O objectivo supremo da propaganda é conseguir que milhões de pessoas forjem entusiasticamente as grilhetas da sua própria servidão [Emil Maier-Dorn].
sexta-feira, fevereiro 25, 2011
domingo, fevereiro 20, 2011
Tony Judt - A instrumentalização moderna do Holocausto para obter vantagens políticas é eticamente infame e politicamente perigosa
Desde os finais dos anos setenta do século XX, a «Memória do Holocausto» tem-se vindo a tornar cada vez mais importante nos Estados Unidos e em muitos outros países. A campanha para lembrar o Holocausto – definido como o morticínio genocida de seis milhões de judeus na Europa durante a Segunda Guerra Mundial – inclui numerosos eventos memoriais comemorativos, cursos educativos em muitas escolas, e uma série de filmes, programas de televisão, livros e artigos de revista.
Por todos os Estados Unidos, políticos proeminentes e líderes civis participam em cerimónias memoriais anuais do Holocausto. Um certo número de países, incluindo a Grã-Bretanha, a Alemanha e a Itália, tem anualmente um Dia da Memória do Holocausto.

Todas as grandes cidades norte-americanas têm pelo menos um museu do Holocausto ou um memorial. Em todo o mundo existem mais de 250 museus do Holocausto e memoriais, a maior parte dos quais nos Estados Unidos e na Europa. O maior é o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos em Washington, DC, que é gerido por uma agência federal governamental e que recebe cerca de dois milhões de visitantes anualmente.
O público é continuamente recordado do sofrimento judeu durante a Segunda Guerra Mundial. Só entre 1989 e 2003, foram rodados mais de 170 filmes com temas do Holocausto. Em muitas escolas americanas e europeias, e nas salas de aula israelitas, um enfoque no sofrimento dos judeus europeus durante a II Guerra é obrigatório.

Tim Cole, um professor de história e um especialista proeminente de estudos do Holocausto, escreve no seu livro «Selling the Holocaust» [Vendendo o Holocausto]: "A partir de um começo relativamente lento, chegámos agora ao ponto em que a cultura judaica em particular, e a cultura Ocidental de uma forma geral, estão saturadas com o Holocausto. Na realidade, o Holocausto tem saturado a cultura Ocidental a um tal ponto que surge não apenas num plano central, mas também nos bastidores. Isto pode ser confirmado no número notável de filmes contemporâneos que incluem o Holocausto como enredo ou sub-enredo." [Tim Cole, Selling the Holocaust (Routledge, 2000), p. 2.]
O académico judeu Peter Novick escreve que "uma boa parte da resposta para o papel que o Holocausto desempenha nos EUA é o facto… de os judeus executarem um papel importante e activo em Hollywood, na indústria televisiva, nos jornais, nas revistas e nos livros. Quem quer que negue este factor principal por trás da atenção massiva dada ao Holocausto nos media americanos está a ser ingénuo ou pouco sincero." [P. Novick, The Holocaust in American Life (1999), p. 207. See also pp. 11-12, 208]
Por ocasião da abertura do Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos em Washington, o conhecido autor judeu Melvin Jules Bukiet considerou o Museu uma "expressão de força bruta. Não é a tragédia judaica que é lembrada no Museu esta semana, é o poder judeu ao qual é dada deferência." [Melvin Jules Bukiet, “The Museum vs. Memory: The Taming of the Holocaust,” The Washington Post, Sunday, April 18, 1993, p. C3]

Paula Hyman, uma professora de história moderna judaica na Universidade de Yale, observou: "Relativamente a Israel, o Holocausto pode ser usado para prevenir críticas políticas e para suprimir o debate; reforça o sentimento dos judeus como um povo eternamente sitiado que só pode confiar em si próprio para a sua defesa. A invocação do sofrimento vivido pelos judeus perante os nazis substitui muitas vezes a argumentação racional, e espera-se que convença os cépticos da legitimidade da actual política do governo de Israel." [Paula E. Hyman, “New Debate on the Holocaust,” The New York Times Magazine, Sept. 14, 1980, p. 79]

Tom Segev, um conhecido jornalista e autor israelita, afirma que "em Israel o Holocausto tornou-se um objecto de culto. Além disso, a herança do Holocausto, tal como é ensinada nas escolas e promovida nas cerimónias memoriais nacionais, encorajam muitas vezes um chauvinismo insular e um sentimento de que o extermínio nazi dos judeus justifica qualquer acto que pareça contribuir para a segurança de Israel, incluindo a opressão da população nos territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias." [Tom Segev, The Seventh Million: The Israelis and the Holocaust (New York: 1993), pp. 513, 517]

"Israel transformou a liquidação dos judeus europeus numa mais valia. Os nossos parentes assassinados estão a ser recrutados para permitir a Israel continuar a não se ralar absolutamente nada com as decisões internacionais contra a ocupação. O sofrimento dos nossos parentes nos guetos e nos campos de concentração que recheavam a Europa, a angústia física e mental e o tormento a que os nossos parentes foram sujeitos todos os dias desde a libertação, são usados como armas para frustrar qualquer crítica internacional da sociedade que estamos aqui a criar. Esta é uma sociedade com uma descriminação embutida na base da nacionalidade, e a discriminação está-se a espalhar em ambos os lados da Linha Verde. Esta é uma sociedade que continua sistematicamente a banir a nação palestiniana da sua terra e usurpa os seus direitos como nação e as suas hipóteses para um futuro humano." [Amira Hass, ”Using the Holocaust to ward off criticism,” Haaretz (Israel), March 16 (or 21?), 2005]
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quarta-feira, fevereiro 16, 2011
Um colunista idiota avalia uma ideia um bocado parva...
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Prevê-se que em cada cinco crianças nascidas hoje, três jamais arranjarão emprego estável. Corrompida, a liberdade imergiu-as em novas (outras) desigualdades, indignidades, como as do crescente, insaciável «triângulo negro» da precarização, escravização, exclusão. Direitos penosamente conquistados (na saúde, na assistência, no trabalho, no ensino, no lazer, na cultura) estão a ser dissolvidos em cascatas de perfumado cinismo light. Os jovens que entram no mundo do emprego fazem-no a prazo, a contrato volátil, vendo-se, sem a mínima segurança, impedidos de construir uma vida própria, entre zappings de subtarefas e de pós-formações ludibriadoras.
O problema não tem no sistema vigente, o que poucos ousam admitir, solução visível. Enquanto isso há quem, para se confundir (confundir), culpabilize por ele a baixa taxa de natalidade e, lestamente, se proponha incentivá-la – incentivá-la para aumentar o número de crianças abandonadas?, para disparar a percentagem de jovens sem ocupação?, para renovar de carne fresca e farta os canhões, as camas, os catecismos, os esclavagismos? Prevê-se, com efeito, que em cada cinco crianças nascidas hoje em Portugal, três jamais arranjarão emprego estável.
A queda, por exemplo, de descontos para a Previdência (que tanta ondulação provoca) não advém da falta de trabalhadores com vontade de fazê-los – aos descontos; advém, sim, da falta de trabalho para serem feitos. Há já mais de 600 mil desempregados «seniores» e de 80 mil jovens à procura do primeiro emprego (40 mil licenciados), sem que ninguém, ao que se observa, se dinamize com isso. Nesta fase, as teses «coelheiras» só iriam agravar, não resolver, os problemas demográficos existentes.
Subir a idade da reforma para os 70 anos (aos 50 um trabalhador começa a ser tratado pelos superiores e colegas como um estorvo), aumentar os horários laborais (a produção tornou-se não insuficiente mas excessiva para o mercado), congelar os salários líquidos (enquanto a inflação os baixa) como defendem certos especialistas (que preservam, no entanto, para si retribuições e reformas milionárias) apenas desarticulará o mecanismo social que a humanidade vem, penosamente, construindo no sentido de tornar a existência mais digna e solidária.
As velhas gerações , a sair de cena, agarram-se às influências que julgam, julgavam, manter, merecer. Disfarçando desesperos, socalcam sem resultados patéticas vias sacras de cunhas, súplicas, empenhos, hipotecas, tráficos. As crispações que não sentiram quando, décadas atrás, iniciaram as suas carreiras (eram de outro tipo as, então, sofridas) experimentam-nas agora em relação à insegurança inquietante dos filhos e netos. Ingénuas, acreditaram que bastava, como no seu tempo, um curso superior para se ficar protegido, promovido. Fizeram os seus tirá-lo sem reparar que as universidades se transformaram de clubes VIP em fábricas massificadoras, cada vez mais vazias de elitismos internos e poderes externos.
Só os filhos-família de famílias dominantes (na direita, no centro e na esquerda, na economia, na política e nos lobbies) dispõem de privilégios garantidos, defendidos.
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Uma ideia um bocado parva...
E a canção dos Deolinda chegou ao Parlamento – como se a geração dos recibos verdes e a precariedade do emprego tivessem sido reveladas aos primeiros acordes de "Parva que sou".
A antiga ministra da Educação, Maria Lurdes Rodrigues, ainda tentou colocar alguma sensatez na discussão quando afirmou que a ideia de que "para ser escravo é preciso estudar" é um "desincentivo para os jovens". Óbvio. Mas, como em todos os modismos, o bom senso não é para aqui chamado. O sempre diligente e "bué de fixe" Bloco de Esquerda aproveitou a onda e acha que o país deve acabar com os estágios não remunerados. A ideia significa, no actual contexto, que um número significativo de jovens deixará de ter um primeiro contacto com a vida empresarial - já que, noutras circunstâncias, as empresas não aceitarão esses estágios. O mais grave, porém, desta ideia um bocado parva do Bloco de Esquerda é que a entrada no mercado de trabalho é um direito adquirido que não implica sacrifícios, esforço ou mérito. Ninguém defenderá a eternização dos estágios não remunerados mas a sua existência, circunscrita a um prazo determinado, é uma porta de entrada no mundo do trabalho que, de outra forma, simplesmente não existiria. Mas, como o país está um bocado parvo e desajustado da realidade, estas ideias, um bocado parvas, acontecem.
A antiga ministra da Educação, Maria Lurdes Rodrigues, ainda tentou colocar alguma sensatez na discussão quando afirmou que a ideia de que "para ser escravo é preciso estudar" é um "desincentivo para os jovens". Óbvio. Mas, como em todos os modismos, o bom senso não é para aqui chamado. O sempre diligente e "bué de fixe" Bloco de Esquerda aproveitou a onda e acha que o país deve acabar com os estágios não remunerados. A ideia significa, no actual contexto, que um número significativo de jovens deixará de ter um primeiro contacto com a vida empresarial - já que, noutras circunstâncias, as empresas não aceitarão esses estágios. O mais grave, porém, desta ideia um bocado parva do Bloco de Esquerda é que a entrada no mercado de trabalho é um direito adquirido que não implica sacrifícios, esforço ou mérito. Ninguém defenderá a eternização dos estágios não remunerados mas a sua existência, circunscrita a um prazo determinado, é uma porta de entrada no mundo do trabalho que, de outra forma, simplesmente não existiria. Mas, como o país está um bocado parvo e desajustado da realidade, estas ideias, um bocado parvas, acontecem.
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Ninguém defenderá a eternização dos estágios não remunerados Miguel Coutinho? Tem a certeza disso quando é gritante a crescente disparidade entre as ofertas de emprego por um lado e candidatos a emprego por outro? Tudo isto num universo em que o emprego está inexoravelmente destinado a desaparecer? Ouça (e aprenda) o que tem para lhe dizer o jornalista e escritor Fernando Dacosta que já segue o assunto há um bom par de anos:
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Resposta de Fernando Dacosta
Publicado na revista Visão nº 625 de 24.02.05 (seis anos antes do artigo supra)
Resposta de Fernando Dacosta
Publicado na revista Visão nº 625 de 24.02.05 (seis anos antes do artigo supra)

