terça-feira, agosto 12, 2008

Geórgia - A América pretende confrontar a Rússia?

Texto de Michel Chossudovsky - 10/8/2008

(Tradução minha)

Durante a noite de 7 de Agosto de 2008, coincidindo com a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, o presidente da Georgia Saakashvili ordenou um ataque em força a Tskhinvali, capital da Ossétia do Sul.

O bombardeamento aéreo e os ataques no terreno foram em grande parte direccionados contra alvos civis incluindo áreas residenciais, hospitais e a Universidade. A capital provincial Tskhinvali foi destruída. Os ataques resultaram em cerca de 1500 mortos civis, de acordo com fontes russas e ocidentais. “Os bombardeamentos aéreos e de artilharia deixaram a capital sem água, comida, electricidade e gás. Civis aterrorizados rastejaram das caves para as ruas à medida que os combates diminuíam, à procura de mantimentos.” (AP, 9 de Agosto de 2008). De acordo com algumas notícias, cerca de 34,000 pessoas de Ossétia do Sul fugiram para a Rússia. (Deseret Morning News, Salt Lake City, August 10, 2008).

A importância e o timing desta operação militar deve ser analisada cuidadosamente. Tem enormes implicações.

A Geórgia é posto fronteiriço das forças dos Estados Unidos e da NATO, na fronteira da Federação Russa e nas proximidades dos teatros de guerra da Ásia Central e do Médio oriente. A Ossétia do Sul está também no cruzamento de pipelines estratégicos de petróleo e de gás.

A Geórgia não age militarmente sem a aprovação de Washington. O chefe do governo georgiano é um funcionário dos EUA e a Geórgia é na realidade um protectorado dos Estados Unidos.

Que está por trás do plano militar? Que interesses se escondem? Qual é o objectivo da operação militar?

Há provas de que os ataques foram cuidadosamente coordenados pelos militares americanos e pela NATO.

Moscovo acusou a NATO de “encorajar a Geórgia”. O Ministro dos Negócios Estrangeiros Russo, Sergey Lavrov, sublinhou os impactos destabilizadores de ajuda militar estrangeira à Geórgia:
“Tudo confirma os nossos numerosos avisos dirigidos à comunidade internacional de que era necessário prestar atenção à enorme compra de armas pela Geórgia durante vários anos. Agora vemos como estas armas e tropas especiais georgianas que foram treinadas por especialistas estrangeiros estão a ser usadas”. .(Moscow accuses NATO of having "encouraged Georgia" to attack South Ossetia, Russia Today, August 9, 2008) .


O enviado de Moscovo à NATO, Dmitry Rogozin, enviou uma nota oficial a todos os representantes de todos os países membros da NATO:

“A Rússia já começou consultas com embaixadores dos países da NATO e consultas com representantes militares da NATO terá lugar amanhã,” disse Rogozin. “Vamos avisá-los contra continuarem a apoiar Saakashvili.”

“ Trata-se abertamente de uma agressão acompanhada por propaganda de guerra massiva”, disse Rogozin.

De acordo com Rogozin, a Geórgia tinha planeado inicialmente:

“Iniciar acções militares contra a Abecásia, contudo, a região fortificada da Abcásia revelou-se inacessível para as formações armadas da Geórgia, e portanto foi escolhida uma táctica diferente contra a Ossétia do Sul, que é territorialmente mais acessível.” O enviado russo não tem dúvidas de que Mikheil Saakashvili combinou estas acções com “patrocinadores”, com os quais ele está a negociar a adesão à NATO da Geórgia. (RIA Novosti, 8 de Agosto de 2008).

Contrariamente ao que está a ser comunicado pelos media ocidentais, os ataques foram antecipados por Moscovo. Os ataques foram programados para coincidir com a abertura dos Jogos Olímpicos, em grande parte para evitar a cobertura mediática das operações militares georgianas.

A 7 de Agosto, as forças russas estavam em elevado estado de alerta. O contra-ataque foi levado a cabo com rapidez.

Pára-quedistas russos foram enviados das divisões aerotransportadas Ivanovo, Moscovo e Pskov. Tanques, veículos blindados e vários milhares de tropas de infantaria colocados em posição. Os ataques aéreos russos alvejaram instalações militares dentro da Geórgia incluindo a base militar de Gori.

O ataque militar georgiano foi repelido com uma demonstração de força massiva por parte dos militares russos.


