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segunda-feira, dezembro 12, 2016

O mito do «Pico Petrolífero» e a mentira da origem fóssil do Petróleo

Por outras palavras, o «Pico Petrolífero» é uma fraude para criar escassez artificial e aumentar os preços do petróleo. As guerras que têm sido despoletadas pelos Estados Unidos no Médio Oriente e em África para controlar os principais países produtores de petróleo, não visam rapinar o "Ouro Negro" mas evitar que a produção aumente e os preços baixem.



Temos vindo a assistir a uma forte subida nos preços do petróleo e é-nos dito simplesmente para nos habituarmos à ideia porque não há nada a fazer. Entretanto as companhias petrolíferas continuam a bater recordes de lucros.


Globo.com - 01/02/2008



Mas se estamos a ficar sem petróleo tão rapidamente então porque é que as reservas estão sempre a aumentar e a produção a disparar?

Em 2005 a Arábia Saudita aumentou as suas reservas de crude em cerca de 200 mil milhões de barris. O petróleo saudita está seguro e é abundante, disseram responsáveis sauditas.

"Estas reservas enormes vão permitir ao Reino Saudita manter-se como um dos principais produtores de petróleo nos próximos 70 a 100 anos, mesmo que aumente a sua capacidade de produção para 15 milhões de barris por dia, o que poderá muito bem acontecer nos próximos 15 anos."

Foi também noticiado que a Rússia tem vindo a aumentar enormemente as suas reservas, ainda mais do que a Arábia Saudita. Porque é que estes países estão a fazer isto se já não resta muito petróleo para extrair? Parece claro que a Rússia está preparada para uma ilimitada produção futura de petróleo.

Existe uma clara contradição entre a teoria do «Pico Petrolífero» e o aumento contínuo da produção e das reservas de petróleo.

Novas fontes de petróleo estão a ser descobertas por todo o lado no planeta. A noção de que existem apenas meia dúzia de fontes que o Ocidente está a tentar monopolizar é um mito propalado por aqueles que obtêm enormes lucros. No fim de contas, como é que se consegue obter enormes lucros de algo que existe em abundância?


O mito do «Pico Petrolífero»

Um artigo no Wall Street Journal de Peter Huber e Mark Mills explica porque é que o preço do petróleo permanece tão elevado enquanto o seu custo de produção continua tão baixo. Nós não estamos dependentes do petróleo do Médio Oriente por as reservas mundiais estarem a diminuir, mas porque é mais lucrativo explorar somente as reservas do Médio Oriente. Donde, o mito do «Pico Petrolífero» é necessário por forma a silenciar os que pedem a exploração de outras abundantes reservas mundiais.



Artigo retirado deste SITE (em português brasileiro):

Teoria dos combustíveis fósseis

Segundo a teoria dos combustíveis fósseis, que é a mais aceite actualmente sobre a origem do petróleo e do gás natural, organismos vivos morreram, foram enterrados, comprimidos e aquecidos sob pesadas camadas de sedimentos na crosta terrestre, onde sofreram transformações químicas até originar o petróleo e o gás natural.


É com base nesta teoria que chamamos às principais fontes de energia do mundo moderno "combustíveis fósseis" - porque seriam o resultado de restos modificados de seres vivos.


Teoria do petróleo abiótico

Muito menos disseminado é o fato de que esta não é a única teoria para explicar o surgimento do petróleo. Na verdade, esta teoria hegemónica vem sendo cada vez mais questionada por um grande número de cientistas, que defendem que o petróleo tem uma origem abiótica - sem relação com formas de vida.

Os defensores da teoria abiótica do petróleo têm inúmeros argumentos. Por exemplo, a inexistência de fenómenos geológicos que possam explicar o soterramento de grandes massas vivas, como florestas, que deveriam ser cobertas antes que tivessem tempo de se decompor totalmente ao ar livre, juntamente com a inconsistência da hipótese de uma deposição do carbono livre na atmosfera no período jovem da Terra, quando suas temperaturas seriam muito altas.

A teoria da origem fóssil do petróleo não é consistente

A deposição lenta, como registada por todos os fósseis, não parece aplicar-se, uma vez que as camadas geológicas apresentam variações muito claras, o que permite sua datação com bastante precisão. Já os depósitos petrolíferos não apresentam praticamente alterações químicas variáveis com a profundidade, tendo virtualmente a mesma assinatura biológica em toda a sua extensão.

Além disso, os organismos vivos têm mais de 90% de água e mesmo que a totalidade de sua massa sólida fosse convertida em petróleo, não haveria forma de explicar a quantidade de petróleo que já foi extraída até hoje.

Outros fenómenos geológicos para explicar uma eventual deposição quase "instantânea" deveriam ocorrer de forma disseminada - para explicar a grande distribuição das reservas petrolíferas ao longo do planeta - e em grande intensidade - suficiente para explicar os gigantescos volumes de petróleo já localizados e extraídos.


Carbono do interior da Terra

Por essas e outras razões, vários investigadores afirmam que nem o petróleo, nem o gás natural e nem mesmo o carvão de pedra, são combustíveis fósseis. Para isso, afirmam, o ciclo do carbono na Terra deveria ser um ciclo fechado, restrito à crosta superficial do planeta, sem nenhuma troca com o interior da Terra. E não há razões para se acreditar em tal hipótese.

Na verdade, aí está, segundo a teoria dos combustíveis abióticos [de origem não fóssil], a origem do petróleo, do gás natural e do carvão: eles têm origem no carbono que é "bombeado" continuamente pelas altíssimas pressões do interior da Terra em direcção à superfície.


É possível sintetizar hidrocarbonetos a partir de matéria orgânica, e estas experiências foram, por muitos anos, o principal sustentáculo da teoria dos combustíveis fósseis.

Mas agora, pela primeira vez, um grupo de cientistas conseguiu demonstrar experimentalmente a síntese do etano e de outros hidrocarbonetos pesados em condições não-biológicas. A experiência reproduz as condições de pressão e temperatura existentes no manto superior, a camada da Terra abaixo da crosta.


Metano e etano abióticos

A pesquisa foi feita por cientistas do Laboratório de Geofísica da Instituição Carnegie, nos Estados Unidos, em conjunto com cientistas da Suécia e da Rússia, onde a teoria do petróleo abiótico surgiu e tem muito mais aceitação académica do que noutras partes do mundo.

O metano (CH4) é o principal constituinte do gás natural, enquanto o etano (C2H6) é usado como matéria-prima petroquímica. Esses dois hidrocarbonetos, juntamente com outros associados aos combustíveis de origem geológica, são chamados hidrocarbonetos saturados porque têm ligações únicas e simples, saturadas com hidrogénio.

Utilizando uma célula de pressão, conhecida como bigorna de diamante, e uma fonte de calor a laser, os cientistas começaram a experiência submetendo o metano a pressões mais de 20 mil vezes maiores do que a pressão atmosférica ao nível do mar, e a temperaturas variando de 700° Celsius a mais de 1.200° Celsius. Estas condições de temperatura e pressão reproduzem as condições ambientais encontradas no manto superior da Terra, entre 65 e 150 quilómetros de profundidade.

No interior da célula de pressão, o metano reagiu e formou etano, propano, butano, hidrogénio molecular e grafite. Os cientistas então submeteram o etano às mesmas condições e o resultado foi a formação de metano. Ou seja, as reacções são reversíveis.

Essas reacções fornecem evidências de que os hidrocarbonetos pesados podem existir nas camadas mais profundas da Terra, muito abaixo dos limites onde seria razoável supor a existência de matéria orgânica soterrada.

