sexta-feira, dezembro 04, 2009

O escândalo do 'Climategate' e o peculiar posicionamento do Bloco de Esquerda


Há poucas semanas rebentou o escândalo chamado Climategate. O Climagate consistiu na divulgação, através da Internet, de um conjunto de ficheiros, que incluem programas de computador e emails trocados entre alguns dos principais autores dos relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), que confirmam a manipulação/fabricação de dados pelo grupo. Muito do que era suspeito e atribuível a erro humano surge agora como intencional e destinado a manter a "verdade" (do IPCC) de que houve um aquecimento anormal e acelerado desde o início da revolução industrial devido à emissões de CO2.

Em termos da comunidade científica, o Climategate é um dos maiores escândalos científicos da História, não só pelo modo como afecta a credibilidade pública da comunidade científica mas sobretudo pelas implicações económicas e políticas de que se reveste. De facto, nunca existiram tantas declarações, tantos tratados, tantos protocolos e tão gigantescos fluxos financeiros tendo como único fundamento a credibilidade e o suposto consenso da comunidade científica expresso nos Summary for Policy Makers (SPM) do IPCC. Esse fundamento desapareceu, mas os interesses envolvidos (políticos, económicos, financeiros e industriais) são de tal monta e a percepção pública da fraude científica é tão lenta que a ficção criada pela UE ainda se irá manter durante muito tempo.


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Extremamente curiosa é a posição do Bloco de Esquerda em relação ao Climategate, revelando um apoio incondicional e absoluto às imposturas dos «cientistas» do IPCC – ver «Dossier Cimeira de Copenhaga» no Esquerda.NET (site oficial do Bloco de Esquerda). É sabido que a Grande Finança gosta de jogar em todos os tabuleiros, utilizando peões de todas as cores e investindo por todos os quadrantes. O Bloco de Esquerda já foi infectado.


No Esquerda.Net: «A Ordem dos Cavaleiros do Carbono» - George Monbiot responde aos que vêem nas alterações climáticas uma conspiração global da comunidade científica.»


E vale a pena lembrar que, em Fevereiro de 2007, Al Gore veio a Lisboa dar uma conferência sobre alterações climáticas por 175 mil dólares. Estranhamente, a conferência destinou-se apenas a convidados - empresários, políticos (entre os quais Francisco Louçã), governantes e ex-ministros, autarcas, investigadores, ambientalistas, gestores e vip avulsos, decorrendo à porta fechada e sem a participação oficial de jornalistas. Ou seja, ao abordar um assunto que supostamente deveria interessar a toda a gente e cuja divulgação deveria ser a mais extensa possível, optou-se pelo secretismo. Afinal, o assunto era do interesse público ou privado?


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Texto de José J. Delgado Domingos - Professor catedrático do Instituto Superior Técnico

Expresso - 30 de Novembro de 2009



O escândalo do 'Climategate' e a Conferência de Copenhaga

O caso Climategate, onde se manipularam dados para provar o aquecimento global, é um dos maiores escândalos científicos da História, pelo modo como afecta a credibilidade pública da comunidade científica e sobretudo pelas suas implicações económicas e políticas.


José Delgado Domingos
Desde 1998 que a temperatura global não aumenta



Passaram há pouco 42 anos sobre um dos maiores desastres de origem climática em Portugal: as inundações de 1967 em Lisboa. Centenas de mortes e centenas de milhões de prejuízos materiais. Será que este desastre se deveu às emissões de CO2eq (CO2 equivalente) ou ao aquecimento global? Claro que não!

Aliás, na altura, a imprensa internacional explorava os receios de uma nova idade do gelo devido ao arrefecimento global que se verificava.

Em 1967, a probabilidade de ocorrência da precipitação que provocou o desastre em Lisboa era conhecida. Uma precipitação com características análogas pode repetir-se amanhã e as suas consequências só serão menores se as necessárias medidas de prevenção forem entretanto tomadas (e nem todas o foram!).


