sexta-feira, maio 29, 2009

Jon Stewart – O Papa Bento XVI utilizou a palavra "mortos" e não "assassinados" ao referir-se às vítimas do Holocausto



Jon Stewart: Nunca se cansam de carregar o mundo às costas? Fechados na vossa cidade-estado soberano, sempre o mesmo, Sua Santidade isto, Sua Santidade aquilo... Devíamos pôr o Cálice de Viagem na mala, e fazer-nos à estrada.

Esta semana, Sua Santidade o Papa Bento XVI fez a sua primeira visita à Terra Santa, uma passeata de cinco dias com uma agenda modesta.

Jornalista: O que espera ele conseguir?

Um Padre: Paz no Médio Oriente. Paz entre cristãos e judeus, paz entre judeus e muçulmanos. Segundo, relações entre cristãos e judeus. Terceiro, entre cristãos e muçulmanos...

Jon Stewart: Ena, o que será que ele vai fazer no segundo encontro? Meu, ele só vai estar aí cinco dias. Vai com calma. A Kate Hudson demorou o dobro do tempo a perder um só tipo.

Que comece a cura. O Papa aterrou em Israel e foi acolhido de trompetes abertos. Israel presenteou Sua Santidade com um belo prato de iguarias, bem como um ramo de trigo geneticamente modificado, baptizado com o nome do Santo Padre, ao que ele respondeu: "Isto é muito agradável. Sabem que a minha casa é feita de ouro, certo? Mas pronto, fruta e trigo... obrigadinho. O meu decorador foi o Miguel Ângelo. Obrigado pelo trigo."

Houve outras paragens cerimoniais. O Papa depositou uma coroa de flores no Yad Vashem e reacendeu a chama eterna para relembrar o Holocausto. A viagem ao Yad Vashem foi complicada para este Papa. Recentemente, removeu a excomunhão de um bispo que nega o Holocausto. E, claro, na sua juventude fez parte de um grupo algo controverso chamado… Juventude Hitleriana. Estou certo que o fez para melhorar o currículo para a faculdade. Bento XVI tentou acalmar a ansiedade dos judeus devido ao Holocausto com o seu discurso:

Papa Bento XVI: Vim ficar em silêncio perante o monumento erigido para honrar os milhões de judeus mortos na terrível tragédia do Shoah.

Jon Stewart: Os milhões de judeus mortos no Shoah. Muito bem, até utilizou a palavra hebraica para Holocausto - Shoah, foi atencioso, estou certo de que os habitantes não podem arranjar uma razão de queixa.

Rabino: Ele não utilizou a palavra "assassinados", mas sim "mortos".

Jon Stewart: Então agora estão a acusar o santo Padre de ser anti-semântico? De qualquer modo, o Pontífice reuniu-se com clérigos muçulmanos, que também lhe deram um presente... Talvez o momento mais significativo para o Papa tenha sido a reunião com o líder palestiniano Mahmoud Abbas, onde afirmou ser a favor de um Estado palestiniano independente e, depois, ofereceu a sua solução para o conflito, que afecta esta região há dois mil anos.

Papa Bento XVI: Faço este apelo aos muito jovens que vivem hoje nos territórios palestinianos. Não permitam que a perda de vidas e a destruição que testemunharam faça nascer a amargura e o ressentimento nos vossos corações.

Jon Stewart: Acabou de dizer às pessoas para não guardarem rancor? Porque vocês são a Igreja católica. Pediram desculpa ao Galileu apenas há uns dez anos atrás. Eles perderam um país em 1948, ainda falta muito para lhes passar o rancor.

And goes on and on


Vídeo legendado em português:


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8 comentários:

alf disse...

Este conflito precisa de uma solução; o «perdão» não é uma solução.
O que o Papa pode fazer é tentar criar condições que permitam uma negociação. Uma grande dificuldade da negociação é que ambas as partes estão convencidas de que a outra não irá cumprir acordo nenhum. É preciso tirar o «ódio» e o «medo» da equação para chegar à negociação. O Papa faz o que lhe cabe para contribuir para resolver o problema. De pouco servirá, mas é a obrigação dele.

Aurora disse...

Ao que o alf disse faltou AMEN.

Mas também tem uma frase intrigante:
«Uma grande dificuldade da negociação é que ambas as partes estão convencidas de que a outra não irá cumprir acordo nenhum.»

Para bom entendedor esta frase chega.

Ana Camarra disse...

Diogo

Primeiro nunca existiram vontades de fact para resolver nada no Médio Oriemte, até porque dá jeito esta situação a muitos.
Segundo, não tenho grande respeito pela Instituição Igreja, até posso ter por alguns crentes, maius ainda recuso a aceitar o Papa como legitimo seja lá o que for, este ainda menos...

beijos

Diogo disse...

Alf, por favor, leia qualquer coisa na Internet sobre este assunto.


Aurora, quanto ao Alf, perdoe-lhe.


Ana, a Igreja e os que estão por trás do sionismo, são duas organizações que pretendem poder. Parece haver uma luta entre os dois. Mas não apostava um tostão nisso. Quem sofre sempre são os árabes e alguns israelitas. O mexilhão!

Diogo disse...

Caros visitantes, vejam o vídeo. Fartam-se de rir!

xatoo disse...

Não é assunto para risotas. Revisitando os primórdios do conflito:
El sionismo, el Estado de Israel y las grandes potencias
Los vencedores de la segunda Guerra Mundial, esencialmente Estados Unidos y la Unión Soviética, verán en la creación de un Estado judío en Oriente Próximo un medio para introducirse en la región. Así, el Estado judío aparece a la vez como una respuesta al genocidio y como una baza geopolítica.
Estados Unidos y la Unión Soviética serán los primeros en reconocer el Estado de Israel después de su proclamación, el 14 de mayo de 1948. Es preciso, sin embargo, tener en cuenta las reticencias del Departamento de Estado estadounidense, que teme que, bajo la influencia del sionismo considerado como un movimiento socialista, el nuevo Estado se incorpore al campo soviético (estamos al principio de la Guerra Fría). En cuanto a la Unión Soviética, suministrará armas al ejército israelí vía Checoslovaquia, garantizándole así la victoria sobre los ejércitos árabes. Pero la opción de Occidente realizada por Israel y razones geopolíticas llevarán a la URSS a buscar la alianza de los países árabes.
En cuanto a la ONU, que en esa época representa esencialmente a las grandes potencias, no puede ni quiere comprender que el plan de división consagra una injusticia contra los palestinos, y el Estado de Israel ingresará en la ONU bajo la promesa, no mantenida, de permitir el regreso de los palestinos expulsados
www.tlaxcala.es/pp.asp?reference=7725&lg=es.

de passagem disse...

....acho que nos vamos entretendo todos com o desfile, para ninguém discutir a sério o assunto...

Anónimo disse...

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