Bigorna de diamante, usada para reproduzir as gigantescas
pressões existentes abaixo da crosta terrestre.
[Imagem: Department of Physics/University of Cambridge]




Reacções reversíveis

Outro resultado importante da pesquisa é que a reversibilidade das reacções implica que a síntese de hidrocarbonetos saturados é termodinamicamente controlada e não exige a presença de matéria orgânica.

"Nós ficamos intrigados por experiências anteriores e previsões teóricas", afirma Alexander Goncharov, um dos autores da pesquisa. "Experiências feitas há alguns anos submeteram o metano a altas pressões e temperaturas, demonstrando que hidrocarbonetos mais pesados se formam a partir do metano sob condições de temperatura e pressão muito similares. Entretanto, as moléculas não puderam ser identificadas e era provável que houvesse uma distribuição."

"Nós superamos esse problema com a nossa técnica aprimorada de aquecimento a laser, que nos permitiu aquecer um volume maior de maneira mais uniforme. Com isso, descobrimos que o metano pode ser produzido a partir do etano", declarou Goncharov.


Hidrocarbonetos gerados no interior da Terra

"A ideia de que os hidrocarbonetos gerados no manto migram para a crosta terrestre e contribuem para a formação dos reservatórios de óleo e gás foi levantada na Rússia e na Ucrânia muito anos atrás. A síntese e a estabilidade dos compostos estudados aqui, assim como a presença dos hidrocarbonetos pesados ao longo de todas as condições no interior do manto da Terra agora precisarão ser exploradas," explica outro autor da pesquisa, professor Anton Kolesnikov.

"Além disso, a extensão pela qual esse carbono 'reduzido' sobrevive à migração até a crosta, sem se oxidar em CO2, precisa ser descoberta. Essas e outras questões relacionadas demonstram a necessidade de um programa de novos estudos teóricos e experimentais para estudar o destino do carbono nas profundezas da Terra," conclui o pesquisador.

Os hidrocarbonetos gerados no manto migram para a crosta terrestre

terça-feira, fevereiro 02, 2016

A mentira da origem fóssil do Petróleo e o mito do «Pico Petrolífero»

.
Por outras palavras, o «Pico Petrolífero» é uma fraude para criar escassez artificial e aumentar os preços do petróleo. As guerras que têm sido despoletadas pelos EUA no Médio Oriente e em África para controlar os principais países produtores de petróleo, não visam rapinar o "Ouro Negro" mas evitar que a produção aumente e os preços baixem.



Temos vindo a assistir a uma forte subida nos preços do petróleo e é-nos dito simplesmente para nos habituarmos à ideia porque não há nada a fazer. Entretanto as companhias petrolíferas continuam a bater recordes de lucros.


Globo.com - 01/02/2008



Mas se estamos a ficar sem petróleo tão rapidamente então porque é que as reservas estão sempre a aumentar e a produção a disparar?

Em 2005 a Arábia Saudita aumentou as suas reservas de crude em cerca de 200 mil milhões de barris. O petróleo saudita está seguro e é abundante, disseram responsáveis sauditas.

"Estas reservas enormes vão permitir ao Reino Saudita manter-se como um dos principais produtores de petróleo nos próximos 70 a 100 anos, mesmo que aumente a sua capacidade de produção para 15 milhões de barris por dia, o que poderá muito bem acontecer nos próximos 15 anos."

Foi também noticiado que a Rússia tem vindo a aumentar enormemente as suas reservas, ainda mais do que a Arábia Saudita. Porque é que estes países estão a fazer isto se já não resta muito petróleo para extrair? Parece claro que a Rússia está preparada para uma ilimitada produção futura de petróleo.

Existe uma clara contradição entre a teoria do «Pico Petrolífero» e o aumento contínuo da produção e das reservas de petróleo.

Novas fontes de petróleo estão a ser descobertas por todo o lado no planeta. A noção de que existem apenas meia dúzia de fontes que o Ocidente está a tentar monopolizar é um mito propalado por aqueles que obtêm enormes lucros. No fim de contas, como é que se consegue obter enormes lucros de algo que existe em abundância?


O mito do «Pico Petrolífero»

Um artigo no Wall Street Journal de Peter Huber e Mark Mills explica porque é que o preço do petróleo permanece tão elevado enquanto o seu custo de produção continua tão baixo. Nós não estamos dependentes do petróleo do Médio Oriente por as reservas mundiais estarem a diminuir, mas porque é mais lucrativo explorar somente as reservas do Médio Oriente. Donde, o mito do «Pico Petrolífero» é necessário por forma a silenciar os que pedem a exploração de outras abundantes reservas mundiais.



Artigo retirado deste SITE (em português brasileiro):

Teoria dos combustíveis fósseis

Segundo a teoria dos combustíveis fósseis, que é a mais aceite atualmente sobre a origem do petróleo e do gás natural, organismos vivos morreram, foram enterrados, comprimidos e aquecidos sob pesadas camadas de sedimentos na crosta terrestre, onde sofreram transformações químicas até originar o petróleo e o gás natural.


É com base nesta teoria que chamamos as principais fontes de energia do mundo moderno de "combustíveis fósseis" - porque seriam resultado de restos modificados de seres vivos.


Teoria do petróleo abiótico

Muito menos disseminado é o fato de que esta não é a única teoria para explicar o surgimento do petróleo. Na verdade, esta teoria hegemônica vem sendo cada vez mais questionada por um grande número de cientistas, que defendem que o petróleo tem uma origem abiótica, ou abiogênica - sem relação com formas de vida.

Os defensores da teoria abiótica do petróleo têm inúmeros argumentos. Por exemplo, a inexistência de fenômenos geológicos que possam explicar o soterramento de grandes massas vivas, como florestas, que deveriam ser cobertas antes que tivessem tempo de se decompor totalmente ao ar livre, juntamente com a inconsistência das hipóteses de uma deposição do carbono livre na atmosfera no período jovem da Terra, quando suas temperaturas seriam muito altas.

A teoria da origem fóssil do petróleo não é consistente

A deposição lenta, como registrada por todos os fósseis, não parece se aplicar, uma vez que as camadas geológicas apresentam variações muito claras, o que permite sua datação com bastante precisão. Já os depósitos petrolíferos praticamente não apresentam alterações químicas variáveis com a profundidade, tendo virtualmente a mesma assinatura biológica em toda a sua extensão.

Além disso, os organismos vivos têm mais de 90% de água e mesmo que a totalidade de sua massa sólida fosse convertida em petróleo não haveria como explicar a quantidade de petróleo que já foi extraída até hoje.

Outros fenômenos geológicos, para explicar uma eventual deposição quase "instantânea," deveriam ocorrer de forma disseminada - para explicar a grande distribuição das reservas petrolíferas ao longo do planeta - e em grande intensidade - suficiente para explicar os gigantescos volumes de petróleo já localizados e extraídos.


Carbono do interior da Terra

Por essas e por outras razões, vários pesquisadores afirmam que nem petróleo, nem gás natural e nem mesmo o carvão, são combustíveis fósseis. Para isso, afirmam eles, o ciclo do carbono na Terra deveria ser um ciclo fechado, restrito à crosta superficial do planeta, sem nenhuma troca com o interior da Terra. E não há razões para se acreditar em tal hipótese.