O problema não tem no sistema vigente, o que poucos ousam admitir, solução visível. Enquanto isso há quem, para se confundir (confundir), culpabilize por ele a baixa taxa de natalidade e, lestamente, se proponha incentivá-la – incentivá-la para aumentar o número de crianças abandonadas?, para disparar a percentagem de jovens sem ocupação?, para renovar de carne fresca e farta os canhões, as camas, os catecismos, os esclavagismos? Prevê-se, com efeito, que em cada cinco crianças nascidas hoje em Portugal, três jamais arranjarão emprego estável.
A queda, por exemplo, de descontos para a Previdência (que tanta ondulação provoca) não advém da falta de trabalhadores com vontade de fazê-los – aos descontos; advém, sim, da falta de trabalho para serem feitos. Há já mais de 600 mil desempregados «seniores» e de 80 mil jovens à procura do primeiro emprego (40 mil licenciados), sem que ninguém, ao que se observa, se dinamize com isso. Nesta fase, as teses «coelheiras» só iriam agravar, não resolver, os problemas demográficos existentes.
Subir a idade da reforma para os 70 anos (aos 50 um trabalhador começa a ser tratado pelos superiores e colegas como um estorvo), aumentar os horários laborais (a produção tornou-se não insuficiente mas excessiva para o mercado), congelar os salários líquidos (enquanto a inflação os baixa) como defendem certos especialistas (que preservam, no entanto, para si retribuições e reformas milionárias) apenas desarticulará o mecanismo social que a humanidade vem, penosamente, construindo no sentido de tornar a existência mais digna e solidária.
As velhas gerações , a sair de cena, agarram-se às influências que julgam, julgavam, manter, merecer. Disfarçando desesperos, socalcam sem resultados patéticas vias sacras de cunhas, súplicas, empenhos, hipotecas, tráficos. As crispações que não sentiram quando, décadas atrás, iniciaram as suas carreiras (eram de outro tipo as, então, sofridas) experimentam-nas agora em relação à insegurança inquietante dos filhos e netos. Ingénuas, acreditaram que bastava, como no seu tempo, um curso superior para se ficar protegido, promovido. Fizeram os seus tirá-lo sem reparar que as universidades se transformaram de clubes VIP em fábricas massificadoras, cada vez mais vazias de elitismos internos e poderes externos.
Só os filhos-família de famílias dominantes (na direita, no centro e na esquerda, na economia, na política e nos lobbies) dispõem de privilégios garantidos, defendidos.
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sexta-feira, fevereiro 11, 2011
Redução do número de deputados – como arredar da Assembleia da República mamíferos da envergadura dum Sérgio Sousa Pinto ou dum Francisco Assis
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Bem pior que a violência imaginária sobre meia-dúzia de legisladrões contumazes, angustia-me e comove imensamente mais a violência real, metódica e quotidiana dessa meia-dúzia sobre milhares, e o desamparo da queda dum país e dum povo inteiros às patas dessa vil e irrecuperável corja.
Redução, não!
Não vou ao ponto de proclamar (como faz, peremptório, o meu sócio e compadre Ildefenso Caguinchas), que sou a favor da redução de deputados no palramento, de preferência a tiro. Embora, ao ponderar mamíferos da envergadura dum Sérgio Sousa Pinto ou dum Francisco Assis, a tentação seja grande. Não que sejam muito piores que qualquer um dos outros (tudo aquilo é avulso, amorfo e aleatório): são apenas mais pesporreicos e irritantes. Para falar com franqueza, até nem sou a favor da redução de deputados: penso mesmo que a defenestração seria o tratamento mais adequado. Isto, para a generalidade. Porque para os cabecilhas de bando, eufemística e pomposamente catalogados de "lideres de grupo parlamentar", entendo que devem reservar-se honras de "devarandação". O certo é que, via janela ou via varanda, há todo um excedente que urge evacuar, catapultando. Que esse excedente coincida com o plenário, isso já é detalhe onde o assombro compete com a evidência, e o estado de semi-falência das finanças públicas apenas agudiza e amplifica.
Eu sei. Algumas almas mais sensíveis e delicadas estão já, debulhadas em lágrimas, a deplorar a violência e o desamparo da queda; outros, que sempre os há calculistas e maquiavélicos nestas ocasiões, hão-de desaprovar porque assim só promoveremos os criminosos a mártires; outros ainda, os mais básicos e mentecaptos, engrenarão na ladainha do nazi, fássista e mais não sei quê, que, lá bem no fundo do armário psico-seboso, lhes preenche as titilações libidorreicas; etc, etc, bla-bla-bla.
Aos primeiros, respondo que, bem pior que esta violência imaginária sobre meia-dúzia de legisladrões contumazes, me angustia e comove imensamente mais a violência real, metódica e quotidiana dessa meia-dúzia sobre milhares, e o desamparo da queda dum país e dum povo inteiros às patas dessa vil e irrecuperável corja. Aos segundos, direi que antes fazer deles mártires do que permitir que eles continuem, ad aeterno, a martirizarem-nos a nós. Finalmente, aos terceiros, que posso eu dizer? Devolvê-los expressamente, e em passo de corrida, ao orifício matriz seria baldado e duvidoso: é inextricável que tenham saído pela frente ou por trás (embora, tendo em conta o odor do raciocínio, qualquer indivíduo adulto não constipado aposte sem hesitar na cloaca do esgoto).
Quanto ao edifício propriamente dito, não é destituído de beleza arquitectónica. O problema, nos últimos cem anos, ou coisa que o valha, tem sido a frequência. Da União Nacional à Desunião Nacinhal, a diferença é a que medeia entre o estábulo do regime e o templo da democracia. Ou dito mais lucidamente: entre a estrebaria e a casa de putas.
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Eu sei. Algumas almas mais sensíveis e delicadas estão já, debulhadas em lágrimas, a deplorar a violência e o desamparo da queda; outros, que sempre os há calculistas e maquiavélicos nestas ocasiões, hão-de desaprovar porque assim só promoveremos os criminosos a mártires; outros ainda, os mais básicos e mentecaptos, engrenarão na ladainha do nazi, fássista e mais não sei quê, que, lá bem no fundo do armário psico-seboso, lhes preenche as titilações libidorreicas; etc, etc, bla-bla-bla.
Aos primeiros, respondo que, bem pior que esta violência imaginária sobre meia-dúzia de legisladrões contumazes, me angustia e comove imensamente mais a violência real, metódica e quotidiana dessa meia-dúzia sobre milhares, e o desamparo da queda dum país e dum povo inteiros às patas dessa vil e irrecuperável corja. Aos segundos, direi que antes fazer deles mártires do que permitir que eles continuem, ad aeterno, a martirizarem-nos a nós. Finalmente, aos terceiros, que posso eu dizer? Devolvê-los expressamente, e em passo de corrida, ao orifício matriz seria baldado e duvidoso: é inextricável que tenham saído pela frente ou por trás (embora, tendo em conta o odor do raciocínio, qualquer indivíduo adulto não constipado aposte sem hesitar na cloaca do esgoto).
Quanto ao edifício propriamente dito, não é destituído de beleza arquitectónica. O problema, nos últimos cem anos, ou coisa que o valha, tem sido a frequência. Da União Nacional à Desunião Nacinhal, a diferença é a que medeia entre o estábulo do regime e o templo da democracia. Ou dito mais lucidamente: entre a estrebaria e a casa de putas.
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segunda-feira, fevereiro 07, 2011
David Cole, um investigador judeu-americano, demonstra o embuste oficial do «campo de extermínio» de Auschwitz
Um vídeo realizado, produzido, escrito e narrado por um judeu-americano, de nome David Cole, tornou-se ao longo dos anos um "best-seller" do revisionismo do holocausto.
David Cole, um Judeu por nascimento mas ateísta por convicção, visitou a Europa em Setembro de 1992 e inspeccionou os campos de concentração alemães de Auschwitz, Birkenau, Majdanek, Mauthausen e Dachau.
Os vídeos seguintes, legendados em português, constituem um excelente testemunho das falsidades oficiais que são impingidas aos estudiosos e aos visitantes do «campo de extermínio» de Auschwitz-Birkenau.
Links dos vídeos indicados pelo blogue Revisionismo em Linha.
David Cole, um Judeu por nascimento mas ateísta por convicção, visitou a Europa em Setembro de 1992 e inspeccionou os campos de concentração alemães de Auschwitz, Birkenau, Majdanek, Mauthausen e Dachau.
Os vídeos seguintes, legendados em português, constituem um excelente testemunho das falsidades oficiais que são impingidas aos estudiosos e aos visitantes do «campo de extermínio» de Auschwitz-Birkenau.
Links dos vídeos indicados pelo blogue Revisionismo em Linha.
VÍDEOS LEGENDADOS EM PORTUGUÊS
HOLOCAUSTO - Uma investigação de Auschwitz (1)
HOLOCAUSTO - Uma investigação de Auschwitz (2)
HOLOCAUSTO - Uma investigação de Auschwitz (3)
HOLOCAUSTO - Uma investigação de Auschwitz (4)
HOLOCAUSTO - Uma investigação de Auschwitz (5)
HOLOCAUSTO - Uma investigação de Auschwitz (6)
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HOLOCAUSTO - Uma investigação de Auschwitz (1)
HOLOCAUSTO - Uma investigação de Auschwitz (2)
HOLOCAUSTO - Uma investigação de Auschwitz (3)
HOLOCAUSTO - Uma investigação de Auschwitz (4)
HOLOCAUSTO - Uma investigação de Auschwitz (5)
HOLOCAUSTO - Uma investigação de Auschwitz (6)
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terça-feira, fevereiro 01, 2011
Eça de Queirós e Henry Ford concordam: o judaísmo é o mais secreto poder organizado na terra e os seus meios de poder são o dinheiro e a imprensa
Em 1980, no capítulo «Lord Beaconsfield» da compilação "Cartas de Inglaterra", Eça de Queirós escreveu sobre Lord Beaconsfield, aliás o judeu Benjamin Disraeli (1804 – 1881), que foi primeiro-ministro do Reino Unido:
"A esta causa de popularidade [do judeu Benjamin Disraeli] deve juntar-se outra – a reclame. Nunca, um estadista teve uma reclame igual, tão contínua, em tão vastas proporções, tão hábil. Os maiores jornais de Inglaterra, de Alemanha, de Áustria, mesmo de França, estão (ninguém o ignora) nas mãos dos israelitas. [...] por outro lado nunca obstou a que o judaísmo europeu lhe prestasse absolutamente o tremendo apoio do seu ouro, da sua intriga e da sua publicidade. Em novo, é o dinheiro judeu que lhe paga as suas dívidas; depois é a influência judaica que lhe dá a sua primeira cadeira no Parlamento; é a ascendência judaica que consagra o êxito do seu primeiro Ministério; é enfim a imprensa nas mãos dos judeus, é o telégrafo nas mãos dos judeus, que constantemente o celebraram, o glorificaram como estadista, como orador, como escritor, como herói, como génio!"
"A esta causa de popularidade [do judeu Benjamin Disraeli] deve juntar-se outra – a reclame. Nunca, um estadista teve uma reclame igual, tão contínua, em tão vastas proporções, tão hábil. Os maiores jornais de Inglaterra, de Alemanha, de Áustria, mesmo de França, estão (ninguém o ignora) nas mãos dos israelitas. [...] por outro lado nunca obstou a que o judaísmo europeu lhe prestasse absolutamente o tremendo apoio do seu ouro, da sua intriga e da sua publicidade. Em novo, é o dinheiro judeu que lhe paga as suas dívidas; depois é a influência judaica que lhe dá a sua primeira cadeira no Parlamento; é a ascendência judaica que consagra o êxito do seu primeiro Ministério; é enfim a imprensa nas mãos dos judeus, é o telégrafo nas mãos dos judeus, que constantemente o celebraram, o glorificaram como estadista, como orador, como escritor, como herói, como génio!"
E na mesmo compilação "Cartas de Inglaterra", no capítulo «Israelismo", Eça de Queirós escreveu:
"Mas o pior ainda na Alemanha é o hábil plano com que fortificam a sua prosperidade e garantem o luxo, tão hábil que tem um sabor de conspiração: na Alemanha, o judeu, lentamente, surdamente, tem-se apoderado das duas grandes forças sociais – a Bolsa e imprensa. Quase todas as grandes casas bancárias da Alemanha, quase todos os grandes jornais, estão na posse do semita. Assim, torna-se inatacável. De modo que não só expulsa o alemão das profissões liberais, o humilha com a sua opulência rutilante e o traz dependente pelo capital; mas, injúria suprema, pela voz dos seus jornais, ordena-lhe o que há-de fazer, o que há-de pensar, como se há-de governar e com quem se há-de bater!"
"Mas o pior ainda na Alemanha é o hábil plano com que fortificam a sua prosperidade e garantem o luxo, tão hábil que tem um sabor de conspiração: na Alemanha, o judeu, lentamente, surdamente, tem-se apoderado das duas grandes forças sociais – a Bolsa e imprensa. Quase todas as grandes casas bancárias da Alemanha, quase todos os grandes jornais, estão na posse do semita. Assim, torna-se inatacável. De modo que não só expulsa o alemão das profissões liberais, o humilha com a sua opulência rutilante e o traz dependente pelo capital; mas, injúria suprema, pela voz dos seus jornais, ordena-lhe o que há-de fazer, o que há-de pensar, como se há-de governar e com quem se há-de bater!"
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Henry Ford