Acto de Provocação?

Os planeadores militares e serviços de inteligência dos EUA-NATO examinam invariavelmente vários cenários de uma proposta operação militar – neste caso, um ataque limitado georgiano em grande parte direccionado contra alvos civis, com o objectivo de infligir baixas civis.

O teste de cenários é uma prática rotineira. Possuindo capacidades militares limitadas, uma vitória da Geórgia e a ocupação da cidade de Tskhinvali, era uma impossibilidade logo à partida. E isto era conhecido e compreendido pelos estrategas militares dos EUA-NATO:

Um desastre humanitário em vez de uma vitória militar era uma parte integral deste cenário. O objectivo era destruir a capital provincial, infligindo igualmente uma significante perda de vidas humanas.

Se o objectivo era recuperar o controlo político do governo provincial, a operação seria levada a cabo de uma forma completamente diferente, com forças especiais a ocupar edifícios públicos chave, redes de comunicações e instituições provinciais, em vez de lançar raides bombistas contra áreas residenciais, hospitais, já para não falar da Universidade de Tskhinvali.


A resposta russa era inteiramente previsível

A Geórgia foi encorajada pela NATO e pelos Estados Unidos. Tanto em Washington como no quartel general da NATO em Bruxelas estavam bem cientes no caso de um contra-ataque russo.

A questão que se coloca é: tratou-se de uma provocação deliberada com o objectivo de despoletar uma resposta militar russa e puxar os russos para um confronto militar mais alargado com a Geórgia (e os seus aliados) que poderia potenciar uma guerra em larga escala?

A Geórgia possui o terceiro maior contingente das forças da coligação no Iraque a seguir às americanas e às britânicas, com cerca de 2000 homens. De acordo com relatórios, as tropas georgianas no Iraque estão agora a ser repatriadas em aviões militares americanos, para combater as forças russas. (See Debka.com, August 10, 2008)

A decisão Americana de repatriar as tropas georgianas sugere que Washington está apostado numa escalada do conflito, no qual as tropas georgianas serão usadas como carne para canhão contra forças russas massivas.


EUA-NATO e Israel envolvidos no planeamento dos ataques

Em meados de Julho, tropas georgianas e americanas levaram a cabo um exercício militar conjunto denominado “Resposta Imediata” [Immediate Response] envolvendo respectivamente 1,200 tropas americanas e 800 georgianas.

O anúncio pelo ministro da defesa georgiano a 12 de Julho confirmou que as tropas americanas e georgianas estavam em treino durante três semanas na base militar Vaziani perto da capital da Geórgia, Tiblissi. (AP, July 15, 2008). Estes exercícios, que terminaram apenas uma semana antes dos ataque de 7 de Agosto, foram um óbvio ensaio da operação militar, a qual, com toda a probabilidade, foi planeada em estreita cooperação com o Pentágono.

A guerra na Ossétia do Sul não foi feita para ser ganha, para restaurar a soberania georgiana sobre a Ossétia do Sul. Esta guerra teve como objectivo a desestabilização da região e ao mesmo tempo despoletar um confronto EUA-NATO com a Rússia.

A 12 de Julho, coincidindo com o começo dos jogos de guerra Geórgia-EUA, o ministro da defesa russo dei início às suas próprias manobras militares na região do Norte do Cáucaso. Tiblissi e Moscovo fizeram as declarações habituais: os exercício militares nada tinham a ver com a situação da Ossétia do Sul.

Não tenhamos ilusões. Não existe uma guerra civil. Os ataque fazem parte integral de uma muito maior guerra que abrange o Médio oriente e a Ásia Central, incluindo os preparativos de guerra dos EUA-NATO-Israel em relação ao Irão.


O papel dos conselheiros militares israelitas

Enquanto os conselheiros dos EUA e da NATO não participaram na operação em si mesma, estiveram activamente envolvidos no planeamento e na logística dos ataques. Segundo fontes israelitas (Debka.com, August 8, 2008), o assalto por terra de 7-8 de Agosto, com a utilização de tanques e artilharia foi ajudada por conselheiros militares israelitas. Israel também forneceu à Geórgia Hermes-450 e veículos aéreos não tripulados Skylark, que foram utilizados nas semanas que precederam os ataques de 7 de Agosto.

