Texto de Miguel Sousa Tavares - Jornal Expresso - 10 de Março de 2007
Cenas do capitalismo português
O que pensará um empresário quando fica a saber que alguns dos que trabalham para si só o fazem porque não têm alternativa de subsistência?
(...) o que Manuel Pinho disse [a propósito da vantagem competitiva da economia portuguesa que lhe adviria dos baixos salários que por cá se praticam], reflecte exactamente o que continua a ser o pensamento dominante em largas camadas do nosso patronato e até dos nossos economistas. Por mais ‘modernização’ invocada, por mais ‘choques tecnológicos’ apregoados, por mais verbas públicas gastas em ‘qualificação’ e formação profissional, há coisas que nunca mudam, como essa fé de tantos empresários de que quanto pior pagarem aos seus trabalhadores, mais próspera será a firma. Uma excelente reportagem da autoria de Raquel Moleiro, saída a semana passada na revista do Expresso veio lembrar exemplarmente esta triste realidade: esse Portugal empresarial ‘profundo’, assente nos baixos salários, na desumanização do trabalho e nos métodos de gestão mais primitivos continua aí, sólido e imutável, mesmo onde se esperaria que fosse sucedendo o contrário.
(...) A segunda [que é controladora de rolhas de cortiça na Corticeira Amorim], depois de mais de vinte anos a trabalhar para a empresa, tem um salário de 527 euros, mais subsídio de refeição, (...) trabalha em pé oito horas por dia, com uma hora de intervalo para almoço, com a função de escolher, entre 100.000 rolhas que lhe passam à frente todos os dias, quais as que têm defeito. É um trabalho digno das sequências célebres dos ‘Tempos Modernos’ de Charlie Chaplin e uma fonte constante de doenças profissionais de toda a ordem. Mesmo assim, foi preciso uma greve para que as escolhedoras de rolhas da Corticeira Amorim conquistassem o direito a ter um intervalo de quinze minutos de manhã e outro à tarde.
Resta acrescentar que a Corticeira Amorim não é uma empresa qualquer no panorama nacional. Domina largamente o negócio da transformação da cortiça, estabelecendo de facto os preços à produção. Pertence a um grupo que está presente em vários sectores da vida económica do país e além-fronteiras e no passado recebeu abundantes verbas do Fundo Social Europeu justamente para qualificar trabalhadores. É propriedade de Américo Amorim, tido como o segundo homem mais rico de Portugal, feito comendador de Mérito Industrial por um ou mais do que um Presidente da República. Volta e meia a imprensa transpira notícias sobre os milhões que ele ou o grupo ganharam em negócios bolsistas sem qualquer riqueza acrescentada - apenas porque o dinheiro faz dinheiro, como explicou Marx. Ou então, publicam-se outras notícias, nem sempre abonatórias, sobre a prosperidade dos seus negócios em Angola, em parceria com a inevitável filha do Presidente José Eduardo dos Santos e seguramente não em benefício da legião de miseráveis que morre de fome ou de doença em Angola, no meio da ostentação de outros.
Não sei se o comendador Américo Amorim terá lido esta reportagem e, em caso afirmativo, como terá sido a sua reacção: terá encolhido os ombros com indiferença, terá ficado incomodado, terá ficado a meditar no assunto, terá concluído que os da Xerox não sabem gerir uma empresa? O que pensará um empresário quando fica a saber que alguns dos que trabalham para si só o fazem porque não têm alternativa de subsistência?
Comentário:
Inicialmente o «comendador» Américo Amorim deve ter ficado eufórico. Mas ao lembrar-se de que vivemos numa sociedade cada vez mais globalizada e competitiva, terá lamentado amargamente o salário de 527 euros, mais subsídio de refeição, que é obrigado a desembolsar mensalmente por uma trabalhadora portuguesa, quando podia fazer a festa por 27 euros por mês e um descafeinado com uma trabalhadora asiática.
Cenas do capitalismo português
O que pensará um empresário quando fica a saber que alguns dos que trabalham para si só o fazem porque não têm alternativa de subsistência?