Catástrofe de Nova Orleães não foi causada pelo aquecimento global

O que se passou com a destruição de Nova Orleães pelo furacão Katrina foi análogo: as consequências de um furacão com aquelas características eram bem conhecidas, e as imprescindíveis obras de reparação e reforço das protecções foram insistentemente pedidas mas sistematicamente adiadas.


A inundação de Nova Orleães pelo furacão Katrina


A catástrofe não teve nada que ver com emissões de CO2eq ou aquecimento global. As tragédias climáticas no Bangladesh, não são provocadas por emissões de CO2eq, aquecimento global ou subida do nível do mar mas sim pelas inundações resultantes do assoreamento dos rios originado pela erosão que as extensíssimas desflorestações a montante agravaram e pelo crescente aumento do número de habitantes e construções em leito de cheia.

Segundo a ONU, mais de mil milhões de pessoas estão actualmente ameaçadas pela fome ou subnutrição, e agita-se o fantasma do seu aumento ou das suas migrações massivas se não forem combatidas as emissões de CO2eq para reduzir o aquecimento global.

A situação dramática e escandalosa destes milhões de seres humanos não tem nada a ver com as emissões de CO2eq, nem com o aumento oficial de 0,8ºC na temperatura média global nos últimos 150 anos.


Temperaturas não aumentam desde 1998

Aliás, apesar de as emissões de CO2eq terem aumentado acima do cenário mais pessimista do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) da ONU, desde 1998 que a temperatura global não aumenta.

Os exemplos anteriores poderiam continuar mas a conclusão seria sempre a mesma: as consequências catastróficas de fenómenos climáticos são evidentes e têm aumentado devido a acções humanas.

O que sucedeu em 1967 em Lisboa e se repete cada vez mais agravado por esse mundo fora não é devido a emissões de CO2eq ou alegado aquecimento global.

É devido simplesmente ao facto de fenómenos climáticos naturais, que sempre existiram, terem efeitos cada vez mais catastróficos porque as acções humanas sobre o território criaram as condições para isso ao desflorestarem as cabeceiras de rios (que agravaram o seu assoreamento e as consequentes inundações), ao aumentarem os riscos de deslizamento das encostas (porque eliminaram a vegetação que as estabilizava), ao construírem cada vez mais em leitos de cheia, e ao provocarem alterações cada vez mais extensas e profundas no uso do solo.

Os efeitos das alterações no uso do solo são cada vez mais evidentes nas alterações climáticas locais e nos seus reflexos globais.

Sendo evidente que a variabilidade natural do clima sempre existiu e que as acções humanas têm vindo a agravar os seus efeitos, a subversão conceptual que a UE liderou, reduzindo tudo, ou quase tudo, às consequências do aquecimento global provocado por emissões de CO2eq é muito grave e, em última instância, contrária aos louváveis ideais que afirma defender e que suscitam o apoio das organizações ambientalistas e de multidões de bem intencionados.


Um dos maiores escândalos científicos da História

É neste contexto que rebenta o escândalo do chamado Climategate. Em termos da comunidade científica, o Climategate é um dos maiores escândalos científicos da História, não só pelo modo como afecta a credibilidade pública da comunidade científica mas sobretudo pelas implicações económicas e políticas de que se reveste.

De facto, nunca existiram tantas declarações, tantos tratados, tantos protocolos e tão gigantescos fluxos financeiros tendo como único fundamento a credibilidade e o suposto consenso da comunidade científica expresso nos Summary for Policy Makers (SPM) do IPCC.


Esse fundamento desapareceu, mas os interesses envolvidos (políticos, económicos, financeiros e industriais) são de tal monta e a percepção pública da fraude científica é tão lenta que a ficção criada pela UE ainda se irá manter durante muito tempo.