Na verdade, aí está, segundo a teoria dos combustíveis abióticos, a origem do petróleo, do gás natural e do carvão: eles se originam do carbono que é "bombeado" continuamente pelas altíssimas pressões do interior da Terra em direção à superfície.


É possível sintetizar hidrocarbonetos a partir de matéria orgânica, e estes experimentos foram, por muitos anos, o principal sustentáculo da teoria dos combustíveis fósseis.

Mas agora, pela primeira vez, um grupo de cientistas conseguiu demonstrar experimentalmente a síntese do etano e de outros hidrocarbonetos pesados em condições não-biológicas. O experimento reproduz as condições de pressão e temperatura existentes no manto superior, a camada da Terra abaixo da crosta.


Metano e etano abióticos

A pesquisa foi feita por cientistas do Laboratório de Geofísica da Instituição Carnegie, nos Estados Unidos, em conjunto com colegas da Suécia e da Rússia, onde a teoria do petróleo abiótico surgiu e tem muito mais aceitação acadêmica do que em outras partes do mundo.

O metano (CH4) é o principal constituinte do gás natural, enquanto o etano (C2H6) é usado como matéria-prima petroquímica. Esses dois hidrocarbonetos, juntamente com outros associados aos combustíveis de origem geológica, são chamados de hidrocarbonetos saturados porque eles têm ligações únicas e simples, saturadas com hidrogênio.

Utilizando uma célula de pressão, conhecida como bigorna de diamante, e uma fonte de calor a laser, os cientistas começaram o experimento submetendo o metano a pressões mais de 20 mil vezes maiores do que a pressão atmosférica ao nível do mar, e a temperaturas variando de 700° C a mais de 1.200° C. Estas condições de temperatura e pressão reproduzem as condições ambientais encontradas no manto superior da Terra, entre 65 e 150 quilômetros de profundidade.

No interior da célula de pressão, o metano reagiu e formou etano, propano, butano, hidrogênio molecular e grafite. Os cientistas então submeteram o etano às mesmas condições e o resultado foi a formação de metano. Ou seja, as reações são reversíveis.

Essas reações fornecem evidências de que os hidrocarbonetos pesados podem existir nas camadas mais profundas da Terra, muito abaixo dos limites onde seria razoável supor a existência de matéria orgânica soterrada.

Bigorna de diamante, usada para reproduzir as gigantescas
pressões existentes abaixo da crosta terrestre.
[Imagem: Department of Physics/University of Cambridge]




Reações reversíveis

Outro resultado importante da pesquisa é que a reversibilidade das reações implica que a síntese de hidrocarbonetos saturados é termodinamicamente controlada e não exige a presença de matéria orgânica.

"Nós ficamos intrigados por experiências anteriores e previsões teóricas," afirma Alexander Goncharov, um dos autores da pesquisa. "Experimentos feitos há alguns anos submeteram o metano a altas pressões e temperaturas, demonstrando que hidrocarbonetos mais pesados se formam a partir do metano sob condições de temperatura e pressão muito similares. Entretanto, as moléculas não puderam ser identificadas e era provável que houvesse uma distribuição."

"Nós superamos esse problema com nossa técnica aprimorada de aquecimento a laser, que nos permitiu aquecer um volume maior de maneira mais uniforme. Com isso, descobrimos que o metano pode ser produzido a partir do etano", declarou Goncharov.


Hidrocarbonetos gerados no interior da Terra

"A ideia de que os hidrocarbonetos gerados no manto migram para a crosta terrestre e contribuem para a formação dos reservatórios de óleo e gás foi levantada na Rússia e na Ucrânia muito anos atrás. A síntese e a estabilidade dos compostos estudados aqui, assim como a presença dos hidrocarbonetos pesados ao longo de todas as condições no interior do manto da Terra agora precisarão ser exploradas," explica outro autor da pesquisa, professor Anton Kolesnikov.

"Além disso, a extensão na qual esse carbono 'reduzido' sobrevive à migração até a crosta, sem se oxidar em CO2, precisa ser descoberta. Essas e outras questões relacionadas demonstram a necessidade de um programa de novos estudos teóricos e experimentais para estudar o destino do carbono nas profundezas da Terra," conclui o pesquisador.

Os hidrocarbonetos gerados no manto migram para a crosta terrestre
.

sexta-feira, janeiro 14, 2011

O mito do «Pico Petrolífero» e a mentira da origem fóssil do Petróleo

.
Por outras palavras, o «Pico Petrolífero» é uma fraude para criar escassez artificial e aumentar os preços do petróleo. Entretanto, tecnologias de combustíveis alternativos que estão disponíveis há décadas são intencionalmente suprimidas.



Temos vindo a assistir a uma forte subida nos preços do petróleo e é-nos dito simplesmente para nos habituarmos à ideia porque não há nada a fazer. Entretanto as companhias petrolíferas continuam a bater recordes de lucros.

Mas se estamos a ficar sem petróleo tão rapidamente então porque é que as reservas estão sempre a aumentar e a produção a disparar?

Em 2005 a Arábia Saudita aumentou as suas reservas de crude em cerca de 200 mil milhões de barris. O petróleo saudita está seguro e é abundante, disseram responsáveis sauditas.

"Estas reservas enormes vão permitir ao Reino Saudita manter-se como um dos principais produtores de petróleo nos próximos 70 a 100 anos, mesmo que aumente a sua capacidade de produção para 15 milhões de barris por dia, o que poderá muito bem acontecer nos próximos 15 anos."

Foi também noticiado que a Rússia tem vindo a aumentar enormemente as suas reservas, ainda mais do que a Arábia Saudita. Porque é que estes países estão a fazer isto se já não resta muito petróleo para extrair? Parece claro que a Rússia está preparada para uma ilimitada produção futura de petróleo.

Existe uma clara contradição entre a teoria do «Pico Petrolífero» e o aumento contínuo da produção e das reservas de petróleo.

Novas fontes de petróleo estão a ser descobertas por todo o lado no planeta. A noção de que existem apenas meia dúzia de fontes que o Ocidente está a tentar monopolizar é um mito propalado por aqueles que obtêm enormes lucros. No fim de contas, como é que se consegue obter enormes lucros de algo que existe em abundância?

O mito do «Pico Petrolífero»

Um artigo no Wall Street Journal de Peter Huber e Mark Mills explica porque é que o preço do petróleo permanece tão elevado enquanto o seu custo de produção continua tão baixo. Nós não estamos dependentes do petróleo do Médio Oriente por as reservas mundiais estarem a diminuir, mas porque é mais lucrativo explorar somente as reservas do Médio Oriente. Donde, o mito do «Pico Petrolífero» é necessário por forma a silenciar os que pedem a exploração de outras abundantes reservas mundiais.



Artigo retirado deste SITE (em português brasileiro):

Teoria dos combustíveis fósseis

Segundo a teoria dos combustíveis fósseis, que é a mais aceite atualmente sobre a origem do petróleo e do gás natural, organismos vivos morreram, foram enterrados, comprimidos e aquecidos sob pesadas camadas de sedimentos na crosta terrestre, onde sofreram transformações químicas até originar o petróleo e o gás natural.


É com base nesta teoria que chamamos as principais fontes de energia do mundo moderno de "combustíveis fósseis" - porque seriam resultado de restos modificados de seres vivos.


Teoria do petróleo abiótico

Muito menos disseminado é o fato de que esta não é a única teoria para explicar o surgimento do petróleo. Na verdade, esta teoria hegemônica vem sendo cada vez mais questionada por um grande número de cientistas, que defendem que o petróleo tem uma origem abiótica, ou abiogênica - sem relação com formas de vida.