A Geórgia também adquiriu, segundo um relatório no Rezonansi (August 6, in Georgian, BBC translation) algumas armas poderosas através da actualização de aviões SU-25 e sistemas de artilharia em Israel. Segundo o Haaretz (August 10, 2008), os israelitas estiveram muito activos na modernização militar e em informações de segurança na Geórgia.

As forças russas estão agora a lutar directamente com o exército georgiano treinado pelos EUA-NATO e integrado por conselheiros americanos e israelitas. E os aviões de guerra russos atacaram a fábrica de motores a jacto militares nas proximidades de Tiblissi, que fabricam as actualizações do caça SU-25, com suporte técnico de Israel. (CTV.ca, August 10, 2008)

Quando observado pelo prisma de um contexto maior na guerra da Médio Oriente, a crise na Ossétia do Sul pode levar a uma escalada, incluindo um confronto directo entre a Rússia e as forças da NATO. Se isto vier a acontecer, poderemos estar em face da mas séria crise nas relações EUA-Rússia desde a crise dos mísseis cubanos em Outubro de 1962.


A relação com Israel

Israel é hoje parte do eixo militar Anglo-Americano, que serve os interesses dos gigantes do petróleo ocidentais no Médio Oriente e na Ásia Central.

Israel é parceiro no pipeline Baku-Tiblissi-Ceyhan que transporta petróleo e gás para Mediterrâneo Oriental. Mais de 20% do petróleo israelita é importado do Azerbeijão, do qual uma larga fatia vem pelo pipeline Baku-Tiblissi-Ceyhan (BTC). Controlado pela British Petroleum, o pipeline BTC alterou dramaticamente as geopolíticas do Mediterrâneo Oriental e do Cáucaso.

O pipeline Baku-Tiblissi-Ceyhan altera consideravelmente o status dos países da região e fortalece uma nova aliança pró-ocidental. Tendo levado o pipeline para o mediterrâneo, Washington criou praticamente um novo bloco com o Azerbeijão, a Geórgia, A Turquia e Israel , " (Komerzant, Moscow, 14 July 2006).

Enquanto os relatórios oficiais afirmam que o pipeline Baku-Tiblissi-Ceyhan canalizará petróleo para os mercados ocidentais, o que é raramente reconhecido é que parte do petróleo do mar Cáspio será canalizado directamente para Israel, via Geórgia. A este respeito, um pipeline Israelo-Turco já foi previsto que ligará Ceyhan ao porto israelita de Ashkelon e daí através de Israel para o Mar vermelho.

O objectivo de Israel é não só adquirir petróleo do Mar Cáspio para consumo próprio mas também jogar um papel chave na reexportação do petróleo do Mar Cáspio para os mercados asiáticos através do porto de Eilat no mar vermelho. As implicações estratégicas para este redireccionamento do petróleo do Mar Cáspio são enormes.


A resposta Russa

Em resposta aos ataques, forças russa intervieram com tropas terrestres convencionais. Tanques e veículos blindados foram enviados. A força aérea russa também se envolveu em contra-ataques contra posições militares georgianas incluindo a base militar de Gori.

Os meios de comunicação ocidentais descreveram a Rússia como a única responsável pela morte de civis, ao mesmo tempo que os media ocidentais tomavam conhecimento (confirmado pela BBC) que a maior parte das baixas foram resultados dos ataques aéreos e terrestres georgianos.

Baseada em fontes russas e ocidentais, as estimativas iniciais de mortos na Ossétia do Sul apontavam para pelo menos 1,400 (BBC) a maior parte civis. “O número de mortos georgianos andará entre os 82, incluindo 37 civis, e os 130 mortos… Um ataque aéreo russo a Gori, uma cidade georgiana próximo da Ossétia do Sul, fez 60 mortos, muitos deles civis, segundo fontes oficiais da Geórgia. (BBC, August 9, 2008). Fontes russas calculam em 2000 o número de civis mortos na Ossétia do Sul.

Um processo de escalada e confontação entre a Rússia e a América está em marcha, uma reminiscência da Guerra Fria.

Estaremos a assistir a um acto de provocação, com vista a despoletar um conflito mais vasto? Apoiados pela propaganda dos media, a Aliança militar ocidental pretende usar este incidente para confrontar a Rússia, tal como ficou provado pelas recentes declarações da NATO?
.

