores fica deliciada sempre que um grande complexo industrial despede trabalhadores e fica preocupada sempre que exista qualquer melhoria nos números do emprego. Gostava de chamar a atenção das pessoas para este paradoxo. A cotação do valor em bolsa de uma empresa depende em grande parte dos custos do trabalho, e o lucro é gerado em última análise pela redução do número daqueles que têm trabalho.

A presente situação levanta uma questão vital para o futuro das pessoas deste planeta, sobretudo para os mais jovens e o seu futuro. Hoje, o ideal é ser “lucrativo”, não “útil”. Isto levanta uma questão muito séria: Devem as pessoas ser lucrativas para “merecer” o direito a viver? A resposta do senso comum é que é uma coisa boa ser útil à sociedade. Mas estamos a impedir as pessoas de serem úteis, estamos a esbanjar a energia da juventude ao olhar para a rentabilidade como o supra-sumo.

A maior parte dos países perdeu o seu sentido das prioridades. Existe uma necessidade cada vez maior de professores, pessoal médico, mas os governos mostram-se crescentemente agressivos contra eles. Estas são as profissões onde os lugares são abolidos e os fundos são cortados. E no entanto são indispensáveis para o bem-estar e o futuro da humanidade. Esta confusão entre “utilidade” e “rentabilidade” é desastrosa para o futuro do planeta.

Os jovens vivem numa sociedade que ainda considera o emprego assalariado como o único modo de vida aceitável, honesto e de acordo com a lei, mas a maior parte deles estão impedidos de ter a oportunidade de os alcançar. Em zonas pobres dentro das cidades isto é um grande problema. Ao mesmo tempo, encontro muitas vezes gente jovem com os braços carregados de diplomas que não arranjam trabalho. Que desperdício imperdoável! Durante gerações os estudos constituíam a iniciação da juventude na vida social. Admiro os jovens de hoje porque avançam com os seus estudos perfeitamente conscientes de que correm o risco de serem rejeitados pela sociedade.

Apenas há vinte ou trinta anos atrás, existiam ainda razões para esperar que a prosperidade relativa do Norte se espalhasse pelo mundo. Hoje, estamos a assistir à globalização da pobreza. As empresas do Norte que se deslocalizaram para os chamados “países em desenvolvimento”, não criam empregos para as pessoas desses países, em vez disso fazem-nos geralmente sem qualquer tipo de protecção social, em condições medievais. A razão para isto é que força de trabalho sub-paga de homens, mulheres e crianças, tal como os prisioneiros, custam menos do que a automação custaria no país de origem. Isto é colonização noutra, igualmente odiosa, forma.

Não sou pessimista, longe disso. Os pessimistas são aqueles que afirmam não haver alternativa à presente situação, de que não há escolha possível. O meu livro é uma tentativa para descrever o que se passa. É verdade que a situação é dramática. Apesar de tudo, eu sou, tal como muitas outras pessoas, uma cidadã de um país cujo regime democrático torna possível reflectir e resistir livremente à pressão crescente que o factor económico está a exercer nas nossas vidas.

Eu gostaria que existissem contrapoderes, pensamento alternativo, conflitos de ideias e interesses. Não conflito violento, claro, mas temos de acordar e deixar de estar petrificados, prisioneiros do pensamento banal. Em países onde o meu livro já foi traduzido, especialmente nos Estados Unidos, Brasil, México, Lituânia, Polónia e outros tais como a República da Coreia está a causar uma espécie de convulsão mesmo antes da sua publicação.»



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60 comentários:

Anónimo disse...

"Pela primeira vez na história, a grande maioria dos seres humanos já não são indispensáveis ao pequeno número daqueles que dirigem a economia mundial. A economia está de forma crescente envolvida com especulação pura. As massas trabalhadoras e os seus custos estão a tornar-se supérfluas." -> isto é exactamente, PONTO POR PONTO, o que se escrevia na Europa nos anos 30. O material deste post abunda em qualquer panfleto reles da época. O colapso da solidariedade das comunidades intermédias, a exploração do trabalho pelo grande capital, o imperialismo económico, o tratamento do "Sul" como uma massa escrava ao serviço das "elites", o poder desregulado da "alta finança" desligada da "economia produtiva", a transformação da sociedade de classes decorrente da estratificação socioeconómica (e do trabalho) em massas amorfas e desarticuladas pelo fenómeno do desempregado, etc. Eis a "grande novidade", a "grande tese". Só para quem não sabe nada de História.

Isto não é mais que uma repetição das reacções banais que se verificam a cada grande crise económica. De facto são problemas importantes que é preciso resolver, mas a questão está ao nível das soluções: maluquinhos que propõem mundos novos através do sangue dos "exploradores" versus pessoas sensatas que se propõem a remendar com paciência e engenho o que só pode ser remendado e melhorado aos poucos.

Diogo disse...

Errado, caríssimo Anónimo.

Se é verdade que a Banca tem criado várias crises de desemprego retirando dinheiro da economia, o que se passa hoje é um fenómeno totalmente diferente.

Desde os anos 70, 80 que a tecnologia tem vindo a acabar com o emprego. E esse é um processo em aceleração. O facto da Banca estar nestes últimos 3 anos a fazer outra brincadeira das suas, tal não nos deve cegar em relação a um fenómeno mais profundo.

Basta raciocinar um bocado.

Anónimo disse...

Isso de "a tecnologia estar a acabar com o emprego" é uma opinião sem fundamento.

E de qualquer modo essa premissa já é velha. Portanto esse "novo" também já está mais que gasto.

E essa "Banca" é uma definição de pura propaganda política, não corresponde a nada. Coitados dos trabalhadores da banca que têm que lidar com este estigma - serem os instrumentos do grupo dos maus. É a velha história dos mauzões na sombra, tenebrosos, a personificação do mal, sempre a magicar planos para extorquir os coitadinhos, etc.

Está bem, está. Só novidades. Do caixote do lixo dos anos 30 para o século XXI.

Anónimo disse...

Oh meu amigo...isso é o consenso de washington no seu melhor,mas a memoria do povo é tão curta que eles se dão ao luxo de propor/impor isso e passado alguns anos já ninguem entende o porquê?

Diogo disse...

Caro Anónimo,

Você vê o mundo e a tecnologia parados. Para si, se vivêssemos na Idade da Pedra, lá continuaríamos para sempre. Se vivêssemos na Idade Média, lá ficaríamos forever. Se vivêssemos no tempo da Máquinas a Vapor, era lá que permaneceríamos eternamente.

Para si, caro amigo, a tecnologia é incapaz de trazer mudança. O que é que quer que eu lhe diga?

Anónimo disse...

A tecnologia não muda a natureza humana nem a natureza do problema económico.

E quem disse o contrário em todas as épocas históricas - e foram sempre os panfletários de baixo nível ou os filósofos mais lunáticos - enganou-se redondamente.

Basicamente, é a síndrome do "agora é que chegou a era da grande revolução nos assuntos humanos que vai mudar a natureza humana e as relações de produção para sempre". É sempre a mesma historieta.

Essa conversa da treta acaba sempre em catarses de violência: expulsa-se a "classe política", matam-se os "inimigos da harmonia do verdadeiro povo" (no seu caso, os "banqueiros", os "jornalistas venais", e outros mais rótulos vagamente definidos e arbitrários que arranjar para meter no saco), experimentam-se umas fórmulas inovadoras de organização social e...recomeçam rapidamente os conflitos em torno do que deverá ser o novo mundo, os defeitos da natureza humana vêm ao de cima, as leis férreas da economia voltam a impor-se...e volta tudo ao mesmo, com toda a gente a ter que voltar ao trabalho depois de um período de desastre e com um rio de sangue pelo meio e memórias traumáticas de injustiças perpetradas sobre gente catalogada por simplificadores ignorantes e teóricos da conspiração lunáticos.

É a treta do costume. Vá ler os panfletários babouvistas do final do século XVIII, o marxismo mais reles do início do século XX ou a propaganda do NSDAP no final dos anos 20 - está lá tudo o que você escreve, sem tirar nem pôr. Sempre com a mesma conversa messiânica do "basta acabar com os inimigos do povo e vem aí uma era nova de prosperidade, paz e harmonia".

Enfim. Uma repetição banal de temas mais que gastos e recorrentes na História.

Diogo disse...

Extraordinário Anónimo!

Então a tecnologia não muda a natureza da economia e não tem um impacto profundo na vida das pessoas?

A técnica agrícola não mudou radicalmente a economia e a vida das pessoas?

A revolução indústrial não mudou radicalmente a economia e a vida das pessoas?

A revolução informática e da automação não está a mudar radicalmente a economia e a vida das pessoas?


Você perde-se numa algaraviada sem nexo e é incapaz de um raciocínio coerente.

Anónimo disse...

Você é pior que o Socras: repete os mesmos chavões (“verborreia”, “algarviada sem nexo”, etc.) para classificar tudo aquilo que ultrapassa o seu limitadíssimo mundo de teses pseudo-científicas arrancadas de tudo o que é teoria “New Age” marginal. Pode ser que cole com o público mais rasteirinho, pensará você.

Vou explicar-lhe o essencial, porque você é que vive só dessa espuma superficial que todos os panfletários em épocas de crise articulam e que dá sempre barraca. Leia lá o que lhe recomendei e vai encontrar as suas "grandes reflexões" em qualquer literato de cordel de épocas de grande agitação social.

