sexta-feira, maio 28, 2010

Os Assassinos da Banca, acolitados pelos políticos e pelos media, preparam-se para destruir o país e os portugueses. Aux armes...

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Bancos vão cortar no crédito para as famílias e empresas

Preparem-se. O cinto vai apertar e é para todos. Bancos, Estado, empresas e famílias. O crédito fácil acabou e será seguramente mais escasso e mais caro nos próximos tempos. Com maior ou menor ênfase, foi este o ponto central do discurso dos líderes dos cinco principais bancos nacionais, que ontem participaram no Fórum Banca e Mercado de Capitais organizado pelo Diário Económico.


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Banco Espírito Santo

          Lucros em 2006 = 420 milhões de euros
          Lucros em 2007 = 607 milhões de euros
          Lucros em 2008 = 402,3 milhões de euros
          Lucros em 2009 = 522 milhões de euros
          Lucros no 1º Trimestre de 2010 = 119,1 milhões de euros


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Banco Millennium bcp

          Lucros em 2006 = 780 milhões de euros
          Lucros em 2007 = 563 milhões de euros
          Lucros em 2008 = 201,2 milhões de euros
          Lucros em 2009 = 225 milhões de euros
          Lucros no 1º Trimestre de 2010 = 96,4 milhões de euros


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BPI – Banco Português de Investimento

          Lucros em 2006 = 308,8 milhões de euros
          Lucros em 2007 = 355 milhões de euros
          Lucros em 2008 = 150,3 milhões de euros
          Lucros em 2009 = 175 milhões de euros
          Lucros no 1º Trimestre de 2010 = 45,1 milhões


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Banco Santander Totta

          Lucros em 2006 = 425 milhões de euros
          Lucros em 2007 = 510 milhões de euros
          Lucros em 2008 = 517,7 milhões de euros
          Lucros em 2009 = 523 milhões de euros
          Lucros no 1º Trimestre de 2010 = 131,1 milhões de euros


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Jornal de Negócios – 27.05.2010

O Banco de Portugal reitera o aumento dos "spreads" [lucros dos bancos] na concessão de crédito, quer às famílias quer às empresas, e sublinha que o "agravamento das condições de financiamento dos bancos", por via dos receios que imperam em relação à dívida europeia "tenderá a repercutir-se numa maior restritividade na concessão de crédito ao sector privado não financeiro".


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As recessões são deliberadamente criadas pelos bancos para se apropriarem da riqueza dos países ao preço da chuva


Numa Economia é necessária uma adequada
Disponibilidade de Moeda


Uma disponibilidade de moeda adequada é indispensável a uma sociedade civilizada. Podemos privar-nos de muitas outras coisa, mas sem dinheiro, a indústria paralisava, as propriedades rurais tornar-se-iam unidades auto-sustentadas, excedentes de alimentos desapareceriam, trabalhos que precisem mais do que um homem ou uma família fixariam por fazer, remessas e grandes movimentos de produtos cessariam, pessoas com fome dedicar-se-iam à pilhagem e matariam para permanecer vivas, e todo o governo, excepto a família ou a tribo, deixaria de funcionar.

Um exagero, dirão? Nada disso. O dinheiro é o sangue da sociedade civilizada, o meio pelo qual são feitas todas as transacções comerciais excepto a simples troca directa. É a medida e o instrumento pelo qual um produto é vendido e outro comprado. Removam o dinheiro ou reduzam a disponibilidade de moeda abaixo do que é necessário para levar a cabo os níveis correntes de comércio, e os resultados são catastróficos.

Como exemplo, bastará debruçarmo-nos sobre a Depressão Americana nos princípios dos anos 30 do século XX.


Depressão Bancária de 1930

Em 1930 os Estados Unidos não tinham falta de capacidade industrial, propriedades rurais férteis, trabalhadores experientes e determinados e famílias laboriosas. Tinham um amplo e eficiente sistema de transportes ferroviários, redes de estradas, e canais e rotas marítimas. As comunicações entre regiões e localidades eram as melhores do mundo, utilizando telefone, teletipo, rádio e um sistema de correios governamental perfeitamente operacional.

Nenhuma guerra destruiu as cidades do interior, nenhuma epidemia dizimou, nem nenhuma fome se aproximou do campo. Só faltava uma coisa aos Estados Unidos da América em 1930: Uma adequada disponibilidade de moeda para negociar e para o comércio.

