Aeroporto
«Antes do 11 de Setembro, o aeroporto de Heathrow era um aeroporto afável e grandioso, generoso no acolhimento, com aquela cortesia que caracterizava os ingleses antes da obsessão da segurança. Agora, somos tratados como gado. Em trânsito de um país exótico para a amedrontada Inglaterra, somos obrigados a despejar frascos e frasquinhos, a remover cintos e fivelas, telemóveis e relógios, pulseiras e computadores, a despejar malas de senhora e carteiras de homem, a descalçar os sapatos e as botas, a despir casacos e cachecóis, até ficarmos reduzidos à ínfima espécie dos inofensivos e ao menor denominador comum dos tíbios. Passados a pente fino por aparelhos que insistem em apitar se tivermos entranhas de aço, as únicas que garantem a passagem indesejável sem um ataque de fúria.
Os funcionários são destemperados e malcriados, embirram com o tamanho da bagagem de cabine, o salto das botas rasas, a lentidão com que se despe o portátil da sua «skin», o saquinho selado com os frasquinhos até 100 ml. «I am going to keep this, darling!», diz a funcionária estendendo a garra para um gel de banho de senhora. A senhora tenta desrolhar a coisa e é manietada como se o líquido fosse nitroglicerina. «Não Discuta Comigo!» Um homem é obrigado a ficar em tronco nu devido a misteriosas dúvidas sobre o seu revestimento mortal, e pedem-lhe que dispa as calças. O homem começa aos berros e recusa-se a ser humilhado em público. Dois gigantes fardados aproximam-se com ar ameaçador.
Devemos à Al-Qaeda e em especial ao senhor Richard Reid, o terrorista que tentou explodir uma bomba escondida no salto do sapato num avião para Miami, a liturgia securitária. O mais curioso é que o senhor Reid, antes da sua tentativa abortada por duas hospedeiras que se atiraram a ele, tinha passeado o passaporte britânico por lugares tão escrupulosos como Israel. Reid andou a passear em Telavive, e noutras cidades, provavelmente planeando a surpresa no sapatinho.
Os ingleses têm boas razões para se sentirem inseguros, vários atentados terroristas foram evitados em Heathrow, mas nem toda a segurança pensada impediu um lunático de se atirar para uma das pistas com uma mochila às costas, há umas semanas. Não se percebe o que fez e por que razão o fez. A mochila não continha explosivos. A segurança voltou a dobrar e redobrar e, no meio do centro comercial em que se tornou cada um dos terminais de Heathrow, passeiam forças especiais armadas até aos dentes, como se estivéssemos na Zona Verde de Bagdade. Um saquinho abandonado num banco é olhado como um engenho nuclear, malas esquecidas são explodidas, e a confiança não reina ali. O aeroporto mais movimentado do mundo, servindo 180 países, tornou-se um pesadelo.»
Comentário:
CNN: «Suspeito visitou Israel durante 10 dias. Os Serviços de Segurança Israelitas, em conjunto com o FBI, estão a investigar o que Reid fez durante a viagem de dez dias a Israel, afirmaram fontes do Governo Israelita.
Reid levantou suspeitas quando viajou de um país não identificado para Israel na companhia aérea nacional, El Al, de acordo com o porta-voz da companhia Nahman Klaiman.»
Numa simpática sapataria no centro de Telavive, Richard Reid compra uns ténis novos, equipados com uma embalagem de plástico explosivo C4:
Na foto, os ténis-bomba que Richard Reid adquiriu por aproximadamente 500 shekeis, um roubo, mesmo por padrões judaicos:
Os funcionários são destemperados e malcriados, embirram com o tamanho da bagagem de cabine, o salto das botas rasas, a lentidão com que se despe o portátil da sua «skin», o saquinho selado com os frasquinhos até 100 ml. «I am going to keep this, darling!», diz a funcionária estendendo a garra para um gel de banho de senhora. A senhora tenta desrolhar a coisa e é manietada como se o líquido fosse nitroglicerina. «Não Discuta Comigo!» Um homem é obrigado a ficar em tronco nu devido a misteriosas dúvidas sobre o seu revestimento mortal, e pedem-lhe que dispa as calças. O homem começa aos berros e recusa-se a ser humilhado em público. Dois gigantes fardados aproximam-se com ar ameaçador.
Devemos à Al-Qaeda e em especial ao senhor Richard Reid, o terrorista que tentou explodir uma bomba escondida no salto do sapato num avião para Miami, a liturgia securitária. O mais curioso é que o senhor Reid, antes da sua tentativa abortada por duas hospedeiras que se atiraram a ele, tinha passeado o passaporte britânico por lugares tão escrupulosos como Israel. Reid andou a passear em Telavive, e noutras cidades, provavelmente planeando a surpresa no sapatinho.
