Dois anos da "nova política"
São José Almeida - Jornal Público - 17 de Março de 2007
(...) Ao tomar posse em condições de poder inéditas à esquerda, José Sócrates inicia a concretização de um programa político de influência ideológica neoliberal que tem como objectivo desestruturar o papel social do Estado tal como foi construído no pós-guerra (em Portugal, após o 25 de Abril), não só na vertente de garante de direitos democráticos, mas também na da redistribuição de riqueza, numa pressão inédita, numa luta de classes invertida, por forma a retirar poder de compra e qualidade de vida a quem trabalha, a favor do mercado, do capital e da classe dominante que o representa, as elites de gestores e empresários. O resultado tem sido o dumping social dos últimos dois anos.
Esta "contra-revolução neoliberal", como a designou Milton Friedman, que leva à precarização das relações de trabalho, à desregularização social, à informalização da política, está em marcha desde os anos 70 e domina, entretanto, os critérios de orientação da União Europeia. Chega agora a Portugal e é concretizada com um conjunto de medidas políticas, que têm como fio condutor comum a tentativa de desprestígio do papel do Estado e de criação de um novo modelo social em que os ricos são cada vez mais ricos e os pobres aumentam, em relação aos níveis de vida de há algumas décadas. Isto porque, apesar do bolo da riqueza aumentar, as fatias de uns aumentaram de tal forma que as que sobram para os outros são forçosamente mais pequenas.
Passando ao concreto, esta orientação está patente na reforma da função pública, mas também no agravamento geral das condições e do poder de compra da população que, aliás, não têm deixado de engrossar, de manifestação para manifestação, a corrente dos protestos sociais. É, aliás, a percepção dos índices de descontentamento, a noção do risco da "revolta" social, do "motim" - um risco que a história ensina -, que podem ser originados pela radicalidade das mudanças sociais, que estão também na origem do novo espírito securitário, que de repente assolou as políticas de administração interna. Políticas que denotam uma preocupação de controlo de informação (cartão único) e de centralidade policial de admoestação e domesticação da sociedade (desejo do "cidadão transparente"), que podem pôr em causa os fundamentos da liberdade individual, como ela é entendida nas sociedades democráticas, e que não é explicável apenas pelo risco do terrorismo.
A "nova política" está a ser levada a cabo por um partido socialista, membro da Internacional Socialista, que é herdeiro do património da social-democracia, mas que não hesita em medidas que põem em causa a dimensão humana do modelo social europeu e o seu objectivo de preocupação com o bem-estar e a dignidade das pessoas. A começar pela Saúde, onde as reformas em curso não são uma mera optimização, mas que tem como pressuposto - quer o fecho de serviços de urgência, quer de maternidades - não o princípio do interesse do cidadão, mas o da comercialização e da orientação da saúde por critérios economicistas: os que podem tratam-se no privado, os que não podem morrem. (...)
Quem serves tu, Sócrates?
São José Almeida - Jornal Público - 17 de Março de 2007
(...) Ao tomar posse em condições de poder inéditas à esquerda, José Sócrates inicia a concretização de um programa político de influência ideológica neoliberal que tem como objectivo desestruturar o papel social do Estado tal como foi construído no pós-guerra (em Portugal, após o 25 de Abril), não só na vertente de garante de direitos democráticos, mas também na da redistribuição de riqueza, numa pressão inédita, numa luta de classes invertida, por forma a retirar poder de compra e qualidade de vida a quem trabalha, a favor do mercado, do capital e da classe dominante que o representa, as elites de gestores e empresários. O resultado tem sido o dumping social dos últimos dois anos.
Esta "contra-revolução neoliberal", como a designou Milton Friedman, que leva à precarização das relações de trabalho, à desregularização social, à informalização da política, está em marcha desde os anos 70 e domina, entretanto, os critérios de orientação da União Europeia. Chega agora a Portugal e é concretizada com um conjunto de medidas políticas, que têm como fio condutor comum a tentativa de desprestígio do papel do Estado e de criação de um novo modelo social em que os ricos são cada vez mais ricos e os pobres aumentam, em relação aos níveis de vida de há algumas décadas. Isto porque, apesar do bolo da riqueza aumentar, as fatias de uns aumentaram de tal forma que as que sobram para os outros são forçosamente mais pequenas.