(...) o que Manuel Pinho disse [a propósito da vantagem competitiva da economia portuguesa que lhe adviria dos baixos salários que por cá se praticam], reflecte exactamente o que continua a ser o pensamento dominante em largas camadas do nosso patronato e até dos nossos economistas. Por mais ‘modernização’ invocada, por mais ‘choques tecnológicos’ apregoados, por mais verbas públicas gastas em ‘qualificação’ e formação profissional, há coisas que nunca mudam, como essa fé de tantos empresários de que quanto pior pagarem aos seus trabalhadores, mais próspera será a firma. Uma excelente reportagem da autoria de Raquel Moleiro, saída a semana passada na revista do Expresso veio lembrar exemplarmente esta triste realidade: esse Portugal empresarial ‘profundo’, assente nos baixos salários, na desumanização do trabalho e nos métodos de gestão mais primitivos continua aí, sólido e imutável, mesmo onde se esperaria que fosse sucedendo o contrário.
(...) A segunda [que é controladora de rolhas de cortiça na Corticeira Amorim], depois de mais de vinte anos a trabalhar para a empresa, tem um salário de 527 euros, mais subsídio de refeição, (...) trabalha em pé oito horas por dia, com uma hora de intervalo para almoço, com a função de escolher, entre 100.000 rolhas que lhe passam à frente todos os dias, quais as que têm defeito. É um trabalho digno das sequências célebres dos ‘Tempos Modernos’ de Charlie Chaplin e uma fonte constante de doenças profissionais de toda a ordem. Mesmo assim, foi preciso uma greve para que as escolhedoras de rolhas da Corticeira Amorim conquistassem o direito a ter um intervalo de quinze minutos de manhã e outro à tarde.
Resta acrescentar que a Corticeira Amorim não é uma empresa qualquer no panorama nacional. Domina largamente o negócio da transformação da cortiça, estabelecendo de facto os preços à produção. Pertence a um grupo que está presente em vários sectores da vida económica do país e além-fronteiras e no passado recebeu abundantes verbas do Fundo Social Europeu justamente para qualificar trabalhadores. É propriedade de Américo Amorim, tido como o segundo homem mais rico de Portugal, feito comendador de Mérito Industrial por um ou mais do que um Presidente da República. Volta e meia a imprensa transpira notícias sobre os milhões que ele ou o grupo ganharam em negócios bolsistas sem qualquer riqueza acrescentada - apenas porque o dinheiro faz dinheiro, como explicou Marx. Ou então, publicam-se outras notícias, nem sempre abonatórias, sobre a prosperidade dos seus negócios em Angola, em parceria com a inevitável filha do Presidente José Eduardo dos Santos e seguramente não em benefício da legião de miseráveis que morre de fome ou de doença em Angola, no meio da ostentação de outros.
Não sei se o comendador Américo Amorim terá lido esta reportagem e, em caso afirmativo, como terá sido a sua reacção: terá encolhido os ombros com indiferença, terá ficado incomodado, terá ficado a meditar no assunto, terá concluído que os da Xerox não sabem gerir uma empresa? O que pensará um empresário quando fica a saber que alguns dos que trabalham para si só o fazem porque não têm alternativa de subsistência?
Comentário:
Inicialmente o «comendador» Américo Amorim deve ter ficado eufórico. Mas ao lembrar-se de que vivemos numa sociedade cada vez mais globalizada e competitiva, terá lamentado amargamente o salário de 527 euros, mais subsídio de refeição, que é obrigado a desembolsar mensalmente por uma trabalhadora portuguesa, quando podia fazer a festa por 27 euros por mês e um descafeinado com uma trabalhadora asiática.
21 comentários:
Este blogue é uma das minhas grandes fontes de inspiração, porque nele encontro a perfeita caricatura do discurso estereotipado daquilo a que Plínio Apoleyo e outros, na sua obra emblemática, identificam como o “perfeito idiota” (PI).
Neste post, o autor debita o ferrugento estribilho da “exploração do homem pelo homem” e dos “vorazes capitalistas cada vez mais ricos à custa dos pobres cada vez mais pobres”.
Tantas vezes o PI repete estas bacoradas cheias de remela, que acaba por acreditar nelas.
O PI usa as palavras “capitalismo” e “neoliberalismo”, como anátema, associando-as a tudo o que de desagradável acontece no mundo, demonizando-as pela fúria da reiteração.
Todavia, quem acredita que “capitalismo” é aquilo que lá vem descrito, anda claramente com o cérebro atafulhado de tralha ideológica antediluviana, interpreta tudo ao contrário e não merece totalmente a cauda de que os seus antepassados injustamente o deserdaram.