O problema económico resume-se à interacção humana necessária para utilizar recursos escassos para satisfazer necessidades potencialmente ilimitadas. Como ontem, como hoje e como amanhã, este problema nunca desaparecerá, porque os recursos serão sempre escassos e nós teremos sempre novas e imprevisíveis necessidades. Porque faz parte da condição humana. Enquanto formos humanos, teremos este problema.

Não se "destroem" "empregos" - só se destroem os "empregos" que se conhecem. Entretanto, antes de aparecerem novas formas de "emprego" (como os empregos massivos em call centers gerados pela sua "revolução tecnológica" e que estão a transformar positivamente, por exemplo, a Índia) há sempre alarmistas que dizem que o "emprego" está a desaparecer. E como desemprego de 0% é impossível sem estagnação económica permanente (para perceber isto teria que saber alguma coisa de macroeconomia, que claramente nem sabe o que é) e como até aparecerem novos empregos os velhos são mesmo destruídos (na verdade poucos são mesmo “destruídos”, a maioria são transferidos para países ou pessoas antes afastadas do mercado de trabalho, como se vê bem pela industrialização triunfante da China ou pela importação de tailandeses para trabalhar na nossa agricultura), a sua tese é impossível de verificar e portanto não é tese nenhuma - é uma opinião sem fundamento, tipo “atirar para o ar a ver se cola”.

Há duas formas de proclamar que o problema económico vai deixar de existir para uma determinada comunidade política:
1) Decretar (e é mesmo só decretar…é uma ilusão e paga-se muito caro) a entrada numa era de abundância em que basta distribuir a riqueza porque as "forças produtivas" (na sua versão de 5ª categoria, "a tecnologia") atingiram um tal estádio, "inédito", de desenvolvimento em que cada um se poderá emancipar e todos viveremos em harmonia, muito autónomos; não há nenhum revolucionário russo que ANTES de 1917 não achasse que era nesta era que estavam a entrar; o problema foi quando tiveram que aprender a governar a sério em vez de mandarem grandes palpites do género dos que se mandam aqui; depois veio a barraca que toda a gente sabe.
2) Pura e simplesmente rapinar aos outros os seus recursos sob todo o tipo de pretexto ("civilizar", "afirmar o direito da raça superior", etc.); é a “abundância” até que alguém ponha um travão ao saque.

A terceira via é pôr pessoas competentes e especializadas a tratar de problemas complexos com consequências difíceis de prever da forma mais prudente possível e sem destruir o que foi construído durante séculos.

Diogo disse...

Anónimo,

Em seis parágrafos de conversa fiada você não refere um único novo tipo de emprego dos muitos que virão a substituir os anteriores. Entretanto o desemprego está a crescer em todo o lado – até na China, que para a trinta cêntimos à hora.

Os 70% de pessoas que trabalhavam no princípio do século XX na agricultura dos EUA, passaram hoje para 2% ou 3%.

Na indústria o fenómeno está a repetir-se.

Eu pergunto: onde estão os novos empregos? Nos call centers da Índia?

Anónimo disse...

Tudo o que é cultura é para si "conversa fiada". Se os grandes historiadores do século XX, com quem eu aprendi muito, escrevem "conversa fiada", você deve ser o génio lá da sua Junta de Freguesia, daqueles que não são reconhecidos por ninguém mas se deitam convencidos que são muito inteligentes.

Você limita-se a insistir em 3 ou 4 dogmas mal amanhados ("tecnologia está a destruir o emprego", "tecnologia vai libertar os homens da dependência económica", "Holocausto nunca existiu", "o sistema financeiro é uma conspiração da 'Banca'") que repete à saciedade sem nenhum tipo de estudo credível que dê alguma caução à hipótese. Vê-se bem que não tem qualquer noção do que é o conhecimento e muito menos conhecimento científico. Quando uma tese (como a sua copiada de um sensacionalista barato como Kurtzweil, que você "seguia há muitos anos" mas que curiosamente nunca tinha mencionado até eu referir) só é verdade SE corresponder à convergência altamente improvável de 3 teorias científicas já de si discutíveis (neste caso, o fisicalismo, o conexionismo e o epifenomenalismo – o que você claramente não faz a mínima ideia do que seja, porque nunca mais respondeu), então alguém que a apresenta como um dogma aos seus leitores não pode ser mais que um ignorante limitadíssimo que se limita a vomitar os panfletos que arbitrariamente lhe chegam às mãos.

Quanto ao emprego:
1) Ainda nem sequer percebeu o básico. Vou-lhe dar um exemplo rasteirinho para ver se você percebe. A alimentação sempre foi uma necessidade básica para o homem. Ora, até ao final do século XVIII nunca existiram restaurantes. De então para cá a restauração cresceu exponencialmente e gerou milhões e milhões de empregos. Alguém podia prever em 1750 que uma coisa tão simples como preparar comida em troca de dinheiro geraria milhões e milhões de empregos? O emprego cresce sempre que alguém descobre uma nova forma de satisfazer uma necessidade humana ou desbloqueia novas necessidades humanas (como a indústria dos telemóveis fez com os call centers e toda a parafernália associada aos telemóveis) e cria negócios em torno disso.
2) As taxas de desemprego que hoje temos nas economias desenvolvidas são perfeitamente normais e só subiram nos últimos tempos por causa da crise. A tendência de longo prazo é de estabilização do desemprego entre os 6 e os 8%. O único fenómeno novo é o desemprego de longa duração porque é cada vez mais difícil a reconversão dos velhos trabalhadores aos novos empregos (por exemplo, por dificuldades em lidar com as novas tecnologias) e porque ninguém quer voltar aos velhos empregos básicos (como os agrícolas).
3) O desemprego é um fenómeno demasiado complexo para se dizer “está a desaparecer o emprego”. Há formas de contagem, tipos de desemprego e consequências muito diferentes para se amalgamar tudo nessa tese alarmista e simplista, que além do mais não tem nenhuma base de sustentação empírica.
4) A taxa de desemprego urbano da China (porque o mundo rural está afastado do mercado de trabalho livre) oscilou sempre entre os 2 e os 5% desde 1980 (4,9% em 1980). Neste momento é de 4,1%, uma redução relativamente a 2009 (4,3%). Portanto, o desemprego não está a crescer na China.
5) Sim, os call centers são um bom exemplo. Quem diria há 20 anos que CENTENAS DE MILHÕES de pessoas trabalhariam para satisfazer a necessidade de informações e operações simples sobre telemóveis, internet e televisão? É um “mau trabalho”? Só se for para quem nunca pegou numa enxada…

Anónimo disse...

Quanto aos EUA: óptimo! Quanto mais eficiente for o sector agrícola, mais recursos humanos podem ser empregues na indústria; quanto mais eficiente a indústria, mais recursos humanos podem ser empregues nos serviços. E depois dos serviços que apareçam outros serviços, e mais serviços, e mais necessidades, e novas necessidades. É assim o mundo do desenvolvimento económico. Sempre foi e sempre será. Ou quem é que no século XIX acharia que ter várias peças de roupa era uma "necessidade básica"?

O único problema dos EUA é terem que lidar com a concorrência de mercados de trabalho do resto do mundo. Por isso é bom que se tornem criativos e inventem novos trabalhos que os outros não possam fazer - como toda a gente fez no passado.

Mas quem vive congelado no "agricultura-indústria-serviços" pensa que não há mais salto para dar para lá dos "serviços" e fica assustado. Se vivesse no século XVII pensaria que não havia nada além da agricultura. E no século XIX pensaria que não havia nada além da agricultura e da indústria. E é assim, o mundo dos catastrofistas.

Resumindo: mais do mesmo, mais do mesmo que todos os panfletários de todas as épocas de crise escreveram. Nenhuma novidade, nenhum conhecimento sólido. Só alarmismo e fantasia.

Cadefiro disse...

Agradeço ao Anónimo pelas pequenas lições.

Já agora, que bons livros de história sugere?

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Quando ouço a palavra cultura,levo a mão ao revólver.

Aconselho o anónimo,pseudo instrumado,mas completamente embotado,a fazer uma mamografia à cabeça.

Anónimo disse...

Comentários ao nivel da Idade Média!Anónimo,dê um abraço ao9 dias loureiro,irmãos cavacos,joão rendeiros.joaquim coimbras e tutti quanti terroristas sociais e de facto assassinos,tal como está a acontecer na Libia,,ou aconteceu no Iraque.De facto,há um potencial de violência a crescer e,desta vez não haverá bocas sobre o campo pequeno!Jornaleiros ao serviço das corporações e muito bem pagos pelo 'trabalhinho' que fazem e ainda escrevem livros mal comó caralho,tal como a música do tóni carreira-não é Bach,não é Haendel, e você meu caro,está com as garraws de fora!~
Sabemos,poucos,o q se passou com o 'libertado' Kosovo e os seus dirigentes traficantes de órgãos humanos e drogas e quem beneficia.Você é um deles!!"!!

Anónimo disse...

Pro anonimo da fina flor do entulho:
lê seu estúpido!

http://verdadeirolapisazul.blogspot.com/

O cuelhinho,um ganda gestor....Pois,pois

Estamos na parte mais senil do capitalismo e a vossa moral nunca foi tão baixa como no tempo da conquista de mercados por parte do Adolf hitler.....