Passando ao concreto, esta orientação está patente na reforma da função pública, mas também no agravamento geral das condições e do poder de compra da população que, aliás, não têm deixado de engrossar, de manifestação para manifestação, a corrente dos protestos sociais. É, aliás, a percepção dos índices de descontentamento, a noção do risco da "revolta" social, do "motim" - um risco que a história ensina -, que podem ser originados pela radicalidade das mudanças sociais, que estão também na origem do novo espírito securitário, que de repente assolou as políticas de administração interna. Políticas que denotam uma preocupação de controlo de informação (cartão único) e de centralidade policial de admoestação e domesticação da sociedade (desejo do "cidadão transparente"), que podem pôr em causa os fundamentos da liberdade individual, como ela é entendida nas sociedades democráticas, e que não é explicável apenas pelo risco do terrorismo.
A "nova política" está a ser levada a cabo por um partido socialista, membro da Internacional Socialista, que é herdeiro do património da social-democracia, mas que não hesita em medidas que põem em causa a dimensão humana do modelo social europeu e o seu objectivo de preocupação com o bem-estar e a dignidade das pessoas. A começar pela Saúde, onde as reformas em curso não são uma mera optimização, mas que tem como pressuposto - quer o fecho de serviços de urgência, quer de maternidades - não o princípio do interesse do cidadão, mas o da comercialização e da orientação da saúde por critérios economicistas: os que podem tratam-se no privado, os que não podem morrem. (...)
Quem serves tu, Sócrates?
21 comentários:
Tiro ao lado.
O que se passa em Portugal não é a "contra-revolução neoliberal"do Milton Friedman, mas sim, a última fase do "Caminho para a servidão" do Hayek.
A seguir:
Lidador vem e diz: "O Diogo está errado e vê tudo mal. Mas eu explico como é que é, pois eu é que sei!"
Caro fragil, oxala fosse isso.... nos EUA não se vive nada mal...há até milhões de pessoas que para lá querem emigrar e até você consome os seus produtos...por exemplo, este blog é feito com tecnologia do Google, isto para não falar do software que usa, dos medicamentos que consome, do Polartec que leva para a neve, do Gore Tex que usa para se proteger da chuva, etc.
Algumas dessas pessoas vêm...imagine..dos arredores paradisíacos de Guantanamo, onde a liberdade floresce em cada flor, a miséria não existe e a felicidade depende apenas do estado da tripa de um velho e caquético ditador.
Metem-se em balsas e vão por ali fora, temendo menos os tubarões do que a liberdade engarrafada do El Comandante.
Porque será?
Mas infelizmente o 1º comemtador tem razão.
E importa por isso redescobrir Hayek, em vez de ler as bostadas da São José, mais uma perfeita idiota da nossa praça, com acesso privilegiado ao trombone mediático.
Parabéns, caro Diogo, pelo post que retrata a realidade indesmentível do que resulta da política do Sócrates introduzida no país em dois anos que leva de Governo. É isso mesmo! Tudo bem explicado e é pena que o Sócrates não leia esta análise (embora, como acontece em todos os casos, ele de tão teimoso que é, não dá "troco" a ninguém).
Abraço!
"Políticas que denotam uma preocupação de controlo de informação (cartão único) e de centralidade policial de admoestação e domesticação da sociedade (desejo do "cidadão transparente"), que podem pôr em causa os fundamentos da liberdade individual(...)"
É exactamente sobre isso (as tecnologias de controle e o perigo em que se encontra a liberdade individual) que tenho vindo a debruçar a minha atenção nas postagens em meu blogue, uma vez que este é um dos extremos que a Nova Ordem Mundial quer atingir: controle absoluto sobre todo o cidadão.
