quinta-feira, outubro 18, 2007

Simon Wiesenthal – onze milhões de mortos no Holocausto

Simon Wiesenthal contou a Yehuda Bauer onde fora buscar o número de 11 milhões de mortos do Holocausto. Wiesenthal contou-lhe que o tinha inventado. E porque o tinha ele inventado? Wiesenthal inventou-o, escreveu Bauer em 1989, "para fazer com que os não-judeus se sentissem como se fizessem parte de nós".


Excertos de um artigo assinado por Walter Reich, no site do American Enterprise Institute, um dos mais poderosos think-tanks neoconservadores norte-americanos e fervoroso defensor de Israel.


The Use and Abuse of Holocaust Memory

O Uso e Abuso da Memória do Holocausto


United States Holocaust Memorial Museum



Jimmy Carter

Em Maio de 1978, o Presidente Jimmy Carter, numa cerimónia no relvado da Casa Branca em honra do 30º aniversário de Israel, anunciou que estava a estabelecer uma comissão para estudar a criação de um monumento comemorativo nacional "para os seis milhões que foram mortos no Holocausto."

No dia seguinte ao discurso de Carter sobre os seis milhões, um ajudante de Casa Branca sugeriu que a nova comissão pudesse ampliar o número de seis milhões para onze milhões de forma a incluir na definição de Holocausto os cinco milhões de vítimas não-judias. Onze meses depois, em Abril de 1979, nos primeiros "Dias de Recordação", na cerimónia na Rotunda do Capitólio, o Presidente Carter falou dos "onze milhões de vítimas inocentes exterminadas - seis milhões das quais judeus."

Elie Wiesel

E cinco meses depois, em Setembro de 1979, Elie Wiesel, o presidente designado da Comissão do Holocausto pelo Presidente Carter, entregou o relatório da Comissão que dava ênfase à essência especificamente judia do Holocausto, notando que "qualquer tentativa para diluir ou negar esta realidade seria falsificar o Holocausto em nome do universalismo desinformado." O relatório não negou que os alemães tivessem também feito outras vítimas; mas deu ênfase ao empreendimento assassino Nazi sobre os judeus.

Um mês depois, um ajudante de Casa Branca insistiu com Carter para que, na sua ordem executiva que criava o Conselho Comemorativo do Holocausto dos Estados Unidos, o presidente, "deveria tornar claro que o monumento comemorativo era para honrar a memória de todas as vítimas do Holocausto - seis milhões de judeus e cerca de cinco milhões de pessoas de outros povos." outro ajudante de Casa Branca salientou que esta definição - onze milhões - tinha origem em Simon Wiesenthal, “cujas credenciais sobre o Holocausto são tão boas como qualquer pessoa que eu conheça”.

Elie Wiesel resistiu a esta definição abrangente do Holocausto, tentando separar o "extermínio sistemático promovido pelo estado alemão de seis milhões de judeus" dos "milhões de outras vítimas dos Nazis." Mas Carter recusou este teor e ao emitir a ordem executiva estabelecendo o Conselho Comemorativo do Holocausto dos Estados Unidos, referiu-se a onze milhões de vítimas.

De um ponto de vista histórico, tudo isto acarreta uma grande e estranha ironia. Na realidade, de onde vem este número onze milhões? Sim, veio de Simon Wiesenthal, o caçador de Nazis. Mas onde é que ele o foi buscar? Yehuda Bauer, o historiador de Holocausto, ficou intrigado com esta questão.

Yehuda Bauer

Como escreveu Bauer, "O número total de vítimas não-judias dos campos de concentração é de quase meio milhão de -- que é muita gente, mas não são cinco milhões. Por outro lado, o número total de mortos na Segunda Guerra Mundial foi estimado em cerca de trinta e cinco milhões. Deduza-se os quase seis milhões judeus, e restam muitos mais do que os cinco milhões de Wiesenthal.

De qualquer forma não havia nenhum plano premeditado para assassinar todas estas pessoas -- todos os membros de um qualquer grupo. Se um camponês polaco ou um habitante da cidade tivesse evitado qualquer resistência e outros tipos de oposição, teria sofrido, sem dúvida, mas não teria sido marcado para ser assassinado. Chamar àquilo que aconteceu às vítimas não-judias 'o Holocausto' é 'simplesmente' falso." Portanto onde é que Wiesenthal foi buscar o número onze milhões, incluindo cinco milhões de não-judeus?

Numa conversa privada, Bauer colocou-lhe essa questão. E Wiesenthal contou a Bauer onde fora buscar esse número. Wiesenthal contou-lhe que o tinha inventado. É verdade, ele tinha-o fabricado! E porque o tinha ele inventado? Wiesenthal inventou-o, escreveu Bauer em 1989, "para fazer com que os não-judeus se sentissem como se fizessem parte de nós." Wiesenthal já tinha manifestado a um repórter do Washington Post em 1979, quando lhe disse que "Desde 1948 eu procurei com outros líderes judeus não falar dos aproximadamente seis milhões de judeus mortos, mas antes de onze milhões de civis mortos, incluindo seis milhões de judeus."