Henry Ford (1863 – 1947) foi o americano fundador da Ford Motor Campany e pai das modernas linhas de montagem e da produção em massa. O seu automóvel, Modelo T, revolucionou o transporte e a indústria americana. Ford foi um inventor prolífico e registou 161 patentes. Na qualidade de dono da Companhia Ford tornou-se um dos homens mais ricos e mais conhecidos do mundo.
Em 1918, Ford comprou um pouco conhecido semanário: «The Dearborn Independent». No princípio dos anos 20 este semanário publicou um conjunto de quatro volumes de artigos, cumulativamente intitulados «The International Jew» [O Judeu Internacional].
Em 1918, Ford comprou um pouco conhecido semanário: «The Dearborn Independent». No princípio dos anos 20 este semanário publicou um conjunto de quatro volumes de artigos, cumulativamente intitulados «The International Jew» [O Judeu Internacional].
[Tradução minha]
Jornal "The Dearborn Independent" - 29 de Maio de 1920:
Jornal "The Dearborn Independent" - 29 de Maio de 1920:
[...] O judaísmo é o mais secreto poder organizado na terra, mais ainda que o Império Britânico. Constitui um Estado cujos cidadãos são incondicionalmente leais onde quer que estejam ou quer sejam ricos ou pobres.
O nome que foi dado pela Alemanha a este Estado e que circula por todos os outros Estados é Al-Judá [All- Judaan].
Os meios de poder do Estado de Al-Judá são o capital e o jornalismo, ou o dinheiro e a propaganda.
Al-Judá é o único Estado que exerce um governo mundial; todos os outros Estados só podem exercer governos nacionais.
A principal cultura de Al-Judá é jornalística; os desempenhos técnicos, científicos, literários dos judeus modernos são em todo o lado desempenhos jornalísticos. São devidos ao extraordinário talento dos judeus para a receptividade das ideias dos outros. Capital e Jornalismo combinam-se na Imprensa para criar o meio espiritual do poder judaico.
O governo deste Estado de Al-Judá está maravilhosamente organizado. Paris foi a sua primeira sede, mas já se mudou para outro lugar. Antes da Guerra (1914-1918), Londres era a sua primeira capital e Nova Iorque a segunda. Resta ver se Nova Iorque não irá suplantar Londres – a tendência é no sentido da América.