Diogo disse...

Anónimo - «Você limita-se a insistir em 3 ou 4 dogmas mal amanhados ("tecnologia está a destruir o emprego", "tecnologia vai libertar os homens da dependência económica", "Holocausto nunca existiu", "o sistema financeiro é uma conspiração da 'Banca'") que repete à saciedade sem nenhum tipo de estudo credível que dê alguma caução à hipótese»

Diogo – Os quatro «dogmas» são demonstráveis. Os dois segundos por simples constatação e análise dos dados disponíveis. Os dois primeiros por lógica matemática (a não ser que haja um cataclismo):

1 – Hoje, tanto a tecnologia como o homem produzem trabalho.

2 – A tecnologia está em evolução exponencial. A evolução de capacidade de trabalho do homem (em comparação) é infinitesimal.

3 – Partindo, por hipótese, de que hoje a capacidade de trabalho da tecnologia é igual à capacidade de trabalho do homem, então, dadas as diferenças abissais nas velocidades de evolução, no futuro o homem tornar-se-á totalmente irrelevante (produtivamente falando, evidentemente).


Anónimo - «Quando uma tese (como a sua copiada de um sensacionalista barato como Kurtzweil, que você "seguia há muitos anos" mas que curiosamente nunca tinha mencionado até eu referir) só é verdade SE corresponder à convergência altamente improvável de 3 teorias científicas já de si discutíveis (neste caso, o fisicalismo, o conexionismo e o epifenomenalismo – o que você claramente não faz a mínima ideia do que seja, porque nunca mais respondeu), então alguém que a apresenta como um dogma aos seus leitores não pode ser mais que um ignorante limitadíssimo que se limita a vomitar os panfletos que arbitrariamente lhe chegam às mãos.»

Diogo – Eu cheguei sozinho à principal conclusão de Kurtzweil já há um bom par de anos. Agora, se você me souber explicar o que é a «convergência altamente improvável do fisicalismo, do conexionismo e do epifenomenalismo», pago-lhe um almoço!


Anónimo - «Sim, os call centers são um bom exemplo. Quem diria há 20 anos que CENTENAS DE MILHÕES de pessoas trabalhariam para satisfazer a necessidade de informações e operações simples sobre telemóveis, internet e televisão? É um “mau trabalho”? Só se for para quem nunca pegou numa enxada…»

Diogo – A última fronteira na tecnologia é a inteligência artificial. A visão artificial – compreender o que se vê, por exemplo, é um dos maiores desafios que hoje se colocam. Ou a audição artificial – compreender o que se ouve. Donde, curiosamente, as máquinas sabem dar conta do grande centrão de empregos, mas têm dificuldade em lidar com os mais avançados – desenvolvimento teórico - e os mais simples – arrumar uma cozinha - em termos humanos. Exemplo: uma máquina faz com mais facilidade uma operação com 128 bits do que apanha uma cereja do chão. Mas esta última fronteira está neste momento a ser ultrapassada. Esse momento será um ponto sem retorno.


Anónimo - «Mas quem vive congelado no "agricultura-indústria-serviços" pensa que não há mais salto para dar para lá dos "serviços" e fica assustado. Se vivesse no século XVII pensaria que não havia nada além da agricultura. E no século XIX pensaria que não havia nada além da agricultura e da indústria. E é assim, o mundo dos catastrofistas.»

Diogo – Não, Anónimo! Você é que vive congelado no mundo do «emprego». Emprego, que, caso você não saiba, é uma invenção muitíssimo recente na história da humanidade.

Anónimo disse...

Lá está você a repetir-se eternamente. Só sabe a mesma cassete, com as mesmas banalidades, e repete, repete, repete, repete. Vá, vá lá buscar aqueles excertos do Fernando Madrinha e do Miguel Sousa Tavares, as suas duas grandes autoridades cognitivas sobre “banca”. LOL

Os dois segundos são “demonstráveis” por “simples constatação” e “análise dos dados disponíveis”? É curioso, mas não há nenhum historiador sério ou economista que subscreva nenhum deles. E todos o que estudaram o assunto demonstram que esses dogmas de lunáticos são falsos. No caso do Holocausto, são já mais de uma dezena os trabalhos publicados especificamente a desmontar o “método” “revisionista” (que é um atentado flagrante aos princípios básicos da investigação histórica). Para quem quiser ler História a sério, recomendo: Nazi Germany and the Jews 1933 - 1945 de Saul Friedlander, The Destruction of the European Jews de Raul Hilberg, Ordinary Men: Reserve Police Battalion 11 and the Final Solution in Poland de Christopher R. Browning, Hitler, the Germans, and the Final Solution de Ian Kershaw. No caso da “banca”, a sua é claramente uma tese política dos extremos e é indemonstrável, como qualquer teoria da conspiração (uma versão desenhos animados da análise política, que foi e continua a ser usada como propaganda para as massas e em que quase nenhum político que a veiculou historicamente realmente acreditava).

Quanto aos outros dois, pretender que algo se demonstra pela lógica é não perceber que a lógica é um dos instrumentos da inteligência para lidar com a empiria. Portanto, para demonstrar alguma coisa teria que começar por provar empiricamente que o desemprego tem uma relação inversamente proporcional à evolução tecnológica numa série temporal bastante longa. Essa relação não existe (vá lá ver a evolução do desemprego, um fenómeno já de si muito difícil de medir, ao longo do século XX, o século de maior evolução tecnológica). É fácil argumentar que a relação é exactamente a inversa. Ah…não…mas espere. Agora é que tudo vai mudar. Porque vamos entrar na “era inédita”, “dar o salto irreversível”. Sabe quantos lunáticos já escreveram isso nos últimos séculos? Além do mais o “emprego” sempre existiu e sempre existirá. Emprego é só uma forma sofisticada de designar “trabalho humano para satisfazer necessidades alheias”. Ou vai agora repescar a sua “aldeia medieval do Asterix” que é outra invenção da sua cabeça oca e dos panfletários simplistas que você lê e passar por cima de todas as civilizações comerciais altamente desenvolvidas da Antiguidade? Deixe-se de desenhos animados e vá ler livros de História a sério.

Anónimo disse...

Quando à sua pergunta directa, o fisicalismo é a crença de que todos os processos são em última análise processos físicos, sendo o cérebro uma espécie de computador; o conexionismo é o ramo da investigação em inteligência artificial que procura reproduzir através de modelos computacionais o funcionamento do cérebro; o epifenomenalismo é a posição filosófica segundo a qual um computador com suficiente poder de processamento pode reproduzir fielmente o funcionamento do cérebro humano.
Ora, para a sua tese geral ser correcta, estas três teses têm que ser correctas e ser formuladas como você faz (a cassete). Ora, as 3, como você as formula, são posições MARGINAIS e ALTAMENTE POLÉMICAS em cada um dos debates em que se inserem e estão muito, muito, muito, muitooooooo longe de serem consensuais. Se cada uma delas é marginal e frequentemente até ostracizada no seu próprio debate, é fácil de perceber que a probabilidade estatística de as 3 estarem certas ao mesmo tempo é reduzidíssima. Daí que apresentar isto como dogma é não perceber nada do que é a ciência e do mistério que sempre será.
A primeira é uma mera crença, sem nenhum valor epistemológico superior à crença da filosofia árabe de que o intelecto activo resulta de uma infusão divina – não há nenhuma forma de provar “cientificamente” esta crença, porque isso seria o mesmo que o homem deixar de ser homem para se analisar como homem; o homem só pode pensar como homem e portanto está limitado pela condição da sua razão e pelo alcance da sua experiência (que não é só pessoal mas também é histórica, mas também a história é uma reconstrução muito limitada da experiência passada). O homem como homem interfere sempre no desenho dos modelos de investigação científica e portanto a ciência não pode ir além dos limites humanos.
Subjacente à empresa científica do fisicalismo não está nada do que você diz. A percentagem de cientistas que se dedicam ao fisicalismo que reconhecem que é impossível replicar os aspectos fundamentais da vida humana (como a inteligência emocional, a espiritualidade, etc.) é esmagadora (muitos são até profundamente religiosos). Geralmente quem defende o seu tipo de posição (aliás, uma versão barata de um materialismo ranzinza que faria Marx rir histericamente e que foi perfilhado por Saint-Simon, um engenheiro lunático do século XIX) são as pessoas que se limitam a ver a espuma das coisas, incapazes de reflectir filosoficamente sobre a condição humana, os limites do conhecimento (se quiser começar por algum lado, leia Kant) e o sentido da vida.
Não há NENHUM neurologista ou neurofisiologista que diga que actualmente conhecemos mais do que uma percentagem ínfima da forma como funciona o cérebro humano. Ora, se conhecemos muito pouco do cérebro humano, como é que vamos criar máquinas que repliquem fielmente o cérebro humano?

A sua “teoria” é a típica teoria sensacionalista “New Age”: pega-se em teses seleccionadas ao acaso nos debates científicos (sem os conhecer), junta-se tudo numa mistela superficialmente coerente, apresenta-se como um dogma “baseado na ciência” e ganha-se um público fascinado pela pseudo-ciência onde ninguém tem dúvidas e tudo bate certo porque tudo não passa de propaganda martelada à exaustão.