No princípio dos anos 30 do século XX, os banqueiros, a única fonte de dinheiro novo e crédito, recusaram deliberadamente empréstimos às indústrias, às lojas e às propriedades rurais. Contudo, eram exigidos os pagamentos dos empréstimos existentes, e o dinheiro desapareceu rapidamente de circulação. As mercadorias estavam disponíveis para serem transaccionadas, os empregos à espera para serem criados, mas a falta de dinheiro paralisou a nação.



Com este simples estratagema a América foi colocada em "depressão" e os banqueiros apropriaram-se de centenas e centenas de propriedades rurais, casas e propriedades comerciais. Foi dito às pessoas, "os tempos estão difíceis" e "o dinheiro é pouco". Não compreendendo o sistema, as pessoas foram cruelmente roubadas dos seus ganhos, das suas poupanças e das suas propriedades.


Sem Dinheiro para a Paz, mas com muito Dinheiro para a Guerra

A Segunda Guerra Mundial acabou com a "Depressão". Os mesmos banqueiros que no início dos anos trinta não faziam empréstimos em tempos de paz para a compra de casas, comida e roupas, de repente tinham biliões ilimitados para emprestar para material militar, rações de combate e uniformes.

Uma nação que em 1934 não conseguia produzir alimentos para venda, repentinamente podia produzir milhões de bombas para enviar para a Alemanha e para o Japão.

Com o súbito aumento da quantidade de dinheiro, as pessoas eram contratadas, as propriedades rurais vendiam os seus produtos, as fábricas começaram a funcionar em dois turnos, as minas foram reabertas, e "A Grande Depressão" acabou!

Alguns políticos foram considerados culpados pela depressão e outros ficaram com os méritos por ter acabado com ela. A verdade é que a falta de dinheiro causada pelos bancos trouxe a depressão, e a quantidade adequada de dinheiro acabou com ela. Nunca foi dito às pessoas a simples verdade de que os banqueiros que controlam o nosso dinheiro e crédito usaram esse controlo para saquear a América e colocá-los a todos na escravidão.

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15 comentários:

Augusto disse...

A violência parece ser a única saída para uma conjuntura destas. Nada há a esperar da justiça ou dos nossos representantes eleitos.

Abraço

Filipe disse...

Diogo, é impressão minha, ou deixou de fora o PRINCIPAL responsável, pois é simultaneamente maior que todos estes, e o ÚNICO que lhes podia lixar o esquema?

Falo obviamente deste cagarolas:
http://img.rtp.pt/noticias/images/
articles/318438/cgd2.jpg

Ricardo A disse...

Pois é meus amigos,mas falem isso na rua ou no café às pessoas e ou voçes ficam com o rotulo de loucos ou mesmo que concordem passado 5 minutos estao a falar de bola ou novela ou outra cena qualquer!
O unico que podia reunir pelo menos
seis milhoes de portugueses e encostar esses senhores a parede era o Jesus do Benfica!E claro,era preciso que essas pessoas ignorassem simpatias de politica e religiao que só causam devisao!
Entretanto estive a ler um trecho de uns chamados protocolos(que foram declarados como fraude anti-semita e outros dizem ser o trabalho de uma sociedade secreta que querendo uma cobertura usou os judeus como fronte)que já no principio do seculo xx advogavam o uso de várias formas de alienaçao para assim distrair o povo da realidade e da suposta agenda maligna que visava o controlo do mundo pelos meios politicos e financeiros etc!!
Nao sei,talvez seja só imaginaçao de algumas mentes que se poem a pensar em teorias conspirativas!
Ou nao???.....

Diogo disse...

Augusto – Quando a magistratura, a política e os media estão todos nos bolsos de mafiosos, o que é que resta ao cidadão?


Filipe – Não quis englobar aqui a CGD porque não sei se tem accionistas privados. Mas que está dentro da mesma esfera de influência dos outros bancos, não tenho dúvidas.


Ricardo – Tens toda a razão. As pessoas podem estar a ser despejadas de casa e com os filhos a chorar com fome, e até podem perceber em certa medida a mega-fraude que está a acontecer, mas parecem mais preocupadas com a transferência do Saviola para o Olhanense ou a telenovela onda a Maria da Luz reencontra Octávio.

xatoo disse...

só um pequeno esclarecimento, que não tem nada a ver com o assunto do post
quando alguém tem a ousadia de se me dirigir no meu blogue usando os termos "és uma besta quadrada" quero desde já deixar bem claro que a partir daqui todos os teus comentários que pretenderes ali fazer serão apagados

Anónimo disse...

