TVI24 - 24/01/2010:
A garantia de que «não haverá aumento de impostos» e o alargamento do programa de privatizações contribuíram, no plano macroeconómico, para «a abstenção construtiva» do CDS-PP ao Orçamento do Estado para 2010, diz a Lusa.
De acordo com um documento divulgado pelo CDS-PP, os democratas-cristãos receberam ainda a garantia do Governo de que haverá «um controlo reforçado» das parcerias público-privadas.
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As privatizações em Portugal na electricidade e distribuição da gasolina que geraram monopólios privados têm dado muito boa conta de si:
Em 2008, a privatizada EDP teve mais de 1.000 milhões de euros de lucro e a privatizada Galp teve mais de 500 milhões de lucro, tendo esta última aumentado os preços da electricidade em 5%, cerca de três vezes mais do que valor da inflação.
Quanto aos lucros tão elevados da privatizada Galp foram conseguidos graças à demora na repercussão da descida do preço da gasolina em relação ao preço do petróleo, ou seja, roubando os consumidores.
Evidentemente que haverá ainda outros serviços públicos que, se privatizados e seguindo as «boas práticas» de gestão da Galp e da EDP, poderão tornar-se em novos monopólios lucrativos.
Afinal, o financiamento privado de políticos e de partidos, que inclui o apoio mediático de jornais e televisões, tem a obrigação de gerar um retorno decente para os que investem o seu dinheiro nos poderes Legislativo e Executivo.
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Em 2008, a privatizada EDP teve mais de 1.000 milhões de euros de lucro e a privatizada Galp teve mais de 500 milhões de lucro, tendo esta última aumentado os preços da electricidade em 5%, cerca de três vezes mais do que valor da inflação.
Quanto aos lucros tão elevados da privatizada Galp foram conseguidos graças à demora na repercussão da descida do preço da gasolina em relação ao preço do petróleo, ou seja, roubando os consumidores.
Evidentemente que haverá ainda outros serviços públicos que, se privatizados e seguindo as «boas práticas» de gestão da Galp e da EDP, poderão tornar-se em novos monopólios lucrativos.
Afinal, o financiamento privado de políticos e de partidos, que inclui o apoio mediático de jornais e televisões, tem a obrigação de gerar um retorno decente para os que investem o seu dinheiro nos poderes Legislativo e Executivo.
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10 comentários:
Cedências destas são absolutamente reprováveis, na medida em que se privatizam sectores lucrativos que poderiam ser o sustentáculo dos défices orçamentais. Lamentável simplesmente, mas esta exigência do CDS não tinha de ser subscrita.
«não haverá aumento de impostos»?
Só pode ser gozo. Ou então a notícia de ontem no Público estava errada. Nela lia-se sobre aumento das comparticipações para a ADSE, menores tectos para comparticipação de medicamentos, ...
Sempre gostava de saber a que chamam impostos.
Que tal colocar Portugal na Bolsa de Valores e vendê-lo aos bocados?
Daniel Simões:
Já está a ser feito!
Próximas paragens do TGV das privatizações:
-CP
-CGD
-Água
Próximas paragens do inter regional das nacionalizações:
-Pára em todas as grandes empresas(do sector financeiro) que devido a má gestão,e a roubos vejam a sua margem de lucros reduzida num semestre.
vamos privatizar os lucros e nacionalizar os prejuízos.
Parece que veio no expresso uma noticia sobre uma prescrição de uma dívida do sr António Carrapatoso (figura de proa da Telecel/Vodafone), no valor de 700 mil euros...
É verdade?
"Não haverá aumento de Impostos"... lol...
Ah pois não, pelo menos para alguns de certeza que não haverá!
http://dn.sapo.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1460790
Quando começarem a privatizar a CGD, será o sinal de toque, do colapso total de um Estado falhado.
Pode ser que noutros países, abram contas de solidariedade, tipo Emergência Portugal, tal o terramoto que nos assolará.
É uma questão de agenda...
Abraço,
Zorze
Ainda bem que em Portugal existem mentes esclarecidas e iluminadas que se equivocam em coisas tão simples como:
1- Em Portugal a electricidade já não é um monopólio, existe concorrência aberta, se esta não é maior o problema é do Estado que não a fomenta, logo o problema não está na privatização mas na falta de concorrência;
2 - Os lucros que a EDP gera são brutais, mas são também fruto de uma correcta gestão privada, coisa que enquanto esteve no sector público não aconteceu, porque esses senhores arautos das empresas públicas esquecem-se que estas são sempre um ninho de compadrios e amiguismos que as imobilizam e as tornam pesadas e sempre desfuncionais;
3- O aumento absurdo do preço da electricidade como bem se devem recordar as iluminadas esquerdistas mentes foi fruto não das geniais mentes da EDP mas sim da ERSE, mais uma brilhante instituição do ESTADO, não é privada, é do ESTADO;
4- O facto em relação aos lucros da galp mais uma vez é que não existe neste sector verdadeira concorrência; há algum tempo que deixei de meter combustível nas bombas das gasolineiras, nem galp, nem bp, nem outras, vou sempre às bombas económicas, tipo jumbo; acontece que, mesmo aí, onde a gasolina é mais barata, esta vem da galp, porque o estado privatizou a empresa, liberalizou a distribuição, mas não liberalizou a produção e refinação, logo vem tudo da galp, que é só engordar; o defeito, mais uma vez, não está na privatização, está é em não haver concorrência;
5- Ainda assim mais uma vez já ninguém se lembra no cancro de apadrinhamentos que era a galp, ou melhor a antiga petrogal, que abafava completamente a empresa;
6 - Começo a achar que esses senhores que têm saudades das empresas serem todas públicas têm é saudades do tempo em que uma cunha e um bom padrinho resolviam a vida de uma pessoa, sem mérito e sem trabalhar.
Perguntem a pessoas que trabalham na CP, por exemplo e perguntem-lhes o que costumam chamar à empresa - é a CP Casa do Pai - tal o nível de compadrio, cunhas e padrinhos, que entopem serviços de gente que não faz falta (claro que depois é só prejuízos).
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