Anónimo disse...

Por fim, outra resposta a uma pergunta directa, de uma forma muito rápida e simples.

Novos tipos de emprego previsíveis (e as possibilidades imprevisíveis são infinitas):
- Todo o tipo de emprego relacionado com a reconversão “ecológica” da produção;
- Exploração de novas tecnologias (inclui call centers; produção, distribuição e manutenção de telemóveis, computadores e afins; novas engenharias; novas áreas de investigação científica, etc.);
- Cuidados de saúde (incluindo medicina convencional e o mercado enorme de medicinas alternativas; ginásios, etc.);
- Todo o tipo de actividades em torno da terceira idade (para satisfazer a procura resultante das alterações demográficas);
- Turismo (com um potencial de crescimento exponencial nos mercados emergentes);
- Actividades relacionadas com a exploração dos fundos marinhos (só a exploração dos fundos oceânicos vai ser uma tarefa gigantesca que vai criar milhões de empregos e desbloquear recursos para satisfazer velhas necessidades e criar novas necessidades a uma escala provavelmente inédita);
- Etc. Etc. E quem for mais eficiente nas velhas actividades económicas, que satisfaça as necessidades existentes até ter capacidade para ser eficiente nas novas.

Estas actividades e estes novos empregos não surgiram por causa de “alterações tecnológicas”. As alterações tecnológicas resultam elas próprias de alterações sociais profundas e a possibilidade destes mercados só existe graças a alterações políticas como a consecução de um nível elevado de paz mundial e a criação de um corpo de direito internacional, que permitem que por exemplo a exploração dos fundos marinhos e o turismo se possam desenvolver sem entraves como um clima de insegurança internacional, a ausência de definições jurídicas aceites universalmente como a de “zona económica exclusiva”, etc.

Enquanto houver necessidades, haverá motivos racionais para trabalhar para as satisfazer e, portanto, “empregos”. Como as necessidades são infinitas e estão a crescer a grande velocidade…

Diogo disse...

Anónimo - «Além do mais o “emprego” sempre existiu e sempre existirá. Emprego é só uma forma sofisticada de designar “trabalho humano para satisfazer necessidades alheias”. Ou vai agora repescar a sua “aldeia medieval do Asterix” que é outra invenção da sua cabeça oca e dos panfletários simplistas que você lê e passar por cima de todas as civilizações comerciais altamente desenvolvidas da Antiguidade?»


Diogo – Meu caro, já reparei que você tem tendência a espraiar-se nas questões. Cada comentário seu multiplica os temas do comentário anterior por dois. Assim, esta discussão tenderia para o infinito. Desta forma, vou-lhe responder apenas à sua afirmação supra.

«Emprego é só uma forma sofisticada de designar “trabalho humano para satisfazer necessidades alheias».

Segundo a sua tese, qualquer trabalho feito em grupo é um «emprego» porque satisfaz necessidades alheias. O homem é um animal gregário, logo,

Quando um homo sapiens caça em grupo, está a trabalhar para si e para outros – logo, está empregado.

Quando um neandertal defende em grupo, está a trabalhar para si e para outros – logo, está empregado.

Mas porquê cingirmo-nos aos humanos? Quando um magusto caça ou defende em grupo – está empregado.

N’est-ce pas mon cher?

Anónimo disse...

LOL

Você é que tem a tendência de não responder a nada, porque não sabe, e a concentrar-se no limitadíssimo número de questões e dogmas que memorizou e que repete ad nauseam. Não é capaz de abordar um tema novo nem de ser mais sofisticado seja em que questão for, porque só decorou esse guião limitadíssimo. Responde a tudo o que se afasta um milímetro do guião com a mesma cassete de sempre, como fez em todos os posts até agora. É que você nem vira o disco, é sempre do mesmo lado. Nem nas reuniões do PCP há tantas palas.

Para responder mais uma vez directa e claramente à sua questão:
1) Está claramente escrito na minha frase que citou: humano. Os animais têm as necessidades definidas pelo instinto a priori, não têm a faculdade de deliberar racionalmente sobre os objectos da sua volição, portanto não confunda as coisas. Se não sabe distinguir um homem de um animal e de uma máquina, tem que voltar à 4ª classe porque pelo menos no meu tempo ensinavam isso.
2) E sim, tudo o resto está basicamente correcto. A segurança é um serviço como outro qualquer. É a civilização que permite que neste momento haja um monopólio da segurança por parte de uma instituição chamada Estado, mas também essa segurança é um serviço. E sim, a prestação desse serviço é uma forma de "comércio" entre os homens, que dá "empregos" (que se paga em impostos). E sim, exactamente porque o homem é um animal gregário (político até, como dizia Aristóteles) é que os homens continuarão sempre a produzir e trocar bens e a prestar serviços uns aos outros e a encontrar trabalho na satisfação das necessidades uns dos outros. Em troca do que quer que seja - nas economias monetarizadas, dinheiro. Nas economias não monetarizadas, estatuto, géneros, privilégios, etc.

Anónimo disse...

E em relação ao que escrevi em cima, quero só corrigir uma gralha:

"Subjacente à empresa científica do fisicalismo não está nada do que você diz. A percentagem de cientistas que se dedicam ao fisicalismo que reconhecem que é impossível replicar os aspectos fundamentais da vida humana (como a inteligência emocional, a espiritualidade, etc.) é esmagadora (muitos são até profundamente religiosos)."

Onde se lê fisicalismo deve ler-se conexionismo. Dá para perceber pelo texto, de qualquer modo.

Diogo disse...

Anónimo - «A percentagem de cientistas que se dedicam ao conexionismo que reconhecem que é impossível replicar os aspectos fundamentais da vida humana (como a inteligência emocional, a espiritualidade, etc.) é esmagadora (muitos são até profundamente religiosos)."»


Diogo – Se o universo é apenas composto por energia e matéria (esta também composta unicamente por energia), e se nada existir de espiritual, então tudo é teoricamente replicável. Você é religioso, Anónimo?

Anónimo disse...

Lá está você com a cassete. São SEMPRE os mesmos pontos muito básicos, expressos em formulações uito curtas (sempre iguais), porque a informação é escassa e o guião é único.

Energia e matéria são categorias da ciência. O "conhecimento" que nos dão do universo são tão limitados quantos os limites da nossa ciência (que será eternamente revisível, de qualquer modo). A nossa ciência é tão limitada quanto a nossa razão. A razão é só uma das faculdades do homem - e por sinal nem sequer a mais importante.

A sua formulação das questões é tão bacoca que passa por uma criança de 12 anos que leu o livro de Físico-Química e acha que todos os problemas do mundo estão resolvidos. Na sua idade (presumo que 18/19) já devia ter ouvido do monumento à reflexão humana que é a Teologia. Não ouviu, não leu, não sabe além desse materialismo de autocarro. Assim é só um propagandista de teses pseudo-científicas em segunda mão, nunca sai dessa gaiola.

Mas veja lá isso. Ainda é novo e toda a gente vai a tempo de aprender. Leia filosofia e deixe-se dessas respostas simplistas e circulares.

Anónimo disse...

mas ilustre anonimo, se aqui so encontra equivocos e imaturidades, que motivacoes encontra para exercer, exatamente aqui, o seu exaltado eruditismo?

Anónimo disse...

A única motivação é alertar as pessoas para o facto de só estarem a criar ressentimentos inúteis e a alimentar fantasias estéreis ao seguirem estas infantilidades propagandísticas, estas cassetes que aparecem sempre em alturas de crise económica.

Repito, a fórmula é SEMPRE a mesma:
1) Estamos a atingir, finalmente, milhares e milhares de anos depois, uma "fase inédita", um "ponto sem retorno", da vida humana em que o problema económico será definitivamente resolvido (pelo "progresso tecnológico", pela "abundância decorrente da libertação das forças produtivas", pelo apuramento, "cientificamente" apoiado, eugenista da raça superior que afirmará o "espaço vital" sobre as inferiores, etc.);
2) Basta expulsar agora "os maus" ("os políticos", "a banca", "os jornalistas venais", "os judeus", "os kulaks", "a aristocracia", "os imperialistas americanos", etc etc etc) e vamos todos viver em harmonia porque somos todos muito bons - eles é que são os maus, os gananciosos, os manipuladores, etc.

Isto é um desenho animado, não tem nada a ver com a realidade. Dá origem a violência sem sentido, não resolve nada e contribui para criar feridas profundíssimas e colapsos civilizacionais pontuais traumáticos na civilização capaz de proporcionar mais liberdade e bem-estar que já alguma vez existiu.

Johnny Drake disse...

Anónimo: o que tem a dizer sobre a alternativa ao sistema económico (a economia de recursos) apresentada pelo Movimento Zeitgeist?

Diogo: Independentemente das críticas, o texto/post é bom e só não o percebe quem não vive no país real (ou está ligado à Banca ou ao actual Sistema)...

Anónimo disse...