Como Al-Judá não está em condições de ter um exército e uma marinha permanentes, outros Estados fornecem-lhos. A sua armada é a armada britânica, que protege dos obstáculos o progresso de toda a economia mundial judaica, ou aquela parte que depende do mar. Em troca, Al-Judá acrescentou a Palestina ao controlo britânico. Onde quer que houvesse uma força terrestre (qualquer que fosse a nacionalidade do uniforme que usasse), esta apoiaria a marinha britânica.
Al-Judá está disposta a entregar a administração de várias partes do mundo aos governos nacionalistas; só pede para si o controlo dos governos. O judaísmo é intensamente a favor de perpetuar as divisões nacionalistas no mundo gentio (não-judeu). Porque, por eles, os judeus nunca serão assimilados por qualquer nação. São um povo à parte, sempre o foram e sempre o serão.
Só ocorrem problemas entre Al-Judá e outra nação quando esta impossibilita a Al-Judá o controlo dos lucros industriais e financeiros dessa nação. Al-Judá pode desencadear uma guerra, pode fazer a paz; pode criar a anarquia em casos mais obstinados, pode restaurar a ordem. Tem a força de uma potência mundial nas suas mãos e partilha-a entre as nações consoante estas apoiem os planos de Al-Judá.
Ao controlar as fontes de informação mundiais, Al-Judá pode sempre preparar as opiniões dos povos para o seu próximo passo. A maior exposição que ainda falta fazer é a forma como as notícias são produzidas e a forma pela qual a opinião de nações inteiras é moldada para um determinado objectivo. Quando o poderoso judeu é por fim descoberto e a sua mão revelada, vêm então os imediatos gritos de perseguição que ecoam pela imprensa mundial. As causas reais da perseguição (que são a opressão das pessoas pelas práticas financeiras dos judeus) nunca são ditas publicamente.
Al-Judá tem os seus vice-governos em Londres e em Nova Iorque. Tendo obtido a sua vingança sobre a Alemanha, irá continuar a conquistar outras nações. Já possui a Grã-Bretanha. A Rússia debate-se mas as probabilidades estão contra ela. Os Estados Unidos, com a sua tolerância amigável por todas as raças, oferecem um terreno prometedor. O palco das operações muda, mas o judeu é o mesmo através dos séculos.
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O nome que foi dado pela Alemanha a este Estado e que circula por todos os outros Estados é Al-Judá [All- Judaan].
Os meios de poder do Estado de Al-Judá são o capital e o jornalismo, ou o dinheiro e a propaganda.
Al-Judá é o único Estado que exerce um governo mundial; todos os outros Estados só podem exercer governos nacionais.
A principal cultura de Al-Judá é jornalística; os desempenhos técnicos, científicos, literários dos judeus modernos são em todo o lado desempenhos jornalísticos. São devidos ao extraordinário talento dos judeus para a receptividade das ideias dos outros. Capital e Jornalismo combinam-se na Imprensa para criar o meio espiritual do poder judaico.
O governo deste Estado de Al-Judá está maravilhosamente organizado. Paris foi a sua primeira sede, mas já se mudou para outro lugar. Antes da Guerra (1914-1918), Londres era a sua primeira capital e Nova Iorque a segunda. Resta ver se Nova Iorque não irá suplantar Londres – a tendência é no sentido da América.