O Climagate consistiu na divulgação, através da Internet, de um conjunto de ficheiros, que incluem programas de computador e emails trocados entre alguns dos principais autores dos relatórios do IPCC, de entre os quais assumem particular relevo os de Phill Jones, director do Climate Research Unit (CRU) da Universidade de East Anglia e Hadley Centre (Reino Unido), de autores do notório hockeystick e instituições responsáveis pelas bases de dados climáticos, como o National Climate Data Center (NCDC) e o Goddard Institute for Space Studies (GISS) dos EUA, consideradas de referência pelo IPCC.

O hockeystick é o termo usado entre os cientistas para designar o gráfico em forma de stick de hóquei que representa a evolução das temperaturas do hemisfério norte nos últimos mil anos, e que foi criado por um grupo de cientistas norte-americanos em 1998.


O gráfico hockeystick


Manipulação de dados

Os referidos ficheiros encontravam-se num servidor do CRU e a sua autenticidade não foi até agora contestada. Aliás, muitos deles apenas confirmam o que há muito se suspeitava acerca da manipulação/fabricação de dados pelo grupo.

Todavia, muito do que era suspeito e atribuível a erro humano surge agora como intencional e destinado a manter a "verdade" (do IPCC) de que houve um aquecimento anormal e acelerado desde o início da revolução industrial devido à emissões de CO2eq.

Esta "verdade" é incompatível com o Período Quente Medieval (em que as temperaturas foram iguais ou superiores às actuais apesar de não existirem emissões de CO2eq) e a Pequena Idade do Gelo que se seguiu. É também incompatível com o não aquecimento que se verifica desde 1998. Esconder ou suprimir estas constatações foram objectivos centrais da fraude científica agora conhecida.


Silenciar os cientistas críticos

Em termos científicos, o que os emails revelam são os esforços concertados dos seus autores, junto de editores de revistas prestigiadas, para não acolher publicações que pusessem em causa as suas teses ou os dados utilizados pelo grupo, recorrendo mesmo a ameaças de substituição de editores ou de boicote à revista que não se submetesse aos seus desígnios.

Propuseram-se mesmo alterar as regras de aceitação das publicações para consideração nos Relatórios do IPCC de modo a suprimir as críticas fundamentadas às suas conclusões. Em resumo, procuraram subverter, em seu benefício, toda a ética científica da prova, da contraprova e de replicação de resultados que está no cerne do método científico, controlando o próprio processo da revisão por pares.

Em conjunto, conseguiram impedir que fossem publicados a maioria dos dados e conclusões que pusessem em causa e com fundamento o seu dogma do aquecimento global devido às emissões de CO2eq.

O Climategate provocou já uma invulgar reacção internacional, como uma simples pesquisa no Google imediatamente revela (mais de 10.600.000 referências menos de uma semana depois da sua revelação).

No intenso debate internacional em curso e que irá certamente continuar por muitos meses/anos, surgiram já todos os habituais argumentos de ilegalidade no acesso aos documentos; de idiossincrasias próprias de cientistas-estrelas que se sentiram incomodados; citações fora de contexto, etc.

Em meu entender, o mais revelador e incontestável nos ficheiros divulgados nem são os emails, apesar do que mostram quanto ao carácter e a honestidade intelectual dos cientistas intervenientes, mas sim os programas de computador para tratar os registos climáticos que utilizaram para justificar as conclusões que defendem.


Modelação informática do «Aquecimento Global»


Diga-se o que se disser, os programas executaram o que está nas suas instruções e não o que os seus autores agora vêem dizer que fizeram ou queriam fazer.


Dados climáticos até 1960 destruídos

Antecipando porventura o que agora sucedeu, os responsáveis pelos dados climáticos de referência arquivados no CRU, vieram publicamente confirmar que destruíram os dados das observações instrumentais até 1960 e que apenas retiveram o resultado dos tratamentos correctivos e estatísticos a que os submeteram.

Ou seja, tornaram impossível verificar se tais dados foram ou não intencionalmente manipulados para fabricar conclusões. Neste momento há provas documentais indirectas de que o fizeram pelo menos nalguns casos.