Johnny Drake: desconheço do que esteja a falar. O que lhe posso dizer é que não estou ligado à banca, vivo no país real e não sou rico; e que o actual sistema económico não foi desenhado racionalmente por ninguém, foi evoluindo, foi deixando cair o que estava mal, foi-se reformando, foi-se remendando. É um produto de muitos séculos e muitos testes e muitas correcções. Sempre que alguém desenhou sistemas económicos "racionalmente" (e a quantidade de experiências práticas desse género que fizeram os socialistas utópicos no século XIX foi enorme), com base num plano em que tudo batia certo, deu origem a desastres. Porquê? Porque os homens são incapazes de mais que um esboço muito ténue da realidade e não podem compreender 90% do jogo de causas e efeitos em interacção. Portanto, mais vale ser prudente e melhorar o que temos do que andar com grandes esquemas que são lindos no papel e na prática têm que ser impostos pela violência porque ninguém aceita comportar-se como está no papel e porque ninguém consegue explicar porque é que as pessoas se recusam a ser apenas aquilo que se quer que elas sejam.

Diogo disse...

Anónimo: «o actual sistema económico não foi desenhado racionalmente por ninguém, foi evoluindo, foi deixando cair o que estava mal, foi-se reformando, foi-se remendando. É um produto de muitos séculos e muitos testes e muitas correcções.»


Diogo – É por isso que, segundo a revista Forbes, os 400 americanos mais ricos têm mais dinheiro que os 150 milhões de americanos mais pobres. É a tal mão invisível que o Anónimo tanto venera!

Johnny Drake disse...

Anónimo, gostaria que desse uma vista de olhos a isto:
http://revisionismoemlinha.blogspot.com/2011/04/zeitgeist-os-filmes.html

Existem mais filmes sobre este movimento, mas penso que especialmente o segundo mostra bem como funciona essa economia de recursos alternativa ao sistema monetário. Acho que é uma alternativa interessante de ser analisada, apesar de ter várias arestas por limar.

Diogo, não nos podemos esquecer que o Capitalismo apenas destruiu metade do mundo... a outra metade o Comunismo encarregou-se de a destruir! A mesma besta com duas cabeças. Ambos os sistemas políticos foram condicionados pelo mesmo sistema monetário. O resultado final não foi nem será muito diferente.

Johnny Drake disse...

Anónimo: "o actual sistema económico não foi desenhado racionalmente por ninguém".

Depois de ver os filmes, vai mudar de opinião. O Banco Central, a Reserva Federal.............

Diogo disse...

Drake,

Estou convicto que o trabalho humano, no sentido utilitário, vai desaparecer fruto da evolução tecnológica que o vai substituir na totalidade.

Restar-nos-á os hobbies – as actividades por prazer: cuidar de um jardim, construir uma cadeira, fazer um filme, compor uma música, e uma infinidade de opções que nos irão oferecer uma vida verdadeiramente humana.

Abraço

Anónimo disse...

Drake: os documentários são fontes de entretenimento, não de conhecimento. Como o celebrado "Inside Job", que está cheio de erros científicos graves e declarações retiradas do contexto. Quanto à reserva federal, basta dizer que o compromisso que existe entre o governo dos EUA e a Reserva Federal para esta ser relativamente autónoma é um produto da História e tem boas razões (impedir os governos de manipular a moeda para obterem ganhos de curto prazo sacrificando o futuro), não é o produto de uma conspiração. Daí a UE ter copiado o modelo. Mas das duas uma: ou se estudam estas razões e para isso é preciso perceber de macroeconomia, teoria monetária, etc., ou se atribui tudo a uma conspiração e está tudo explicado para todo o sempre, o mundo é a preto e branco e não é preciso perder anos a aprender coisas difíceis sem soluções fáceis. É fácil ver porque é que só uma minoria envereda pelo estudo a sério dos fenómenos.

Diogo: você nem sequer faz a mais pequena ideia da origem do conceito de mão invisível (que ninguém venera) na filosofia moral. Para si foi tudo desenhado pelos maus. Para quem não sabe nada de história política, económica, social e intelectual, é óbvio que é mais fácil atribuir tudo aos maus. Você não tem a capacidade de aprender, vive no seu mundo fechado de paranóia, conspiração e 3 ou 4 dogmas pseudo-científicos. É preciso alguma coisa para o ocupar, já que não há-de ocupar posição nenhuma socialmente relevante. Divirta-se a dançar ao som da sua cassete (que já pôs a tocar outra vez). É um tolinho.

Anónimo disse...

Drake: o seu documentário é péssimo.

Cientificamente é um pesadelo, um bombardeamento de imagens para manipular emoções e toldar o raciocínio, declarações fora do contexto e manipulação descarada de "fontes de autoridade" (sempre selectivamente escolhidas; por exemplo - a imprensa é controlada pela banca quando se trata de conspiração, mas quando as notícias interessam já é uma fonte credível de autoridade). Nem os filmes de propaganda nazi ou soviética fariam melhor. Perceba uma coisa: isto é entretenimento, não é ciência. Para se compreenderem os problemas a sério é preciso estudar anos e anos e anos, não basta ver 2 ou 3 documentários e ler 2 ou 3 livros, sobretudo se forem de qualidade tão reles e tão objectivamente falsos e manipuladores.

De resto, é a mesma lixeira que aqui se propaga, baseada nas mesmas falácias básicas e nas mesmas visões de desenhos animados da História. Diz-se que a tecnologia pode mudar tudo e depois começa a deduzir-se tudo a partir da tecnologia, como se a evolução tecnológica sustentada não fosse ela própria produto da organização económica capitalista, não exigisse investimentos colossais, não obrigasse centenas de milhões de pessoas a trabalhar em investigação, desenvolvimento, manutenção, etc. Centenas de milhões de pessoas que ao ocupar o seu tempo em actividades relacionadas com a ciência necessitam de outras centenas de milhões que lhes satisfaçam as outras necessidades, como de alimentação, vestuário, mobiliário, entretenimento, produtos de higiene, etc, etc etc.

Isto é tão ridículo como dizer: um dia, a tecnologia vai cair do céu e vai fazer tudo. E nós vamos todos ser felizes. Que uma criança de 7 anos acredite nisto, não é preocupante. Que pessoas de 18 anos acreditem, é sinal de ignorância total (e até retardamento).

Não se esqueça de uma coisa: tudo o que se escreve neste blog e se diz nesse tipo de documentário é uma versão em 3ª ou 4ª mão de teorias da conspiração e propostas de solução milagrosa que têm sido veiculadas e até experimentadas na prática desde a Revolução Francesa. Todas acabaram em desastres colossais, porque o mundo é muito mais complexo do que nós algum dia poderemos entender e porque é muito mais fácil seguir a ilusão de saber tudo do que estudar a sério - no momento em que se começa a estudar a sério perdem-se as ilusões e as certezas absolutas das crianças.

Anónimo disse...

esse anonimo demonstra odio desenfreado por todos que denunciem o conluio do qual ele evidentemente é desavergonhado lacaio

Anónimo disse...

Pois é, anónimo. Descobriu-me a careca. Eu sou dos senhores dos maus. Fazem parte desta organização ainda o rato mickey, o sapo cocas, o dumbo e as tartarugas ninja...se não fosse o nosso gang começavam a chover máquinas do céu a quem só tinha que dar a ordem e elas faziam aparecer milagrosamente do ar tudo o que você precisa para viver (incluindo papel higiénico e programas de televisão). Não seria maravilhoso?

Zorze disse...

Diogo o post é muito bom e o livro que serve de referência foi uma pedrada no charco no relativo à questão dos excluídos sociais no que toca à sociedade francesa e daí tirarmos as analogias a economias "mais ou menos" semelhantes, na qual se insere a nossa.
No fundo e numa análise mais fria, o que acontece na realidade, são deslocalizações de centros produtivos ou clusters económicos para zonas onde a mão-de-obra é mais barata. O empresário ou administrador apenas faz contas de 2+2. Para a mesma produção e com menores custos de trabalho, o que se lhe importa pagar salários no norte da França ou no Bangladesh? A margem de lucro, o menor poder reinvidicativo, provavelmente até aumentar a produção, regimes fiscais mais brandos, quase ausência de condições de trabalho, estas são as escolhas nos dias de hoje, simplesmente fazer contas entre o deve e haver, aliás como sempre foi. As pessoas, os seus direitos e a sua qualidade de vida, é algo para que se estão a marimbar.
A verdadeira questão é que o mundo sempre esteve desequilibrado e esses desequilíbrios fomentam esta espiral negativa.

Desde a entrada da China e da Índia na OMC, este reajustamento forçado tem vindo a provocar a retirada de uns para outros. Estes dois países representam 1/5 da população mundial, imagine-se esta fatia a consumir nos níveis dos consumidores ocidentais; a produzirem o mesmo lixo, a possuírem os mesmos automóveis proporcionalmente, os kilos de carne per capita e por aí adiante, não havia produção que chegasse.

A análise da história ajuda-nos a compreender factos passados, mas ninguém refere, por exemplo, que estes dois países são autênticas duas bombas-relógio.
A Índia com a sua tradicional sociedade de castas, que amputa à partida, que milhões de pessoas tenham as mesmas oportunidades é um factor de não somenos importância e altamente explosivo.
A China é uma enorme amalgama de etnias que se odeiam uns aos outros, a juntar às crescentes desigualdades que o horror económico provoca. Já ouviram falar das cidades-fantasmas neo-industriais chinesas?
E para compor o ramalhete, os E.U.A. são uma verdadeira incógnita, os seus principais inimigos, os mais ferozes radicais, estão lá dentro, são os próprios americanos, desde a extrema-direita à extrema esquerda, com a nuance de estarem fortemente armados, quase mini-exércitos. A juntar a uma sociedade em completa decadência. Só para se constatar um pequeno pormenor, se uma criança ligar ao 911 e dizer que o pai lhe deu uma estalada, a polícia desloca-se até à residência e leva o pai detido.

