quinta-feira, novembro 19, 2015

Um conselho a todos os terroristas: se por acaso vos apetecer fazer um atentado não caiam na asneira de levar documentos de identificação convosco...



«Ele seguiu-me até casa... Posso ficar com ele?»



Texto de Jean-Claude Paye

Devemos rir ou chorar? Desde o 11 de setembro de 2001, não há um ataque terrorista sem que os culpados, que era suposto esconderem-se, tudo façam para se identificar deixando para trás os seus documentos de identidade. Para o sociólogo Jean-Claude Paye, a aparente estupidez repetitiva dos terroristas deve ser interpretada como um dispositivo retórico do Poder para desorientar os cidadãos. Porque sendo a história oficial um absurdo, não podemos e não devemos desafiá-la.




Como parte da investigação sobre os assassinatos em Paris, um passaporte sírio foi encontrado junto de um dos homens-bomba do Stade de France. Depois de ser designado como responsável pelos ataques pelo presidente francês Hollande, o "Estado islâmico" reconheceu a autoria desses ataques.

Para o executivo francês que disse que queria intervir na Síria contra o Estado Islâmico, na realidade, contra a República Árabe da Síria e o seu presidente constitucional, Bashar Assad, que "tem de partir", esta é uma pista importante para consolidar uma operação militar. A duplicidade do discurso - apoiar uma organização que é designada inimiga e apelidar de terroristas pessoas que foram consideradas anteriormente como "combatentes da liberdade", não é uma prerrogativa do governo francês. Criar o seu próprio inimigo tornou-se um eixo da estratégia ocidental, confirmando que na estrutura imperial não há separação entre interior e exterior, entre o direito e a violência pura, entre o cidadão e o inimigo.

Na Bélgica, o pregador muçulmano Jean-Louis Denis é perseguido "por incitar os jovens a fazer a jihad armada na Síria", porque se acredita que ele tenha tido contactos com a «Sharia4Belgium», um grupo qualificado de "terrorista", o que o réu nega. O seu advogado destacou a ambiguidade da acusação neste caso, acusando no Tribunal Criminal de Bruxelas: "Enviamos as crianças para os braços do estado islâmico na Síria e são os vossos serviços (de informações) que o fizeram. O advogado sustentou as suas acusações destacando o papel nesta matéria de um agente infiltrante da Polícia Federal.

Em relação aos massacres de Paris, afigura-se que as principais preocupações dos terroristas eram ser identificados o mais rápido possível. No entanto, este paradoxo quase não nos surpreende. Um documento de identidade, milagrosamente encontrado e indicando o autor dos ataques que acabavam de ser cometidos, tornou-se um clássico. Este é um evento que se repete numa compulsão repetitiva designando sempre um culpado pertencente ao "movimento jihadista".

Na versão oficial do 11 de Setembro, o FBI alegou ter encontrado o passaporte intacto de um dos kamikazes [Satam Al Suqami, um dos sequestradores que ia a bordo do Voo 11 o primeiro avião a embater no World Trade Center] na proximidade de uma das duas torres completamente pulverizadas pelas explosões que libertaram uma temperatura capaz de fundir o aço das estruturas metálicas do edifício, mas preservaram intacto um documento em papel.


Investigators discovered the passport of Satam al Suqami, one of the terrorists aboard American Airlines Flight 11, the first plane to hit the World Trade Center - [ [ABC NEWS, 9/12/2001;ASSOCIATED PRESS, 9/16/2001; ABC NEWS, 9/16/2001]]


O embate do quarto avião (Flight 93 do 11 de Setembro) no campo aberto em Shanksville, também permitiu que a Polícia Federal encontrasse dois passaportes de dois dos presumidos terroristas. Um dos passaportes, pertencente a Saeed Alghamdi, parcialmente queimado ainda permitiu a identificação do terrorista, graças à presença do seu nome, apelido e fotografia. O outro passaporte, pertencente a Ziad Jarrah, está quase todo queimado, mas parte da fotografia ainda é visível. Esta possibilidade é particularmente bizarra porque do embate do avião apenas ficou a cratera do impacto. Nenhuma parte da fuselagem, dos passageiros ou do motor escapou. Apenas dois passaportes parcialmente queimados.


