sexta-feira, maio 21, 2010

Morreu o Banqueiro Horácio Roque. O dono do Banif era possuidor de uma fortuna calculada em 1,12 mil milhões de euros

Horácio Roque (1944-2010)

Jornal i - 20.05.2010

[...] O presidente do Banif, Horário Roque, morreu hoje (19.05.2010) com 66 anos. Aos 14 anos (1958), Roque deixou a aldeia natal do Mogadouro para zarpar de Lisboa para Luanda, só com 500 escudos no bolso. Lá, teve os dois únicos "empregos" da sua vida: caixeiro-aprendiz e empregado de restaurante.

Em 1988 [30 anos depois], Horácio Roque fundou o Banif - Banco Internacional do Funchal, a menina dos seus olhos, que deu origem ao BANIF Grupo Financeiro. Actualmente detinha 57% do grupo através das holdings pessoais Rentipar Financeira, Rentipar Indústria, Rentipar Seguros e Rentipar Investimentos. Nos últimos anos, esteve sempre no ciclo dos mais ricos do país, deixou a lista de milionários da revista "Forbes" em 2008 - na altura aparecia na 843.a posição, com uma fortuna calculada em 1,4 mil milhões de dólares (1,12 mil milhões de euros)
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O fenecimento precoce e redentor de Horácio Roque, pela forma resignada com que encarou le dernière pas pour l'éternité, constitui o exemplo perfeito a ser seguido com a maior brevidade possível pelos outros cinco principais banqueiros portugueses, a saber: Nuno Amado, Ricardo Salgado, Faria de Oliveira, Santos Ferreira e Fernando Ulrich, [que a má língua acusa de serem apenas testas de ferro da todo-poderosa Banca Internacional].

Agora, que estas sumidades bancárias se preparam para destruir milhares de empresas e enviar centenas de milhares de famílias para a miséria, talvez fosse a altura ideal para que estes aristocratas da finança seguissem o corajoso exemplo de Horácio Roque e entregassem, afoita e nobremente, a alma ao Criador.


Nuno Amado, Ricardo Salgado, Faria de Oliveira, Santos Ferreira e Fernando Ulrich
(Parecem curiosamente alinhados perante um pelotão de fuzilamento)


Bancos vão cortar no crédito para as famílias e empresas

Preparem-se. O cinto vai apertar e é para todos. Bancos, Estado, empresas e famílias. O crédito fácil acabou e será seguramente mais escasso e mais caro nos próximos tempos. Com maior ou menor ênfase, foi este o ponto central do discurso dos líderes dos cinco principais bancos nacionais, que ontem participaram no Fórum Banca e Mercado de Capitais organizado pelo Diário Económico.

Já há algum tempo que o sector vem avisando para as maiores restrições no crédito trazidas pela crise financeira. A diferença está no grau que essa contenção pode agora assumir, tendo em conta o agravamento das condições dos mercados, as dificuldades no acesso a financiamento da banca e a posição de maior fragilidade de países como Portugal. As restrições poderão não ser só apenas uma maior selectividade. A banca pode mesmo ter de deixar de apoiar até os bons projectos.

O presidente do BPI foi o assertivo no alerta: "É fundamental que todos compreendam a situação; temos de ter consciência do problema porque, se não, não adoptamos as medidas necessárias". "O Estado, as empresas e as famílias estão muito alavancadas; e os bancos também, porque são eles que concedem o crédito", referiu. Face ao actual panorama dos mercados, Fernando Ulrich não tem dúvidas de que "o crédito vai ser mais escasso e mais difícil e temos de procurar dirigi-lo para onde for mais prioritário".

O presidente do BPI deixou também claro que, "enquanto os mercados não estiverem restabelecidos", o banco fará opções e terá mesmo de deixar de apoiar projectos que até podem ser rentáveis. O responsável explicou que o problema não está na liquidez, mas na adequação do financiamento das operações aos prazos. Ulrich defendeu ainda que, embora o seu discurso pareça mais "duro" que o dos seus pares, "estamos todos a dizer a mesma coisa, com tonalidades diferentes".