"So where did Wiesenthal get the number eleven million, including five million non-Jews? In a private conversation, Bauer asked him that very question. And Wiesenthal told Bauer where he had gotten it. He told him that he had “invented” it. That’s right, he had made it up! And why had he invented it? He had invented it, Bauer wrote in 1989, “in order to make the non-Jews feel like they are part of us." - Yehuda Bauer, “Don’t Resist: A Critique of Phillip Lopate,” Tikkun, vol. 4, No. 3, May-June 1989, p. 67; cited in Novick, p. 215.


Simon Wiesenthal

O que Wiesenthal sentia em 1948 era que o mundo não-judeu não se interessaria pela tragédia judia a menos que percebessem que tinham também sido mortos não-judeus. Desta forma chamou a atenção para eles. Na necessidade de precisar um número, Wiesenthal inventou para cima de 5 milhões. E foi esse o número caprichoso que apareceu na ordem executiva (decreto) do Presidente Carter e que teve como resultado a primeira definição oficial do Holocausto, reunindo os que foram mortos como parte de um único genocídio industrial por motivos raciais e os que foram mortos em resultado da brutalidade nazi. Foi a forma peculiar, até mesmo bizarra como este número oficial e infundado -- e, pior ainda, esta combinação oficial de tragédias históricas, cujo efeito foi privar-nos de um acontecimento único do qual o mundo inteiro tem muito que aprender – tenha sido criado por ordem presidencial.

Será assim o Holocausto, por causa desta definição caprichosa, uma experiência compartilhada? Felizmente, quando o Museu de Holocausto que surgiu do decreto de Carter foi construído, não foi usada aquela definição. Mas está lá no decreto, está sempre a aparecer em todos os jornais, revista e artigos profissionais, e evidentemente, vezes incontáveis na Web. No dia 20 de Setembro de 2005, no tributo ao Registro Congressional de Simon Wiesenthal após a sua morte, o Senador Dianne Feinstein realçou que o Centro Wiesenthal era “dedicado… a todas as 11 milhões de pessoas de nacionalidades diferentes, raças e credos que morreram no Holocausto." Para muitos, o número de 11 milhões é considerado um dado adquirido. E, com o passar do tempo, esse "conhecimento" será, estou convencido, ainda mais adquirido, ainda mais aceite, e ainda mais universal.


Comentário:

Simon Wiesenthal confessou a Yehuda Bauer que inventou a morte de mais de cinco milhões de não-judeus "para fazer com que os não-judeus se sentissem como se fizessem parte de nós".

Até onde terá ido a fértil imaginação do Sr. Wiesenthal? Quem inventa a morte de mais de cinco milhões de não-judeus, não o poderá fazer, por números idênticos e com igual facilidade, para os não-gentios?
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5 comentários:

Castanheira disse...

Existem imensos crimes de guerra, cometidos pelos aliados, que nunca chegaram a ser julgados, como por exemplo, o bombardeamento da cidade alemã de Dresden, desprovida de qualquer objectivo militar, onde foram assassinados mais de duzentos mil civis. Tudo isto em três dias de bombardeamento ininterrupto, quando já toda a gente sabia o desfecho da guerra.

Carlos Marques disse...

No Jornal de Notícias de 21-09-2005

Simon Wiesenthal gostava de dizer que não procurava "vingança, mas Justiça". De acordo com um artigo no site do Centro Wiesenthal, o caçador de nazis explicou uma vez as suas motivações nestes termos "Quando chegarmos ao outro mundo e encontrarmos os milhões de Judeus que morreram nos campos e eles perguntarem 'O que fizeram vocês?', teremos muitas respostas. Um dirá 'Eu tornei-me joalheiro', outro dirá, eu fiz contrabando de café e de cigarros americanos', outro dirá, 'Construí casas', mas eu direi 'Eu não me esqueci de vocês'".

Diogo disse...

Caro Marques,

Wiesenthal: «Eu não me esqueci de vocês»


Não só não se esqueceu desses, como também se «lembrou» de milhões de outros que jamais existiram.

Anónimo disse...

Essa não é a única mentira de Simon Wiesenthal. Recomendo a todos que participem da comunidade SIMON WIESENTHAL: O MENTIROSO no orkut, em: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=50041898

Há muitas mentiras desse ''caçador de alucinações'', algumas bem mais escabrosas que essa.

E por falar em mentiras, hoje é 1º de Abril.

Anónimo disse...

Mas por que ele inventou um número menor, se hoje já sabemos que morreram ao todo nessa guerra estúpida 38 milhões de pessoas?

Reparem que ele dá ênfase aos quase 6 milhões de judeus e minimiza as milhões de outras mortes.

Foram 32 milhões de não-judeus que morreram na Segunda Guerra. Só de soviéticos foram 17 milhões!

Essa manipulação toda foi para que o mundo aceitasse a entrega da Palestina!

Vergonha!!!