Na véspera de actos eleitorais importantes em vários países da Europa, a comunicação social «atlantista» (leia-se pró-Bush) vai publicando os rumores mais alarmistas relativos a projectos de atentados levados a cabo pela "nebulosa Al-Qaeda", com o objectivo de incitar os eleitores a voltarem-se para os candidatos de segurança e partidários "do choque das civilizações".
Assim como a 23 de Abril de 2007, quer a partir do dia seguinte da primeira volta das eleições presidenciais francesas, publicações atlantistas como «Le Monde», «Le Nouvel observateur» ou ainda «La Croix» retomavam as afirmações sob reservas da rádio espanhola Cadena Ser, tendo, ela própria, recebido essas afirmações supostamente dos serviços secretos espanhóis (SIC), de acordo com as quais a Al-Qaeda poderia atingir a Espanha aquando das eleições locais de 27 de Maio e/ou a França antes da segunda volta das presidenciais de 6 de Maio.
Para apoiar estas "informações" de proveniência, no mínimo duvidosas, é avançada a tradicional "reivindicação" pela Internet dos atentados de Argel de 11 de Abril de 2007 que exprimem o desejo de refundar um califado muçulmano que inclui a Espanha. Retorna-se, por conseguinte, aos argumentos, ou à falta de melhor, à teoria da conspiração islamista mundial retransmitida por internautas anónimos. O facto de a Al-Qaeda ter escolhido um intenso período eleitoral para avançar o seu projecto a longo prazo seria completamente fortuito!
De outro lado da Mancha, a imprensa do magnata neoconservador Rupert Murdoch não tem dúvidas. Sob o título "Al-Qaeda prepara um importante ataque contra o Reino Unido" e sempre de acordo com fugas anónimas "dos serviços de informações" que sabem decididamente muito sobre Al-Qaeda sem, no entanto, terem qualquer êxito em travá-la, a edição de 22 de Abril do semanário Sunday Times afirmava que "uma operação em grande escala" estava em preparação "com a ajuda de apoios no Irão". Esta coincidiria com a partida de Tony Blair de Downing Street e seria comparável… "a Hiroshima e Nagasaki"!
Com efeito, prossegue o jornalista do Sunday Times, se uma tal operação falhasse, a Al-Qaeda correria o risco de perder a credibilidade. Além disso, o poder iraniano seria cúmplice, porque sendo shiita, e à priori oposto à Al-Qaeda, nem por isso não fecha menos os olhos sobre a actividade da nebulosa no Irão. Como se a propaganda eleitoral do terror não fosse suficiente, acrescenta-se por conseguinte a ameaça iraniana para dar mais peso ao argumento.
Tudo isto coloca uma questão espinhosa: se o projecto da Al-Qaeda é impôr a religião muçulmana à Europa, tal não se fará certamente com o consentimento da sua população. No entanto, a imprensa atlantista afirma que Al-Qaeda está à procura de credibilidade junto deste mesmo público.
Mas não será que os promotores "da guerra ao terrorismo" ao perderem a sua credibilidade devido à incoerência total dos seus álibis, afastam esse mesmos eleitores que cada vez mais que desconfiam ao seu respeito.
Assim como a 23 de Abril de 2007, quer a partir do dia seguinte da primeira volta das eleições presidenciais francesas, publicações atlantistas como «Le Monde», «Le Nouvel observateur» ou ainda «La Croix» retomavam as afirmações sob reservas da rádio espanhola Cadena Ser, tendo, ela própria, recebido essas afirmações supostamente dos serviços secretos espanhóis (SIC), de acordo com as quais a Al-Qaeda poderia atingir a Espanha aquando das eleições locais de 27 de Maio e/ou a França antes da segunda volta das presidenciais de 6 de Maio.
Para apoiar estas "informações" de proveniência, no mínimo duvidosas, é avançada a tradicional "reivindicação" pela Internet dos atentados de Argel de 11 de Abril de 2007 que exprimem o desejo de refundar um califado muçulmano que inclui a Espanha. Retorna-se, por conseguinte, aos argumentos, ou à falta de melhor, à teoria da conspiração islamista mundial retransmitida por internautas anónimos. O facto de a Al-Qaeda ter escolhido um intenso período eleitoral para avançar o seu projecto a longo prazo seria completamente fortuito!
De outro lado da Mancha, a imprensa do magnata neoconservador Rupert Murdoch não tem dúvidas. Sob o título "Al-Qaeda prepara um importante ataque contra o Reino Unido" e sempre de acordo com fugas anónimas "dos serviços de informações" que sabem decididamente muito sobre Al-Qaeda sem, no entanto, terem qualquer êxito em travá-la, a edição de 22 de Abril do semanário Sunday Times afirmava que "uma operação em grande escala" estava em preparação "com a ajuda de apoios no Irão". Esta coincidiria com a partida de Tony Blair de Downing Street e seria comparável… "a Hiroshima e Nagasaki"!
