O troço do TGV entre o Poceirão e a fronteira de Caia custa quase três mil milhões de euros: o dobro do anunciado. Para além deste valor, o Estado pagará, todos os anos, consoante o número de comboios que utilizarem a linha. E o pior: nestas contas não entram ainda a ligação a Lisboa, que inclui a terceira ponte sobre o Tejo, precisamente a parte mais cara da obra.
Para o economista João César das Neves, «os números são assustadores. Numa altura em que todos sabemos que é preciso cortar, que há gente a sofrer, que o desemprego aumenta e é difícil aguentar as prestações sociais para os desempregados, vamos alegremente assinar uma coisa destas. É difícil de entender como pode alguém entrar nisto».
A TVI consultou os anexos ao contrato, que revelam uma despesa pública substancialmente superior à divulgada nos documentos publicados pelo Ministério das Obras Públicas. O custo da construção anunciada era de 1.359 milhões de euros, mais 12 milhões por ano de manutenção. No contrato, a manutenção é afinal de 15 milhões e 680 mil euros por ano.
Só nessa rubrica, a Refer, empresa pública para a ferrovia, fica obrigada a pagar 580 milhões de euros. A isto acrescem pagamentos anuais entre os 20 e os 70 milhões de euros, num total de 1.347 milhões pela disponibilidade da linha. Mais 176 milhões de entrada, pagos pelo Estado e pela Refer e 662 milhões de euros de fundos comunitários. Contas feitas: 2.765 milhões de euros mais inflação.
«Estamos a falar de uma monstruosidade», diz César das Neves. «Há uns anos, quando analisei o assunto, o custo total da ligação de Lisboa a Madrid é o que eles agora contrataram para o troço do Poceirão a Caia. E a ligação a Lisboa, embora tenha menos quilómetros, é muito mais cara, porque tem terrenos urbanos, túneis e a terceira ponte sobre o Tejo. Já para não falar das derrapagens, mas à partida isto vai ficar muito mais caro».
Mas há mais: o Estado fica ainda obrigado a pagar 412 euros e meio por cada comboio que passar na linha para além do previsto, ou seja, cerca de 150 mil euros extra por ano. Por cada comboio de mercadorias, que passar na linha convencional a construir pelo concessionário, o Estado terá de desembolsar 230 euros: se num ano passarem 300 comboios a mais, a factura será de 69 mil euros.
Se alguma coisa correr mal, o concessionário privado, nos termos do contrato, tem garantida uma taxa interna de rentabilidade próxima dos 12 por cento. Ou seja, o concessionário tem o lucro garantido. E o Estado tem despesa garantida...
Para o economista João César das Neves, «os números são assustadores. Numa altura em que todos sabemos que é preciso cortar, que há gente a sofrer, que o desemprego aumenta e é difícil aguentar as prestações sociais para os desempregados, vamos alegremente assinar uma coisa destas. É difícil de entender como pode alguém entrar nisto».
A TVI consultou os anexos ao contrato, que revelam uma despesa pública substancialmente superior à divulgada nos documentos publicados pelo Ministério das Obras Públicas. O custo da construção anunciada era de 1.359 milhões de euros, mais 12 milhões por ano de manutenção. No contrato, a manutenção é afinal de 15 milhões e 680 mil euros por ano.
Só nessa rubrica, a Refer, empresa pública para a ferrovia, fica obrigada a pagar 580 milhões de euros. A isto acrescem pagamentos anuais entre os 20 e os 70 milhões de euros, num total de 1.347 milhões pela disponibilidade da linha. Mais 176 milhões de entrada, pagos pelo Estado e pela Refer e 662 milhões de euros de fundos comunitários. Contas feitas: 2.765 milhões de euros mais inflação.
«Estamos a falar de uma monstruosidade», diz César das Neves. «Há uns anos, quando analisei o assunto, o custo total da ligação de Lisboa a Madrid é o que eles agora contrataram para o troço do Poceirão a Caia. E a ligação a Lisboa, embora tenha menos quilómetros, é muito mais cara, porque tem terrenos urbanos, túneis e a terceira ponte sobre o Tejo. Já para não falar das derrapagens, mas à partida isto vai ficar muito mais caro».
Mas há mais: o Estado fica ainda obrigado a pagar 412 euros e meio por cada comboio que passar na linha para além do previsto, ou seja, cerca de 150 mil euros extra por ano. Por cada comboio de mercadorias, que passar na linha convencional a construir pelo concessionário, o Estado terá de desembolsar 230 euros: se num ano passarem 300 comboios a mais, a factura será de 69 mil euros.
Se alguma coisa correr mal, o concessionário privado, nos termos do contrato, tem garantida uma taxa interna de rentabilidade próxima dos 12 por cento. Ou seja, o concessionário tem o lucro garantido. E o Estado tem despesa garantida...
VÍDEO da TVI
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11 comentários:
O abominável omem das neves?Por favor,não dou um cagalhão para esse gajo dos alomoços gratuitos pra os parasitas.Não leio nada relacionado por esse fdp!
Diogo,há outros economistas...era só o q faltava!
Condivido pienamente il suo punto di vista. In questo nulla in vi e credo che questa sia un'ottima idea.