Não é “capitalismo” o que vigora em Portugal, país com uma anacrónica constituição socialista, mas sim um sistema patrimonialista, no qual uma classe política burocratizada e as suas clientelas e aliados (empresários protegidos e elites sindicais controladas por partidos e barricadas nas empresas do estado e na função pública) administram o país como se fosse património seu.
Isso não é capitalismo. E também não é capitalismo a mera “auri sacra fames” de todos os tempos.
Sempre se procuraram mais valias desde que emergiram as sociedades urbanas, na Suméria.
Mas chamar a isso “capitalismo”, mostra-nos a dimensão cósmica da ignorância do PI, ao qual não podemos deixar de recomendar umas leituras de Max Weber.
De resto, toda a história dos últimos 2 séculos desmente a verborreia do PI e demonstra que os países onde o capitalismo triunfou são justamente aqueles onde há mais riqueza, menos pobreza, mais direitos, liberdade, níveis de bem-estar inéditos na história do homem e…. democracia.
Não é por acaso que Marx e Trotsky consideravam a “democracia burguesa” o regime típico do capitalismo.
Este não é uma promessa teológica nem promete o céu, como o “socialismo”, mas é a maior obra colectiva da humanidade, com os defeitos e virtudes de todas as obras humanas.
A China, depois da miséria maoísta, decidiu dar uma oportunidade ao mercado em algumas zonas, não introduzindo o capitalismo, como erradamente se diz, mas sim um sistema patrimonial ainda mais controlado que o nosso,
Até isso bastou para fazer a diferença:
-No lado onde o mercado teve uma oportunidade, luzes, som, conforto, Rolls Royce, saúde, dinheiro, abundância, mulheres bonitas, perfumadas e bem vestidas, enfim, qualidade de vida.
-No lado socialista, o cardápio habitual: casebres, sujidade, promiscuidade, desordem, ruínas, lama, purulência, supurações, fome, vida de cão, bicicleta, pequena esperança de vida, trabalho quase escravo, mulheres desdentadas e prematuramente envelhecidas, que só tomam banho de dois em dois anos, em resumo, uma porra.
Enfim, o PI é irrecuperável. As suas utopias são blindadas, e resistem até à evidência.
É por isso que repete hoje as mesmas bacoradas de há 50 anos, como se desconhecesse os cataclismos que se abateram sobre os modelos que continua a recomendar.
Brilhante texto de Miguel Sousa Tavares, indiscutivelmente um dos melhores e mais coerentes comentadores da cena política nacional.
.
http://toxicidades.blogspot.com
Lidador,
Em qual das Chinas é que você situa o sujeito que ganha 30 cêntimos à hora, trabalha 14 horas por dia, oito dias por semana? Na China das luzes, som, conforto, Rolls Royce, saúde, dinheiro, abundância, mulheres bonitas, ou na China dos casebres, sujidade, promiscuidade, desordem, ruínas, lama, purulência, supurações, fome, vida de cão?
Responda lá IMQP: «idiota mais que perfeito».
Caro diogo, a verdade é que o pib per capita chines subiu em flecha, 400 milhoes de chineses sairam da pobreza e cidades com chongqing xangai shenzhen caminham a largos passos para niveis de riqueza identicos ao sul da europa. Olhe que não estou a tecer o panegirico ao regime chines, estou lhe a demonstrar que um leve briza de liberdades economicas estão por detras do milagre chines.
Detector de mentiras aplicado às n/ ilustres visitas aventesmas reaccionárias:
- a Constituição portuguesa, depois de quase uma dúzia de revisões, que aliás nunca foi socialista, mas sim "socialista" - continua a ser socilaista, eheheheheh
- 3 ou 4 cidades chinesas (zonas especiais) servem de plataforma para as trocas comerciais com os paises estrangeiros. As empresas instaladas nessas bolsas são quase todas de capital estrangeiro, reembolsando os lucros para os EUA,UE e Japão, os três grandes pólos capitalistas que controlam toda a restante economia mundial). Isto será o suficiente para indicar grandes melhoras na doença capitalista?
- o PIB da China, com 1,3 biliões de pessoas é de 2,7 triliões de dólares; o PIB dos EUA com 300 milhões de yankees é de 13,2 triliões - isto é conseguido porque os gringos são alguma espécie de super-homens, o imperialismo não existe?, ou isto é assim porque eles exploram e vivem à conta do resto do mundo inteiro?