O implante de microchips nas pessoas parece algo impossível de acontecer, ou muito longe de ser executado.
Nada mais errado: já está a acontecer há vários anos e é o próximo passo a seguir ao cartão único.
Eu sei disto há mais de 20 anos e agora que está a acontecer ainda parece difícil de acreditar de tão surrealista.
Mas não pensem que o governo vai obrigar as pessoas a implantarem-se com os microchips da VERICHIP: o que ele vai fazer é utilizar o microchip como único meio de identificação legal: tal e qual como agora, ninguém nos obriga a ter bilhete de identidade, mas se não o tivermos, não conseguimos ter uma conta no banco, carta de condução, trabalho... em resumo, ficamos à margem da sociedade oficial. Futuramente, quem não se deixar implantar de livre vontade, não terá acesso aos mecânismos e bens sociais, tais como alimentos no supermercado, gasolina, etc.
Com a mesma facilidade que as pessoas aderem ao cartão único, irão aderir ao implante do microchip!
No meu blogue referi que já existem acções nas escolas para familiarizar as futuras gerações produtivas com estas rotinas de controle tecnológico. Hollywood também já nos vem preparando há algum tempo para esse tipo de sociedades.
O mundo das tecnologias de controle será fácil, banal, até natural, tanto para os controladores (que tb serão controlados), como para os controlados (que também serão controladores), numa sociedade controlada absolutamente.
Inevitavelmente, presentemente, erguer-se-ão vozes dizendo que estamos loucos, que andamos com a mania das conspirações, etc., mesmo quando demostramos através de documentos, notícias, relatórios empresariais, que este tipo de sociedade está a ser erguido em Portugal (e no mundo). Porém, isso não muda o desenrolar dos acontecimentos e das transformações sociais a que estamos a assistir e a ser vítimas.
Aliás, só torna mais fácil a ascensão de tais metodologias civilizacionais por parte daqueles que se intitulam Senhores do Mundo.
Caramba, Diogo, o miguel bombarda transferiu-se para aqui
Diga-me, caro dlm:
no que é que se escandalizou em minhas palavras?
Tudo o que falei é facilmente comprovàvel através de documentos oficiais do governo português e de governos europeus;
ou através de notícias dos meios de comunicação social;
ou através de comunicados de imprensa lançados pelas empresas de segurança e tecnologias de controle que estão a assinar acordos e contratos com os estados português e de vários paises europeus.
Eu sei que a coisa assusta, é surrealista e que a nossa primeira reacção é negar prontamente as evidências.
Por isso, diga-me: o que é que o escandalizou, para que eu possa esclarecê-lo?
Porem, se não estiver para muitas conversas, pode sempre visitar o meu blogue, onde a credibilidade dos documentos ali apresentados não é minha, mas das entidades oficiais que os lançaram para fora.
E lembre-se: meter a cabeça debaixo da areia não vai fazer com que a realidade deixe de ser o que ela é.
Por outro lado, se procurar contradizer o que apresento somente pelo prazer de contradizer, sem sequer procurar investigar a veracidade de minhas aformações, então, aí, a questão é mais complicada, uma vez que se trata de simples infantilidade da sua pessoa.
Caro nicolaias, uma vez que se presta ao contraditório, aproveito a sua última afirmação:
[daqueles que se intitulam Senhores do Mundo]
Quem são eles?
Mostre aqui a prova de que há uns "aqueles" que se intitulam "Senhores do Mundo".
Note bem que você afirmou, não se limitou a opinar.
Se não provar isso de forma insofismável, então tudo o que escreveu não merece qualquer credibilidade e o DLM terá tido razão... e você não passa de um louco tipo New Age, que vê essénios, e templários, e alienígenas e illuminati, em cada canto.
É interessante verificar como 50 anos depois se volta a colocar uma das maiores preocupações de Orwell, o controle das sociedades pela “perverted science” e que expressou em forma de ficção no “Nineteen Eighty-Four”.
Aquando do lançamento do Echelon a comparação foi feita com o big brother, mas ficou por aí.