Como Al-Judá não está em condições de ter um exército e uma marinha permanentes, outros Estados fornecem-lhos. A sua armada é a armada britânica, que protege dos obstáculos o progresso de toda a economia mundial judaica, ou aquela parte que depende do mar. Em troca, Al-Judá acrescentou a Palestina ao controlo britânico. Onde quer que houvesse uma força terrestre (qualquer que fosse a nacionalidade do uniforme que usasse), esta apoiaria a marinha britânica.
Al-Judá está disposta a entregar a administração de várias partes do mundo aos governos nacionalistas; só pede para si o controlo dos governos. O judaísmo é intensamente a favor de perpetuar as divisões nacionalistas no mundo gentio (não-judeu). Porque, por eles, os judeus nunca serão assimilados por qualquer nação. São um povo à parte, sempre o foram e sempre o serão.
Só ocorrem problemas entre Al-Judá e outra nação quando esta impossibilita a Al-Judá o controlo dos lucros industriais e financeiros dessa nação. Al-Judá pode desencadear uma guerra, pode fazer a paz; pode criar a anarquia em casos mais obstinados, pode restaurar a ordem. Tem a força de uma potência mundial nas suas mãos e partilha-a entre as nações consoante estas apoiem os planos de Al-Judá.
Ao controlar as fontes de informação mundiais, Al-Judá pode sempre preparar as opiniões dos povos para o seu próximo passo. A maior exposição que ainda falta fazer é a forma como as notícias são produzidas e a forma pela qual a opinião de nações inteiras é moldada para um determinado objectivo. Quando o poderoso judeu é por fim descoberto e a sua mão revelada, vêm então os imediatos gritos de perseguição que ecoam pela imprensa mundial. As causas reais da perseguição (que são a opressão das pessoas pelas práticas financeiras dos judeus) nunca são ditas publicamente.
Al-Judá tem os seus vice-governos em Londres e em Nova Iorque. Tendo obtido a sua vingança sobre a Alemanha, irá continuar a conquistar outras nações. Já possui a Grã-Bretanha. A Rússia debate-se mas as probabilidades estão contra ela. Os Estados Unidos, com a sua tolerância amigável por todas as raças, oferecem um terreno prometedor. O palco das operações muda, mas o judeu é o mesmo através dos séculos.
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sábado, janeiro 29, 2011
Um post genial de quem contrapõe à paneleirice do voto eleitoral o derrube violento dos governos
Sem paliativos
Como alguns leitores acharam por bem fazer propaganda eleitoral nas caixas de comentários, julgo necessário deixar bem claro o seguinte:
Podem os leitores degenerar nos eleitores que bem entenderem. Se votam no Humberto, no Júlio, no Francisco ou na Maria Albertina, para mim, é-me igual. Cultivo, mais até que padeço, uma urnofobia inexpugnável. Direi até que a minha urnofobia suplanta em larga escala várias outras fobias extremamente impopulares que pratico e recomendo (até por isso mesmo), como a cinefobia, a homofobia, a popfobia (nojo pela música pimba internacional), a xenofobia, a americanofobia, a Agustino-Saramago-Antunofobia (uma fobia extremamente saudável, diga-se), etc, etc.
Podem os leitores degenerar nos eleitores que bem entenderem. Se votam no Humberto, no Júlio, no Francisco ou na Maria Albertina, para mim, é-me igual. Cultivo, mais até que padeço, uma urnofobia inexpugnável. Direi até que a minha urnofobia suplanta em larga escala várias outras fobias extremamente impopulares que pratico e recomendo (até por isso mesmo), como a cinefobia, a homofobia, a popfobia (nojo pela música pimba internacional), a xenofobia, a americanofobia, a Agustino-Saramago-Antunofobia (uma fobia extremamente saudável, diga-se), etc, etc.
A minha urnofobia é de tal ordem que, assombrado, já cheguei até a interrogar-me sobre a sua nebulosa - e certamente problemática - genealogia. Após intensa pesquisa, alcancei uma quase certeza: deriva ela, a minha urnofobia avassaladora, da minha homofobia monumental. Nem mais nem menos. Eu explico. Só povos castrados e efeminados, além de imbecilizados e remetidos à escala molusca, votam. Um povo que assina de cruz, além de tudo isso, declara-se politicamente analfabeto e mais não faz que entregar-se tansamente à tutorização despótica de quadrilhas organizadas. Mas pior ainda que toda esta panóplia de infâmias e pusilanimidades é o próprio acto em si, individual, de depor o papelinho no caixote. Que uma mulher vote, acho perfeitamente normal e pacífico. É como usar saia, brincos, baton, bela cabeleira e voz coquete. Sim, isso e gemer durante a cópula, lavar pratos ou mudar fraldas. Numa mulher fica bem. Agora num homem, convenhamos, é mariquice das grandes. E não só fica mal como é repugnante. Direi mais: o sufrágio universal (que não há-de demorar muito a tornar-se obrigatório e compulsivo) é só mais um capítulo duma fobia particularmente vil, rastejante, venenosa e, esta sim, pouco recomendável: a androfobia. Ou seja, a aversão concertada e massificada à virilidade, à bravura, à coragem e, enfim, a todas aquelas virtudes que, apesar de tudo e de todas as paneleirices económicas que se conhecem e sempre minaram e parasitaram o empreendimento, ergueram a civilização.
Assim, dado que a depilação mental, a perfumadela ideológica e a manicure cívica não fazem muito o meu estilo, não só não voto, como nutro o mais profundo desprezo por quem o faz. Excepto as mulheres, naturalmente. Quer dizer, então, e em resumo, que me abstenho? Não, ó caros gastrópodes, quer dizer exactamente o contrário: quer dizer que tendo nascido dotado de testículos, não me abstenho nem me demito deles, ainda menos sob sórdidos porque contabilísticos pretextos. É certo que um dia me verei forçado a abdicar, mas, nesse trágico desenlace, tenciono descer de homem a cadáver sem escalas intermédias.
Assim, dado que a depilação mental, a perfumadela ideológica e a manicure cívica não fazem muito o meu estilo, não só não voto, como nutro o mais profundo desprezo por quem o faz. Excepto as mulheres, naturalmente. Quer dizer, então, e em resumo, que me abstenho? Não, ó caros gastrópodes, quer dizer exactamente o contrário: quer dizer que tendo nascido dotado de testículos, não me abstenho nem me demito deles, ainda menos sob sórdidos porque contabilísticos pretextos. É certo que um dia me verei forçado a abdicar, mas, nesse trágico desenlace, tenciono descer de homem a cadáver sem escalas intermédias.
Para ser franco, pois, e em imperturbável coerência, declaro-me aqui - e de modo a varrer quaisquer dúvidas ou confusões nos espíritos - adepto firme e compenetrado do derrube violento de (des)governos e tiranias (sendo a pior de todas elas a da mediocridade). Pelo que aguardo, calma e serenamente, a minha oportunidade. Animam-me, junto com uma tenacidade tigrina, duas coisas: uma fé e uma esperança inquebrantáveis. Daquelas que só os emboscados conhecem, aguçam e experimentam. Como, de resto, genialmente explica mestre Jünger.
A política não devia ser um mero exercício de alívio. Em que é indistinto o alívio de quem se alivia na ranhura e o de quem se alivia nem lá indo. Dá-nos, isso, triste mas fidedigna conta do significado, tanto quanto do valor, de tal sufrágio.
Em síntese, e para finalizar duma vez por todas, não é por comodismo ou indiferença que não voto: é mesmo nojo. Tanto quanto da cabeça, é uma recusa das próprias vísceras. Não há paliativos para isto.
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A política não devia ser um mero exercício de alívio. Em que é indistinto o alívio de quem se alivia na ranhura e o de quem se alivia nem lá indo. Dá-nos, isso, triste mas fidedigna conta do significado, tanto quanto do valor, de tal sufrágio.
Em síntese, e para finalizar duma vez por todas, não é por comodismo ou indiferença que não voto: é mesmo nojo. Tanto quanto da cabeça, é uma recusa das próprias vísceras. Não há paliativos para isto.
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terça-feira, janeiro 25, 2011
O meu candidato, José Manuel Coelho, foi o grande vencedor das Presidenciais 2011
Por Ricardo Noronha
Não se entende muito bem como nem porquê, continua-se a escrever sobre José Manuel Coelho como se ele não tivesse sido, de longe, o candidato mais à Esquerda nestas eleições. Insiste-se em colá-lo à figura de um palhaço, quando ele teve a firmeza e o desassombro de chamar as coisas pelos nomes, sempre que foi necessário. Acompanhou a votação num café, desafiando Cavaco para um debate que nunca teve lugar - por razões inconfessáveis e que deveriam os democratas desta praça corar de vergonha -, depois de uma campanha feita sem qualquer aparato, em que falou sempre alto e bem. Acabou a denunciar o capitalismo selvagem e a defender os «valores de Abril».
Pode-se não gostar do estilo, preferir um poeta caçador e tauromáquico ou um funcionário partidário patriota, mas ainda não encontrei nenhum argumento contra ele que ultrapassasse o tacticismo ou, pior ainda, um elitismo rasteiro, que considera que a política é um assunto de gente bem e chama «populista» a quem desafia esse raciocínio. Para ele seguiu o meu voto anti-capitalista. Pior do que está não fica.
Não se entende muito bem como nem porquê, continua-se a escrever sobre José Manuel Coelho como se ele não tivesse sido, de longe, o candidato mais à Esquerda nestas eleições. Insiste-se em colá-lo à figura de um palhaço, quando ele teve a firmeza e o desassombro de chamar as coisas pelos nomes, sempre que foi necessário. Acompanhou a votação num café, desafiando Cavaco para um debate que nunca teve lugar - por razões inconfessáveis e que deveriam os democratas desta praça corar de vergonha -, depois de uma campanha feita sem qualquer aparato, em que falou sempre alto e bem. Acabou a denunciar o capitalismo selvagem e a defender os «valores de Abril».
Pode-se não gostar do estilo, preferir um poeta caçador e tauromáquico ou um funcionário partidário patriota, mas ainda não encontrei nenhum argumento contra ele que ultrapassasse o tacticismo ou, pior ainda, um elitismo rasteiro, que considera que a política é um assunto de gente bem e chama «populista» a quem desafia esse raciocínio. Para ele seguiu o meu voto anti-capitalista. Pior do que está não fica.
Jardim nunca teve tantos votos como Coelho
José Manuel Coelho tem um folgado segundo lugar na Madeira. Em número de votos já duplicou a maior vitória alguma vez obtida pelo seu principal adversário Alberto João Jardim. Clique para visitar o dossiê Presidenciais 2011.
José Manuel Coelho tem razões para se sentir feliz. O seu surpreendente resultado de 4,5% a nível nacional e os 39% obtidos na Região Autónoma da Madeira permitem-lhe dizer que este é "um basta ao Jardinismo".
O deputado madeirense conta vários números a seu favor: o segundo lugar garantido na Madeira (39% contra 45% de Cavaco Silva, de acordo com os resultados oficiais, ainda não finais, por volta das 22:00) deixou francamente para trás Manuel Alegre (com apenas 7% dos votos dos madeirenses).
Mas maior é, sem dúvida, a diferença entre os resultados nominais obtidos nestas eleições Presidenciais por José Manuel Coelho com os números registados em qualquer das eleições regionais pelo sempre vencedor madeirense, Alberto João Jardim.
As diferenças entre os universos eleitorais - um nacional, outro regional, um maior o outro mais pequeno - explicam, claramente, a diferença de números.
Mas o certo é que José Manuel Coelho leva vantagem: menos de três horas depois do encerramento das urnas, o deputado do PND regista já mais de 180 mil votos. No melhor dos seus scores eleitorais - precisamente o das últimas eleições regionais, de 2007 - o presidente do Governo madeirense obteve 90 377 votos.
O seu segundo melhor resultado, obtido em 1980, dava a Jardim uns escassos 81 mil votos, se comparados com os registados agora por Coelho.
Curiosamente, o deputado do Parlamento madeirense, até agora um ilustre desconhecido na generalidade do país, consegue, só com esta investida nas Presidenciais, registar mais votos que os somados pelos principais partidos candidatos na Madeira - PS e PSD - em todas as eleições realizadas desde 1976.
José Manuel Coelho tem razões para se sentir feliz. O seu surpreendente resultado de 4,5% a nível nacional e os 39% obtidos na Região Autónoma da Madeira permitem-lhe dizer que este é "um basta ao Jardinismo".
O deputado madeirense conta vários números a seu favor: o segundo lugar garantido na Madeira (39% contra 45% de Cavaco Silva, de acordo com os resultados oficiais, ainda não finais, por volta das 22:00) deixou francamente para trás Manuel Alegre (com apenas 7% dos votos dos madeirenses).
Mas maior é, sem dúvida, a diferença entre os resultados nominais obtidos nestas eleições Presidenciais por José Manuel Coelho com os números registados em qualquer das eleições regionais pelo sempre vencedor madeirense, Alberto João Jardim.
As diferenças entre os universos eleitorais - um nacional, outro regional, um maior o outro mais pequeno - explicam, claramente, a diferença de números.
Mas o certo é que José Manuel Coelho leva vantagem: menos de três horas depois do encerramento das urnas, o deputado do PND regista já mais de 180 mil votos. No melhor dos seus scores eleitorais - precisamente o das últimas eleições regionais, de 2007 - o presidente do Governo madeirense obteve 90 377 votos.
O seu segundo melhor resultado, obtido em 1980, dava a Jardim uns escassos 81 mil votos, se comparados com os registados agora por Coelho.
Curiosamente, o deputado do Parlamento madeirense, até agora um ilustre desconhecido na generalidade do país, consegue, só com esta investida nas Presidenciais, registar mais votos que os somados pelos principais partidos candidatos na Madeira - PS e PSD - em todas as eleições realizadas desde 1976.
quarta-feira, janeiro 19, 2011
Estou farto dos mercados!
Vejo na televisão imagens de rua da Irlanda, da Grécia, da Espanha, e são iguais às de Portugal: as pessoas movem-se de ou para o trabalho, há transportes a funcionar, comércio aberto, crianças a irem para escola, enfim, a vida como habitualmente. A mim parece-me que estes países e estas pessoas estão vivas, que não estão à beira da morte. Mas não, é ilusão minha: todos os noticiários nos dizem que sobre esta gente e estes países pesa a mais tenebrosa ameaça destes sinistros tempos económicos que se vivem: os mercados.
Estou farto dos mercados, estou farto da constante ameaça dos mercados: os mercados acordaram bem dispostos mas, depois do almoço, os mercados enervaram-se e subiram-nos outra vez as taxas de juro; os mercados não gostam disto, os mercados querem aquilo; os mercados querem um orçamento aprovado, os mercados não acreditam na execução do orçamento que queriam aprovado; os mercados assustam-se quando o ministro das Finanças fala, os mercados reagem em stresse se o ministro fica calado mais do que dois dias; os mercados querem que os Estados desçam o défice, diminuindo despesas e aumentando receitas, mas os mercados fogem se a PT pagar um euro que seja de imposto sobre as mais-valias do maior negócio europeu do ano; os mercados estão preocupados com a quebra do consumo, mas os mercados adoram os aumentos do IVA; os mercados recomendam cortes salariais, mas os mercados são frontalmente contra os cortes nos salários e prémios dos gestores das grandes empresas, porque isso é uma intromissão estatal que contraria a regra da concorrência... nos mercados.