The Saudi passport of Saeed Alghamdi, said to be discovered in the wreckage of Flight 93. [Source: FBI]. And the Lebanese passport of Ziad Jarrah - wreckage of Flight 93. [Source: FBI].



O inverosímil como uma medida da verdade

No caso de Charlie Hebdo, os investigadores encontraram o cartão de identidade dos irmãos mais velhos Kouachi no carro abandonado no nordeste de Paris. A partir deste documento, a polícia fica a saber que se trata de indivíduos já conhecidos pelos serviços antiterroristas, «pioneiros do jihadismo francês». A perseguição pode começar. Como é que assassinos, perpetrando um ataque com um sangue frio e uma competência profissional, podem cometer um tal erro? É sabido que não trazer papéis de identificação faz parte do ABC de qualquer ladrão de meia tigela.


Os cartões de identidade dos irmãos Kouachi

Depois do 11 de setembro, o inverosímil faz parte do nosso quotidiano. Tornou-se o fundamento da verdade. A Razão é banida. No se trata de acreditar naquilo que é dito, mas de aderir ao que é dito nos Media pelas autoridades, seja qual for o absurdo da declaração. Quanto mais isto é evidente, tanto mais a crença no que é dito tem de ser inabalável. O improvável torna-se a medida e a garantia da verdade.



Um acto de guerra contra as populações

Aprovada em Junho de 2015, a lei sobre os serviços de informações, um projecto já com um ano, foi apresentado como uma resposta aos atentados de Charlie Hebdo. A lei permite incluindo a instalação de "caixas negras" nos provedores de serviços de Internet para capturar os metadados do utilizador em tempo real. Permite também a instalação de microfones, balizas de localização, instalação de câmaras e spyware.

Estão sujeitos a essas técnicas especiais de vigilância, não os agentes de uma potência estrangeira, mas a população francesa. Esta última é assim tratada como um inimigo do poder executivo, que toma a decisão e o "controlo" desses dispositivos secretos. Sob o pretexto da luta contra o terrorismo, esta lei legaliza as medidas já em vigor, colocando à disposição do Executivo um dispositivo permanente, clandestino e quase ilimitado de vigilância sobre os cidadãos. A ausência de qualquer eficácia na prevenção de ataques mostra claramente que são os cidadãos franceses que estão sujeitos à lei e não os terroristas. Ao alterar a natureza dos serviços de contra-espionagem para a vigilância dos cidadãos, esta lei é um ato de guerra contra eles. Os massacres que acabam de ter lugar em Paris são bem reais.



11 comentários:

Thor disse...

nem mais. muito bom post.
isso dos passaportes trata-se apenas de "covert operations".

qualquer um que acredite que terroristas treinados, se "esquecem" do passaporte no carro "sem querer" (como no Charlie Hebdo) é um grande, grande parvinho e uma pessoa muito crédula.

e quem acreditar que o passaporte dos terroristas sobreviveu ao incêndio e queda das torres gémeas também é uma pessoa ingénua até dizer chega.

o passaporte do Mohammed Atta nem sequer era dele, mas sim de um duplo muito parecido com ele e que trabalhava para a mossad.

os "terroristas" do 11/9 beberam alcool na véspera, estiveram em boates, divertiram-se com meninas, consumiram drogas, etc, etc
tudo coisas tipicamente islâmicas, claro...

Anónimo disse...

Boas!

O mais divertido disto tudo é a quantidade de malta que ainda têm capacidade para acreditar nas tangas contadas - por via oficial - sob os eventos de 11Set2001!

A grande maioria nem sequer sabe que foram demolidos três edifícios naquele dia através de detonações nucleares subterrâneas!

Thor disse...

taawaciclos...eu também só soube da história do WTC7 há relativamente pouco tempo, ou finais de 2012 ou inícios de 2013, já não me lembro bem agora.
isso não é culpa das pessoas, foi suprimido pelos mérdia.