Os defensores da teoria abiótica do petróleo têm inúmeros argumentos. Por exemplo, a inexistência de fenômenos geológicos que possam explicar o soterramento de grandes massas vivas, como florestas, que deveriam ser cobertas antes que tivessem tempo de se decompor totalmente ao ar livre, juntamente com a inconsistência das hipóteses de uma deposição do carbono livre na atmosfera no período jovem da Terra, quando suas temperaturas seriam muito altas.

A teoria da origem fóssil do petróleo não é consistente

A deposição lenta, como registrada por todos os fósseis, não parece se aplicar, uma vez que as camadas geológicas apresentam variações muito claras, o que permite sua datação com bastante precisão. Já os depósitos petrolíferos praticamente não apresentam alterações químicas variáveis com a profundidade, tendo virtualmente a mesma assinatura biológica em toda a sua extensão.

Além disso, os organismos vivos têm mais de 90% de água e mesmo que a totalidade de sua massa sólida fosse convertida em petróleo não haveria como explicar a quantidade de petróleo que já foi extraída até hoje.

Outros fenômenos geológicos, para explicar uma eventual deposição quase "instantânea," deveriam ocorrer de forma disseminada - para explicar a grande distribuição das reservas petrolíferas ao longo do planeta - e em grande intensidade - suficiente para explicar os gigantescos volumes de petróleo já localizados e extraídos.


Carbono do interior da Terra

Por essas e por outras razões, vários pesquisadores afirmam que nem petróleo, nem gás natural e nem mesmo o carvão, são combustíveis fósseis. Para isso, afirmam eles, o ciclo do carbono na Terra deveria ser um ciclo fechado, restrito à crosta superficial do planeta, sem nenhuma troca com o interior da Terra. E não há razões para se acreditar em tal hipótese.

Na verdade, aí está, segundo a teoria dos combustíveis abióticos, a origem do petróleo, do gás natural e do carvão: eles se originam do carbono que é "bombeado" continuamente pelas altíssimas pressões do interior da Terra em direção à superfície.


É possível sintetizar hidrocarbonetos a partir de matéria orgânica, e estes experimentos foram, por muitos anos, o principal sustentáculo da teoria dos combustíveis fósseis.

Mas agora, pela primeira vez, um grupo de cientistas conseguiu demonstrar experimentalmente a síntese do etano e de outros hidrocarbonetos pesados em condições não-biológicas. O experimento reproduz as condições de pressão e temperatura existentes no manto superior, a camada da Terra abaixo da crosta.


Metano e etano abióticos

A pesquisa foi feita por cientistas do Laboratório de Geofísica da Instituição Carnegie, nos Estados Unidos, em conjunto com colegas da Suécia e da Rússia, onde a teoria do petróleo abiótico surgiu e tem muito mais aceitação acadêmica do que em outras partes do mundo.

O metano (CH4) é o principal constituinte do gás natural, enquanto o etano (C2H6) é usado como matéria-prima petroquímica. Esses dois hidrocarbonetos, juntamente com outros associados aos combustíveis de origem geológica, são chamados de hidrocarbonetos saturados porque eles têm ligações únicas e simples, saturadas com hidrogênio.

Utilizando uma célula de pressão, conhecida como bigorna de diamante, e uma fonte de calor a laser, os cientistas começaram o experimento submetendo o metano a pressões mais de 20 mil vezes maiores do que a pressão atmosférica ao nível do mar, e a temperaturas variando de 700° C a mais de 1.200° C. Estas condições de temperatura e pressão reproduzem as condições ambientais encontradas no manto superior da Terra, entre 65 e 150 quilômetros de profundidade.

No interior da célula de pressão, o metano reagiu e formou etano, propano, butano, hidrogênio molecular e grafite. Os cientistas então submeteram o etano às mesmas condições e o resultado foi a formação de metano. Ou seja, as reações são reversíveis.

Essas reações fornecem evidências de que os hidrocarbonetos pesados podem existir nas camadas mais profundas da Terra, muito abaixo dos limites onde seria razoável supor a existência de matéria orgânica soterrada.

Bigorna de diamante, usada para reproduzir as gigantescas
pressões existentes abaixo da crosta terrestre.
[Imagem: Department of Physics/University of Cambridge]




Reações reversíveis

Outro resultado importante da pesquisa é que a reversibilidade das reações implica que a síntese de hidrocarbonetos saturados é termodinamicamente controlada e não exige a presença de matéria orgânica.

"Nós ficamos intrigados por experiências anteriores e previsões teóricas," afirma Alexander Goncharov, um dos autores da pesquisa. "Experimentos feitos há alguns anos submeteram o metano a altas pressões e temperaturas, demonstrando que hidrocarbonetos mais pesados se formam a partir do metano sob condições de temperatura e pressão muito similares. Entretanto, as moléculas não puderam ser identificadas e era provável que houvesse uma distribuição."

"Nós superamos esse problema com nossa técnica aprimorada de aquecimento a laser, que nos permitiu aquecer um volume maior de maneira mais uniforme. Com isso, descobrimos que o metano pode ser produzido a partir do etano", declarou Goncharov.


Hidrocarbonetos gerados no interior da Terra

"A ideia de que os hidrocarbonetos gerados no manto migram para a crosta terrestre e contribuem para a formação dos reservatórios de óleo e gás foi levantada na Rússia e na Ucrânia muito anos atrás. A síntese e a estabilidade dos compostos estudados aqui, assim como a presença dos hidrocarbonetos pesados ao longo de todas as condições no interior do manto da Terra agora precisarão ser exploradas," explica outro autor da pesquisa, professor Anton Kolesnikov.

"Além disso, a extensão na qual esse carbono 'reduzido' sobrevive à migração até a crosta, sem se oxidar em CO2, precisa ser descoberta. Essas e outras questões relacionadas demonstram a necessidade de um programa de novos estudos teóricos e experimentais para estudar o destino do carbono nas profundezas da Terra," conclui o pesquisador.

Os hidrocarbonetos gerados no manto migram para a crosta terrestre
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sexta-feira, julho 23, 2010

Jon Stewart, do Daily Show, mostra-nos, com humor, como os sucessivos Presidentes americanos tentaram, debalde, acabar com a dependência petrolífera

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Jon Stewart: Obviamente, para além de ter de falar sobre a limpeza do Golfo, o discurso do Presidente Obama tinha um objectivo mais vasto:

Barack Obama: Sabemos há décadas que o petróleo barato e acessível não é eterno. Está na hora de esta geração embarcar numa missão nacional para dar largas à inovação e tomar as rédeas do nosso destino.

Jon Stewart: Com tecnologia que não esteja dependente do petróleo… Ou ímanes gigantes… Ou hamsters a correr em rodinhas… Ou outra fonte de energia que ainda não tenha sido aproveitada… Chegou o momento de melhorar seriamente o nosso ambiente e de avançar para lá de uma economia baseada no petróleo. Ao contrário de 2006:

George W. Bush (2006): Este país pode melhorar seriamente o nosso ambiente, avançar para lá de uma economia baseada no petróleo e fazer com que a nossa dependência do Médio Oriente se torne uma coisa do passado.