Existe ainda um efeito perverso na referida manipulação que resulta de os modelos climáticos utilizados para a previsão do futuro terem parâmetros baseados nas observações climáticas passadas, que agora estão sob suspeita.

Afecta também todas as calibrações de observações indirectas relativas a situações passadas em que não existiam registos termométricos.

Independentemente de tudo isto, o mais perturbador para os alarmistas é o facto de, contrariamente ao que os modelos utilizados pelo IPCC previam, não existir aquecimento global desde 1998, apesar do crescimento das emissões de CO2eq.

E se alguma coisa os ficheiros do Climagate revelam são os esforços feitos para que este facto não fosse do conhecimento público.


Comportamento escandaloso e intolerável

O comportamento escandaloso e intolerável de um grupo restrito de cientistas que atraiçoaram o que de melhor a Ciência tem só foi possível porque um grupo de políticos, sobretudo europeus, criou as condições para o tornar possível.

Isso ficou claro desde a criação do IPCC e torna-se evidente para quem estuda os relatórios-base do IPCC (WG1-Physical Science Basis) e os confronta com os SPM.



Todavia, seria profundamente injusto meter todos os cientistas no mesmo saco, pelo que é oportuno lembrar que se deve a inúmeros cientistas sérios e intelectualmente rigorosos uma luta persistente e perigosa contra os poderes estabelecidos, para que a ciência do IPCC fosse verificável e responsável.

Foram vilipendiados e acusados de estar ao serviço dos mais torpes interesses. Os documentos agora revelados mostram que estavam apenas ao serviço da Ciência e do rigor e honestidade dos métodos que fizeram a sua invejável reputação.

Seria também irresponsável agir como se as consequências da variabilidade climática e da utilização desbragada de combustíveis fósseis tivesse desaparecido com a revelação do escândalo. Muito pelo contrário.


Problemas ambientais de fundo devem ser atacados

Chame-se variabilidade climática ou alteração climática, os problemas de fundo da sustentabilidade ambiental permanecem e agravam-se pelo que devem ser atacados com determinação e realismo.

Se os esforços internacionais mobilizados para a Cimeira de Copenhaga conseguirem ultrapassar a obsessão do aquecimento/emissões (liderado pela UE) para se concentrarem na eficiência energética, nas energias renováveis, na minimização dos efeitos das alterações nos usos do solo, no combate à desflorestação, à fome e aos efeitos da variabilidade climática, teremos uma grande vitória para o planeta se a equidade e a justiça social não forem esquecidas.

Ao que parece, as propostas da China e dos EUA vão neste sentido tendo a delicadeza suficiente para não humilhar a União Europeia. Esperemos que sim.

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23 comentários:

on disse...

Diogo, falar de conspiração global da comunidade cientifica é um pouco exagerado, para não dizer paranoico.
O Prof Delgado Domingues e eu proprio, somos cientistas. Já falava contra o assunto antes da descoberta dos mails. Afirmar qque se trata de uma conspiração global é o mesmo que um turista dizer que todos os portugueses são ladrões só porque um tipo lhes roubou a carteira no Bairro Alto.

Afirmações dessas só ajudam a descridibilizar este blog. Ninguém liga a maniacos dos conspirações.

O Bloco de Esquerda não é uma emanação do Grande Capital. São só parcialmente cegos e cretinos.

Anónimo disse...

concordo em absoluto com o comentario anterior!!

Diogo disse...

On, onde é que eu falei de conspiração global da comunidade cientifica? Apenas falei do embuste da camada superior do IPCC. Sei de muitos cientistas que o abandonaram por causa disso.

Que existe uma conspiração que ultrapassa em muito os tipos do IPCC, não tenho qualquer dúvida. A prová-lo, está o comportamento dos Media e dos políticos a nível mundial. Nas televisões nacionais ainda não se ouviu uma palavra sobre o assunto, antes pelo contrário, nos últimos dias as notícias sobre o «aquecimento global» multiplicaram-se.