E se estas economias colapsarem ...? Decerto que vão haver intelectuais a teorizar, o porquê, o como, a história e a filosofia.
A parte inesperada, o maior percentual, ficará na história, para outros daqui a alguns anos teorizarem novamente.

Vivemos disto e não há volta a dar.

Diogo disse...

Zorze,

Não há qualquer dúvida que a deslocalização para zonas de mão de obra mais barata tem sido e continua a ser um dos mais importantes fenómenos económicos dos dias de hoje. Exemplos disso podem ser vistos por todo o lado: pilhas e corta-unhas da China a 50 cêntimos, bananas e ananases vindos da América do Sul ao preço da «uva mijona», etc.

Mas, paralelamente e a um nível mais profundo existe o avanço exponencial da tecnologia. A máquina produz cada vez mais, mais depressa, de forma mais precisa, de modo mais inteligente e por um custo cada vez menor.

O trabalhador chinês a 30 cêntimos à hora ou o escravo indiano são cada vez mais caros relativamente à automação. São mais lentos, dão mais erros e são menos precisos (qualidade que é cada vez mais necessária à medida que caminhamos para as nanotecnologias). Para além disto, o trabalhador-escravo do terceiro mundo está longe. Para além dos custos de transporte, os produtos que fabricam podem demorar dias ou semanas a chegar. Pelo contrário, a fábrica cada vez mais automatizada está aqui ao pé. O que significa menos custos de transporte e menos custos de demora na entrega dos produtos.

Acontece que, somando as duas coisas – a deslocalização e a automação – começa-se a registar um desemprego maciço nos países mais ricos. E à medida que a automação for avançando, também o trabalhador-escravo do Terceiro Mundo se verá desempregado.

É por isso que eu digo que estamos a caminhar para o seguinte: sem trabalhadores não há salários, sem salários não há vendas, sem vendas não há lucros, sem lucros não há produção, sem produção não há propriedade privada dos meios de produção.

Donde, o que me parece mais lógico (com níveis de automação cada vez mais avançados) é o faça-você-mesmo-com-recurso-às-novas-tecnologias. Ou seja, a vida num mundo sem trabalhadores:

Se quero saborear um prato mais requintado, recorro ao fogão, ao microondas, à batedeira eléctrica, à fritadeira eléctrica, à máquina de fazer pão e a toda a panóplia de electrodomésticos de cozinha que estão a surgir.

Se quero uns sapatos ou umas calças dirijo-me a um centro automatizado que os produzirá à medida e nos padrões que eu quero (tal como acontece nas máquinas automáticas de preparar bebidas – café, descafeinado, capuccino, galão, chá, etc., e que estará dimensionado para servir um certo número de pessoas (por exemplo 1000).

Se quero um automóvel ou o meio individual de locomoção que estiver em voga, dirijo-me a um centro automatizado que estará dimensionado para servir um maior número de pessoas (por exemplo 50.000).

Como não há salários, cada pessoa receberá uma renda do Estado para as suas despesas.

Anónimo disse...

Zorze,

Você também engoliu a cassete?

Quem é que produz, dirige, controla e mantém os "centros automatizados"? O Estado? Não vê que isso é exactamente a utopia babouvista que mantém constantes as preferências dos homens dos dias de hoje, atribui ao "Estado" o carácter de entidade bondosa afastada dos normais conflitos humanos?Se não há economia monetarizada, o que é o Estado? O coração do Estado Moderno é o fisco.

O trabalhador chinês tenderá a ganhar cada vez mais, apesar de o problema chinês ser diferente por não ser uma democracia representativa mas um Estado em que tudo funciona por corrupção (que é o que acontece, mas como o Partido não deixa relatar casos de corrupção ostensivamente na televisão, varre-se tudo para baixo do tapete e a ralé pensa que está tudo bem), incluindo os fluxos migratórios clandestinos. Na Índia está a crescer uma classe média a uma velocidade exponencial.

E não está a crescer "um desemprego massivo" nos países ocidentais. Você está a confundir uma situação temporária de crise com uma situação de normalidade, tal como fizeram os alemães entre 1928 e 1933 (e veja lá no que se meteram). Se comparar qualquer evolução no longo prazo (p. ex.: século XX) entre as curvas do emprego e da tecnologia, verificará que o crescimento da tecnologia contribui para criar mais emprego, sobretudo emprego em torno do processo de investigação, desenvolvimento, produção e assistência técnica relacionado com a tecnologia.
Isto quer dizer que para a sua "teoria" ser correcta teríamos que estar a atingir um "ponto de viragem inédito" na História do mundo, que ia mudar tudo para sempre. Ora, isso é exactamente o que disseram jacobinos, babouvistas, socialistas utópicos, marxistas-leninistas, nazis, etc. E veja lá os resultados dos regimes deles (que eram cheios de boas intenções, contra "a banca", "os judeus", "a plutocracia", "a aristocracia opressiva", "os burgueses", etc). Não há nenhum cientista, historiador, economista, sociólogo ou o que quer que seja RECONHECIDO que defenda tal hipótese. 99% dir-lhe-ia que é um absurdo que surge recorrentemente em alturas de crise.

Joaquim disse...

Diogo, você diz; Como não há salários, cada pessoa receberá uma renda do Estado para as suas despesas.

Isto levará a 2 situações
1 - à criação de uma elite que govrna e se governa. Com certeza que os dirigentes hão-de ter uma renda mais generosa.
2 - aquele cidadão que quer aumentar o seu patrimóbio começa a emprestar, ajuros, parte da sua renda, para satisfazer a necessidade supérfula de consumo dos mais vaidosos.
E depois volta tudo à mesma....

Anónimo disse...

Joaquim: exactamente. A única forma de prevenir a tendência que enuncia no seu ponto 2 é usar uma coerção constante (propaganda + terror físico e psicológico) pela elite do seu ponto 1. Torna-se uma luta violenta entre uma ideia absurda e fantasista e a natureza humana e as circunstâncias da vida real.

A questão é que basta ler Babeuf e Buonarroti e estas fantasias estão lá TODAS. TODAS! Eles queriam ir ALÉM do terror de Robespierre para criar esse novo mundo de fantasia. É ridículo que mais de 200 anos depois e depois de falhanços atrás de falhanços DESASTROSOS e com custos humanos incomensuráveis ainda a ralé viva destas fantasias. Parece que já estão fartos de viver em paz e querem levar com milícias arbitrárias em cima. Perdoai-os Senhor, eles não sabem do que falam.

Anónimo disse...

bla bla bla

e enquanto isso...

Johnny Drake disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Johnny Drake disse...

Anónimo, simplesmente você não percebeu nada dos documentários, nem se preocupa em tentar perceber. Diz que aqui "é só cassetes repetidas", mas a única cassete é a sua e de muito má qualidade. E depois de ler que "os documentários são fontes de entretenimento, não de conhecimento", então ainda fiquei com menos vontade de perder o meu tempo consigo. Você encaixa perfeitamente na estratégia dos que procuram descredibilizar tudo e todos os que denunciam o que pode estar mal. Se dependesse de si, ainda continuávamos a defender que a Terra era plana! Dizer o contrário era "teoria da conspiração".
Mas a sua cereja do bolo foi esta:

"Quanto à reserva federal, basta dizer que o compromisso que existe entre o governo dos EUA e a Reserva Federal para esta ser relativamente autónoma é um produto da História e tem boas razões (impedir os governos de manipular a moeda para obterem ganhos de curto prazo sacrificando o futuro), não é o produto de uma conspiração. Daí a UE ter copiado o modelo."
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH

"Impedir os governos de manipular a moeda para obterem ganhos de curto prazo sacrificando o futuro"????!!!!! E quem a manipula agora????
Você ou é completamente cego ou simplesmente come da mesma gamela! Não adianta disfarçar mais.


Fique bem e seja feliz.

Anónimo disse...

Drake: os documentários são péssimos. A parte histórica está cheia de erros primários que qualquer pessoa no primeiro ano de um curso de História conseguiria desmontar. A parte da conspiração é um vomitado que nem a "Maria" publicaria, por falta de credibilidade...

Quanto ao resto do seu comentário: já ouviu falar do debate macroeconómico keynesianismo versus monetarismo? É que se não faz a mínima ideia do que seja não convém fazer comentários, porque é só o MÍNIMO que se pede a alguém que tente formular algum tipo de opinião sobre a centralização da cunhagem de moeda...

O seu argumento é: "eu acho que os maus centralizaram a cunhagem de moeda para extorquir as pessoas e se você não acha, você é dos maus". O meu argumento é: keynesianismo em épocas de crise sem almofada orçamental num país pequeno e improdutivo é suicídio. Claro que você não faz a mínima ideia do que isto significa, portanto...

Johnny Drake disse...

"os documentários são péssimos. A parte histórica está cheia de erros primários que qualquer pessoa no primeiro ano de um curso de História conseguiria desmontar. A parte da conspiração é um vomitado que nem a "Maria" publicaria, por falta de credibilidade..."