Jon Stewart: Isso! Mas naqueles tempos, em 2006, não fizemos… nada disso. Porque a dependência do petróleo, nessa altura, só nos tinha metido em duas guerras simultâneas. Mas agora meteu-nos em duas guerras e um derrame gigante. Era o empurrão de que nós estávamos a precisar. Mas não sei, duas guerras e um derrame gigante… é muita coisa para fazer ao mesmo tempo, além de largar o petróleo. O ideal era termos tratado deste problema da energia há dez anos, quando não havia guerra e a economia estava óptima. Essa é que tinha sido uma boa altura para criar um plano energético.

Bill Clinton (2000): Precisamos de um plano energético de longo prazo para maximizar a conservação de energia e o desenvolvimento de fontes de energia alternativa.


Jon Stewart: E teríamos conseguido… se ele não se tivesse distraído com aquele outro derrame. O qual… convém lembrar, também precisou de 9 km de bóias e de toda a Marinha para ser limpo. Por isso é que lhe chamam "o grande chefe". Se ao menos o tipo que veio antes de Clinton tivesse pensado nisto…

Bush pai (1988): Não existe segurança para os Estados Unidos se continuarmos a depender de petróleo estrangeiro.

Jon Stewart: Isso! E ele teria conseguido… se não tivessem aparecido estes [aparecem imagens de jipes no monitor]. Aquilo dava-me mesmo jeito para puxar o barco que não tenho pela estrada de montanha onde não moro. Aposto que os quatro tipos antes dele também tinham resolvido isto, se tivessem pensado nisso:

Ronald Reagan (1981): Vamos continuar a apoiar a pesquisa de novas tecnologias que nos tornem independentes do petróleo estrangeiro.

Jimmy Carter (1979): Esta dependência intolerável do petróleo estrangeiro…

Gerald Ford (1975): Preparar novos programas de emergência para alcançar a independência que desejamos…

Richard Nixon (1974): Colocaremos fim à crise da energia. Criaremos as fundações da nossa capacidade futura para satisfazer as necessidades energéticas da América a partir dos nossos próprios recursos.



Jon Stewart: Se me enganas uma vez… a vergonha é tua. Mas se me enganas duas vezes, a vergonha é minha. Se me enganas oito vezes, eu sou um idiota ou quê…?! Devo ser idiota. Contando com o Barack Obama, os últimos oito presidentes foram à televisão prometer independência energética. Antes disso, aposto que faziam o mesmo na rádio. Porque é que não resultou? Porque é que não conseguimos? Boas ideias não lhes faltavam…

Sucessão dos Presidentes a falar: - Turbinas eólicas - Energia nuclear - Bancos solares - Janelas mais eficientes - Casas eficientes - Gás natural – Hidroeléctrica – Carvão americano – Energia solar – Etanol, e não apenas de milho – Energia atómica - Aparas de madeira e ramos, ou a partir de ervas – Células de combustível – Gás natural – Centrais de carvão sem emissões poluentes – Painéis solares – Melhores baterias para carros eléctricos e híbridos – Metanol – Etanol – Produtos vegetais para produzir gasóleo…

Jon Stewart: que se f…, vamos mas é usar petróleo. Sabem que mais? Tem mesmo de ser. Não vou admitir que os dinossauros tenham morrido em vão. Portanto, tínhamos boas ideias. E somos boas pessoas.

Sucessão dos Presidentes a falar: - Temos o nível de tecnologia mais elevado do mundo – Temos os conhecimentos – Temos a capacidade – A nossa fé inabalável… - … digna de uma grande nação – Temos a mão-de-obra mais capaz – A nossa tenacidade… - A América é uma nação em ascensão.

Jon Stewart: Somos uma máquina imparável anti-dependência do petróleo! Infelizmente, essa máquina trabalha a petróleo, mas…! Isto é uma loucura. Se calhar só precisamos de um prazo bem definido, como fizemos com a Lua: "Dentro de dez anos chegaremos à Lua… e daí a outros dez anos vamos estar fartos de lá ir". Só precisamos que o Presidente defina prazos razoáveis.

Richard Nixon (1974): No fim desta década, no ano 1980, os Estados Unidos não estarão dependentes de país algum para obter energia.

Sucessão dos Presidentes a falar: - Em 1985… - No ano 2000… - Será uma questão de três ou quatro anos se nos aplicarmos e tratarmos isto como algo importante – Outro objectivo é substituir mais de 75% das importações de petróleo do Médio Oriente até 2025.



Jon Stewart: O quê…? O Nixon disse: "Vamos largar o petróleo estrangeiro até 1980." E isso entretanto transformou-se em: "Vamos usar menos petróleo estrangeiro em 2025." Redefinimos sucesso e mesmo assim conseguimos falhar. E assim chegamos àquele que é talvez o aspecto mais estranho desta saga triste e interminável. De entre estes oito presidentes de poder incalculável, que falharam na tentativa de nos fazer largar o petróleo, um está claramente acima dos outros, no que diz respeito a fazer algo pelo ambiente – Nixon! Foi ele que criou o departamento de protecção ambiental. Foi ele que assinou a lei das águas limpas de 1972. E a lei de protecção dos mamíferos marinhos. Quando o rio Cuyahoga pegou fogo em 1969, ele foi lá apagá-lo com a sua própria urina. Mas nem o Nixon… Nem o Nixon nos conseguiu fazer largar o petróleo. E ele era um tipo que não se importava de quebrar as regras para conseguir o que queria. Nem assim conseguiu! Porque, como se descobriu, Nixon tinha um grande defeito. Não, não estou a falar das ilusões paranóicas nem da falta de ética. Não. Sabem porque é que o Nixon não conseguiu?

Richard Nixon (1974): Vamos estabelecer um novo sistema que permitirá a todos os americanos ter acesso a cuidados de saúde de uma forma digna e a um preço acessível.

Jon Stewart: Porque o Richard Nixon… era um comunista.


quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Instituto Real Sueco de Tecnologia - não são necessários fósseis de animais e plantas para formar petróleo e gás natural



Cientistas da KTH, Instituto Real Sueco de Tecnologia de Estocolmo [Royal Institute of Technology (Kungliga Tekniska Högskolan)], a maior universidade técnica da Suécia, foram capazes de demonstrar que não são necessários fósseis de animais e plantas para formar petróleo e gás natural. Este resultado significa uma mudança radical na hipótese sobre a origem do petróleo e também que se torna mais fácil encontrar essas fontes de energia e que elas podem ocorrer em qualquer parte do mundo.

"Graças às nossas investigações sabemos até onde se pode encontrar petróleo na Suécia!", afirmou Vladimir Kutcherov, professor do departamento da tecnologia energética da KTH em Estocolmo.

Juntamente com dois colegas investigadores, o professor Kutcherov simulou o processo de pressão e aquecimento que ocorre naturalmente na camada interior da crosta terrestre. Este processo produz hidrocarbonetos, os elementos fundamentais do petróleo e do gás natural.

Segundo Kutcherov, estes resultados representam um sinal claro de que as fontes de petróleo não estão a secar, o que era receado há muito pelos investigadores e peritos deste campo.

Kutcherov acrescenta que é impossível que o petróleo fóssil, apenas devido à força da gravidade ou de outras forças, se tenha infiltrado até 10,5 km de profundidade, como sucedeu, por exemplo, no Golfo do México. Isto traduz, segundo Kutcherov, juntamente com os resultados de suas próprias pesquisas, provas suplementares de como estas fontes de energia podem surgir sem a presença de fósseis – algo que desencadeou um caloroso debate durante bastante tempo entre os cientistas.