- Os neoliberais terão virado trotskistas? afinal a conversa do "socialismo utópico" que nunca foi conseguido em lugar nenhum, parece poder aplicar-se agora ao capitalismo: falhou porque não se conseguiu aplicar em toda a sua plenitude?
- o Capitalismo é um falhanço que cria cada vez mais miséria porque é um sistema que precisa sempre de crescer exponencialmente, até acabar por se engolir a si próprio. Afogado em dinheiro e sem Mercado. Se nos reportarmos ao Hawking, é um sistema entrópico que acaba num buraco negro - quando se virar do avesso (e já faltou mais, veja-se a América Latina) vai resultar noutra coisa qualquer.
- Na minha opinião, a regulamentação é inevitável - até pela finitude ecológica (Roentgen)
É imprescindivel para defesa dos terráqueos que exista uma fórmula que lhes proteja a vida - os chamados "direitos humanos" (que no Ocidente são uma treta aplicada exclusivamente à retórica) e que passem a incluir e a garantir o direito à Saúde, á Educação, à Habitação. Em Cuba o Estado garante as duas primeiras gratuitamente, e a terceira a preços irrisórios.
Em tudo o mais o Mercado funciona livremente.
ps - by the way: quem tem grandes negócios em Cuba, faz já 20 anos é o Américo Amorim - esse facto funciona para lembrar que tudo o que se diz do moderado regime cubano não passa de um embuste, dos mais grosseiros. Mas, enfim, se os arautos do capitalismo pudessem capitalizar a estupidez tinham cada vez mais clientes,
Como podemos criticar um empresário que ao fim e ao cabo, não faz nem mais nem menos, do que o ministro anunciou na China.
Isto não é ser empresário, é ser um mafioso do trabalho. Esta gente não vai com palavras, riem-se de nós dizendo "os cães ladram e caravana continua a esplorar". Os cães têm de deixar de ladrar...
Um abraço. Augusto
Mais um PI que andou por aí aos caídos. Mas este livrou-se de se tornar "uma das grandes fontes de inspiração" do grande pensador. Zarpou a tempo, temendo o confronto.
The discovery of general laws in the field of economics is made difficult by the circumstance that observed economic phenomena are often affected by many factors which are very hard to evaluate separately. In addition, the experience which has accumulated since the beginning of the so-called civilized period of human history has -- as is well known -- been largely influenced and limited by causes which are by no means exclusively economic in nature. For example, most of the major states of history owed their existence to conquest. The conquering peoples established themselves, legally and economically, as the privileged class of the conquered country. They seized for themselves a monopoly of the land ownership and appointed a priesthood from among their own ranks. The priests, in control of education, made the class division of society into a permanent institution and created a system of values by which the people were thenceforth, to a large extent unconsciously, guided in their social behavior.
But historic tradition is, so to speak, of yesterday; nowhere have we really overcome what Thorstein Veblen called "the predatory phase" of human development.
http://www.huppi.com/kangaroo/Einstein.htm
Por mais que os factos os neguem os estupores continuam de ak47 na mão e a insistir nos mesmos disparates de sempre. A Historia para eles é uma coisa de fascistas.
A china tem de facto um longo caminho a trilhar, em matéria de direitos humanos ainda está no começo, em miséria humana já conseguiu resgatar 400 milhões em 15 anos de reformas.
Mas de começo, a quem se deve a miséria abjecta que ali vigora? Recue revolucionariamente 50 anos e aponte o dedo ao regime nascente. Foi a sua família ideológica que pôs aquele país de pantanas. Não, não foi o capitalismo ou o neo-liberalismo, foi um ismo do seu agrado.
O capitalismo, falhanço?! o amigo não está num comício, escusa de dizer asneiras. O capitalismo está de boa saúde e recomenda-se
Cuba? Um regime moderado, não foi moderado quando limpou o sebo a 30000, eu repito 30000 dissidentes, até um comuna obstipado como Saramago já se mostrou desiludido com o regime. Aquilo é uma pocilga totalitária. Cuba é uma miséria da qual os seus habitantes tentam escapar, e alguns conseguiram, vivem nos E.U.A. e contam histórias do que se passa em Cuba... se calhar, fugiram para os E.U.A. porque se vivia melhor em Cuba.