Bla bla bla...


É normal a "parte histórica" ser atacada. Mas o mais engraçada é quem procura contrariá-la apresenta o Antigo e o Velho Testamento como argumento!!!
E... e eu tenho um bocadinho mais que o primeiro ano de História... LoooooL

Quanto à parte da conspiração, qual é a parte do vomitado que tanto o incomoda??? A partir do momento em que você acredita na versão oficial então a sua capacidade cefálica está completamente apanhada. Loooool Diga lá qual é a parte "vomitada"!...
Procure ver a quantidade de especialistas nas mais variadas áreas que contestam a versão oficial. Nada tem a ver com "teoria da conspiração". Procure informar-se primeiro antes de criar rótulos.

Questão económica. Veja o segundo filme com mais atenção. AAAAAAAA, é verdade, é só para distrair... Por alguma razão alguns dos fundadores dos EUA quiseram acabar com a dependência do Estado pela acção da Banca. O próprio JFK quis fazer o mesmo. Por coincidência ou "distracção, foram assassinados. Mas claro, são tudo teorias da conspiração. Fique com o seu bla bla bla económico de quem se julga muito inteligente. Estamos reféns da Banca porque quer ela quer o Estado assente no actual sistema monetário não querem resolver os problemas das pessoas. Querem O LUCRO! Nada mais mais. O mais importante são as pessoas, sabia? Não, não deve saber....

Johnny Drake disse...

Não vou fazer mais comentários sobre este post. O erudito que sabe de tudo, mas do que não sabe rotula de "teoria da conspiração vomitada" que passe também pelo meu espaço. Ou será que sobre Revisionismo ele também tem uma explicação económica?.... looool

Anónimo disse...

1) Todas as pessoas querem o lucro, ou qualquer forma análoga de obter distinção social, a nível estatutário e/ou material; é a natureza humana; não é característica exclusiva da "Banca";

2) Quem critica a parte "histórica" não se baseia na Bíblia. Bem pelo contrário. Baseia-se num conjunto enorme de autores contemporâneos dos factos aludidos, pré-historiadores da Antiguidade e autoridades modernas nos assuntos. A parte "histórica" é de uma incompetência assustadora e baseia-se na repetição de lugares comuns difundidos por pessoas sem qualquer formação em investigação histórica.

3) Não há nenhuma "versão oficial" sobre assunto nenhum, no sentido em que vivemos em sociedades abertas e ninguém lhe impõe que aceite as conclusões institucionais como um dogma. Por outro lado, não conheço nenhuma autoridade cognitiva séria que perfilhe qualquer das teorias da conspiração constantes desse documentário. Até porque são ridículas.

4) Quais foram os "fundadores dos Estados Unidos" que quiseram "acabar com a dependência da Banca" que foram assassinados? Já está a cometer um anacronismo ridículo, porque a ladaínha contra "a banca" só apareceu no final do século XIX - você limita-se a repetir uma velha ladaínha e pensa que é uma análise muito moderna. Deve estar a confundir tudo com a crítica do Jefferson a um défice que comprometa as gerações seguintes - ora, isso não tem absolutamente nada a ver com "a banca" como a concebemos hoje. Conhece a história de vida do JFK e as ligações perigosas da família dele à Máfia? Ou está só a pegar na versão que lhe dá jeito e a ignorar todas as outras?

Anónimo disse...

Sobre "Revisionismo": é o maior atentado à investigação histórica do século XX.

Para saber porquê, leia: Nazi Germany and the Jews 1933 - 1945 de Saul Friedlander; The Destruction of the European Jews de Raul Hilberg; Ordinary Men: Reserve Police Battalion 11 and the Final Solution in Poland de Christopher R. Browning; Hitler, the Germans, and the Final Solution de Ian Kershaw. São livros a sério.

Se quiser uma crítica demolidora ao "método revisionista" (que não é método nenhum, é pura aplicação de técnicas de propaganda à "investigação" histórica): http://www.anti-rev.org/textes/VidalNaquet92a/part-4.html .

Johnny Drake disse...

Aqui está a resposta ao seu último comentário:

http://revisionismoemlinha.blogspot.com/2011/06/resposta-eruditos-anonimos.html

Anónimo disse...

Johnny Drake: aprecio sinceramente o seu esforço e compreendo que deseje ter mais visitas no seu blog (ahh...não...foi tudo por altruísmo...ou foi o sistema político/económico que o moldou assim). Mas de facto foi exaustivo demais e seria uma perda de tempo imensa estar a dar-lhe as referências nos termos académicos que está a referir. Isto dos blogs não dá emprego a ninguém e o tempo é escasso.

Talvez faça como o Bloco de Esquerda e responda a um ponto por dia, para não perder muito tempo. Mas praticamente tudo o que diz é mais do mesmo (você dirá o mesmo de mim).

O que lhe posso dizer é que você sofre estas influências: teoria da conspiração illuminati (esmagador); radicalismo social americano de pretensa inspiração jeffersoniana (muito superficial); anti-sionismo (esmagador). Tudo o que diz se encaixa nestes rótulos e faz parte de uma mistela muito contemporânea, mas vazia e repetitiva.

Quanto a mim, deixe-me só que lhe esclareça:
1) Li quase tudo o que existe sobre revisionismo quando era muito mais novo e também achava isso muito interessante; li os Leuchter reports, vi as "montagens", li o David Irving, essa treta toda. Achava que fazia algum sentido até ter formação para avaliar o valor científico das investigações e sobretudo depois de perceber a lógica da propaganda. Quando não há valor científico, há opiniões infundadas ou crenças. Cheguei pura e simplesmente à conclusão que o revisionismo é uma treta. Mas não defendo que não possa ser investigado - a questão é que de facto É investigado, mas nas academias, longe da barulheira dos teóricas da conspiração e das massas.
2) Fico feliz que goste de investigar e que de facto apoie a livre investigação. Mas começar uma livre investigação a partir de um juízo moral a priori e com uma concepção de como funciona o mundo e do que foi a História até agora à partida é o pior conselheiro de uma investigação livre. Só vai encontrar aquilo de que anda à procura.
3) Não me limito a copiar ninguém, até porque desconhecia o "movimento zeitgeist" e os seus "críticos" e não copio "teorias económicas" (seria um trabalhão ter que dar lições de economia aqui, já que o grau de conhecimento actual é 0). Aliás, não faço a mínima intenção de fazer mais aqui do que alertar as pessoas para as consequências práticas e o vazio das ideias que "defendem" (que são versões modernas de maluqueiras antigas que nunca deram bom resultado).
4) O budista que não se preocupa com o lucro é o budista que está no pagode e vive das esmolas que o resto da sociedade "pecadora" lhe dá (é mesmo assim que funciona nos países com fortes comunidades budistas). Os outros têm que trabalhar se querem viver uma vida com mais conforto e a melhor forma de progredir pelo trabalho que se conhece historicamente é estimular a competição entre as pessoas (o que não é nenhum pecado, desde que existam leis e normas que a tornem canalizável para o bem comum).

Johnny Drake disse...

Anónimo,o seu principal problema no meu espaço é que não permite comentários anónimos...

A resposta às suas palavras já lá está.

http://revisionismoemlinha.blogspot.com/2011/06/resposta-eruditos-anonimos.html

Anónimo disse...

Não tinha reparado nisso, por acaso. Se calhar tem razão. Se eu desse a minha identidade seria logo imediatamente identificado como um agente da Mossad Illuminati e da Fundação Mário Soares. lol

Mas você escreve muito e comenta até as vírgulas. Assim é impossível lê-lo e responder.

Anónimo disse...

Li um pouco do que escreveu. Assim fica difícil, com tantos "lol" e a dizer que não estou a responder porque fiquei transido com a sua poderosa argumentação.

Anónimo disse...

Vou tentar ser muito sucinto e pedagógico e cingir-me hoje ao Holocausto:

1) É completamente diferente comentar por alto num blog lunático e escrever um texto académico com referências como me está a pedir; as pessoas costumam ser remuneradas pela segunda actividade, a primeira é só uma distracção ao fim de um dia de trabalho.

2) Percebe-se facilmente pelos seus comentários que vive imerso no universo do revisionismo e desconhece absolutamente a historiografia sobre o Holocausto, que não tem nada a ver com esse ambiente polémico e dramático supostamente vigente entre finais dos anos 60 e início dos anos 80. Não conheço nenhuma universidade do mundo que não aceite que se estude o Holocausto com todos os recursos disponíveis.

2) Se tiver MESMO esse interesse genuíno pelo Holocausto e outros genocídios afins, comece por ler este livro: The Historiography of Genocide, editado por Dan Stone. Leia especificamente as páginas sobre o Holocausto (373-399). É uma excelente introdução ao debate sobre o tema. Vai constatar que essa “perseguição” aos “heróicos mártires da liberdade de expressão que ousam contestar a ‘versão oficial’” da História é um mito que faz parte de um discurso de propaganda política (anti-sionista) e que o Holocausto foi e continua a ser investigado com critério, seriedade, com igual repugnância por tentativas de condicionamento extra-académicas e com intenção de determinar com exactidão o que de facto aconteceu. Vai perceber que ninguém na Academia defende que “havia um programa pré-estabelecido” pela Alemanha Nazi para exterminar os judeus há dezenas de anos. Também vai perceber que o problema com as pessoas fora dos meios académicos é que não têm formação para investigar e quase sempre partem de assunções pré-investigatórias e depois manipulam a informação para caber nas teorias pré concebidas. O David Irving foi e é lido por muita gente na Academia – e a conclusão a que se chegou, depois de lhe dar o benefício da dúvida, é que manipula descaradamente a informação e inventa fontes que não existem para provar teses “revolucionárias”.