Vladimir Kutcherov, professor do departamento
da tecnologia energética da KTH em Estocolmo



"Não há dúvida de que a nossa pesquisa mostrou que o petróleo e o gás natural podem ocorrer sem fósseis. Todo o tipo de formações rochosas podem servir como depósitos de petróleo", declarou Kutcherov e acrescenta que isso se aplica a regiões que se mantiveram inexploradas como fontes dessa forma de energia.

Esta descoberta tem vários aspectos positivos. As probabilidades de êxito no que diz respeito à descoberta de petróleo subirão drasticamente – de 20% para 70%. Como a perfuração na procura de petróleo e gás natural é um processo extremamente caro, os custos cairão radicalmente para as companhias petrolíferas e consequentemente para os consumidores.

"Isto significa a economia de muitos biliões de coroas", declarou Kutcherov.

De forma a identificar locais promissores para perfuração na busca de petróleo e gás natural, o professor Kutcherov desenvolveu um novo método através de sua pesquisa. O mundo está dividido por uma fina rede comunicante. Esta rede é o equivalente a fracturas, conhecidas como «canais fluviais» através das camadas da crosta terrestre. Um bom local para efectuar uma perfuração é aquele onde as fracturas se tocam.

Segundo o professor Kutcherov, os resultados destas pesquisas são muito importantes, pois, pelo menos, 61% do consumo mundial de energia é à base de petróleo e gás natural.

A próxima etapa nesta pesquisa serão mais experiências, especialmente para aperfeiçoar métodos que facilitarão localizar pontos óptimos de perfuração.

Os resultados das investigações de Vladimir Kutcherov, Anton Kolesnikov e Alexander Goncharov foram publicados em Agosto na Nature Geoscience, Volume 2.



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quinta-feira, outubro 22, 2009

O Petróleo não é de origem fóssil, continua a ser gerado ininterruptamente pela Terra e é inesgotável



Artigo retirado de: «Qual crise energética?»


Foi-nos sempre dito que o petróleo é um combustível fóssil, que surgiu há 500 milhões de anos, tendo por origem a decomposição de plantas e animais mortos. Restos de organismos teriam sido aprisionados no fundo dos oceanos numa camada de lama e cobertos por outras camadas de solo, formando ao longo do tempo o petróleo.

Foi-nos sempre dito que a energia do sol é captada pelos seres vivos e que podemos libertar novamente essa energia armazenada há centenas de milhões de anos através da combustão do petróleo.

É-nos dito que as reservas de combustíveis fósseis, especialmente o petróleo, duram, no máximo, até cerca de 2060.

Outro factor, para além da extinção das reservas petrolíferas, é o momento em que a produção de petróleo atinge o seu cume, começando então a decrescer. Este ponto máximo da extracção petrolífera é chamado de "Peak-Oil" [Pico Petrolífero]. Como é em função deste pico que varia a oferta e a procura, este pode ter um papel crucial nos preços do petróleo.

O ponto máximo da extracção petrolífera ou "Peak-Oil" é o instante em que a taxa de extracção petrolífera atinge o seu máximo absoluto em todas as bacias petrolíferas. Este momento é alcançado quando tenha sido extraído metade de todo o petróleo passível de ser explorado.

O Pico Petrolífero

É afirmado que o ponto de extracção máximo já foi alcançado no passado e que vamos de encontro a uma crise energética. A prova desta esta afirmação, dizem-nos, é o aumento contínuo da cotação do petróleo, de 25 dólares o barril em 2002 para 134 dólares em 6/6/2008 (este artigo foi escrito nesta data).

Por este motivo, dizem-nos que a esperada lacuna energética deve ser suprida através de menor consumo e pela procura de outras alternativas, tal como energias renováveis. Devemos abandonar o petróleo o mais rapidamente possível, pois ele irá acabar em breve.

É-nos afirmado que o petróleo se formou há centenas de milhões de anos, que existe em quantidade fixa, e que quando tivermos extraído a última gota, terá acabado para sempre a era do petróleo.

Mas o que é que aconteceria se toda esta história não tiver nenhum fundamento e tudo não passar de uma lenda? O que seria se o combustível petróleo não fosse de origem fóssil, não proviesse de organismos extintos, mas fosse de outra natureza? E se o petróleo, afinal, existe em abundância e continua a ser formado ininterruptamente pela Terra? E se não existir nenhuma crise energética e nenhum "Peak-Oil"?

O Pico Petrolífero está Aqui

A afirmação de que haveria um ponto máximo na extracção do petróleo foi divulgada em pânico, já em 1919, embora nesse tempo ainda não se chamasse "Peak-Oil" (este é somente um novo rótulo). Naquele tempo, foi afirmado pelos "especialistas" que o petróleo só chegaria para os próximos 20 anos. O que aconteceu na realidade? Desde então, a data do fim do petróleo foi sempre impelida para o futuro, e hoje, 90 anos depois, temos ainda petróleo, embora a extracção e o consumo tenham vindo a aumentar todos os anos.


O Petróleo Abiótico (não fóssil)

De onde veio, no fim de contas, a história de que o petróleo teria surgido de fósseis de organismos vivos e seria, portanto, biótico? O geólogo russo Mikhailo Lomonossov teve esta ideia pela primeira vez em 1757: "o petróleo surge de pequenos corpos de animais e plantas, enclausurados em sedimentos sob alta pressão e temperatura e transformam-se em petróleo após um período inimaginável". Não sabemos que observações o levaram a afirmar isso, simplesmente esta teoria nunca foi confirmada e é aceita sem provas há mais de 200 anos e ensinada nas universidades.

A teoria da origem do Petróleo como resultado da decomposição de restos de de plantas e animais
(clicar na imagem para ampliar)


Porém, nunca foram encontrados fósseis de animais ou plantas nas reservas de petróleo. Esta falta de provas mostra que a teoria do combustível fóssil é unicamente uma crença sem qualquer base científica. Os geólogos que espalham a teoria do combustível fóssil, não apresentaram ainda qualquer prova da transformação de organismos em petróleo.

Um dos elementos mais presentes sobre a Terra no nosso sistema solar é o carbono. Nós, seres humanos, somos formados em grande parte por carbono, assim como todos os outros seres vivos e plantas do planeta. E em pelo menos 10 planetas e luas de nosso sistema solar foram observadas grandes quantidades de hidrocarbonetos, a base para o petróleo.

A sonda espacial Cassini descobriu, ao passar próximo de Titan, a lua de Saturno, que ela está repleta de hidrocarbonetos líquidos. Mas não havendo lá vida para produzir os hidrocarbonetos, estes devem ser fruto de alguma outra transformação química. Devido à sua particular configuração atómica, o carbono possui a capacidade de formar moléculas complexas e apresenta, entre todos os elementos químicos, a maior complexidade de ligações químicas.

Aqui na Terra, as placas continentais flutuam sobre uma inimaginável quantidade de hidrocarbonetos. Nas profundezas do manto terrestre surgem, sob determinada temperatura, pressão e condições adequadas, grandes quantidades de hidrocarbonetos. A rocha calcária anorgânica é transformada num processo químico. Os hidrocarbonetos que daí resultam, são mais leves que as camadas de solo e rocha sedimentares, e por isso sobem pelas fendas da Terra e acumulam-se sob camadas impermeáveis da crosta terrestre.

O magma quente é o fornecedor de energia para este fenómeno geológico. O resultado dá pelo nome de petróleo abiótico, porque não surgiu a partir da decomposição de formas biológicas de vida, mas antes por um processo químico no interior da Terra. E este processo acontece ininterruptamente. O petróleo é produzido continuamente.