“Em Cuba o Estado garante as duas primeiras gratuitamente, e a terceira a preços irrisórios.”
Todas essas falsidades são desmentidas pelos cubanos refugiados nos E.U.A.. É somente propaganda comunista.
PS Avise-nos quando for poder, para me pirar com as pratas para New York
"o capitalismo está de boa saúde e recomenda-se?"
vc não queria dizer o fascismO?
Em resposta à boutade que a Fox transmitiu onde disse que "Bush era mais popular na América Latina que Chávez", um comentador da cadeia de tv mais retrógada dos states, responde na caixa de comentários uma coisa como esta:
"Bush já se poderia considerar extremamente feliz se fosse mais popular na América do Norte do que Chávez"
e vc acha que está tudo muito bem?
ou é cegueta, ou é básico.
Quanto aos tantos mil mortos da revolução cubana: veja lá se evolui e se deixa de papar toda a merda que lhe põem na frente - essa manipulação partiu de um organismo estatal americano que paga a um grupo de exilados cubanos que vivem em Madrid, são colunistas no el Mundo, etc,
Uma cambada de aldrabões
Se goza a fazer a conta a mortos, procure p/e na Nicarágua entre a década de 60 e 1996: 50 mil e 200 mil "desaparecidos"
(Pergunte à CIA se foram para Nova Iorque)
O mundo estilhaçou-se em múltiplos "ismos": enquanto o Homem não deixar a defesa e o ataque dos "ismos" que, respectivamente, acredita e não acredita e elevar-se para o patamar da entre-ajuda e da partilha, o fim do mundo estará sempre à vista.
A salvação não vem de um deus qualquer fora de nós, nem tão pouco de uma qualquer filosofia ideológica, ou materialista: a salvação somos nos ao termos a capacidade e a coragem de agir de modo diferente dos exemplos que o mundo nos dá, de modo mais vivificante, sóbrio e criativo, esquecendo o modo operandis dos destrutivos "ismos" que, anteriormente, defendiamos e atacávamos!
A dificuldade está em libertármo-nos destes jogos de ataque e defesa, pois, temos sempre medo de perder algo; que mais não seja, o ego: é que tem sido sempre muito mais fácil discutir problemas e trocar acusações do que encontrar soluções para a grande questão que é a metodologia civilizacional que possa servir de alternativa à que vivemos, sem que para isso tenhamos de destruir, completamente, a civilização que hoje construimos.
[Em Cuba o Estado garante as duas primeiras gratuitamente, e a terceira a preços irrisórios.]
Segundo o PI, Cuba é um paraíso terrestre, onde um deus de longas barbas e problemas na tripa, garante por decreto a felicidade e a harmonia.
É verdade que na terra da fraternidade, em que o poder é de tal modo fraterno que se transmite entre irmãos, há muitos casos de sucesso.
Por exemplo, o combate à obesidade é um verdadeiro "case study", porque uma visionária medida comunista limita a 1800 calorias o conteúdo das senhas de racionamento. Que aliás são uma fartura pantagruélica se compararmos com as 1500 que o camarada Mao achava suficientes para os chineses.
Verdade se diga que há 5 anos ainda era menos o que, segundo a língua viperina da OMS, terá provocado várias epidemias de doenças mentais e fetos defeituosos, por avitaminose.
Propaganda do "Império", claro, e enquanto a OMS despachava à pressa milhares de inúteis pastilhas multivitamínicas, o camarada Fidel punha o dedo na ferida e garantia que a epidemia se devia à "guerra biológica movida pela CIA".
A frugalidade imposta ao bom povo cubano tem várias vantagens e uma delas está à vista na própria senha de racionamento: não consta o item “papel higiénico” o que, na verdade, tem inteira lógica, face ao intermitente funcionamento da tripa do cubano médio.
O camarada Fidel também sofre de graves e muito publicitados problemas de tripa, mas estes são talvez devidos ao excesso de trabalho da mesma, porque a senha de racionamento do camarada Fidel é algo mais generosa. Igualdade e tal, tudo bem, mas sem exageros.
Se bem que não convém falar muito alto de "desigualdades", porque se trata, nada mais nada menos, de um sigiloso "segredo de estado" que, em mãos reaccionárias, pode fazer descarrilar a “Revolução”.
É exactamente por isso que os Comités de Defesa da Revolução, que existem em cada bairro, trabalham afanosamente para manter permanentemente actualizado o registo das actividades dos moradores.