Diogo disse...

Thor, obrigadopelo elogio. Quem se dedique um minuto que seja (e que tenha meio dedo de testa) aos acontecimentos do 11 de Setembro chega facilmente à conclusão que foi o governo americano a fazer os atentados. Simplesmente, ou as pessoas nunca tiveram acesso a uma explicação mais detalhada sobre o assunto, ou mentalmente é-lhes impossível conceber tal coisa, ou são estão preocupadas com futebol e telenovelas...


Taawaciclos, conheço razoavelmente a tese das detonações nucleares subterrâneas mas não tenho conhecimentos de física suficientes para opinar sobre isso. Sei apenas que foi um inside job - com demolições controladas convencionais ou com detonações nucleares subterrâneas. E tenho a certeza de uma coisa: nenhum avião embateu nas Torres do WTC.

Thor disse...

Diogo eu desconfiava desde 2003.
fui avisado para isso e para a demolição controlada. e durante algum tempo deixei de acreditar na versão oficial, entre 2003 e 2004.
mas depois tive várias fases e deixei-me envolver outra vez nas mentiras. tive fases em que acreditava outra vez na versão oficial, ou então não sabia no que acreditar.
só comecei a acordar outra vez em 2011, por causa da farsa da morte do Bin Laden e também do atentado do Breivik (mais este).
no entanto, foi graças a vocês e a este blogue, que conheci em 2012, que eu comecei a ganhar cada vez mais a certeza de que foi mesmo inside-job da cia e da mossad.

eu já lia sobre isso, mas como a maioria dos sites que falavam em inside-job e atentado da cia/mossad, eram católicos, eu não levava muito a sério.
e havia sites americanos a falarem da participação sionista, mas achei tudo forçado e obsessivo.



"E tenho a certeza de uma coisa: nenhum avião embateu nas Torres do WTC."


certíssimo.
de vez em quando via uns vídeos sobre demolição controlada e em 2008 vi mesmo aquele video da CNN em que o avião penetra milagrosamente na torre...aquele em que a asa esquerda passa por trás de um prédio longínquo (LOL)
mas também não fiquei muito convencido, podia ser uma "prova" fabricada, podia ser tanta coisa...e sobretudo ainda não percebia a conexão sionista.
a mossad ainda era um mistério para mim.

Thor disse...

a cena das detonações nucleares é bastante plausível.
veja-se esta imagem, por exemplo:

http://3.bp.blogspot.com/-GHyiGSsJV9Q/VAFX24xgfjI/AAAAAAAACRs/nO6XZSbNHG4/s1600/Twin%2BTower%2B911.jpg

um clarão na parte de baixo da torre, instantes antes da queda.
as epidemias de cancro em sobreviventes ou pessoal que trabalhou no Ground Zero também bate certo com a teoria da detonação nuclear.

Diogo disse...

A Mossad não teve nada a ver com o 11 de Setembro. São serviços de informação de quarta categoria que funcionam em Israel - uma base militar americana próxima dos países árabes petrolíferos e do Canal do Suez.

Para que é que os EUA com dezenas de agências de informação com os mais avançados meios do mundo iam recorrer à Mossad?

Não duvido que seja a Máfia Judaica que controla os EUA e o Planeta. Mas os judeus de Israel são de 4ª categoria - perfeitamente dispensáveis.