Quanto ao Bloco de Esquerda, é demasiada cegueira e cretinice sobre este assunto. Acredito que noventa e muitos por cento deles nada tenha a ver com isto. Mas há uma elite no BE que sabe onde está a jogar. O dinheiro tem muita força.

alf disse...

Estamos na fase de arranjar culpados. Não olhemos só para onde nos apontam.

Com ou sem manipulação de dados, o gráfico da temperatura é público e mostra claramente que a Terra está a arrefecer há uma década; mas a divulgação dos dados nos media foi cuidadosamente escamoteada.


Tenho assitido a uma desinterpretação bizarra de fenómenos reveladores do arrefecimento - como a dos icebergs da Antartida aparecem mais a norte por causa do ... aquecimento?? (a ideia que passam é: os gelos estão a derreter tanto que o mar tem tantos icebergs que até já chegam à Nova Zelândia...)

Há uma clara conspiração; qual é a fonte destas notícias? Há uma agência que distribui as notícias científicas para todo o mundo?


Já percebi que basta controlar as agências de informação - os media, salvo algumas reportagens caseiras (sobre acidentes ou sobre o Sócrates), o que fazem é reproduzir ipsis verbis as notícias que a Lusa lhes envia.

Os media têm conselhos de redacção, altas autoridades e tudo o mais, mas e as Agências de Notícias? Quem assegura que a sua informação não é manipulada? Quem manda nelas? Quem as fiscaliza? Quem as sustenta? Quem trabalha nelas? Quem faz a Informação que elas distribuem?

Afinal, o quarto poder não são os media, são as Agências de Notícias.

Diogo, você não quer fazer uma investigaçãozinha sobre o mundo das Agências de Notícias?

alf disse...

A favor da Ciencia tenho a dizer uma coisa: as evidências iniciais a favor dum aquecimento pelo CO2 eram muito fortes e vêm do passado quente da Terra. Eu sei porque é que isso sucedeu, mas além de mim e dos leitores do meu blogue mais ninguém sabe porque é que a Terra era quente.

Ora as teorias em Ciência não são certas nem erradas, são apenas a melhor das disponíveis (contrariamente ao que disse o Popper)

É por isso que continuam a dizer que foi um meteoro que matou os dinossaurios, embora saibam que não foi - mas não há teoria melhor (a do cometa é uma tentativa mas não é suficiente)

E a verdade é que não há nenhuma teoria melhor que a do aquecimento global para explicar o aquecimento passado da Terra (a não ser a minha, é claro, mas essa ainda não é pública, logo, não conta)

Portanto, para a Ciência a teoria «standard» é a do aquecimento global pelo CO2, mesmo que contrariada pelas evidências actuais. Não tem outra e não pode ficar sem nenhuma.

A polícia inglesa firmou o seu prestígio porque «apanhava sempre o criminoso»; agora vem-se a saber que se não houvesse um culpado... culpava-se um inocente! O prestígio da Instituição é mais importante que os direitos individuais!

contradicoes disse...