Os ingleses têm boas razões para se sentirem inseguros, vários atentados terroristas foram evitados em Heathrow, mas nem toda a segurança pensada impediu um lunático de se atirar para uma das pistas com uma mochila às costas, há umas semanas. Não se percebe o que fez e por que razão o fez. A mochila não continha explosivos. A segurança voltou a dobrar e redobrar e, no meio do centro comercial em que se tornou cada um dos terminais de Heathrow, passeiam forças especiais armadas até aos dentes, como se estivéssemos na Zona Verde de Bagdade. Um saquinho abandonado num banco é olhado como um engenho nuclear, malas esquecidas são explodidas, e a confiança não reina ali. O aeroporto mais movimentado do mundo, servindo 180 países, tornou-se um pesadelo.»
Comentário:
CNN: «Suspeito visitou Israel durante 10 dias. Os Serviços de Segurança Israelitas, em conjunto com o FBI, estão a investigar o que Reid fez durante a viagem de dez dias a Israel, afirmaram fontes do Governo Israelita.
Reid levantou suspeitas quando viajou de um país não identificado para Israel na companhia aérea nacional, El Al, de acordo com o porta-voz da companhia Nahman Klaiman.»
Numa simpática sapataria no centro de Telavive, Richard Reid compra uns ténis novos, equipados com uma embalagem de plástico explosivo C4:
Na foto, os ténis-bomba que Richard Reid adquiriu por aproximadamente 500 shekeis, um roubo, mesmo por padrões judaicos:
15 comentários:
Esta conversa parece-me ficção para entreter os americanos. Vocês já viram bem o Richard Reid? Não passa de um alienado.
Ganda tanga
"levantou suspeitas quando viajou de um país não identificado para Israel na companhia aérea nacional, El Al"
Só quem nunca viu chegar ou partir um avião da El Al de um aeroporto não imagina o quanto será dificil entrar num avião daqueles sem antes saberem tim tim por tim tim quem é o gajo, referências, historial,o que vai fazer, onde fica alojado,quanto tempo, que número de sapatos calça, etc.
Em Berlim na hora do avião de Israel mete blindado na pista e um mini grupo de combate armado de metralhadoras em posição preventiva na pista.
o que são os "padrões judaicos"? ou serão mais os padrões anti-semitas e racistas que aqui abundam?
Tareco,Pacheco e madame Clara(uma espécie de "madame Blanche"da escrita)é demasiado para um blogue só!
"Os ingleses têm boas razões para se sentirem inseguros, vários atentados terroristas foram evitados em Heathrow..."
é com artigos destes, de pessoas inteligentes e supostamente informadas, que se percebe como é tão fácil aos senhores do mundo, CFR, Bilderbergs, enganarem o comum dos cidadãos.
A dra Clara Alves, no que a estes casos concerne é tão papalva como o resto dos comuns mortais, que possivelmente só querem ver o benfica e companhia ou a novela do dia.
Mas a pessoas como ela, pede-se um pouco mais.
pede-se que sejam críticos.
que façam um pouco de pesquisa antes de abrirem a boca para não mais fazerem do que servirem de propaganda para a pseudo-guerra ao terror que os media tanto querem vender a pedido dos seus mestres.
relativamente ao Richard Reid eis o que com um pouco de pesquisa se poderia obter:
http://www.whatreallyhappened.com/shoedoubts.html
existem muitas dúvidas sobre este senhor e o seu envolvimento com o MI5.
já sobre as diversas tentativas de atentados em aeroportos ingleses, o auto inglês Nafeez Ahmed diz-nos algo como:
"So let’s get quickly back on track to look at the terror attempts in the UK. Whatever those attacks “appeared” to be, they were clearly planned and conducted by people with absolutely no real idea of what they were doing. Despite official attempts to ratchet up the fear-level by insisting that the police had pre-empted a spectacular bombing plot that could have slaughtered hundreds, a number of experts have pointed out the obvious.
Improvised Un-explosive Devices?