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Atente-se na forma como a Banca tem apertado o próprio cinto no período 2006-2010

Lucros da Banca em 2006

Os quatro maiores bancos privados (Millennium bcp, Santander Totta, Banco Espírito Santo e BPI) já apresentaram as suas contas e os lucros em 2006 atingiram 1,9 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 30,5 por cento face ao ano anterior e praticamente o dobro do valor registado há três anos e que rondou 1,1 mil milhões de euros. Feitas as contas, estes quatro bancos privados ganham uma média de 5,48 milhões de euros por dia.

O Banco Espírito Santo alcançou um resultado de mais de 420 milhões de euros. O Millennium bcp apresentou lucros na ordem dos 780 milhões de euros. Já o BPI soma resultados na casa dos 308,8 milhões de euros, representando um crescimento de 23,1%. O Santander Totta, que apresentou os resultados esta terça-feira, atingiu lucros superiores a 425 milhões de euros.


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Lucros da Banca em 2007

Os bancos portugueses obtiveram em 2007 lucros de 2,4 mil milhões de euros, mais 9,1% que no ano passado.

Os quatro maiores bancos privados portugueses (BCP, BPI, Banco Espírito Santo e Santander Totta) lucraram cerca de 5,6 milhões de euros por dia, em 2007, totalizando 2.035 milhões de euros. Este valor representa um aumento face ao período homólogo, em que os lucros das mesmas instituições financeiras somaram 1.935 milhões de euros.

A «estrela» de 2007 foi o Banco Espírito Santo ao apresentar os melhores resultados do sector, com os lucros a subirem 44,3% face ao ano anterior para os 607 milhões de euros. O Millennium bcp teve um resultado líquido de 563 milhões de euros. O Santander Totta aparece no terceiro lugar deste «ranking» ao lucrar 510 milhões de euros, em 2007, o que representa um crescimento de 20% face ao ano anterior. Já os lucros do BPI aumentaram 15% para os 355 milhões de euros, em 2007, superando as estimativas dos analistas que apontavam para um crescimento na ordem dos 6% para os 328 milhões de euros.


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Lucros da Banca em 2008

Os cinco maiores bancos a operar em Portugal (Caixa Geral de Depósitos, Millennium bcp, Banco Espírito Santo, Santander Totta e BPI) obtiveram lucros de 2,9 mil milhões de euros em 2008.

O Santander Totta foi o banco que teve maior lucro em Portugal no exercício do ano passado (2008), com 517,7 milhões de euros. O BES obteve um lucro de 402,3 milhões de euros. O banco do Estado (CGD) obteve 459 milhões de euros de lucro. O BPI registou 150,3 milhões de euros, sobretudo pelo impacto negativo, de 184,4 milhões de euros, da participação que detinha no capital do BCP. O Millennium bcp teve um lucro de 201,2 milhões de euros.


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Lucros da Banca em 2009

Os quatro grandes bancos privados portugueses, BES, BCP, BPI e Santander Totta apresentaram no ano passado (2009), no seu conjunto, lucros de 1,445 mil milhões de euros. O montante, representa assim mais 13,8 por cento do que no ano anterior, o que equivale a quatro milhões de euros por dia.

O Santander Totta foi o banco que apresentou os maiores lucros com 523 milhões de euros, mais 1,1 por cento do que em 2008. Seguiu-se o BES, que apresentou um resultado líquido de 522 milhões de euros, mais 30 por cento do que no ano passado. Em terceiro lugar aparece o BCP que somou no conjunto de 2009, lucros de 225 milhões de euros. O BPI aparece em último lugar e lucrou 175 milhões de euros, mais 17 por cento que no mesmo período do ano passado.


Dizem os especialistas que vivemos tempos de crise, mas os quatro maiores bancos privados portugueses - BCP, BES, BPI e Santander Totta - lucraram, nos primeiros três meses deste ano, 391,7 milhões de euros, o que equivale a lucros de 4,35 milhões de euros por dia.

O BES viu o seu lucro subir, em 17,6% para 119,1 milhões de euros. Dos restantes, o BCP apresentou resultados de 96,4 milhões, o BPI de 45,1 milhões e o Santander Totta de 131,1 milhões.
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10 comentários:

Anónimo disse...

Se se tiverem de suicidar,que levem também estes cabrões.Façam como os xiitas.BANKSTERS!!!!!