Eis alguns dos argumentos mais relevantes que comprovam que o petróleo é de origem abiótica (não fóssil):

- O petróleo é extraído de grandes profundidades, ultrapassando os 13 km. Isso contradiz totalmente a tese dos fósseis, pois os restos dos seres vivos marinhos nunca chegaram a tais profundidades e a temperatura (elevadíssima) teria destruído todo o material orgânico.

- As reservas de petróleo, que deveriam estar vazias desde os anos 70, voltam a encher-se novamente por si mesmas. O petróleo fóssil não pode explicar este fenómeno. Só pode ser explicado pela produção incessante de petróleo abiótico no interior da Terra.

- A quantidade de petróleo extraída nos últimos 100 anos supera a quantidade de petróleo que poderia ter sido formado através da biomassa. Nunca existiu material vegetal e animal suficiente para ser transformado em tanto petróleo. Somente um processo de fabricação de hidrocarbonetos no interior da Terra pode explicar esta quantidade gigantesca.

- Quando observamos as grandes reservas de petróleo no mundo é notório que elas surgem onde as placas tectónicas estão em contacto uma com as outras ou se deslocam. Nestas regiões existem inúmeras fendas, um indício de que o petróleo provém do interior da Terra e migra vagarosamente através das aberturas para a superfície.

Placas Tectónicas

- Em laboratório foram criadas condições semelhantes àquelas que predominam nas profundezas do planeta. Foi possível produzir metano, etano e propano. Estas experiências provam que os hidrocarbonetos podem formar-se no interior da Terra através de simples reacções anorgânicas – e não pela decomposição de organismos mortos, como é geralmente aceite.

- O petróleo não pode ter 500 milhões de anos e permanecer tão "fresco" no solo até hoje. As longas moléculas de carbono ter-se-iam decomposto. O petróleo que utilizamos é recente, caso contrário já se teria volatilizado há muito tempo. Isto contradiz o aparecimento do petróleo fóssil, mas comprova a teoria do petróleo abiótico.


Em 1970, os russos começaram a perfurar poços a grandes profundidades, ultrapassando os 13.000 metros. Desde então, as grandes petrolíferas russas, incluindo a Iukos, perfuraram mais de 310 poços e extraem de lá petróleo. No último ano, a Rússia ultrapassou a extracção do maior produtor mundial, a Arábia Saudita.

Os russos dominam a complexa técnica de perfuração profunda há mais de 30 anos e exploram inesgotáveis reservas de petróleo das profundezas na Terra. Este facto é ignorado pelo Ocidente. Os russos provaram ser totalmente falsa a explicação dos geólogos ocidentais de que o petróleo seria o fruto de material orgânico decomposto.

Nos anos 40 e 50, os especialistas russos descobriram, para sua surpresa, que as reservas petrolíferas se reenchiam por si próprias e por baixo. Chegaram à conclusão que o petróleo é produzido nas profundezas da Terra e emigra para cima, onde se acumula. Puderam comprovar isso através das perfurações profundas.

Entretanto, nos anos 90, a Rússia estava de tal modo à frente do Ocidente na tecnologia de perfuração profunda, que Wall Street e os bancos Rockfeller e Rothschild forneceram dinheiro a Michail Chodorkowski com a missão de comprar a empresa Iukos por 309 milhões de dólares, a fim de obter o know-how da perfuração a grande profundidade.

Michail Chodorkowski mandado prender por Putin

Pode-se agora perceber por que é que o presidente Wladimir Putin fez regressar a Iukos e outras petrolíferas novamente para mãos russas. Isso era decisivo economicamente para a Rússia, e Putin expulsou e prendeu alguns oligarcas russos.

Entretanto, os chamados "cientistas", os lobistas, os jornalistas a soldo e os políticos querem que acreditemos que o fim do petróleo está a chegar, porque supostamente a produção já atingiu o seu pico e agora está a decrescer. Naturalmente, a intenção é criar um clima que justifique o alto preço do petróleo e com isso obter lucros gigantescos.

Sabe-se agora que o petróleo pode ser explorado praticamente em toda a parte, desde que se esteja disposto a investir nos altos custos de uma perfuração profunda. Qualquer país se pode tornar independente em matéria de energia. Simplesmente, os donos das petrolíferas querem países dependentes e que paguem caro pelo petróleo importado.

A afirmação de que existe um máximo na extracção de petróleo é, de facto, um golpe e uma mentira da elite global. Trata-se de construir uma escassez e um encarecimento artificial. Tudo se resume a negócios, lucro, poder e controle.

Aliás, é absolutamente claro para todos que o Iraque foi invadido por causa do petróleo. Somente, não foi para extrair o petróleo, mas, pelo contrário, para evitar que o petróleo iraquiano inundasse o mercado e os preços caíssem. Antes da guerra, o Iraque extraía seis milhões de barris por dia, e hoje não chega a dois milhões. A diferença foi retirada do mercado. Saddam Hussein ameaçou extrair quantidades enormes de petróleo e inundar o mercado.

Tal significou a sua sentença de morte, e por esse motivo o Iraque foi atacado e Saddam enforcado. Agora os EUA têm lá tropas permanentemente. Ninguém tem licença para explorar o petróleo do país com a segunda maior reserva petrolífera do mundo. Por isso, o Irão, com a terceira maior reserva petrolífera do mundo, é agora também ameaçado por querer construir «armas de destruição massiva».

Soldado americano junto aos campos petrolíferos de Rumaylah no Iraque
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domingo, janeiro 11, 2009

O embuste do «Pico Petrolífero» confere ao monopólio do petróleo, além de lucros astronómicos, o controlo energético do planeta



New York Times - 26/09/1995: Geoquímico afirma que os campos petrolíferos podem reabastecer-se naturalmente



Petróleo sustentável?

Por Chris Bennett - WorldNetDaily.com - 25 de Maio de 2004

(Tradução minha)

No mar, a cerca de 130 quilómetros da costa do estado da Luisiana, fica uma montanha, a maior parte submersa, e cujo topo é conhecido por Ilha Eugene. A parte submarina é assustadora, uma torre a pique projectando-se das profundidades do Golfo do México, com fendas profundas e falhas perpendiculares que expelem espontaneamente gás natural. Uma importante jazida de crude de petróleo foi descoberta nas proximidades nos finais dos anos 60, e nos anos 70, uma plataforma chamada Eugene 330 estava a produzir activamente cerca de 15.000 barris por dia de crude de petróleo de alta qualidade.

Nos finais dos anos 80, a produção da plataforma desceu para menos de 4.000 barris por dia, e foi necessário bombear o petróleo. De repente, em 1990, a produção subiu novamente para os 15.000 barris diários, e as reservas que tinham sido estimadas em 60 milhões de barris nos anos 70, foram recalculadas para 400 milhões de barris. Curiosamente a idade geológica medida do novo petróleo era quantitativamente diferente do petróleo bombeado nos anos 70.

Análises dos registos sísmicos revelaram a presença de uma "profunda falha" na base da jazida da Ilha Eugene donde estava a jorrar um rio de petróleo de alguma fonte mais profunda e previamente desconhecida.

Resultados semelhantes foram observados noutros poços de petróleo do Golfo do México. Resultados similares foram encontrados nos poços de petróleo da Baía Cook no Alasca. O mesmo se passou nos poços de petróleo do Uzbequistão. O mesmo aconteceu no Médio Oriente, onde se tem feito a exploração e a extracção de petróleo há pelos menos 20 anos, as reservas conhecidas duplicaram. Actualmente existem qualquer coisa como 680 mil milhões de barris nas reservas de petróleo do Médio Oriente.