Sim, eu sei: à falta de alternativa, estamos na mão dos mercados e não os podemos mandar para onde bem nos apetecia e eles mereciam. Mas convém não esquecer que foi esta fé nos mercados, como se fosse o boi-ápis, a desregulação e falta de supervisão dos famosos mercados, que mergulharam o mundo inteiro na crise que vivemos, devido ao estoiro do mercado imobiliário especulativo e do mercado financeiro, atulhado do que chamam "activos tóxicos" - que deram biliões a ganhar a muito poucos e triliões a pagar por todos. A Irlanda, que hoje os mercados flagelam com juros acima dos 8%, está onde está, não porque a sua economia tenha ido à falência (pelo contrário, e como sucede com Portugal, está em crescimento), mas porque os seus tão acarinhados bancos, maravilha fatal dos mercados e do liberalismo selvagem, rebentaram de ganância e irresponsabilidade e obrigaram o Estado a resgatá-los à custa de um défice de 32%. Num mundo justo, os mercados deveriam ser os primeiros a pagar pela falência da Irlanda; no mundo em que vivemos, quem ganha com isso são os mercados outra vez e quem paga são os contribuintes - irlandeses primeiro, europeus depois - e os desempregados da Irlanda. Por isso, a srª Merkel disse que seria justo que os mercados (isto é, os investidores na dívida pública irlandesa) participassem também nos custos de resgatar a dívida irlandesa, se isso se vier a revelar inevitável. Mas, no mundo em que vivemos, o que sucedeu é que toda a gente caiu em cima da srª Merkel, porque a sua declaração logo fez subir as taxas de juro junto dos indignados mercados. Mesmo no Inverno, já nem espirrar se pode, porque os mercados não gostam.
Mas é assim que estamos: nas mãos dos abutres. Sim, eu sei, não adianta para nada matar o mensageiro no lugar da mensagem. Nem eu o faço: já escrevi várias vezes que agora não há volta a dar. Vivemos há tempo de mais a gastar o que não tínhamos e a endividar-nos para o futuro. Todos - indivíduos, famílias, empresas, bancos, autarquias, Estado - instalámo-nos irresponsavelmente num modus vivendi que consistiu em pedir dinheiro emprestado por conta da riqueza que um dia iríamos ter e nunca tivemos. Um exemplo basta para dar conta da insanidade financeira em que o país mergulhou: convencemo-nos de que era possível que cada português fosse dono de habitação própria, coisa jamais vista em lugar algum. Mas também nos convencemos (e ainda há quem esteja convencido) de que podemos ter auto-estradas de borla, o maior consumo público de farmácia e tratamentos hospitalares de toda a Europa ou um sistema de pensões cujas despesas aumentam incessantemente enquanto as receitas diminuem paulatinamente. Era fatal que um dia teria de chegar a conta destas criminosas ilusões que uma geração irresponsável de políticos alimentou e uma geração de eleitores aplaudiu. Chegou agora e eu acho que não temos outro caminho senão enfrentar a inevitabilidade de começar a cortar brutalmente nas despesas para podermos matar o défice, cobrir os juros usurários que os mercados agora nos cobram e começar a amortizar a dívida acumulada. E seria justo que tal sucedesse enquanto está no poder a geração que nos enterrou em toda esta dívida e dela beneficiou.
Isso é uma coisa. Outra, é assistir de braços cruzados à ditadura dos mercados e à retoma, como se nada tivesse sucedido, das regras de um capitalismo moralmente pervertido e socialmente insustentável. Países como Portugal, a Irlanda, a Grécia, não obstante todos os erros próprios cometidos e a responsabilidade que têm nas suas actuais situações, têm o direito de exigir condições decentes para pagarem o que devem. Bruxelas e o FMI sabem muito bem que, com juros entre os 7 e os 11%, não há sacrifícios, nem despedimentos, nem miséria que chegue para conseguir pagar, sobrevivendo. É um escândalo que a PT não pague um tostão de mais-valias num negócio de 7500 milhões de euros porque factura os lucros da operação através de uma sua subsidiária sediada na Holanda, onde a taxa de IRC é de... 0%! É um escândalo para a PT, um escândalo para um país como a Holanda, que serve de barriga de aluguer para dumping empresarial e fuga fiscal, e um escândalo para a UE, os Estados Unidos e todo o G-20, que nem sequer se atreveram ainda, mesmo depois de terem visto o que viram, a começar a concertar-se para pôr fim a essa coisa pornográfica que são as offshores - autênticos salteadores da riqueza das nações e fábricas de desempregados.

Eu sei também qual é a resposta pronta, de cada vez que se fala nas offshores: "se nós não temos, têm os outros e as empresas fogem para os melhores mercados". Pois, mas se os senhores do mundo, concertados nas reuniões do G-20, decidirem todos boicotar as offshores e as empresas que lá existem, elas acabam, fatalmente. E, se já se conseguiu estabelecer regras universais para o comércio mundial e assuntos ainda mais complexos, porque não se consegue aqui? A resposta provável é esta: porque os senhores do mundo, ao contrário do que se possa pensar, não são Obama, nem Hu Jintao, nem Medvedev, nem Merkel ou Sarkozy: os senhores do mundo são uns cavalheiros que se reúnem uma vez por ano em fóruns como o de Davos, na Suíça, e aí, enquanto representantes do verdadeiro poder - financeiro, empresarial, político, militar e de informação e comunicação - entre si estabelecem as regras do jogo. E agora, com a Rússia e a China tão devotamente convertidas ao capitalismo, nunca foi tão fácil aos senhores do mundo estabelecerem as regras que lhes interessam. E nunca o capitalismo foi um jogo tão viciado e tão amoral. A falência óbvia do socialismo foi o caminho aberto para a libertinagem, sem regras, sem princípios morais e sem qualquer preocupação de que a economia sirva os povos, em lugar de os sugar. Se vivesse hoje, Adam Smith seria anarquista.
Estou farto dos mercados, estou farto da constante ameaça dos mercados: os mercados acordaram bem dispostos mas, depois do almoço, os mercados enervaram-se e subiram-nos outra vez as taxas de juro; os mercados não gostam disto, os mercados querem aquilo; os mercados querem um orçamento aprovado, os mercados não acreditam na execução do orçamento que queriam aprovado; os mercados assustam-se quando o ministro das Finanças fala, os mercados reagem em stresse se o ministro fica calado mais do que dois dias; os mercados querem que os Estados desçam o défice, diminuindo despesas e aumentando receitas, mas os mercados fogem se a PT pagar um euro que seja de imposto sobre as mais-valias do maior negócio europeu do ano; os mercados estão preocupados com a quebra do consumo, mas os mercados adoram os aumentos do IVA; os mercados recomendam cortes salariais, mas os mercados são frontalmente contra os cortes nos salários e prémios dos gestores das grandes empresas, porque isso é uma intromissão estatal que contraria a regra da concorrência... nos mercados.

Sim, eu sei: à falta de alternativa, estamos na mão dos mercados e não os podemos mandar para onde bem nos apetecia e eles mereciam. Mas convém não esquecer que foi esta fé nos mercados, como se fosse o boi-ápis, a desregulação e falta de supervisão dos famosos mercados, que mergulharam o mundo inteiro na crise que vivemos, devido ao estoiro do mercado imobiliário especulativo e do mercado financeiro, atulhado do que chamam "activos tóxicos" - que deram biliões a ganhar a muito poucos e triliões a pagar por todos. A Irlanda, que hoje os mercados flagelam com juros acima dos 8%, está onde está, não porque a sua economia tenha ido à falência (pelo contrário, e como sucede com Portugal, está em crescimento), mas porque os seus tão acarinhados bancos, maravilha fatal dos mercados e do liberalismo selvagem, rebentaram de ganância e irresponsabilidade e obrigaram o Estado a resgatá-los à custa de um défice de 32%. Num mundo justo, os mercados deveriam ser os primeiros a pagar pela falência da Irlanda; no mundo em que vivemos, quem ganha com isso são os mercados outra vez e quem paga são os contribuintes - irlandeses primeiro, europeus depois - e os desempregados da Irlanda. Por isso, a srª Merkel disse que seria justo que os mercados (isto é, os investidores na dívida pública irlandesa) participassem também nos custos de resgatar a dívida irlandesa, se isso se vier a revelar inevitável. Mas, no mundo em que vivemos, o que sucedeu é que toda a gente caiu em cima da srª Merkel, porque a sua declaração logo fez subir as taxas de juro junto dos indignados mercados. Mesmo no Inverno, já nem espirrar se pode, porque os mercados não gostam.
Mas é assim que estamos: nas mãos dos abutres. Sim, eu sei, não adianta para nada matar o mensageiro no lugar da mensagem. Nem eu o faço: já escrevi várias vezes que agora não há volta a dar. Vivemos há tempo de mais a gastar o que não tínhamos e a endividar-nos para o futuro. Todos - indivíduos, famílias, empresas, bancos, autarquias, Estado - instalámo-nos irresponsavelmente num modus vivendi que consistiu em pedir dinheiro emprestado por conta da riqueza que um dia iríamos ter e nunca tivemos. Um exemplo basta para dar conta da insanidade financeira em que o país mergulhou: convencemo-nos de que era possível que cada português fosse dono de habitação própria, coisa jamais vista em lugar algum. Mas também nos convencemos (e ainda há quem esteja convencido) de que podemos ter auto-estradas de borla, o maior consumo público de farmácia e tratamentos hospitalares de toda a Europa ou um sistema de pensões cujas despesas aumentam incessantemente enquanto as receitas diminuem paulatinamente. Era fatal que um dia teria de chegar a conta destas criminosas ilusões que uma geração irresponsável de políticos alimentou e uma geração de eleitores aplaudiu. Chegou agora e eu acho que não temos outro caminho senão enfrentar a inevitabilidade de começar a cortar brutalmente nas despesas para podermos matar o défice, cobrir os juros usurários que os mercados agora nos cobram e começar a amortizar a dívida acumulada. E seria justo que tal sucedesse enquanto está no poder a geração que nos enterrou em toda esta dívida e dela beneficiou.
Isso é uma coisa. Outra, é assistir de braços cruzados à ditadura dos mercados e à retoma, como se nada tivesse sucedido, das regras de um capitalismo moralmente pervertido e socialmente insustentável. Países como Portugal, a Irlanda, a Grécia, não obstante todos os erros próprios cometidos e a responsabilidade que têm nas suas actuais situações, têm o direito de exigir condições decentes para pagarem o que devem. Bruxelas e o FMI sabem muito bem que, com juros entre os 7 e os 11%, não há sacrifícios, nem despedimentos, nem miséria que chegue para conseguir pagar, sobrevivendo. É um escândalo que a PT não pague um tostão de mais-valias num negócio de 7500 milhões de euros porque factura os lucros da operação através de uma sua subsidiária sediada na Holanda, onde a taxa de IRC é de... 0%! É um escândalo para a PT, um escândalo para um país como a Holanda, que serve de barriga de aluguer para dumping empresarial e fuga fiscal, e um escândalo para a UE, os Estados Unidos e todo o G-20, que nem sequer se atreveram ainda, mesmo depois de terem visto o que viram, a começar a concertar-se para pôr fim a essa coisa pornográfica que são as offshores - autênticos salteadores da riqueza das nações e fábricas de desempregados.