Meu caro Diogo infelizmente somos cada vez mais confrontados com fraudes praticadas por vários quadrantes da sociedade. Desde políticos, passando por alguns cientístas e acabando nos promotores da justiça.
Relativamente à mãe natureza como soe dizer-se é sabido que ela sabe-se proteger das agressões do homem e de tal forma que de quando em vez repele essas agressões através das chamadas catástrofes naturais com efeitos devastadores. Basta-nos concentrar-mos por exemplo no que acontece nas florestas tropicais onde existam predadores estes confrontam-se com a modificação de certas espécies que a isso recorrem para se auto-defenderem. As sociedades de hoje vivem exclusivamente viradas para o consumismo desenfreado e isso faz com que aumente cada vez mais a apetência pelo lucro fácil e imediato. As grandes multinacionais possuem nos seus quadros diversos cientístas que investigam e de acordo com os interesses dos seus patrões colocam nas revistas da especialidade os seus pareceres e conclusões a que vão chegando face não com a realidade,dos factos investigados, mas sim ao interesse da multinacional para a qual trabalham. Veja-se o que aliás já foi denunciado relativamente à gripe A cuja estirpe afinal não tem dizimado mais pessoas do que a chamda gripe comum cujos dados deixaram de ser revelados porque importa que os governos dos países continuem a investir largamente na compra de lotes da vacina para contribuiram para o enriquecimento das multinacionais que se dedicam à industria farmacêutica. Curiosamente e é sabido ex-governantes dos EUA estão ligados às principais empresas mundiais da industria farmacêutica
o que só por si este facto denuncia as reais intenções desta gente. Os políticos quando abraçam a carreira política não é nunca foi nem será, para defender os interesses dos povos que representam mas apenas e só para defenderem os seus próprios interesses alargando isso à família mais próxima, daí acontecerem os escândalos que volta meia volta são noticiados, uns com fundamento outros nem por isso. Mas como se não bastasse estes dois factores que contribuem largamente para a inexistência de sociedades mais justas e equilibradas, existem os sistemas de justifiça que acabam por proteger os responsáveis por este estado de coisas pois quando os seus autores confrontados com processos judiciais que lhes são instaurados, protegem-nos ao não
os criminalizarem pelos actos ilícitos cometidos. Até quando isto tudo vai continuar a acontecer não sabemos mas que um dia os povos mais sacrificados com este tipo de acções vão ter por acabar por se sublevarem disso não tenho dúvidas.

Diogo disse...

Carlos, obrigado pelos links.


Alf, as agências de notícias fazem parte dos Media e obedecem todos a um mesmo dono. Quanto ao «aquecimento global», basta comparar as proporções de CO2 e de vapor de água existentes na atmosfera para compreender o ridículo da coisa.


Raúl, os políticos que chegam a posições importantes já estão todos com dono (ou não chegariam lá). Tanto a Política como os Media são propriedade do Grande Dinheiro.

alf disse...

Diogo

Será o «grande Dinheiro» o culpado? Mas não se ouve continuamente dizer que o «grande dinheiro» é que quer boicotar as medidas para redução do CO2 etc? O «grande Dinheiro» é contra a teoria do aquecimento global e depois manipula os «seus» media para dizerem mal dele próprio?

Não faz sentido, não é?

Zorze disse...

Diogo,

O que de facto se trata é de uma conspiração. Com uma linguagem positiva, mas no fundo conspirativa.
Por todo o lado, empresas associam-se à ideia de: energia limpa, carbono zero, cuidar do ambiente, etc., etc. ...
É a ideia do momento e a que vende.
Que na base de partida, tal como este post mostra, foi deliberadamente manipulado.

Alf,

O "contra-senso" é a grande nova técnica do marketing.
Repara na campanha publicitária da Galp. Os automóveis que só levam um passageiro, que nos poderíamos juntar todos, menos carros - melhor ambiente, músicas melodiosas, pessoas bonitas, cadeiras de automóveis espalhados pela cidade. Mas o "core-business" dessa empresa não é o petróleo? Mas ao mesmo tempo, investem dinheiro para haver menor circulação de automóveis, logo menos consumo dos "seus" derivados?
E as assinaturas de emails, que circulam por aí nas empresas, patrocinadas pelos gigantes das indústrias do papel - "Se este email não for realmente importante, não o imprima".
O marketing reinventa-se, o objectivo é sempre o mesmo.

Abraço,
Zorze

Diogo disse...

Alf, acho que o Zorze lhe respondeu muitíssimo bem. O exemplo da Galp a incentivar-nos a andar de transportes públicos é do mais cínico que já vi. Mas há aqui duas jogadas em simultâneo:

1 - O Grande Dinheiro com o embuste da «aquecimento global» tenciona ir buscar quantias incalculáveis aos contribuintes para combater gambozinos (o CO2).

2 - Por outro lado garantirá que continuaremos dependentes do petróleo, cujo monopólio eles detêm.

Anónimo disse...