A maioria das pessoas fica satisfeita por atribuir a sátira aos estados totalitários que ele conhecia à época, nunca se interessando em relacionar a obra de ficção com as preocupações que Orwell revela nos outros escritos, diários, artigos, cartas, ensaios. E uma delas, central, é a do poder da tecnologia quando utilizada para controle dos cidadãos, o receio do totalitarismo exercido através da burocracia e do progresso tecnológico. Já não apenas a tirania nua e crua praticada por processos primários mas uma outra bastante mais sofisticada que emergiria em estados democráticos tecnologicamente desenvolvidos.
E afinal, o que o artigo do Público diz já estava há 50 anos também em Einstein, que faz a síntese dos receios de Orwell com o ponto de vista da autora do artigo.
A anarquia económica da sociedade capitalista tal como a que hoje existe é, em minha opinião, a verdadeira fonte do mal. […] O capital privado tende a concentrar-se em poucas mãos, em parte por causa da competição entre os capitalistas, em parte porque o desenvolvimento tecnológico e a crescente divisão do trabalho encoraja a formação de unidades de produção maiores, à custa das mais pequenas. O resultado disto é uma oligarquia de capitalistas privados cujo enorme poder não pode ser controlado eficazmente nem sequer por uma sociedade organizada democraticamente. E isto verifica-se porque os membros dos corpos legislativos são seleccionados pelos partidos políticos, largamente financiados ou influenciados pelo capital privado que, para todos os efeitos, separa o eleitorado das legislaturas. A consequência disto é que os representantes do povo não protegem de facto os interesses dos sectores menos privilegiados da população. Além disso, nas presentes condições, o capitalismo privado controla, inevitavelmente, a fontes principais de informação (imprensa, rádio, educação). É assim extremamente difícil e na maioria dos casos impossível, que o cidadão individual possa tirar conclusões objectivas e fazer um uso capaz dos seus direitos políticos.
Mais dois candidatos ao internamento no Miguel Bombarda.
Caro Lidador:
não lhe vou fazer essa vontade!
Não o esclarecerei em coisa alguma, uma vez que o senhor não procura a elucidação, nem a clarificação, mas somente o despique, a argumentação de praças e de esplanadas.
Perante a seridade que é o facto de estar a erguer-se aos olhos de quem não anda a dormir, uma ditadura em Portugal, o cavalheiro procura as migalhas que cabem aos carácteres de baixa consciência.
Perante outra postura esclarecia-o de forma sussinta sobre quem são os senhores do mundo, onde moram, onde e quando se reunem, quais as empresas que possuem, os mecanismos sociais que controlam. Perante a sua postura, somente utilizo este tempo para lhe escrever uma repreensão digna de ser aplicada aos jovens anarcas que povoam as recrutas do exército português.
Tanta inteligência que procura refletir, tanta informação que procura demonstrar ter, e faz uma pergunta dessas! Admira-me(?) que não saiba a resposta.
Se verdadeiramente tivesse amor por Portugal não agiria da forma que age, de forma baixa, grosseira, difundindo o separatismo entre a camada jovem que anda pelos blogues procurando expôr os mafiosos que estão a lançar o pais na lama.
Ganhe vergonha na cara, senhor, ganhe juízo: nós precisamos que o senhor se una aqueles que lutam pela liberdade!
Venha para o lado dos bons!
Venha, por favor e pare com isso!
Caro nicolaiais, apenas pedi que provasse uma afirmação porque você, em resposta ao DLM afirmou:
"Tudo o que falei é facilmente comprovàvel"
"Por outro lado, se procurar contradizer o que apresento somente pelo prazer de contradizer, sem sequer procurar investigar a veracidade de minhas aformações"
A sua 1ª frase é de uma abertura total. Como acreditei que estivesse a ser sincero e uma vez que disse que era fácil, pedi-lhe então que cumprisse a sua promessa.
Recusa-se a fazê-lo.
Provavelmente é mais fácil falar do que fazer...