Eu sei também qual é a resposta pronta, de cada vez que se fala nas offshores: "se nós não temos, têm os outros e as empresas fogem para os melhores mercados". Pois, mas se os senhores do mundo, concertados nas reuniões do G-20, decidirem todos boicotar as offshores e as empresas que lá existem, elas acabam, fatalmente. E, se já se conseguiu estabelecer regras universais para o comércio mundial e assuntos ainda mais complexos, porque não se consegue aqui? A resposta provável é esta: porque os senhores do mundo, ao contrário do que se possa pensar, não são Obama, nem Hu Jintao, nem Medvedev, nem Merkel ou Sarkozy: os senhores do mundo são uns cavalheiros que se reúnem uma vez por ano em fóruns como o de Davos, na Suíça, e aí, enquanto representantes do verdadeiro poder - financeiro, empresarial, político, militar e de informação e comunicação - entre si estabelecem as regras do jogo. E agora, com a Rússia e a China tão devotamente convertidas ao capitalismo, nunca foi tão fácil aos senhores do mundo estabelecerem as regras que lhes interessam. E nunca o capitalismo foi um jogo tão viciado e tão amoral. A falência óbvia do socialismo foi o caminho aberto para a libertinagem, sem regras, sem princípios morais e sem qualquer preocupação de que a economia sirva os povos, em lugar de os sugar. Se vivesse hoje, Adam Smith seria anarquista.
Comentário
Embora quase totalmente de acordo com este artigo de Sousa Tavares, reparo que o cronista, no 4º parágrafo, não consegue fugir à lengalenga do «vivemos acima das nossas possibilidades», infinitamente martelada nas televisões pelos propagandistas.
Faço minhas algumas palavras de um post no Arrastão:
"Um atrás do outro, economistas e seus derivados explicam, redundantes, os males do nosso País. Nas televisões, nas rádios e nos jornais qualquer tipo de discordância é tratada como delírio radical, dando à ofensiva ideológica em curso a roupagem de neutralidade técnica que precisa para se impor."
"O guião é simples: vivemos acima das nossas possibilidades. E aquilo em que vivemos é um Estado Social gordo e generoso. E as nossas possibilidades são o safe-se como puder, que os recursos públicos são precisos para o sector privado..."
"... Os nossos catastrofistas mantêm a pose virginal. Mas se olharmos com atenção, sabemos que trabalham para quem tem interesses na actual situação - vale a pena ver "Inside Job" e a parte referente aos académicos avençados pela banca - e que quase todos tiveram responsabilidades políticas. Mais: que o emagrecimento do Estado que defendem não bate certo com as reformas imorais que alguns deles recebem desde tenra idade. Os portugueses vivem acima das suas possibilidades, dizem os que sempre viveram em cima das possibilidades dos portugueses."
Na imagem seguinte, um grupo de catastrofistas que trabalha para quem tem interesses na actual situação e que vive acima das possibilidades dos restantes portugueses:

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Faço minhas algumas palavras de um post no Arrastão:
"Um atrás do outro, economistas e seus derivados explicam, redundantes, os males do nosso País. Nas televisões, nas rádios e nos jornais qualquer tipo de discordância é tratada como delírio radical, dando à ofensiva ideológica em curso a roupagem de neutralidade técnica que precisa para se impor."
"O guião é simples: vivemos acima das nossas possibilidades. E aquilo em que vivemos é um Estado Social gordo e generoso. E as nossas possibilidades são o safe-se como puder, que os recursos públicos são precisos para o sector privado..."
"... Os nossos catastrofistas mantêm a pose virginal. Mas se olharmos com atenção, sabemos que trabalham para quem tem interesses na actual situação - vale a pena ver "Inside Job" e a parte referente aos académicos avençados pela banca - e que quase todos tiveram responsabilidades políticas. Mais: que o emagrecimento do Estado que defendem não bate certo com as reformas imorais que alguns deles recebem desde tenra idade. Os portugueses vivem acima das suas possibilidades, dizem os que sempre viveram em cima das possibilidades dos portugueses."
Na imagem seguinte, um grupo de catastrofistas que trabalha para quem tem interesses na actual situação e que vive acima das possibilidades dos restantes portugueses:

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sexta-feira, janeiro 14, 2011
O mito do «Pico Petrolífero» e a mentira da origem fóssil do Petróleo
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Bigorna de diamante, usada para reproduzir as gigantescas
pressões existentes abaixo da crosta terrestre.
[Imagem: Department of Physics/University of Cambridge]
Reações reversíveis
Por outras palavras, o «Pico Petrolífero» é uma fraude para criar escassez artificial e aumentar os preços do petróleo. Entretanto, tecnologias de combustíveis alternativos que estão disponíveis há décadas são intencionalmente suprimidas.

Temos vindo a assistir a uma forte subida nos preços do petróleo e é-nos dito simplesmente para nos habituarmos à ideia porque não há nada a fazer. Entretanto as companhias petrolíferas continuam a bater recordes de lucros.
Mas se estamos a ficar sem petróleo tão rapidamente então porque é que as reservas estão sempre a aumentar e a produção a disparar?
Em 2005 a Arábia Saudita aumentou as suas reservas de crude em cerca de 200 mil milhões de barris. O petróleo saudita está seguro e é abundante, disseram responsáveis sauditas.
"Estas reservas enormes vão permitir ao Reino Saudita manter-se como um dos principais produtores de petróleo nos próximos 70 a 100 anos, mesmo que aumente a sua capacidade de produção para 15 milhões de barris por dia, o que poderá muito bem acontecer nos próximos 15 anos."
Foi também noticiado que a Rússia tem vindo a aumentar enormemente as suas reservas, ainda mais do que a Arábia Saudita. Porque é que estes países estão a fazer isto se já não resta muito petróleo para extrair? Parece claro que a Rússia está preparada para uma ilimitada produção futura de petróleo.
Existe uma clara contradição entre a teoria do «Pico Petrolífero» e o aumento contínuo da produção e das reservas de petróleo.
Novas fontes de petróleo estão a ser descobertas por todo o lado no planeta. A noção de que existem apenas meia dúzia de fontes que o Ocidente está a tentar monopolizar é um mito propalado por aqueles que obtêm enormes lucros. No fim de contas, como é que se consegue obter enormes lucros de algo que existe em abundância?

Temos vindo a assistir a uma forte subida nos preços do petróleo e é-nos dito simplesmente para nos habituarmos à ideia porque não há nada a fazer. Entretanto as companhias petrolíferas continuam a bater recordes de lucros.
Mas se estamos a ficar sem petróleo tão rapidamente então porque é que as reservas estão sempre a aumentar e a produção a disparar?
Em 2005 a Arábia Saudita aumentou as suas reservas de crude em cerca de 200 mil milhões de barris. O petróleo saudita está seguro e é abundante, disseram responsáveis sauditas.

Foi também noticiado que a Rússia tem vindo a aumentar enormemente as suas reservas, ainda mais do que a Arábia Saudita. Porque é que estes países estão a fazer isto se já não resta muito petróleo para extrair? Parece claro que a Rússia está preparada para uma ilimitada produção futura de petróleo.
Existe uma clara contradição entre a teoria do «Pico Petrolífero» e o aumento contínuo da produção e das reservas de petróleo.
Novas fontes de petróleo estão a ser descobertas por todo o lado no planeta. A noção de que existem apenas meia dúzia de fontes que o Ocidente está a tentar monopolizar é um mito propalado por aqueles que obtêm enormes lucros. No fim de contas, como é que se consegue obter enormes lucros de algo que existe em abundância?
Um artigo no Wall Street Journal de Peter Huber e Mark Mills explica porque é que o preço do petróleo permanece tão elevado enquanto o seu custo de produção continua tão baixo. Nós não estamos dependentes do petróleo do Médio Oriente por as reservas mundiais estarem a diminuir, mas porque é mais lucrativo explorar somente as reservas do Médio Oriente. Donde, o mito do «Pico Petrolífero» é necessário por forma a silenciar os que pedem a exploração de outras abundantes reservas mundiais.
Artigo retirado deste SITE (em português brasileiro):
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Teoria dos combustíveis fósseis
Segundo a teoria dos combustíveis fósseis, que é a mais aceite atualmente sobre a origem do petróleo e do gás natural, organismos vivos morreram, foram enterrados, comprimidos e aquecidos sob pesadas camadas de sedimentos na crosta terrestre, onde sofreram transformações químicas até originar o petróleo e o gás natural.

É com base nesta teoria que chamamos as principais fontes de energia do mundo moderno de "combustíveis fósseis" - porque seriam resultado de restos modificados de seres vivos.