Com efeito, prossegue o jornalista do Sunday Times, se uma tal operação falhasse, a Al-Qaeda correria o risco de perder a credibilidade. Além disso, o poder iraniano seria cúmplice, porque sendo shiita, e à priori oposto à Al-Qaeda, nem por isso não fecha menos os olhos sobre a actividade da nebulosa no Irão. Como se a propaganda eleitoral do terror não fosse suficiente, acrescenta-se por conseguinte a ameaça iraniana para dar mais peso ao argumento.
Tudo isto coloca uma questão espinhosa: se o projecto da Al-Qaeda é impôr a religião muçulmana à Europa, tal não se fará certamente com o consentimento da sua população. No entanto, a imprensa atlantista afirma que Al-Qaeda está à procura de credibilidade junto deste mesmo público.
Mas não será que os promotores "da guerra ao terrorismo" ao perderem a sua credibilidade devido à incoerência total dos seus álibis, afastam esse mesmos eleitores que cada vez mais que desconfiam ao seu respeito.
14 comentários:
Isto é demais. Será que no Irão as notícias todos os dias serão: "EUA preparam ataque ao Irão."
Aqui no Ocidente a noticia diária é "Al-Qaeda prepara ataque", ou "Outro atentado de consequências devastadoras evitado pela polícia".
Isto é tudo aldrabice!!!
É só para espalhar o medo!!!
Caro Diogo, desculpe intrometer-me mas julgo que lhe possa interessar saber que o meu filho resolveu reactivar o blog dele cujo título é Lumenia.
Abraço.
A guerra ao terrorismo não consegue viver só de ameaças. Qualquer dia há para aí um atentado da responsabilidade da al-stay-behind.
O terrorismo é hoje a grande metáfora para organizar disputas globais e locais. É a mentira do século XXI
Ao anonimo
"O terrorismo é hoje a grande metáfora para organizar disputas globais e locais. É a mentira do século XXI"
Tem toda a razão companheiro, só uma pequena correcção... eu diria que é "uma das" grandes fraudes do seculo XXI, juntamente com o aquecimento global antropogenico, a relação que se faz entre o HIV e a sida, e a adiada agripe das aves, para mencionar apenas algumas das que estão na ordem do dia, todas estas mentiras dizia eu, teem responsaveis e objectivos facilmente identificaveis, basta fazer uma pergunta simples...
Quem ganha com isto?
Penso que todos nós sabemos...
Bancos
Multinacionais
em suma, a elite global.
Mas podemos seguir e fazer mais perguntas...
Quem é a elite global?
Os Rockefeller
Os Rothschild
Os Onasis
A Nobreza Negra
A Maçonaria
E que pretendem eles?
Dinheiro e poder?
Mas isso já eles teem e muito.
Não me parece que seja isso, eles querem mais, muito mais do que isso.
Zéi,
"eles querem mais, muito mais do que isso"
O que é que há para lá do dinheiro e do poder?
"O que é que há para lá do dinheiro e do poder?"
Gajas boas !
Muito bem visto... mas já houve algumas vezes que os serviços secretos de vários países conseguiram impedir ataques terroristas. E, depois do 11 de Março em Madrid, as épocas eleitorais servem para atemorizar os cidadãos-eleitores, mesmo que, na maior parte das vezes isso não tenha fundamento. Falta apenas acrescentar um ponto sobre a imprensa "atlantista". Às vezes a escolha de notícias que vendam pesam mais que as prórpias orientações dessas publicações.
Aos anonimos
Gajas... gajas é bom.
Mas eles querem mais que isso.
Querem tudo.
Não sei se recorda uma frase do Papa João Paulo II, dizia... " Hoje a religião da morte substitui a religião da vida..."
Mas vou transcrever outra citação, diz assim:
"aqueles que viram no movimento Nacional Socialista apenas um movimento politico e economico não viram nada"
O autor deste desabafo foi Hitler.
O verdadeiro poder não é o poder do dinheiro, mas o poder de dominar as mentes.
Ó Diogo, chamar "atlantista" ao Nouvel Obsv, não lembra ao diabo.
O NO é o Guardian francês, isto é, o rosto mais caricatural da esquerda francesa que é, como se sabe, a esquerda mais estúpida e reaccionária da Europa.
Ler tamanho pasquim é um regresso ao passado, á retórica revolucionária do PREC.
Vá lá Diogo, pare de passar rasteiras a si próprio.
É que se os seus posts não tiverem um mínimo de seriedade, vir aqui ensinar-lhe umas coisas é como explicar trigonometria a um semáforo.
«vir aqui ensinar-lhe umas coisas é como explicar trigonometria a um semáforo»
Como se um colector sanitário percebesse alguma coisa da nobre ciência de Hiparco.
Bem....sobre colectores sanitários, o Diogo parece ser uma autoridade.
Nem me passa pela cabeça contestá-lo nesse campo.
Lidador,
Como autoridade em colectores sanitários, que efectivamente sou, aconselho-o a, de quando em vez, desobstruir aquilo que lhe passa pela cabeça. É que a coisa amotoa-se e o cheiro é insuportável.
"Como autoridade em colectores sanitários, que efectivamente sou"
Bem me parecia....então lembre-se do provérbio: não vá o sapateiro além do chinelo, isto é, neste caso particular, não vá o especialista em resíduos além das lamas.
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