Sim,parece que o Diogo não se safa a geometria...

alf disse...

Estou cada vez mais baralhado... como é que os bancos podem aniquilar os portugueses? A mim a banca só me presta serviços e quase de borla. Onde é que isso me aniquila??

Ahhh, vocês está a falar daquelas pessoas que querem ter tudo e mais alguma coisa, pedem dinheiro emprestado a torto e a direito, cravam os amigos, não pagam aos amigos e também não querem pagar ao banco que lhes emprestou o dinheiro?

Pois, conheço algumas pessoas dessas... cá por mim, se fossem extintas não vinha nenhum mal ao mundo.

Ter lucro não é crime; ser rico também não. Já ser invejoso é muito feio.

parece-me que lhe está a faltar a compreensão do problema económico e resolveu entrar no via fácil de apontar um culpado. Ora isso desilude-me, penso que pode fazer muito melhor do que andar a fomentar invejas. Bem, a mim, pelo menos, interessa-me as análises do problema, não esta perseguição às bruxas. Mesmo que existam.

Diogo disse...

Alf, meu caro cabeça de alho chocho!

Então a banca que só lhe presta serviços quase de borla, acumula tantos lucros de ano para ano, em plena crise?

Essa cabecinha não conseguiu compreender a parte do post intitulado:

As recessões são deliberadamente criadas pelos bancos para se apropriarem da riqueza dos países ao preço da chuva

Numa Economia é necessária uma adequada
Disponibilidade de Moeda

Zorze disse...

A pergunta é: O que fizeram com os lucros dos anos anteriores?

Agora choramingam... É preciso ter muita lata!

Abraço,
Zorze

alf disse...

Diogo

Vejamos, por exemplo, quem são os grandes especuladores que andam a cobrar juros altos aos coitadinhos dos portugueses - são os clientes dos bancos que querem receber bons dividendos pelas suas aplicações a prazo. As bolsas rendem pouco, por isso onde os bancos podem ir buscar ganhos maiores é nos empréstimos aos países que estão com a corda na garganta.

Por isso, se quer acabar com a pressão especulativa, faça um apelo aos seus leitores para não subscreverem produtos visando rentabilizar o seu capital sem fazerem nenhum. Querem ganhar dinheiro? Vão trabalhar, que isso de querer que o dinheiro renda por si só é coisa de usuário, não é verdade?

Os bancos ganham dinheiro pagando aos seus clientes. Você sabe disso, por isso defendeu aquela ideia de fazer circular o dinheiro de graça. Mas alguém está interessado nisso? Não, porque o verdadeiro especulador é cada um de nós. Que, se tem dinheiro, quer que os bancos lhe paguem pelo dinheiro que tem, se não tem, quer que os bancos lhe emprestem sem cobrar.

Claro que os bancos fazem coisas que prejudicam o interesse colectivo em seu favor. Fazem porque as regras estão mal feitas. O que há a fazer é compreender os defeitos e propor a sua correcção.

Mas o que verdadeiramente prejudica a nossa economia é o comportamento individual das pessoas sempre prontas a comprar o produto estrangeiro - porque é que pensa que os produtos dizem a origem? Porque nos outros países os cidadãos querem saber se um produto é estrangeiro para o NÃO comprarem.

Claro que a culpa é também dos governantes que permitem este regabofe de produtos importados. E dos deputados que vêm logo com uma comissão de inquérito sempre que o governo tenta dar uma mãozinha à indústria nacional, quando nos outros países é exactamente ao contrário.

A seguir ao «Inconsciente» vou começar a tratar da economia... mas já sei que as pessoas só vão começar a compreender quando a crise for muito maior do que é...

alf disse...

Diogo, agora venho dar-lhe razão numa coisa: qual é o grande negócio dos bancos? a promoção de um Droga: o Consumismo.

Esta é uma droga muito perigosa porque é altamente viciante, gera um estado de grande euforia que exige sempre mais e mais consumo.

Os bancos começam por pôr dinheiro nas mãos das futuras vítimas, oferem empréstimos sem juros etc, para as fazer cair no vício; a seguir começam a cobrar juros, que vão crescendo: 10, 20, 30%. Quanto mais dependente a vítima, mais alto o juro.

Estudam as técnicas de promover a dependência; escolhem as vítimas, escolhem as de poucos recursos que são aquelas que vão ficar dependentes do empréstimo.

Uam campanha de Não ao consumismo é mais importante do que uma contra o tabaco, a marijuana, o vício do jogo; sobretudo num país em que a generalidade dos produtos de consumo são importados.