A sua 2ª frase é paradoxal, porque você afirma uma coisa que não prova e remete para os outros o ónus de provar o inverso.
É a mais básica das falácias.
É como eu afirmar que a Lua não existe e deixar para si o ónus de provar que existe.
Peço-lhe mais racionalidade na discussão...ou então o DLM tem mesmo razão...
Caro Lidador,
vem, então, o senhor pedir racionalidade na discussão: logo o senhor, na sua atitude presumida!
Pelos vistos o cavalheiro não é assim tão entendedor dos maquinismos que movem este mundo como quer sempre dar a entender à juventude que por aqui anda, senão não estaria a pedir-me para provar algo tão evidente.
Mas aqui tem algumas pistas (eu não lhe dou o peixe: dou-lhe antes a cana e a linha e ensino-o a pescar): investigue os grupos de Bilderberg, de Roma, da Comissão Trilateral, dos G8 (que se vai transformar em G10, ou G11); veja quem foram os seus criadores e quem são as pessoas convidadas e faça uma relação entre estes e as pessoas mais ricas do planeta e os maiores accionistas das galáxias empresariais que são a NASDAC, a S&P500, NYSE, etc. (não se esqueça das galàxias japonesas e inglesas) e tire as suas conclusões.
Garanto-lhe: chegará a conclusões supreendentes!
Porque, sinceramente: no periodo histórico que estamos a viver em Portugal (e no mundo), o cavalheiro não deveria estar a preocupar-se com o que é virtualmente intocável.
Aterre, olhe ao seu redor e dislumbre a realidade social, económica e política em que está inserido, pois, estes de que falamos (estes senhores do mundo) lançam dessas imensas galáxias financeiras, pequenas empresas satélites para espalhar o veneno que contaminam as tradições, a história e que, verdadeiramente, matam a lembrança dos povos sobre quem eles são! - tudo isto com o intuito de aumentar o seu poder e escravizar os povos de um modo tão súbtil que, quando as pessoas se apercebem, já são escravas e nem deram conta do processo que as encaminhou até à escravidão!
Nesse processo, incutem novas metodologias comportamentais no seio da juventude através da música, dos filmes, dos desenhos animados, etc., a qual cresce e dá origem a um tipo de sociedade cada vez mais abstrata, onde o objectivo é controlar, tecnologicamente e absolutamente cada cidadão (é disso exemplo, as alineas adiccionadas pelo Ministério da Educação aos curriculuns escolares em Portugal, onde a Comissão Nacional da Protecção de Dados vai "esclarecer" os jovens sobre o que vai acontecer com a informação sobre eles recolhida: isto é pura lavagem cerebral, serenização das massas, habituação popular à nova realidade de controle tecnológico).
Não conseguimos chegar às galáxias financeiras (pelo menos por enquanto), nem tão pouco aos seus grandes accionistas (maior parte das vezes, familias centenárias e, acredite, ou não, até milenares, donas de bancos, empresas de segurança e de complexos de investigação militar); por isso temos de limtármo-nos a acompanhar estas empresas satélites que assinam acordos e contratos com os governos, a fim erguer aquilo a que se tem apelidado de Nova Ordem Mundial.
Mesmo quando queremos enfrentar estas pequenas empresas, o nosso capital, poder e liberdade de movimentos são minimos quando comparados com o capital, o poder e a liberdade de movimentos que estas têm através do apoio oriundo das galáxias que as sustêm e alimentam: humilde plebe que somos, só nos resta não calar, conhecer as leis o melhor que podemos e manifestarmo-nos o mais que conseguirmos para que os direitos fundamentais à liberdade não nos sejam retirados.
Por isso, se quiser saber quem eles são, basta seguir as pistas que lhe forneci: se eu lhe dissesse assim, gratuitamente, o cavalheiro, logo o cavalheiro, jamais me acreditaria.
Mas esqueça os Senhores do Mundo no sentido de querer lá chegar: saiba apenas que eles lá estão e que são praticamente intocáveis (mas não são intocáveis)!