Venha um judeu georgiano pôr ordem nesta merda!

Pata Negra disse...

Diogo polémico, precisamos de polémica mas cuidado. Temos de mexer com muito cuidado. O respeito que tenho pelo BE é o mesmo que tenho por Fátima - é muito! Percebe-se?!
Retribuo o link com agrado e espero continuados encontros.
Um abraço suíno

Anónimo disse...

Criou-se o mito do aquecimento global provocado pelo co2.
Depois arranjaram uns pulhas para darem as trombas, para além de outros, o al gore e o painel inter-governamental para as alterações climáticas (painel inter-governamental... até soa a coisa importante).
De seguida para dar mais credibilidade ao al gore e ao tal painel da ó nú, que apregoam o aquecimento global, provocado pelo homem, deram-lhes o prémio nobel da paz “... por lançar as bases necessárias para inverter tais alterações.”...
É caso para também dizer que o prémio nobel já não é o que era... por sinal, à muitos anos.
Depois das pessoas terem levado uma boa lavagem, criaram o mercado de carbono, não só para precaver as perdas que possam ter, como facturar ainda mais.
Julgo saber que o mercado de carbono vale neste momento algo como 84 mil milhões de €, mas se Copenhaga cair, cairá também.
Ainda há pouco li em qualquer lado que um ministro ia propor na u.e. para que a poluição criada pelos incêndios não fosse contabilizada...
Depois criaram toda uma série de eco-taxas etc para mais umas coroas extras. E as pessoas aceitam alegremente pagar mais estes impostos indirectos/disfarçados.
Até a EDP veio dizer que tinha de aumentar o preço da electricidade para poder investir em produção de electricidade mais barata. Isto é, nós financiamos/participamos nos investimentos da EDP, mas não participamos dos lucros. E o pessoal aceita estas tretas na maior das passividades.

É verdade que quando a temperatura do planeta aumenta o carbono também aumenta. Só que, 1º aumenta a temperatura e só depois, por volta de uns 800 anos, é que o aumenta o carbono. Portanto há um desfasamento entre o pico da temperatura máxima atingida e o pico máximo de carbono atingido, de 800 anos.
Carlos

Anónimo disse...

“Até a EDP veio dizer que tinha de aumentar o preço da electricidade para poder investir em produção de electricidade mais barata.”

Correcção
Até a EDP veio dizer que tinha de aumentar o preço da electricidade para poder investir em produção de electricidade mais limpa.

Manuel Gouveia disse...

Lembro-me do Antímio de Azevedo que passou uma vida a apresentar a meteorologia e nunca detectou qualquer vestígio do aquecimento global, até o ter descoberto como forma de ressuscitar do seu esquecimento...

Motim disse...

Mas amigos, não há aqui nenhuma surpresa.
O socialismo e o comunismo foram desde o seu nascimento financiados pela banca e pela elite, à semelhança do capitalismo. A agenda do BE, tal como os outros partidos com assento parlamentar, é 100% a favor da ditadura global/nova ordem mundial. De vez em quando dizem umas coisas completamente inofensivas, porque é sempre necessário ter uns fantoches a fingir ser "oposição".

Anónimo disse...

Caro Motim
Conordo plenamente.
Boa sorte para o vosso Escudo.
Carlos

Diogo disse...

Pata Negra – Não há que ter cuidado nenhum. Há que gritar o mais possível. Estou positivamente farto de ver aldrabões a dizer de sua justiça. […] O nosso diálogo irá continuar seguramente. Abraço.


Carlos – Não é engraçado que o carbono só aumenta depois de aumentar a temperatura no planeta? Já viste a quantidade de programas de televisão que ultimamente nos têm alertado para o «aquecimento global»?


Anónimo – O que é electricidade mais limpa?


Manuel Gouveia – Também vi o Antímio de Azevedo nesse (talvez último) programa a falar do aquecimento global. Uma prenda de natal para os netos?