'A dívida externa soberana e os seus incumprimentos ocasionais não são sem precedentes [1] . O que é, ao contrário, único no caso da atual dívida externa soberana é que ela é composta majoritariamente de dívidas privadas contabilizadas como dívida pública; isto é, dívida que foi acumulada por especuladores financeiros e, então, descarregada sobre os governos para que fosse paga pelos contribuintes como dívida nacional. Tendo assim socorrido "banksters" insolventes, muitos governos ficaram eles mesmos insolventes ou quase, e estão pedindo ao público que economize pão e manteiga para pagar uma dívida que não é da sua responsabilidade.

Após transferirem milhões de milhões de dólares de dívida podre ou ativos tóxicos da contabilidade dos especuladores financeiros para a dos governos, os magnatas financeiros globais, seus representantes no aparelho de Estado e a mídia corporativa, agora acusam o gasto social (na realidade, o povo) de ser o responsável pela dívida e pelo déficit! ', de Ismael Hossein-Zadeh in http://resistir.info/

Anónimo disse...

Sobre este caro e querido senhor Horácio Roque conhecido para não dizer ( amigo) de família, a 1975 sai de Luanda para a África do Sul, onde vendeu taparueres de porta em porta, passado alguns meses fundou um colégio, e regressa a Portugal, Madeira, e abre um banco BANIF.
Por muitos milhares de taparueres que eu vendesse nunca seria banqueira, caso sim, e foi este o (caso) em vez de taparueres o negócio fossem diamantes!
Paz ao diamantes, que descanssem em paz!

LONGE É A LUA, MEMÓRIAS DE LUANDA - ANGOLA , de Rogéria Gillemans disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Paz às suas almas, que, com milhões, não são mais do que a minha, aqui sossegada, enquanto o calor me apura o bacalhau.

Daniel Santos disse...

fico-me pela homenagem a quem começou do nada e construiu algo.

Alfredo disse...

Estas pessoas,possuidoras de quantias colossais e sempre insatifeitas,prontas a somar mais,quando vivem indiferentes à miséria e sofrimento alheio,não sei se era o caso,são doentes.
Que se queira atingir uma zona de tranquilidade e conforto,em que as dificuldades da luta pela sobrevivência não pesem sobre nós e a nossa família,até acho saudável.
Mas todo o homem tem uma medida.
Acumular fortunas incontáveis sem cuidar dos grandes dramas da sociedade em que vivemos e até contribuindo para eles,é sociopatia.
Temos muitos exemplos,os piores são os que ocupam cargos públicos,pelas obrigações morais que isso impõe.
É conhecido o político mentiroso e gatuno que compra roupa no Bijan,enquanto força o seu povo à miséria e desespero.
O mesmo que veio à tv dizer que achava mal reduzir 5% nos salários dos políticos,os responsáveis pela ruína do país,enquanto vai taxando os salários mínimos e pensões dos inocentes nativos deste feudo socialista.

Diogo disse...

Anónimo (14:22) – Se alguém for levado ao suicídio por estes homicidas financeiros, ao menos que limpem o sebo a meia dúzia antes de se matar.

Anónimo (14:30) – Não se passa de quinhentos paus no bolso para milhares de milhões sem falcatruas da grossa. O Horácio andou metido no tráfico de diamantes.

Longe é a Lua – O nome é tráfico.

Anónimo (14:30) – Que sumam da face da Terra o mais rapidamente possível.

Daniel Santos – Repito: Não se passa de quinhentos paus no bolso para milhares de milhões sem falcatruas da grossa. O Horácio andou metido no tráfico de diamantes.

Alfredo – Essas pessoas que por ganância transformam a vida da maioria num inferno, não merecem viver.

Anónimo disse...

Sr.Daniel Santos,como está o pai Natal,e a Branca de Neve?
Já agora quer saber como é que o fazedor de cocktails na África do Sul,passou a ser um ricaço de muito 'respeito'?fOI MUIIIITO TRABALHO,pergunte ao Savimbi ou à secreta sul africana....ou ao Mário sóares.Boa tarde

Zorze disse...

Diogo,

Foi directo para os anjinhos!

Da riqueza material, não levou nada, apenas as unidades conscienciais que somou à sua existência.

Abraço,
Zorze

Anónimo disse...

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