3) O problema é que estas tretas do revisionismo actual vivem de polémicas POLÍTICAS dos anos 60 e 70 – não fazem a mínima ideia (ou não querem fazer) da historiografia contemporânea sobre o assunto. Consulte as notas finais do ensaio que lhe supra-indiquei e tem lá toda a bibliografia que necessita para investigar o problema seriamente. Vai ficar surpreendido com a liberdade de pontos de vista e com o tratamento detalhado e a refutação dos revisionistas. Sugiro-lhe que canalize esse seu amor para a verdade e que escreva uma tese histórica sobre o assunto. Daqui a uns anos publique no seu blog o resultado de uma investigação com formação histórica. Sabe que há um método científico para investigar, não? E “Marx não era marxista”, mas tinha formação superior em Direito e Filosofia e muitos dos erros de Marx resultam do facto de ter ficado preso à ciência económica clássica (não ter compreendido a revolução marginalista, como um bom autodidacta que não consegue acompanhar o progresso da ciência fora da Academia…) e ter procurado misturar mais ou menos arbitrariamente diagnósticos do socialismo utópico francês com proposições filosóficas do idealismo alemão (que eram duas correntes de pensamento totalmente estranhas uma à outra).

Anónimo disse...

4) Se ler qualquer um dos livros que lhe recomendei anteriormente vai encontrar material que nunca mais acaba, hiper-detalhado, a explicar o que foi o Holocausto, como aconteceu, quais as motivações dos políticos, dos executantes, dos coniventes, etc. Falar do Holocausto como se fosse tudo uma questão de câmaras de gás (que existiram e estão documentadas) é ridículo. Pretender que se pode analisar trabalhos de História sérios num blog igualmente (a não ser que queira que lhe transcreva livros inteiros). Na verdade, houve massacres de judeus por toda a parte sob ocupação nazi, sobretudo no Báltico, na Polónia e na URSS ocupadas (se quiser também lhe recomendo estudos específicos sobre a política de ocupação nazi no Leste da Europa, como “Nazi Empire-building and the Holocaust in Ukraine” de Wendy Lower). Procure informar-se ainda decentemente sobre os Einsatzgruppen. Se o que faziam não era genocídio deliberado de um povo, então não sei o que é que isso possa significar.

5) Sobre os campos de morte em concreto leia: “Anatomy of the Auschwitz Death Camp”, editado por Yisrael Gutman e Michael Berenbaum. É um trabalho de um grupo de historiadores sérios com documentação que nunca mais acaba e fontes VERIFICÁVEIS (p. exemplo, o seu amigo David Irving não só não é “historiador” – não tem formação nenhuma em História – como admitiu em tribunal ter mentido sobre fontes, manipulado deliberadamente documentos e inventado “ficheiros secretos” quando foi confrontado com verificações exaustivas do seu trabalho por John Lukacs e Ian Kershaw [ninguém o ameaçou de morte nem apareceu lá a Mossad para o executar sumariamente]). Se não ficar convencido…então não sei o que o possa convencer, porque comparar uma obra destas às “investigações” revisionistas é como comparar uma peça do Shakespeare com os livros do Rato Mickey. Comprove por si mesmo e depois diga alguma coisa.

5) Há uma literatura enorme e crescente sobre todo o tipo de genocídios, especificamente em perspectiva comparada (arménios, aborígenes australianos, índios americanos, colónias alemãs no sudoeste africano, indianos sob ocupação inglesa, vietnamitas e minorias étnicas no regime de Pol Pot, etc.). Se o Holocausto faz parte desses estudos, é porque é estudado como qualquer outro. E todos os povos que sofreram genocídios incorporam isso, por motivos óbvios e legítimos, na sua identidade nacional. Essa fixação com o Holocausto é política, não tem nada a ver com “amor pela verdade”. E a sua conversa dos “mártires da liberdade de expressão” não tem ponta de verdade na Academia actual. Inscreva-se num curso de História, atinja uma posição que lhe permita ser investigador e comprove você mesmo. Se tem tanto amor pela verdade…investigue como deve ser. Postas de pescada num blog não são investigação.

Johnny Drake disse...

Anónimo, não me diga que se acabaram os argumentos?... Já respondi no meu blogue às suas questões... Está a tomar balanço?...

Anónimo disse...

Nunca mais me tinha lembrado de vir aqui. De facto, tenho pouco tempo.

Mas já li a sua resposta e mantenho tudo o que disse e sinceramente não me parece que tenha lido nenhum dos livros que lhe indiquei. Limita-se à ladaínha revisionista, que como já lhe expliquei fica à porta das Academias.
1) Falei-lhe em académicos COM FORMAÇÃO EM HISTÓRIA. Você fala-me em químicos, bispos e afins. Não me venha com recortes de jornal, polémicas de imprensa ou livros sensacionalistas. Estou a falar de eruditos, não de aprendizes de historiador que fazem espalhafato público para chamar a atenção para a sua "causa" quando sabem que estão a infringir leis (bastante contraproducentes e até imbecis) de determinados países. De facto, é uma questão de credibilidade das fontes.
2) O seu problema - e dos seus pares "revisionistas" - é que não sabem distinguir polémicas políticas e recortes de jornal dos meios realmente eruditos onde se estudam os assuntos sem preconceitos. Durante o Estado Novo, Marx era proibido - excepto para estudos académicos. Tirando os regimes totalitários, esta regra costuma ser de ouro. Por mim, que se dê a informação às pessoas - depois é prciso é ter paciência para aturar todo o tipo de maluqueira.
3) Se acha que historiadores judeus não conseguem ser imparciais...então estamos conversados sobre os limites do seu conhecimento.
4) O que é que Ghandi tem a ver com Marx? Ghandi propunha uma ética, Marx propunha uma análise científica da realidade. É de facto uma comparação demonstrativa da sua extrema simplicidade intelectual.
5) A tese mais aceite neste momento na Academia sobre a relação de Hitler com o Holocausto é que a fragmentação das estruturas de tomada de decisão no seio do III Reich produziu uma dinâmica de radicalização cumulativa que levou a que, no quadro da Guerra, a solução final acabasse por se impor como a única opção viável para o fim ideológico de "remover os judeus". Ninguém defende que em 1933 se preparava 1943, o que se defende é que o caminho até 1943 estava implícito nas premissas ideológicas e no tipo de dinâmica política que cristalizaram na Alemanha depois de 1934. Afinal, ninguém pode negar que a Alemanha se começou a preparar para a Guerra mais atroz de sempre logo em 1933.
6) O resto dos seus comentários são palha, menções arbitrárias a factos históricos ou a "mártires revisionistas". Habitue-se a uma coisa: se quer escrever alguma coisa a sério sobre História, deixe de moralizar ou politizar os factos. Limite-se a estudá-los. A forma mais fácil de identificar quem não tem preparação para estas coisas é ver que a primeira coisa que fazem é procurar julgar à maneira das crianças ("os americanos também fizeram maldades"; "os ingleses também fizeram maldades", etc.).
7) Por mim...retirem-se as leis que proíbem a "negação do Holocausto". Para acabar de vez com a ladaínha. Nenhum historiador que eu citei precisa de "leis para o proteger". Basta a crítica de outros historiadores sérios, fundamentada com métodos de investigação válidos (em vez de propaganda política mascarada de investigação). Essa crítica tem acontecido e continuará a acontecer. Mas você continuará a ler os livros dos "mártires" e a passar ao lado da História a sério.

Johnny Drake disse...

Ãnónimo, a resposta está aqui:

http://revisionismoemlinha.blogspot.com/2011/06/demolicao-dos-eruditos-anonimos.html

E vou encerrar a minha participação neste 'post'

Anónimo disse...

É preciso haver anónimos como este para testar a nossa capacidade de compreensão da "realidade" tal como a percepcionamos. O An´nimo está bem documentado, sabe muito, é um intelectual (eu também meto a mão no revólver quando deparo com intelectuais) mas desconhece o significado de sabedoria. Fala de natureza humana como se soubesse do que está a falar quando está completamente iludido sobre essa temática. A verdade é que tendemos a definir a natureza humana como a nossa própria e, por isso, lá colocamos tudo o que é mau. Anónimo: pacifica-te lá um bocadinho e não faças tanto uso dos chavões que acusas os outros de utilizar mas que usas a bandeiras despregadas. Uma coisa é certa: vivemos todos numa simples casca de noz perdida num oceano sem início ou fim. Se damos cabo desta nave que nos sustenta e dos nossos irmãos o que resta? Nada. Por muito recorrentes que aches os argumentos do Diogo, eles são válidos e...a natureza humana nada tem a ver ganância, poder e medo. Acho que deves reflectir sobre todo o conhecimento que absorveste e catalogaste e, filtrada pelo coração, começares a arrumar a casa. Desculpa se achaste alguma das minhas palavras desagradável. Não foi esse o intuito. Fica bem.