Motim – já tinha visto alguns bloquistas a defender os TGVs. Esta posição pró aquecimento global não deixa dúvidas a ninguém…

Anónimo disse...

..."Bloco de Esquerda já foi infectado."

Mas qual já foi (?), qual cara...
Esses falsos foram desde o início LEVADOS AO COLO pelos MERDIA.
Actualmente chegam ao ridículo de em qualquer programa, até os "cor-de-rosa" terem lá um piolho do bloco.
E têm a justiça (com j pequenino) a dar-lhes cobertura.
Vejam os atentados e crimes que praticam os piolhosos ligados ao BE e nem acusação é deduzida pelos cúmplices do ministério publico. Então aquele DIAP de Lisboa é uma vergonha.

Anónimo disse...

Desculpem-me a argolada.

Aqui vai a correcção

Até a EDP veio dizer que tinha de aumentar o preço da electricidade para poder investir em produção, mais limpa, mais ecológica, de electricidade. Isto é, nós financiamos/participamos nos investimentos da EDP, mas não participamos dos lucros. E o pessoal aceita estas tretas na maior das passividades.
E desta forma, mais ecológica, pagamos a electricidade mais cara.

“Carlos – Não é engraçado que o carbono só aumenta depois de aumentar a temperatura no planeta? Já viste a quantidade de programas de televisão que ultimamente nos têm alertado para o «aquecimento global»?
É uma náusea meu caro. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Em especial depois do climategate, entrou tudo num histérico frenesim. A bomba é grande.
Carlos

Apache disse...

Muito bom texto, apesar da extensão. Discordância apenas em relação aos 3 últimos parágrafos.

“Já percebi que basta controlar as agências de informação - os media, salvo algumas reportagens caseiras (sobre acidentes ou sobre o Sócrates), o que fazem é reproduzir ipsis verbis as notícias que a Lusa lhes envia. (…) Afinal, o quarto poder não são os media, são as Agências de Notícias.”
Agências estas, que vendem como consensual em ciência, tudo o que se publica na “Nature”, na “Science”, etc. independentemente de ter credibilidade ou ser lixo revisto em determinados “círculos privados”. Tiro no porta-aviões, Alf. Já quanto ao segundo e terceiro comentários…

“Ora as teorias em Ciência não são certas nem erradas, são apenas a melhor das disponíveis”
Neste caso, mais valia não haver nenhuma. Aliás, esta teoria não é nova, foi proposta pelo químico Svant Arrhenius no início do século passado e abandonada pouco tempo depois por ser contrariada pelas observações. Com a evolução das teorias da ligação química, tornou-se simplesmente ridícula. Hoje, qualquer químico que dê credibilidade a uma teoria destas, ou é corrupto ou tem um diploma “socrático”. O efeito de estufa do dióxido de carbono é comparável ao da água, mesmo que ambos existissem em igual quantidade (e há 50 moléculas de água por cada molécula de CO2 na atmosfera)? Quer dizer, comparável é, tanto quanto uma pulga é comparável em massa com um cão.

“E a verdade é que não há nenhuma teoria melhor que a do aquecimento global para explicar o aquecimento passado da Terra a não ser a minha, é claro, mas essa ainda não é pública”
Esperamos tranquilamente pela sua, até lá, que tal a temperatura da Terra ser função da intensidade da radiação solar que a atinge e da energia libertada por fenómenos geológicos e por reacções químicas de profundidade?

“O «grande Dinheiro» é contra a teoria do aquecimento global e depois manipula os «seus» media para dizerem mal dele próprio?”
A esmagadora maioria das petrolíferas patrocina (com avultadas somas) a teoria do “aquecimento global”.

Diogo disse...

Apache,

Tirando a parte do Bloco de Esquerda, todo o texto é uma transcrição integral de um artigo no Expresso de José J. Delgado Domingos, Professor catedrático do Instituto Superior Técnico. Suponho que tenha sido o 1º artigo do Expresso a desmontar por completo o «aquecimento global».

Anónimo disse...

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