Nunca se sabe se um deles não se irá transformar, numa noite de lua cheia, em perigoso reaccionário a soldo do imperialismo americano, desatando a fazer desonestas comparações entre o nível de vida do paraíso terrestre e o dos infernos “capitalistas, bushistas e neoliberais”.
E questionar-se sobre a razão de o PIB cubano, um dos mais altos da América Latina nos anos 40, ser hoje inferior ao da minúscula Trinidad-Tobago.
Outros prodigiosos sucessos do paraíso castrista, garante-nos o PI,são a medicina e a educação.
O facto de a estratosférica medicina cubana não ter ganho até agora um único Nobel, só prova a influência da CIA.
A nível de cuidados de saúde, Cuba está num fantástico 5º lugar no bairro latino-americano. É certo que que está um pedação atrás do Chile, o que é chato porque o Pinochet só mandou matar 3 000 oposicionistas, enquanto o tio Fidel já conta com mais de 30 000 risquinhos na sua bengala. Mas eram todos "reaccionários".
Aliás, apesar das continuadas fugas, o paraíso está cheio de "reaccionários" incapazes de apreciar o privilégio das 1800 calorias e que pretendem, veja-se o desaforo, viajar para o inferno “capitalista, bushista e neoliberal”.
Pobres e mal agradecidos. Por essas e por outras é que o Tio Fidel de vez em quando, nos intervalos da “reeducação revolucionária”, manda despejar ferro em cima destes demónios, acrescentando mais uns risquinhos na bengala.
Claro que a culpa é do famoso “bloqueio” americano que, talvez porque não existe (por vezes os fiéis entusiasmam-se e confundem “bloqueio” com “embargo” económico, o que corresponde mais ou menos a confundir sabonetes com carrinhos de linhas), permite que Cuba faça comércio com mais de 100 países e tenha acesso a financiamentos preferenciais da UE.
A mais próspera indústria do paraíso terrestre, é a que se baseia na "iniciativa jinetera”, um inovador conceito que recupera em novos moldes uma tradição velha como o mundo, de facto, a mais velha profissão do mundo.
É sempre de louvar esta saudável ligação às raízes mais profundas e autênticas da natureza humana.
O paraíso terrestre está no bom caminho. É a terra da utopia...mas só para os que não vivem lá.
Enfim, o ideal da Revolução Francesa cumpre-se em....Cuba, evidentemente. Em Cuba todos são iguais e há até uns mais iguais que outros. Por exemplo, o povo é todo igualmente miserável, f... e mal pago. É por isso absolutamente igual ao camarada Fidel que consta da lista dos mais ricos do mundo.
Há portanto muito mais igualdade que nos países do “pesadelo capitalista”, onde existe uma enorme disparidade de salários e condições: um professor ganha X euros, um actor ganha Y, um tipógrafo, ganha Z , enfim uma bagunça.
Em Cuba não é assim. Toda a malta ganha pouco porque o dinheiro não dá felicidade, como é sabido, havendo por isso um justíssimo nivelamento social.
A dinastia “castrense” também está muito nivelada entre si, abotoando-se com milhões de dólares.
Viva a IGUALDADE!
Os cubanos são também livres como pardais. Podem manifestar-se à vontade a favor da "revolução" e contra a América e o "bloqueio".
São também livres de fugirem de Cuba desde que não sejam apanhados e mesmo aí são livres de berrar à vontade perante os pelotões de fuzilamento.
Viva a LIBERDADE!
Quanto à Fraternidade, nem se fala. Os cubanos são todos irmãos e há até irmãos mais irmãos que outros. A fraternidade é levada tão a sério que quando o El Comandante teve de ser submetido a uma intervenção na tripa (provavelmente tem-na muito chegada à garganta ....o que explica as diarreias verbais com que sói atormentar os seus súbditos fraternos) entregou o poder a quem? A um irmão! Ora sendo a “fraternidade” definida, entre outras coisas, como parentesco e solidariedade entre irmãos, pode lá haver maior FRATERNIDADE do que a fraternidade cubana?
Em Cuba cumpre-se o sonho do homem novo: Igualdade, liberdade e muita FRATERNIDADE.
Lidador:
o Fidel consta da lista da Forbes como "um dos homens mais ricos do mundo" porque os filhos da puta de quem Vc é simpatizante (senão parte da casta) fazem as contas aos activos das empresas públicas cubanas como se estas fossem propriedade privada do presidente de Cuba.