Para criar tanto petróleo seria necessária uma grande pilha de dinossauros mortos e plantas pré-históricas a fermentar. Poderá haver outra origem para o crude de petróleo?

Uma teoria intrigante que corre agora entre as equipas de pesquisa das companhias petrolíferas sugere que o crude de petróleo pode ser, na realidade, um produto natural inorgânico, e não o resultado de uma decomposição orgânica durante tempos incomensuráveis. A teoria aponta para que possam haver enormes reservas de petróleo ainda por descobrir a maiores profundidades que eclipsam as estimativas mundiais actuais.


A teoria é simples: o crude de petróleo forma-se num processo natural inorgânico que ocorre entre o manto e a crosta terrestre, algures entre 8 e 30 quilómetros de profundidade. O mecanismo sugerido funciona da seguinte maneira:

1) O Metano (CH4) é uma molécula vulgar que se encontra em grandes quantidades no nosso sistema solar e existe em grandes concentrações a grande profundidade na Terra.

2) Na camada entre o manto e a crosta, aproximadamente a 6 quilómetros abaixo da superfície terrestre, correntes de gases comprimidos à base de metano elevam-se rapidamente atingindo bolsas a alta temperatura causando a condensação dos hidrocarbonetos mais pesados. O resultado desta condensação é normalmente conhecido por crude de petróleo.

3) Alguns gases comprimidos à base de metano migram para bolsas e jazidas que extraímos com o nome de gás natural.

4) Nos "arrefecedores" geológicos, regiões mais tectonicamente estáveis à volta do mundo, o crude de petróleo deposita-se em jazidas.

5) Nos "aquecedores" geológicos, áreas vulcânicas tectonicamente mais activas, o petróleo e o gás natural continuam a condensar-se e acabam por oxidar-se, produzindo dióxido de carbono e vapor, que é expelido por vulcões activos.

6) Periodicamente, dependendo das variações geológicas e dos movimentos terrestre, o petróleo vem à superfície em quantidade, criando as vastas jazidas de areia betuminosa do Canadá e da Venezuela, ou as contínuas infiltrações encontradas sob o Golfo de México e no Uzbequistão.

7) Periodicamente, dependendo das variações geológicas, os vastos e profundos lagos de petróleo escapam-se e tornam a encher jazidas já conhecidas de petróleo.


Existem numerosas observações através das regiões produtoras de petróleo em todo o Globo que apoiam esta teoria, e a lista dos proponentes começa com Mendelev (que criou a tabela periódica de elementos) e inclui o Dr. Thomas Gold (director fundador do Centro de Radiofísica e Pesquisa Espacial da Universidade de Cornell) e o Dr. J.F. Kenney da Gas Resources Corporations de Houston no Texas.

No seu livro de 1999, "The Deep Hot Biosphere," [A Biosfera quente e profunda], o Dr. Gold apresentou provas convincentes da formação de petróleo inorgânico. Ele salientou que todas as estruturas geológicas onde o petróleo é encontrado correspondem a formações terrestres profundas, e não a deposições aleatórias que encontramos em rochas sedimentares, a fósseis associados ou até à vida corrente da superfície.

O Dr. Gold observou também que amostras de petróleo extraídas de várias profundidades do mesmo campo petrolífero tinham as mesmas propriedades químicas – as propriedades químicas do petróleo não variam com a profundidade ao contrário dos fósseis. Outra coisa interessante é o facto de que o petróleo é encontrado em grandes quantidades através de formações geográficas onde a quantidade de vida pré-histórica não é suficiente para produzir as jazidas existentes de petróleo. Então, donde veio o petróleo?

Outro facto interessante é que todos os campos petrolíferos do mundo libertam hélio. O hélio está de tal forma presente em todos os campos petrolíferos que detectores de hélio são usados como ferramentas na prospecção de petróleo. O hélio é um gás inerte e um produto básico da desintegração radiológica do urânio e do tório, identificado em quantidade a grandes profundidades sob a superfície terrestre, a 3o0 quilómetros ou mais. O hélio não é encontrado em quantidades significativas em áreas não produtoras de metano, petróleo ou gás natural. Não faz parte dos cerca de doze elementos comuns associados à vida. É encontrado através do sistema solar assim como um produto perfeitamente inorgânico.

Ainda mais intrigante são as provas de que várias jazidas de petróleo em todo o mundo estão a voltar a encher-se, tal como a jazida da Ilha Eugene – não a partir dos lados, como seria de esperar de jazidas orgânicas contínuas, mas de baixo para cima.

O Dr. Gold acredita verdadeiramente que o petróleo é uma "sopa renovável e primordial, continuamente produzida pela Terra sob condições ultra-quentes e pressões tremendas. À medida que esta substância se desloca para a superfície, as bactérias unem-se a ela, fazendo com que pareça ter uma origem orgânica que remota ao tempo dos dinossauros."

Companhias de petróleo mais pequenas e equipas inventivas estão a usar esta teoria para justificar perfurações de petróleo em profundidade no Alasca e no Golfo do México, entre outros lugares, com algum sucesso. O Dr. Kenney previu que partes da Sibéria contêm uma jazida de petróleo igual ou maior do que as já foram descobertas no Médio Oriente.

Pode ser isto verdade?

Em Agosto de 2002, no "Proceedings of the National Academy of Sciences (US)," o Dr. Kenney publicou um estudo, que tinha um título parcial: "The genesis of hydrocarbons and the origin of petroleum." [A origem dos hidrocarbonetos e a origem do petróleo]. O Dr. Kenney e três co-autores russos concluem:

O sistema Hidrogénio-Carbono não evolui espontaneamente para hidrocarbonetos a pressões abaixo dos 30 Kbar, mesmo no ambiente mais favorável. O sistema Hidrogénio-Carbono evolui para hidrocarbonetos a pressões encontradas no manto da Terra e a temperaturas consistentes com esse ambiente.

O Dr. Kenney é citado por ter afirmado que "físicos competentes, químicos, engenheiros e homens conhecedores da termodinâmica sabem já desde o último quartel do século XIX que o petróleo não evolui de materiais biológicos."

Profundamente entranhada na nossa cultura está a crença de que nalgum ponto no futuro relativamente próximo veremos a última bomba a trabalhar no último poço de petróleo em funcionamento a chiar, e que não haverá nada a fazer. O fim da Idade do Petróleo. E a não ser que descubramos outra fonte de energia barata, o mundo tornar-se-á rapidamente um sítio muito mais tenebroso e mais perigoso.

Se o Dr. Gold e o Dr. Kenney estão correctos, este cenário de "fim do mundo tal como o conhecemos" simplesmente não acontecerá. Pensem nisso... enquanto reservas profundas de crude petrolífero inorgânico, não inesgotável e de extracção comercialmente praticável abastecerão o mundo com combustível barato. O Dr. Gold afirmou que as actuais reservas mundiais de crude petrolífero poderão multiplicar-se por 100.


O embuste do «Pico Petrolífero», sugerindo grande escassez e finitude a médio prazo do ouro negro, confere ao monopólio do petróleo, além de lucros astronómicos, o controlo energético do planeta. Para manter este monopólio e a alegada carência petrolífera têm-se declarado inúmeras guerras. Só neste século XXI já podem ser contabilizadas as guerras do Afeganistão, Iraque (mais de um milhão de mortos), Líbano, Palestina, Darfur, Geórgia...