Vocês dão muito tempo de antena ao agent-provocateur lidador, o gajo só pode ser duma CIA qualquer.
[Mas esqueça os Senhores do Mundo ]
Como?
Então o Nicoalais gasta carradas de saliva a falar deles, afirma mesmo que "daqueles que se intitulam Senhores do Mundo", e depois, além de não ser capaz de provar a veracidade desta tão simples e contundente afirmação, vem agora pedir-me que os esqueça?
Então mas você faz afirmações em catadupa, não as prova, insulta quem se limita a pedir-lhe uma provazinha que seja, e depois desata a assobiar para o ar, fazendo de conta que não disse aquilo que disse, e que é evidente, e patati patatá.
Evidente?
O que é uma coisa evidente?
Quem é que lhe diz que é evidente aquilo em que você acredita?
Está convencido que a sua pobre pessoa é o centro do mundo, o referencial a partir do qual tudo o resto é definido?
Ora bolas...
A sua infividualidade é uma em mais de 6 biliões...nesses 6 biliões há-de haver uns largos milhões que tanbém acham evidente aquilo em que acreditam.
E há paranóias para todos os gostos, desde os gajos que acham ser uma reencarnação de Napoleão, até aos que cheiram extraterrestres debaixo da cama.
Há tempos uma carrada deles suicidou-se quando da passagem do cometa Halle-Bop, porque tinham como evidente que era a única maneira de apanharem a nave espacial que vinha na sua esteira.
Por que razão você não apanhou a nave?
Dei-lhe tudo o que precisava enquanto o cavalheiro se frustre perante o que lhe compete, que é para isso que lhe pagam: desmotivar, desmoralizar, desincentivar e desacreditar os vivos!
Fernando Pessoa teve um bom nome para pessoas como o cavalheiro: "cadáver adiado que procria"
Caro nicolais, então o DLM tinha razão e você está mesmo a teclar do manicómio...porque nesse soneto, dedicado a D.Sebastião, Pessoa, começa justamente com:
"Louco, sim louco..."
Quod erat demonstrandum!
E o meu mais recente amigo prefere então em alternativa "a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?"
Não carece de demonstração.
Meu caro emepe, queira ou não queira, você é um cadáver adiado.
Como eu..como todos os seres humanos.
Uns procriam...outros nem isso.
E não é por muito berrar que vai deixar de o ser.
Assim sendo, coma, beba, durma, fornique, seja curioso, saiba, ou seja, faça aquilo que o sapiens faz desde que surgiu: maximize o prazer e minimize a dor!
A sua!
A felicidade é isso!
Carpe Diem!
Pois, o costume.
Faça-se esperto e esconda-se atrás dos estóicos. Mas esqueceu o "besta sadia" e aí os estóicos não o ajudam.
Precisaria de pedalar muito para responder ao Pessoa, se tivesse algum rasgo para isso.
Não carece de demonstração.
Caro Emepê, lamentemos que quem convida a apanhar a nave se vá ter de debater, de moto proprio, com esse tema. É a vida.
py
A forma mais fácil de ridicularizar a verdade é colocá-la em filmes e noutras formas de ficção.
Enquanto discutem a veracidade das coisas, elas vão acontecendo...
Reparem nas notícias mediáticas como o caso Casa Pia, o caso da criança desaparecida, as eleições de Lisboa e muitas outras...
Duram dias seguidos e as atenções estão concentradas nelas, enquanto o poder faz o que quer.
Há ainda muitos jornalistas, que nos seus comentários entre reportagens, desprezam/desvalorizam notícias sobre astronomia, ciência menos discutida e só isso retira muita da importância a qualquer tipo de assunto um pouco mais complexo para as massas.
Limitam-se a dar (naturalmente) importância a notícias sencionalistas como desporto, guerras políticas inúteis, tragédias pontuais e bombardear os espectadores com notícias pessimistas para deitar abaixo qualquer um (há outras maneiras de dar a mesma notícia).
Mantenham os olhos abertos
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