Quanto ao resto da mixórdia que vc despeja aqui, são meros excrementos verbais, sem qualquer fundamentação, que não merecem resposta.
Xatoo, meu filho, a informação é vital para que consiga libertar-se de vez das cataratas da propaganda e deixar de espumar pela boca e deitar fumo pelas orelhas.
Tudo o que eu aqui disse é verdade, tão verdade como o movimento de rotação da Terra, e não lhe adianta fechar os olhos, para não cair na realidade.
Quer mais informações verdadeiras?
Como é possível que o país da monocultura do açúcar chegue ao ponto de importar....açúcar?
A que se devem os 2 MILHÕES DE EXILADOS CUBANOS, muitos dos quais preferiram enfrentar os tubarões das águas do Caribe, do que seguir os preceitos da vanguarda revolucionária?
Como explica a ligação entre o totalitarismo castrista e o Cartel de Medelin?
Sabia que em 1935, o rendimento per capita cubano era igual ao da Itália?
Sabia que em 1950, Cuba estava em 22º lugar em desenvolvimento, entre 122 países? E agora?
Sabia que mais do que as palermices folcóricas da "Sierra Maestra", foram os EUA que ajudaram a derrubar Fulgêncio Batista, decretando um embargo de armas, muitos meses antes da sua queda?
Já foi a Havana?
Sabe o qestra
POr exemploaí vai mais informação
Sabe o que é uma diplotienda? Uma daquelas lojas onde só aceitam dólares? POis é...cubano médio não entra, o deus dólar impera ali na terra da fraternidade.
Sabia que a URSS enviou para Cuba, mais de 100 biliões de euros? Sabia que essa quantia é 4 vezes maior do que o Plano Marshall?
Cadê o dinheiro?
Cadê o progresso?
Sabia que há escolas sem livros, sem lápis, sem papéis, professores a ganhar ´menos de 2 dólares por mês, edificios a cair , etc?
Sabia que em muitos hospitais não há anestesia, não há linhas para suturar, por vezes nem aspirina ou detergente para lavar os lençóis?
Cuba tem muitos médicos, é verdade, o dobro (per capita) do que a Dinamarca,num esforço inútil do governo comunista a trabalhar para a imagem. Chama-se a isso um esforço "faraónico", é como aquele país africano qye mandou construir em Yamussucro, ali na selva, uma basílica maior do que a de S. Pedro, em Roma.
Onde é que andam esses médicos?
A fazer pela vida, espalhados pelo mundo fora.
Aqui o seu amigo viu in-loco os seus "skills" em Angola, tratando ferimentos recuperáveis nos membros inferiores, com a técnica do serrote.
Gajos como você são uns tontos.
A raiva do Lidador vem de Angola: ele 'e um ex-combatente. Traumatizado!
Muita amargura e frustracao no peito despejada em cima dos outros.
Um velho azedo.
Talvez solitario por ja ninguem o aturar!
Deve dizer frases do tipo "tanto aperto a mao a um branco quanto o pescoco a um preto!"
Um queimado da guerra ultramarina.
Esta explicada a demencia do Lidador!
Maciluu. meu filho, essa cronologia históricas anda pelas ruas da amargura.
Os cubanos só chegaram a Angola por volta de3 1975.
E eu vi-os a trabalhar em 1990.
Ah, tb os encontrei em Moçambique em 2001..um deles até me tratou de uma inflamação no tendão de Aquiles.
Bom rapaz...e decidido a nunca mais pôr os pés na terra da fraterniadde...
pois claro, Lidador... esqueci-me que tens somente 46 aninhos.
Macillum
A propósito, macilu, camarada, então quando é que concretiza as suas terríveis ameaças?
É que ainda estou debaixo da cama, ocupado a limpar o cano da pistola...
Vamos lá, camarada, despache-se e deixe-se de conversa...
Passou a olhar por cima do ombro, hein?
Macillum
Não, meu filho, passei a olhar para baixo, para o pisar,se o vir.
Ah, a propósito, aqui este seu amigo aprendeu umas coisas com saudoso Mestre Ferraz e com o velho Koboyashi...e não se saíu nada mal.
Tem a certeza que a sua carapaça de quitina resiste ao meu polegar??
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