quarta-feira, fevereiro 20, 2008

A História Secreta do Sionismo


Ralph Schoenman
: Se a colonização da palestina tem sido caracterizada por uma série de depredações, devemos examinar a atitude do movimento Sionista não apenas contra as vítimas palestinianas mas também contra os próprios judeus.


A perfídia Sionista – a traição das vítimas do Holocausto – foi o culminar da tentativa de identificar os interesses dos judeus com aqueles da ordem estabelecida. Hoje, os Sionistas juntam o seu estado ao braço do imperialismo norte-americano – desde os esquadrões da morte na América Latina às operações secretas da CIA nos quatro continentes.

Esta história sórdida tem origem na desmoralização dos fundadores do Sionismo, que rejeitaram a possibilidade de ultrapassar o anti-semitismo através da luta popular e revolução social. Moses Hess, Theodor Herzl e Chaim Weizmann escolheram o lugar errado da barricada – o do poder do estado, da dominação de classe e da regra exploradora. Propuseram uma disjunção putativa entre emancipação da perseguição e a necessidade de mudança social. A total compreensão de que o cultivo do anti-semitismo e a perseguição dos judeus eram o trabalho da mesma classe dominante a quem eles bajulavam e pediam favores.

Ao procurarem eles próprios o patrocínio dos anti-semitas, revelaram vários motivos: o culto do poder ao qual associam força: um desejo de acabar com a "fraqueza" e vulnerabilidade judaica, deixando de ser os eternos intrusos.

Esta sensibilidade foi um curto passo para a assimilação de valores e ideias dos que odiavam os judeus. Os judeus, escreveram os Sionistas, eram na verdade indisciplinados, subversivos, gente dissidente e merecedores do desprezo que receberam. Os Sionistas alimentaram desavergonhadamente o racismo dos que odiavam os judeus. Venerando o poder, apelaram ao desejo anti-semita de von Plehves e de Himmler de se verem livres de um povo vítima, há muito radicalizados pela perseguição, um povo que encheu as fileiras dos movimentos revolucionários e cujo sofrimento conduziu as suas melhores mentes para a ofensiva intelectual contra os valores estabelecidos.

O sujo segredo da história Sionista é que o Sionismo foi ameaçado pelos judeus. Defender o povo judeu das perseguições significou organizar resistência contra os regimes que os ameaçavam. Mas estes regimes incorporavam a ordem imperial que abrangia a única força social com vontade ou apta a impor uma colónia estrangeira sobre o povo palestiniano. Portanto, os Sionista precisaram de perseguir os judeus para persuadi-los a serem colonizadores numa terra distante, e precisavam de perseguidores que patrocinassem a iniciativa.

Mas os judeus europeus nunca manifestaram qualquer interesse em colonizar a Palestina. O Sionismo foi sempre um movimento marginal entre os judeus, os quais aspiravam a viver nos países de nascimento livres de descriminação ou escapar às perseguições emigrando para democracias burguesas vistas como mais tolerantes.

O Sionismo, portanto, nunca pôde responder às necessidades ou aspirações dos judeus. O momento da verdade chegou quando a perseguição deu lugar à exterminação física. Em face do maior e único teste da sua relação com a sobrevivência judaica, os Sionistas não somente falharam em liderar a resistência ou defender os judeus, mas sabotaram activamente os esforços judaicos para sabotar a economia nazi. Eles procuraram, mais ainda, a responsabilidade dos assassínios em massa, não somente porque o Terceiro Reich parecia suficientemente poderoso para impor uma colónia Sionista, mas porque as práticas nazis estavam em consonância com as concepções Sionistas.

Existia um denominador comum entre os nazis e os Sionistas, expressa não apenas na proposta na Organização Militar Nacional (NMO) de Shamir para formar um estado na Palestina numa "base nacional totalitária". Vladimir Jabotinsky, no seu ultimo trabalho, «A Frente de Guerra Judaica» (1940), escreveu acerca dos seus planos para o povo palestiniano:

"Visto que temos esta grande autoridade moral para encarar calmamente o êxodo dos árabes, não precisamos de observar a possível partida de 900.000 com horror. Herr Hitler tem recentemente promovido a popularidade de transferência de população." [Brenner, The Iron Wall, p.107]

A extraordinária declaração de Vladimir Jabotinsky em «A Frente de Guerra Judaica» sintetiza o pensamento Sionista e a sua falência moral. O massacre dos judeus forneceu ao sionismo "grande autoridade moral". Para quê? - "para encarar calmamente o êxodo dos árabes." A lição da destruição dos judeus pelos nazis foi que era permissível agora aos Sionistas submeter ao mesmo destino a inteira população palestiniana.

Sete anos depois, os Sionistas seguiram os passos dos nazis, cujo apoio procuraram e às vezes conseguiram, e cobriram a sangria na Palestina com múltiplos Lidices (Lídice é uma pequena cidade da antiga Checoslováquia, que foi totalmente destruída e a grande maioria de seus habitantes assassinados pelos alemães como vingança pela morte de seu comandante, o SS nazi, Reinhard Heydrich), conduzindo 800.000 pessoas para o exílio.