Thor disse...

a mossad não teve nada a ver com o 11-S, Diogo?
tens a certeza que estás bem da cabeça?

nunca ouviste falar nos 5 israelitas dançarinos?

vê isto:
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Y8EweNlo8LA


Diogo, 5 agentes da mossad foram apanhados em cima de uma carrinha, a celebrar o 11 de Setembro EM TEMPO REAL! percebes isto?? vê lá se percebes o que isso significa.

vê este tópico e vê o video...
http://hyperborea-land.blogspot.pt/2014/08/wtc-foi-implodido.html

a carrinha onde eles estavam, estava cheia de restos de explosivos (o FBI prendeu os 5 gajos)
mas não foi a única carrinha estranha.
houve pelo menos mais duas carrinhas suspeitas nesse dia, uma delas tinha uma pintura de um avião a voar em Nova Iorque (podes confirmar a partir do minuto 11:25 do 1ºvideo que eu pus) e a outra foi apanhada na ponte George Washington que liga Nova Iorque a Nova Jersey.
ambas as carrinhas eram conduzidas por israelitas.

e os 5 israelitas bailarinos da 1ª carrinha, trabalhavam para uma empresa-fachada da mossad chamada "Urban Moving Systems Incorporated", cujo dono (Dominik Suter) fugiu para israel depois de ser interrogado a 1ª vez pelo FBI (quis evitar novos interrogatórios)
os outros agentes da mossad estiveram presos pelo FBI durante 70 dias, e depois foram soltos pelo Michael Chertoff (israelo-americano e filho de agente da mossad)

e há muitas outras coisas que desconheces, que ficava aqui o dia inteiro a explicar.

não estou a tentar dizer que a mossad fez tudo sozinha sem ajuda da Cia ou do governo americano, mas que participou e fez o atentado, fez.

Parolinho Democratico disse...


Ufa, finalmente.
Estão a ver? Afinal a democracia nem sempre é má. Ás vezes traz coisas boas como esta.
Apesar de alguns defeitos a democracia vale sempre a pena.

Os portugueses estavam completamente desesperados por estas medidas democráticas.
Finalmente a "esquerda" está mais unida e consegue fazer andar as coisas.

http://observador.pt/2015/11/20/adocao-por-casais-do-mesmo-sexo-aprovada/

MPires disse...

Bom dia Diogo

Apesar de me parecer, em alguns aspetos inverosímil, o que este autor diz, há que nos socorrermos do passado sobre a criação de pretextos para o imperialismo americano ou francês intervirem.
O caso que conheço mais antigo é de fins do século XIX ou princípios do XX quando os americanos dinamitaram um seu destroier atracado no porto de Havana, provocando uma explosão que matou dezenas de seus marinheiros. Esta explosão serviu de pretexto para os colonizadores espanhóis serem expulsos de Cuba pelos USA.
Mais recentemente, foram as armas de destruição massiva no Iraque. Estes são factos confirmados. Perante isto pergunto, terão sido reais as "matanças em massa" do Kadafi, o regime ditatorial da Síria? Independentemente de poder de alguma forma estar enganado, pergunto. Então os regimes das monarquias do golfo onde não há quaisquer eleições e pelos mais incríveis pretextos se chicoteiam ou fuzilam as pessoas em praça pública, não são ditadores? Há uma grande diferença entre os "ditadores" sírios ou outros do médio oriente, é que uns têm controlo sobre as suas riquezas, especialmente do petróleo, enquanto as monarquias do golfo têm a comparticipação das multinacionais americanas e outras ditas ocidentais.

Carlos disse...

Boa tarde Diogo.
Bom post.
Para mim não há dúvida que estes terroristas do médio oriente deixam muito a desejar.
Nem conseguem ver o que os outros, os que se dizem democraticamente eleitos (lol), fazem. A intervenção da “França”, já tem a sua justificação para entrar na guerra, foi atacar os terroristas... na Síria, com a ajuda dos americanos, claro. Segundo parece atacou um quartel vazio e um posto de munições em que matou os poucos guardas que lá se encontravam. O “interessante” é que pelo menos uma cidade ficou sem luz e água... “Calculo que os franceses tenham pedido permissão para invadirem território alheio...”
O Putin é que parece que para lá anda a fazer umas coisas, até o Obama entrou em pânico quando o Putin disse que iam livrar a Síria dos terroristas de Obama lol
Parece que se não forem os russos os Sírios em pouco tempo estarão a pedir aos ocidentais que não matem mais terroristas... senão a Síria, que tinha um PIB maior que o nosso, retrocede uma boas décadas...