É com base nesta teoria que chamamos as principais fontes de energia do mundo moderno de "combustíveis fósseis" - porque seriam resultado de restos modificados de seres vivos.
Teoria do petróleo abiótico
Muito menos disseminado é o fato de que esta não é a única teoria para explicar o surgimento do petróleo. Na verdade, esta teoria hegemônica vem sendo cada vez mais questionada por um grande número de cientistas, que defendem que o petróleo tem uma origem abiótica, ou abiogênica - sem relação com formas de vida.
Os defensores da teoria abiótica do petróleo têm inúmeros argumentos. Por exemplo, a inexistência de fenômenos geológicos que possam explicar o soterramento de grandes massas vivas, como florestas, que deveriam ser cobertas antes que tivessem tempo de se decompor totalmente ao ar livre, juntamente com a inconsistência das hipóteses de uma deposição do carbono livre na atmosfera no período jovem da Terra, quando suas temperaturas seriam muito altas.
Os defensores da teoria abiótica do petróleo têm inúmeros argumentos. Por exemplo, a inexistência de fenômenos geológicos que possam explicar o soterramento de grandes massas vivas, como florestas, que deveriam ser cobertas antes que tivessem tempo de se decompor totalmente ao ar livre, juntamente com a inconsistência das hipóteses de uma deposição do carbono livre na atmosfera no período jovem da Terra, quando suas temperaturas seriam muito altas.
A deposição lenta, como registrada por todos os fósseis, não parece se aplicar, uma vez que as camadas geológicas apresentam variações muito claras, o que permite sua datação com bastante precisão. Já os depósitos petrolíferos praticamente não apresentam alterações químicas variáveis com a profundidade, tendo virtualmente a mesma assinatura biológica em toda a sua extensão.
Além disso, os organismos vivos têm mais de 90% de água e mesmo que a totalidade de sua massa sólida fosse convertida em petróleo não haveria como explicar a quantidade de petróleo que já foi extraída até hoje.
Outros fenômenos geológicos, para explicar uma eventual deposição quase "instantânea," deveriam ocorrer de forma disseminada - para explicar a grande distribuição das reservas petrolíferas ao longo do planeta - e em grande intensidade - suficiente para explicar os gigantescos volumes de petróleo já localizados e extraídos.
Além disso, os organismos vivos têm mais de 90% de água e mesmo que a totalidade de sua massa sólida fosse convertida em petróleo não haveria como explicar a quantidade de petróleo que já foi extraída até hoje.
Outros fenômenos geológicos, para explicar uma eventual deposição quase "instantânea," deveriam ocorrer de forma disseminada - para explicar a grande distribuição das reservas petrolíferas ao longo do planeta - e em grande intensidade - suficiente para explicar os gigantescos volumes de petróleo já localizados e extraídos.
Carbono do interior da Terra
Por essas e por outras razões, vários pesquisadores afirmam que nem petróleo, nem gás natural e nem mesmo o carvão, são combustíveis fósseis. Para isso, afirmam eles, o ciclo do carbono na Terra deveria ser um ciclo fechado, restrito à crosta superficial do planeta, sem nenhuma troca com o interior da Terra. E não há razões para se acreditar em tal hipótese.
Na verdade, aí está, segundo a teoria dos combustíveis abióticos, a origem do petróleo, do gás natural e do carvão: eles se originam do carbono que é "bombeado" continuamente pelas altíssimas pressões do interior da Terra em direção à superfície.

É possível sintetizar hidrocarbonetos a partir de matéria orgânica, e estes experimentos foram, por muitos anos, o principal sustentáculo da teoria dos combustíveis fósseis.
Mas agora, pela primeira vez, um grupo de cientistas conseguiu demonstrar experimentalmente a síntese do etano e de outros hidrocarbonetos pesados em condições não-biológicas. O experimento reproduz as condições de pressão e temperatura existentes no manto superior, a camada da Terra abaixo da crosta.
Na verdade, aí está, segundo a teoria dos combustíveis abióticos, a origem do petróleo, do gás natural e do carvão: eles se originam do carbono que é "bombeado" continuamente pelas altíssimas pressões do interior da Terra em direção à superfície.

É possível sintetizar hidrocarbonetos a partir de matéria orgânica, e estes experimentos foram, por muitos anos, o principal sustentáculo da teoria dos combustíveis fósseis.
Mas agora, pela primeira vez, um grupo de cientistas conseguiu demonstrar experimentalmente a síntese do etano e de outros hidrocarbonetos pesados em condições não-biológicas. O experimento reproduz as condições de pressão e temperatura existentes no manto superior, a camada da Terra abaixo da crosta.
Metano e etano abióticos
A pesquisa foi feita por cientistas do Laboratório de Geofísica da Instituição Carnegie, nos Estados Unidos, em conjunto com colegas da Suécia e da Rússia, onde a teoria do petróleo abiótico surgiu e tem muito mais aceitação acadêmica do que em outras partes do mundo.
O metano (CH4) é o principal constituinte do gás natural, enquanto o etano (C2H6) é usado como matéria-prima petroquímica. Esses dois hidrocarbonetos, juntamente com outros associados aos combustíveis de origem geológica, são chamados de hidrocarbonetos saturados porque eles têm ligações únicas e simples, saturadas com hidrogênio.
Utilizando uma célula de pressão, conhecida como bigorna de diamante, e uma fonte de calor a laser, os cientistas começaram o experimento submetendo o metano a pressões mais de 20 mil vezes maiores do que a pressão atmosférica ao nível do mar, e a temperaturas variando de 700° C a mais de 1.200° C. Estas condições de temperatura e pressão reproduzem as condições ambientais encontradas no manto superior da Terra, entre 65 e 150 quilômetros de profundidade.
No interior da célula de pressão, o metano reagiu e formou etano, propano, butano, hidrogênio molecular e grafite. Os cientistas então submeteram o etano às mesmas condições e o resultado foi a formação de metano. Ou seja, as reações são reversíveis.
Essas reações fornecem evidências de que os hidrocarbonetos pesados podem existir nas camadas mais profundas da Terra, muito abaixo dos limites onde seria razoável supor a existência de matéria orgânica soterrada.
O metano (CH4) é o principal constituinte do gás natural, enquanto o etano (C2H6) é usado como matéria-prima petroquímica. Esses dois hidrocarbonetos, juntamente com outros associados aos combustíveis de origem geológica, são chamados de hidrocarbonetos saturados porque eles têm ligações únicas e simples, saturadas com hidrogênio.
Utilizando uma célula de pressão, conhecida como bigorna de diamante, e uma fonte de calor a laser, os cientistas começaram o experimento submetendo o metano a pressões mais de 20 mil vezes maiores do que a pressão atmosférica ao nível do mar, e a temperaturas variando de 700° C a mais de 1.200° C. Estas condições de temperatura e pressão reproduzem as condições ambientais encontradas no manto superior da Terra, entre 65 e 150 quilômetros de profundidade.
No interior da célula de pressão, o metano reagiu e formou etano, propano, butano, hidrogênio molecular e grafite. Os cientistas então submeteram o etano às mesmas condições e o resultado foi a formação de metano. Ou seja, as reações são reversíveis.
Essas reações fornecem evidências de que os hidrocarbonetos pesados podem existir nas camadas mais profundas da Terra, muito abaixo dos limites onde seria razoável supor a existência de matéria orgânica soterrada.

pressões existentes abaixo da crosta terrestre.
[Imagem: Department of Physics/University of Cambridge]
Reações reversíveis
Outro resultado importante da pesquisa é que a reversibilidade das reações implica que a síntese de hidrocarbonetos saturados é termodinamicamente controlada e não exige a presença de matéria orgânica.
"Nós ficamos intrigados por experiências anteriores e previsões teóricas," afirma Alexander Goncharov, um dos autores da pesquisa. "Experimentos feitos há alguns anos submeteram o metano a altas pressões e temperaturas, demonstrando que hidrocarbonetos mais pesados se formam a partir do metano sob condições de temperatura e pressão muito similares. Entretanto, as moléculas não puderam ser identificadas e era provável que houvesse uma distribuição."
"Nós superamos esse problema com nossa técnica aprimorada de aquecimento a laser, que nos permitiu aquecer um volume maior de maneira mais uniforme. Com isso, descobrimos que o metano pode ser produzido a partir do etano", declarou Goncharov.
"Nós ficamos intrigados por experiências anteriores e previsões teóricas," afirma Alexander Goncharov, um dos autores da pesquisa. "Experimentos feitos há alguns anos submeteram o metano a altas pressões e temperaturas, demonstrando que hidrocarbonetos mais pesados se formam a partir do metano sob condições de temperatura e pressão muito similares. Entretanto, as moléculas não puderam ser identificadas e era provável que houvesse uma distribuição."
"Nós superamos esse problema com nossa técnica aprimorada de aquecimento a laser, que nos permitiu aquecer um volume maior de maneira mais uniforme. Com isso, descobrimos que o metano pode ser produzido a partir do etano", declarou Goncharov.
Hidrocarbonetos gerados no interior da Terra
"A ideia de que os hidrocarbonetos gerados no manto migram para a crosta terrestre e contribuem para a formação dos reservatórios de óleo e gás foi levantada na Rússia e na Ucrânia muito anos atrás. A síntese e a estabilidade dos compostos estudados aqui, assim como a presença dos hidrocarbonetos pesados ao longo de todas as condições no interior do manto da Terra agora precisarão ser exploradas," explica outro autor da pesquisa, professor Anton Kolesnikov.
"Além disso, a extensão na qual esse carbono 'reduzido' sobrevive à migração até a crosta, sem se oxidar em CO2, precisa ser descoberta. Essas e outras questões relacionadas demonstram a necessidade de um programa de novos estudos teóricos e experimentais para estudar o destino do carbono nas profundezas da Terra," conclui o pesquisador.
"Além disso, a extensão na qual esse carbono 'reduzido' sobrevive à migração até a crosta, sem se oxidar em CO2, precisa ser descoberta. Essas e outras questões relacionadas demonstram a necessidade de um programa de novos estudos teóricos e experimentais para estudar o destino do carbono nas profundezas da Terra," conclui o pesquisador.
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