Assolutamente d'accordo con lei. Ottima idea, sono d'accordo con lei.
Este governo...estes governantes!!!! são uuns palhaços! gastam o nosso dinheiro, que segundo eles não há, com tanta dívida externa, adquirida com estas "loucuras" á tuga, pois não há dinheiro, mas há vícios; e cá vamos estar nós para pagar com impostos altíssimos, com a retirada de apoios a quem necessita mesmo...etc. Deixem-se de mania das grandezas...com franqueza, com as dificuldades em que o país está, o TGV, Aeroporto e afins, não fazem falta nenhuma, com esse dinheiro, invistam na educação na saúde e paguem pelo menos parte da divida externa.
Queiramos ou não queiramos, meu caro Diogo, somos todos portugueses...
"O governo PS chefiado José Sócrates, com Luís Amado nos Negócios Estrangeiros, sublinhe-se, é um seguidor incondicional do imperialismo norte-americano e da sua política belicista como o demonstra este texto de Pedro Guerreiro. http://www.odiario.info/?p=1752
Sinto muito, sou grato.
Como é que é possíivel haver um pequeno grupo de incompetentes, a arruinar um país inteiro de boa gente!!
Como é que é possível não haver ninguém que "enjaule estes selvagens".
Senhor Presidente da Républica, se tem amor a este País, que ainda se chama Portugal, faça alguma coisa. Pois parece não haver mais ninguém.
Isto é a loucura total (cancelem este projecto, salvem alguma dignidade que o País ainda tem)
Caro Castanheira
“Senhor Presidente da Républica, se tem amor a este País, ...”
O sr Presidente da republica, quando foi 1º ministro, também alegremente cooperou na destruição do país.
Como?
Lembra-se dos dinheiros que vinham da ex-CEE?
Muito veio com dois objectivos.
A – Destruir as pescas, a agricultura e a industria portuguesas (até veio um “cientista” da ex-CEE dizer que a sardinha era peixe azul e que fazia mal à saúde. O azeite de oliveira era mau, dinheiro para deitar abaixo as oliveiras etc. Um médico que contestou a opinião do tal “cientista” foi, já não me lembro muito bem, pelo menos ameaçado pela ordem dos médicos).
B – Construir auto-estradas (como dizia o actual presidente da republica; para tornar mais fácil a exportação dos produtos portugueses...).
Para exportar o quê? Foi um pequeno lapso (o sumo de carrapato dá nestas coisas). O que ele queria dizer era, facilitar a importação, enriquecer os outros. Até porque com a destruição que foi feita, da economia portuguesa, inevitavelmente haveríamos, como temos, mais ainda, necessidade de importar. É verdade que não éramos independentes, mas agora somos hiper-dependentes.
As auto-estradas servem exactamente a estratégia... dos outros.
Ninguém investe tanto dinheiro porque temos uns olhos “bué” bonitos...
“(sr presidente) ...faça alguma coisa.”
O melhor é, vá-se embora.
“Pois parece não haver mais ninguém.”
Há! Somos nós todos!
A pergunta é; queremos assumir a responsabilidades dos nossos destinos?
Desde pequenos até morrermos, permanentemente, somo formatados e encorajados, para responder, não! Somos então considerados cidadãos respeitáveis, intelectuais, etc. Se os mandarmos à bardamerda, que até é sermos benevolentes, somo uns ordinários.
Um abraço.
****
Até já se dão ao luxo de gamar às descaradas.
Façam assim:
para ver em que nível Portugal está, experimentem ir para a rua com cartazes e manifestarem-se contra tal obra!
Quando os cães, os cavalos e as bestas policiais vos saltarem em cima defendendo os interesses corporativos e bancários, aì saberão quais os verdadeiros poderes que controlam a nação.
Ou esquecem-se que Portugal está a meio caminho entre o Médio Oriente e os EUA? Estrategicamente bem posicionado para as intenções imperialistas americanas, é dado permissão aos políticos portugueses de fazerem o que bem entenderem para encher os bolsos enquanto estão no poder (desde que pactuem com os interesses multinacionais).
Estou lendo o livro "História concisa do Brasil" de Boris Fausto, talvez não esteja ainda disponível em Portugal, mas é fantástico ver de onde viemos, portugueses e brasileiros, e como a Inglaterra com suas "patinhas de gato" é a permanente dona da bola e do jogo. Preserva com eufemismos e impressionante malícia todo o sistema escravagista que em um determinado momento fingiu condenar. O sistema escravista da casa grande não só ganhou nova embalagem como aperfeiçoou seu modo carcerário para suas senzalas que agora quer reduzir o excedente para não ter que alimentar. Parece-me que Roma conseguiu a imortalidade...
Que pague las obras Zapatero.....
O povo é quem mais ordena...
Abaixo os Parasitas...
Renesçam os pelourinhos...
e apodreçam neles quem pede assim tantos sacrifícios ao povo...
Avante MARIA DA FONTE...
Meu POVO LUSÍADA acorda...
Luta contra a panaceia verbal enganadora...
É tempo... AL
Avante Maria da Fonte
Sr. Nunes disse e com razão, acabem com a mania das grandezas... e dêem ao povo o que é do povo. Acabem com essas palhaçadas e trapaças económicas...
Avante Maria da Fonte...
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