Se quiser dar um tiro na cabeça dos banqueiros, é assim que o consegue: promovendo a luta contra o vício do Consumo.

Há um vício muito mais útil: o de produzir. As religiões dos países desenvolvidos combatem o consumismo e promovem o trabalho, a produção. É por isso que eles são mais desenvolvidos.. têm uma religião melhor!

Diogo disse...

Zorze - «A pergunta é: O que fizeram com os lucros dos anos anteriores? Agora choramingam... É preciso ter muita lata!»


Diogo - Não é só com os lucros anteriores. Hoje mantêm as mesmas percentagens de lucros.

Abraço



Alf - «Os bancos ganham dinheiro pagando aos seus clientes. Você sabe disso, por isso defendeu aquela ideia de fazer circular o dinheiro de graça. Mas alguém está interessado nisso? Não, porque o verdadeiro especulador é cada um de nós. Que, se tem dinheiro, quer que os bancos lhe paguem pelo dinheiro que tem, se não tem, quer que os bancos lhe emprestem sem cobrar.»

Diogo – Que mais posso eu acrescentar ao seu brilhante raciocínio?

Carlos disse...

Caro Alf,

O problema não está no facto das pessoas quererem enriquecer, serem invejosas ou até quererem o lucro a qualquer custo. Daquilo que eu me venho apercebendo, lendo este blog e outras fontes semelhantes, é que o problema está na forma como funciona o dinheiro que leva inevitavelmente, independentemente da vontade das pessoas ou das suas qualidades, à acumulação geral da dívida até ao ponto em que ela se torna impagável. O próprio dinheiro é um esquema em pirâmide que nos leva à bancarrota. É uma questão de matemática e não por sermos preguiçosos ou isto e aquilo. Há neste blog uma pequena história que é fácil de ler e que ilustra bem a ideia. Procure por "O Crédito Social versus o Juro Bancário" ou vá pelo link: http://citadino.blogspot.com/2010/03/moeda-explicada-idiotas-que-e-como-quem.html

Cumprimentos

alf disse...

Américo

No meu cas,o não leva à acumulação de dívida, portanto, tem a ver com as pessoas, não apenas com a maneira como o dinheiro funciona; mas tb não deixo de lhe dar razão, porque as pessoas são o que são e as regras têm de ser estabelecidas atendendo a isso.

Quanto a esse sem dúvida interessante post, a verdade é que os problemas que ele aponta não resultam do sistema mas apenas de falta de regulação dele; e a alternativa que propõe não funciona porque as pessoas são como são.

Se as pessoas fossem «ideais» qualquer sistema funcionaria, até o que se propõe nesse post; mas não são e é preciso conceber os sistemas de forma que deles resulte vantagem para as pessoas e que essa vantagem seja controlada

Carlos disse...

Caro Alf,

Eu parto do principio de que todo o dinheiro que está em circulação tem origem nos bancos, os bancos são a única entidade que pode criar dinheiro. Acontece que os bancos não dão o dinheiro mas emprestam-no. Ou seja, todo o dinheiro que é criado pelos bancos tem de lhes ser devolvido, mais os juros. Por exemplo, se na economia circulam 10 triliões, terão que ser devolvidos aos bancos 11 triliões (10 triliões mais os juros). É óbvio que, existindo só 10 triliões em circulação, nunca será possível devolver 11 triliões. A partir daí tudo acontece como no "jogo das cadeiras". As empresas (particulares, estados) entram numa competição renhida para se apoderarem dos 10 triliões em circulação. Aqueles que não conseguirem devolver a dívida ou vão à falência ou pedem novo empréstimo (com mais juros), com a agravante de que quanto mais entalada esta a empresa (pessoa ou estado), mais altos são os juros. Agora, eu posso tirar o meu dinheiro da carteira, olhar para ele e dizer: "mas eu não tenho que devolver este dinheiro a banco nenhum e muito menos com juros." É verdade, mas alguém terá que o fazer, porque esse dinheiro nalgum momento foi criado por algum banco e saiu dele na forma de empréstimo (que é a única forma de os bancos porem o dinheiro novo a circular). A partir daí o dinheiro pode mudar de dono milhares de vezes sem que isso signifique o aparecimento de qualquer divida para as pessoas pelas mãos das quais esse dinheiro passa. O dinheiro só representa dívida para a primeira pessoa que o pôs em circulação. Não sei se este meu raciocínio dá vontade de rir :) A mim às vezes dá. O problema é se for verdade...