17 comentários:

Anónimo disse...

caro Diogo, felicito-o por esta tradução, já havia falado neste artigo no meu blog, onde peço a retirada imediata de Portugal da NATO, mas confesso que não me dei ao trabalho de o traduzir.

um bem haja e muito obrigado, já reenviei para diversas pessoas amigas que não dominam o inglês.

rjnunes

Zorze disse...

Muito bom o post, caro Diogo. Muito acima da imprensa tradicional ao nível da informação.
O mundo cada vez torna-se mais perigoso.
Com exímios estrategas nos dois lados, aonde pretendem chegar? A resposta será certamente muito preocupante.
Há quem fale numa espécie de avaliação da resposta russa. Triste são os civis sofrerem com estes ensaios.
Tudo isto pode acabar num instante, mas com as clivagens criadas com este conflito, poderá haver uma tendência crescente de confronto.
Para já, os americanos estão a ficar muito mal na fotografia.

Abraço,
Zorze

xatoo disse...

Quer dizer, a Georgia está a ser usada como instrumento para atingir a Rússia, uma potência renascida pela perversão inflaccionária sobre os preços do petróleo de e do gaz, técnica económica usada pelo Ocidente para pagar as anteriores guerras no Iraque e no Afeganistão. Reportando ao antigo grande jogo (“The Grand Chessboard” de Zbigniew Brzezinski, 1997) sejam benvindos a um novo período de nova Guerra Fria. Brzezinski é o Conselheiro para os Assuntos Militares de Barack Obama e a nova adminstração que tomará posse no próximo ano será confrontada com os dados concretos no terreno, não interessando qual das duas partes controle o Congresso, ou tampouco quem dos dois partidos venha a ser eleito.

Anónimo disse...

COM CERTAZA É O ESTOPIM PARA 3ª GUERRA
MUNDIAL!!! PODEM ACREDITAR...

Anónimo disse...

Uma coisa é certa,
Esta estória não têm filhos da mãe nem filhos da puta.
São todos filhos da puta.
Disse:

João Silveira

contradicoes disse...

O Bush mesmo a terminar o seu mandato não deixa de fazer merda mesmo depois de saber que os seus co-cidadãos chegaram, embora tardiamente à conclusão que ele foi o pior Presidente da história dos EUA. E o irresponsável do presidente da Geórgia, influenciado pelos americanos resolveu atacar a Ossétia do Sul com vista a assumir a sua soberania, tendo em vista sobretudo o potencial económico que esta região possui. A Rússia com a mesma legitimidade foi em socorro da Ossétia e esmagou o exercito georgiano fazendo-o recuar no terreno e numa demonstração de força face a tal provocação acabou por ocupar território georgiano onde ainda se mantém pese embora o apelo para a sua retirada por parte da ONU e Comunidade Europeia. Que esta demonstração de força sirva de exemplo aos EUA por forma a não voltarem a provocar a Rússia através dum qualquer país seu aliado.

Anónimo disse...

Amigo Diogo
Em primeiro lugar desejo que as tuas férias tenham sido perfeitas.
Em segundo quero agradecer este texto, bastante falta me fazia olhar com esta clarividência para os factos aqui apresentados!
Estejas bem, feliz Domingo
Beijos

Anónimo disse...

Ps
Assinaria uma petição já, para que Portugal sai da Nato, mas isso é um sonho impossível...por outro lado, rebenta uma 3ª guerra mundial em menos de 2 tempos, quem apoia e manda no Bush são os mesmos que apoiam os canditos actuais, por isso nada será novo, tudo é previsível.
ABAIXO SOCRATES TAMBÉM!!!!!

MFerrer disse...

Excelente esclarecimento, este post.
Só não entendo os media portugueses apostados em aumentar a confusão e a difundir apenas as notícias veículadas pelas centrais de desinformação da pior qualidade. Que esperam ganhar nesta campanha anti-russa?
Então hoje o JRSantos esteve particularmente mal, opinativo, subserviente e partidário!
Nem nunca falou da destruição da capital da Ossétia! Uma vergonha!
Em caso de ocorrer um conflito a sério, Leste-Oeste, seriam os primeiros a borrarem-se todos e a exigir a nossa neutralidade.
Uma vergonha esta cooperação com a mentira e com a agressão de aventureiros militaristas contra populações civis.
MFerrer

Anónimo disse...

"Todo país está cansado de guerra, excepto os EUA. A guerra, incluindo a guerra nuclear, é a estratégia neoconservadora para a hegemonia mundial.