Os Sionistas aproximaram-se dos nazis no mesmo espírito de Von Plehve, agindo com a noção perversa de que o ódio aos judeus era útil. O seu objectivo não era salvar, mas forçar a conscrição de alguns seleccionados (para a Palestina) – e os restantes abandonados à sua sorte agonizante.

Os Sionistas quiseram pessoas para colonizar a Palestina e preferiram cadáveres judeus aos milhões do que qualquer salvamento que pudesse instalar os judeus em qualquer outro lado.

Se alguma vez se esperar que um povo possa entender o sentido da perseguição, o sofrimento de ser refugiado perpétuo e a humilhação da calúnia, esse povo só pode ser o judeu.

Em lugar da misericórdia, os Sionistas celebraram a perseguição de outros, ao mesmo tempo que primeiro traíram os judeus e depois os humilharam. Seleccionaram as vítimas do seu próprio povo às quais infligiram um propósito de conquista. Colocaram os judeus sobreviventes face a um novo genocídio contra o povo palestiniano, escondendo-se a si próprios, com selvagem ironia, na mortalha colectiva do Holocausto.




Comentário:

Em suma, não obstante o sofrimento e a morte causados a um incontável número de pessoas de todas os credos e raças, um pequeno grupo de famílias: Rothschild, Rockefeller, Morgan, Montagu, Harriman, Kuhn, Loeb, Warburg, Lehman, Schiff, Pyne, Sterling, Stillman, Lazard, etc, que dominam há mais de um século a alta finança mundial, edificaram uma sólida base militar, na forma de um Estado Judaico, junto das maiores reservas energéticas do planeta.
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12 comentários:

xatoo disse...

concerteza
este Vladimir (judeu de origem russa), aliás Zeev Jabotinsky é um dos fundadores do Likud a extrema direita fundamentalista sionista.
Movimento que andou a matar e a aterrorizar os ingleses, então os administradores do território da Palestina. É evidente que contaram com o apoio de Hitler, que também tinha necessidade de controlar as fontes petroliferas. A politica de "expedir" judeus para a Palestina converteu-se num fluorescente negócio de agências de viagem - de uma cajadada os nazis matavam dois coelhos: viam-se livres daquela tropa de parasitas que não faziam népia e azucrinavam a vida da Inglaterra como potência colonial
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xatoo disse...

isto está muito morto por aqui.
ó Diogo: o que é que querias dizer lá no Arrastão com aquela coisa do telefonema do Cheney ao Musharraf?
não apanhei essa,,,

Diogo disse...

Quanto mais leio sobre o assunto, mais confirmo a tese: os banqueiros internacionais, que de facto controlam a finança mundial há mais de um século, decidiram plantar uma base militar na entrada do Canal do Suez e junto às reservas de petróleo. Não interessa se para isso tiveram de inventar um holocausto para assustar e obrigar os judeus a fugir para a Palestina (coisa que nenhum deles queria). Com esta política, condenaram também os Palestinianos ao inferno.


Xatoo,
Musharraf é um puppet dos neocons. É uma criação deles. Só sai se eles quiserem.

Anónimo disse...

"The Zionists, I want to tell you, are NOT Jews.

That's the biggest deception we've ever faced.

Zionists are Zionists. Period.

They are not Jews.

They are not Christians.

They are not Muslims.

They are a POWER group - a POWER party."

They worship and feed on POWER and CONTROL.

The only way to beat them is to take BOTH away from them.

PintoRibeiro disse...

Bom fim de semana, um abraço K'mrd.

David Lourenço Mestre disse...

Diogo, para quando umas palavrinhas sobre roswell, o publico-alvo é o mesmo, envolve os patifes da casa branca, e o contradiçoes podia grafar um daqueles poemas que deixa qualquer um em ko tecnico... ainda estou a recuperar do ultimo

Anónimo disse...

A Tlaxcala acaba de publicar o discurso de Max Nordau , vice-presidente do 1º Congresso Sionista, em Basileia em Agosto de 1897.

Aqui em espanhol:
http://www.tlaxcala.es/pp.asp?reference=4687&lg=es

Diogo disse...

Caro David Lourenço Mestre,

Porque é que você não se entretém, de vez em quando, a ler umas coisa e depois a meditar sobre elas? Esse défice de sinapses não pode ser totalmente impeditivo.

David Lourenço Mestre disse...

Eh lá, que vil acusaçao, e logo ao seu mais fiel cliente, nao me obrigue a pôr aqui o numero de socio da mensa

Anónimo disse...

Ui, o DLMestre é amigalhaço do JCarmo! Agora tudo faz sentido! No entanto o JCarmo é mais agressivo nos comentários. Mas depois, por vezes, também tem que engolir (sem malícia) o que diz de forma mais agressiva. Talvez o DLM já tenha aprendido...

alf disse...

E esta história dos albaneses do Kosovo, não lembra nada, não há aqui umas semelhanças?

Anónimo disse...

Mais um dos tais clubes que falo.
Mais um bom artigo.

Zorze,
http://extrafisico.blogspot.com