Larry C. Johnson, a former senior US counterterrorist official for the CIA and State Department who works as a consultant to governments on terrorism issues, described the Friday episode as a “crock of crap”"
http://nafeez.blogspot.com/search?q=%27liquid+bomb%27
e ainda:
"This is the exclusive story that the entire British media establishment ignored. It's a story that almost every major newspaper was offered, but didn't want to print. It's the story of how the British and American governments, for all intents and purposes, invented a terror threat in August 2006, to trigger a climate of fear and paranoia convenient for the legitimization of a political agenda of intensifying social control at home, and escalating military repression in the Middle East. And in so doing, they diverted the attention of the police and intelligence services toward a phantom, and away from a very real threat that remains intact, and that the government refuses to deal with."
http://nafeez.blogspot.com/2006/09/ex-uk-intel-official-says-liquid.html
como podem alguns de nós que tentamos ir além do que nos tentam vender, explicar ao comum dos cidadãos que andam a ser enganados a torto e a direito quando pessoas com supostamente mais cultura e acesso facilitado a mais informação não conseguem ver mais além? ou será que conseguem e não passam de emissários dos srs do mundo?
rj
Simply put, both Zacarias Moussaoui and Richard Reid are patsies, two doltish fall guys provided to put a sinister (if pathetic) face on the beast our government and corporate media call "al-Qaeda." It was never intended that Moussaoui see the cockpit of a commercial airliner and if indeed "al-Qaeda" had wanted to blow up American Airlines Flight 63 over the Atlantic Ocean, they would not have selected a bumbling petty criminal such as Richard Reid to accomplish the task.
http://www.rense.com/general70/nutjobs.htm
http://www.rense.com/general18/updatethehypnoticshoe.htm
Occasionally, the powers that be throw us a bone, like Moussaoui, or Richard Reid, just to try to prove there are actual terrorists out there. But how many more so-called terrorists have been allowed to slip away, under cover of CIA assistance?
http://www.rense.com/general37/perfect.htm
http://www.rense.com/general18/unansweredquestions.htm
A Clarinha só se incomoda com o Big Brother quando este interfere nas suas idas às compras!
Sapataria Ariel... essa tá demais :)
Terroristas?Só se for o Bush,Blair e a pandilha do Capital,ah! e aquele estado democrático que é religioso...E,não me chamem de anti-semita!
Tudo dito.
Abraço,
Caro Diogo,
aceito o seu convite.
Contacte-me directamente para o meu email, pois, não sei como podemos realizar tal coisa: estou sem computador pessoal há já algum tempo, daí que até a exposição de minhas investigações estarem paradas.
poesiasocial@gmail.com
Tenho vindo a contactar pessoas relaccionadas com esse assunto: parece que a coisa estende-se muito além daquilo que conseguimos imaginar, mesmo nós, que estamos mais atentos.
Por outras palavras, a nossa imaginação é limitadíssima, uma vez que ela tem por base a nossa também limitadíssima esfera de conhecimento.
Imagine-se, então, a infinidade de coisas quem sequer conseguimos imaginar que existem!!!... aqui começa a humildade.
Não sou grande fã da Clarita. Londres é uma cidade que conheço relativamente bem, já lá estive 4 vezes.
No final dos anos 90 e antes dos atentados no Heathrow (que conheço bem) quando estava a voltar e estava com a barba por fazer e meio abandalhado a police-girl grita para mim antes de passar pelo detector de metais "open your legs" e passa por mim o aparelhezito apitando só na fivela do cinto. Depois abriram-me a mochilita de mão que levava e até folhearam o livro que trazia.
Devem ter pensando "Portugal, ciganada"...
Já lá passei depois dos atentados e não me fiscalizaram nada e fui muito bem tratado.
Isto para chegar à conclusão que tem a ver com o funcionário que está de serviço se vai ou não com a nossa trombeta.
No caso da Clarita acho que há excitação a mais.
Gostei da abordagem do Rikhard, pelo menos não comeu logo o texto como palha para burros.
Mas não é só em Londres que este tipo de controle despropositado acontece. Há cerca de um mês um amigo meu foi à chamada Terra Santa inserido num grupo que organizou esta deslocação. Ficou tão farto de ser humilhado por ter sido tratado pela segurança israelita no controlo a que foi submetido quer à chegada quer à partida, ele e os demais companheiros que desaconselha seja quem for que tenha a triste ideia de igualmente escolher a chamada Terra Santa para visitar.
Hoje temos o terrorismo, que de algum modo pode justificar o comportamento dos funcionários ingleses, mas quando eu fui a Inglaterra pela primeira vez 43 years ago, sem terrorismo, guerra ou coisa parecida, os tais ditos funcionários recebiam-nos no aeroporto com o maior desprezo possível. Não deve ser defeito, é feitio.
Um abraço. Augusto
E é admirável, meu deus, que a quem anda tanto por aí, incluso por terras do mal, resppeitem as cuequinhas.
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