O mundo inteiro, excepto os americanos, sabe que o estalar do conflito armado entre forças russas e georgianas na Ossétia do Sul foi inteiramente devido aos EUA e seu fantoche da Geórgia, Saakashvili. Os americanos, só eles no mundo, estão inconscientes de que as hostilidades foram iniciadas por Saakashvili, porque Bush, Cheney e os media americano ocupados por Israel mentiram-lhes."
Paul Craig, em resistir.info, sob o título "Ó estúpido busha, por que não te calas?"

Bilder disse...

Não sei mas talvez a profecia(contagem dos tempos) Maia a respeito de 2012 venha a ser cumprida,e alguns senhores estão a fazer tudo para tal se concretizar.vejam o meu blog nova desordem mundial.

Diogo disse...

Obrigado por todos os vossos comentários. De momento só cá consigo vir muito intermitentemente.

alf disse...

Farto de ver os media cá do sítio a fazerem a lavagem ao cérebro a favor dos interesses dito ocidentais, ocorreu-me: deixa-me ir ao blogue do amigo Diogo, por certo ele não deixará passar tal fantochada em branco.

Obrigadinho, Diogo! Já em sinto melhor!

Evidentemente que aquela história toda é uma armadilha aos russos, até eu sei ler o subconsciente do presidente georgiano, que obviamente está muito feliz com esta situação, está tudo a correr conforme previsto!

Portanto, isto é só o começo! Que raio virá a seguir? Coisa boa não pode ser.

Já sabemos que os EUA têm de estar sistematicamente envolvidos numa guerra; eu já escrevi algures que a próxima devia estar a aparecer, mas pensei que fosse para os lados da América do Sul; mas pelos vistos, depois do fácil que foi bater nos sérvios.. nada como uma boa guerra convencional, onde não há bombistas suicidas, aí a vantagem dos EUA é clara. Portanto, guerra só com paises civilizados.


Há dias disse a um amigo, o que muito o ofendeu, que a história da humanidade é a da vitória dos intolerantes sobre os tolerantes. Os intolerantes estão permanentemente a pensar na eliminação de todos os outros, permanentemente a preparar-se militarmente para a conquista do planeta.

Aliás, está no antigo testamento... todas as outras tribos devem ser destruidas...

A manipulação dos media ficou bem clara com a história do pretenso computador português

E não se convençam que o Obama vai ganhar - cá para mim, desconfio que a descida do petróleo é para o fazer perder... e será que esta guerrazinha é para agitar de novo o papão da rússia por causa das eleições americanas?

alf disse...

Lembrei-me agora:

a guerra com a sérvia tb foi precedida de uma invasão albanesa a provocar a resposta Sérvia que serviu de pretexto ao ataque americano. O genocídio perpetrado pelos albaneses foi cuidadosamente silenciado pelos media e olimpicamente ignorado pelo tribunal penal internacional.

o presidente americano tb estava em fim de mandato, não era?

Coincidências? Amigo Diogo, não quer desenvolver o tema? Eu não tenho unhas para isto...

Diogo disse...

É bem verdade, caro Alf. As tácticas para manter tudo em polvorosa mantém-se. O complexo militar-insustrial e as petrolíferas são sempre os grandes vencedores.

Abraço

Anónimo disse...

A cereja do bolo é a Ucrania!!!Atenção,pq o cara de anananás q é presidente da Ucrania é um vendido
( não me fodam,mas dono do logotipo da 'revolução' laranja?-e o seu filho já com um historial de javardices apoiado por seu pai).
Os media ocidentais só desdizem aquilo que eles próprios dizem-são os portavozes dos gajos q estão a roubar).O pluralismo dos patrões.
Só vejo os filhos da puta dos americanos e da UE poderes coloniais apoiados pelos jorges coelhos democráticos.Vão-se foder,isto é uma palhaçada e esta merda é uma ditadura pq,matam q se fartam,esbulham os recursos de outros povos com os sócrates locais.Mário Sóares estás calado como um rato.Porqué no hablas?

Anónimo disse...

Parabéns pelo artigo! é extremante esclarecedor! Se vocês reclamam da imprensa portuguesa é melhor não conhecerem a brasileira. Muito triste e revoltante mais esse episódio na Ossétia do Sul. Divulgar essa realidade é o que nos resta fazer, e deixar claro para nossos governantes que sabemos o que se passa!
abraço,
e saudações a todos!