Diário de Notícias - 14 de Maio de 2007
«Se a guerra no Iraque começou entre enorme polémica, a do Afeganistão foi alvo de uma quase unanimidade, pelo menos entre os aliados dos EUA. O inimigo era óbvio e em cada mulher de burka havia uma razão para fazer esta guerra. Não por acaso, as forças da NATO - Portugal incluído - rapidamente tomaram o terreno.»
«Depois todos nos esquecemos de que o Afeganistão existia por entre o folclore dos fatos engraçados do Presidente Karzai e os relatos dos jornalistas em reportagens que falavam da liberdade.»
«Esse esquecimento foi também sentido pelas tropas. Com o Iraque a ferro e fogo, os EUA negligenciaram esta guerra que parecia ganha. As forças da NATO começaram a não gerir o terreno. O Governo não conseguiu impor a ordem. E os talibãs aproveitaram o vazio. Para voltar a combatê-los, os EUA e a NATO usaram a força indiscriminada que vitimou muitos civis - também porque eles se distinguem mal dos talibãs.»
«Mas esta é uma guerra que não podemos perder. Precisamente porque é - e muito mais até que o Iraque - ideológica. Contra um grupo liberticida. Esta é uma guerra pela humanidade.»
Comentário:
João Marcelino, no curto editorial de hoje do Diário de Notícias, debita meia dúzia de alarvidades que remata pomposamente: "Esta é uma guerra pela humanidade". Marcelino esquece, contudo, alguns pormenores não despiciendos:
«Se a guerra no Iraque começou entre enorme polémica, a do Afeganistão foi alvo de uma quase unanimidade, pelo menos entre os aliados dos EUA. O inimigo era óbvio e em cada mulher de burka havia uma razão para fazer esta guerra. Não por acaso, as forças da NATO - Portugal incluído - rapidamente tomaram o terreno.»
«Depois todos nos esquecemos de que o Afeganistão existia por entre o folclore dos fatos engraçados do Presidente Karzai e os relatos dos jornalistas em reportagens que falavam da liberdade.»
«Esse esquecimento foi também sentido pelas tropas. Com o Iraque a ferro e fogo, os EUA negligenciaram esta guerra que parecia ganha. As forças da NATO começaram a não gerir o terreno. O Governo não conseguiu impor a ordem. E os talibãs aproveitaram o vazio. Para voltar a combatê-los, os EUA e a NATO usaram a força indiscriminada que vitimou muitos civis - também porque eles se distinguem mal dos talibãs.»
«Mas esta é uma guerra que não podemos perder. Precisamente porque é - e muito mais até que o Iraque - ideológica. Contra um grupo liberticida. Esta é uma guerra pela humanidade.»
Comentário:
João Marcelino, no curto editorial de hoje do Diário de Notícias, debita meia dúzia de alarvidades que remata pomposamente: "Esta é uma guerra pela humanidade". Marcelino esquece, contudo, alguns pormenores não despiciendos:
a) Washington deu luz verde aos Talibã – Em vez de ter feito soar o alarme pela subida ao poder da milícia islâmica mais fundamentalista, os EUA afirmaram através do porta-voz do Departamento de Estado Glyn Davies, que “não havia nada de objectável às políticas domésticas praticadas pelos talibã”, isto foi afirmado no Middle East International de Outubro de 1996.
«US State Department spokesman Glyn Davies said that there was "nothing objectionable" about the domestic policies pursued by the Taliban.»
b) No «The Tribune» - o plano de construção de um pipeline de gás natural do Paquistão para o Turquemenistão, com passagem pelo Afeganistão. Um negócio em que a Unocal, uma das maiores empresas petrolíferas americanas estava interessada. “Nós vemos a subida ao poder dos talibã, como uma coisa muito positiva”, disse Chris Taggart Vice-Presidente da Unocal (no Observer de Agosto de 98).
«Presumably reflecting contemporary American policy, Unocal’s president, Mr Chris Taggart, was quoted as saying: “If Taliban stabilises the situation in Afghanistan and can gain international recognition, the possibility of constructing the pipeline will be significantly improved.”»
c) E, por falar em Karzai e na UNOCAL, não esquecer que desde meados dos anos de 1990, Hamid Karzai agia como consultor e elemento de pressão da UNOCAL nas negociações com os Talibãs. E ainda que segundo o jornal saudita Al-Watan , “Karzai era agente secreto da Central Intelligence Agency (CIA), a partir dos anos de 1980. Ele colaborava com a CIA, encaminhando a ajuda americana aos Talibãs, desde 1994, quando os americanos, secretamente e através dos paquistaneses, apoiavam as ambições de poder dos Talibãs”.
Portanto, meu bom Marcelino, quando decidir escrever editoriais, tente aprofundar mais a coisa. No entanto, se o objectivo for apenas vomitar merda, meta a cabeça na sanita e puxe repetidamente o autoclismo.
22 comentários:
"Se a guerra no Iraque começou" (...)
Guerra? Que guerra, amigo Diogo? Só existe de fato e de direito uma guerra, quando as potências envolvidas tem mais ou menos o mesmo poder de fogo. A mídia sabuja, esses infames, detratores do jornalismo ocidental, batizaram de guerra uma invasão. Assim como quando morre inocentes e de algum modo não tem como "varrer" para debaixo do tapete os pedaços dos corpos, foi um "incidente".
Exacto, meu caro Medeiros. Não há nenhuma guerra. Há holocaustos. No Iraque e no Afeganistão. E a merda dos «merdia» alimentam ininterruptamente estes crimes contra a humanidade.
Diogo, peço desculpa. Rejeitei um comentário seu "no automático". É de fácil resposta mas se não se importa, envie-me um e-mail e respondo, pode ser?
Abraço e parabéns por este blog!
M.
Hehehehe!
Boa Diogo.
Diogo, você está cada vez pior nos seus ódiozinhos e fúrias.
Quer dizer, se alguém tem uma opinião diferente da sua, o que é normal, dada a paranóia doentia que a caracteriza, você acha logo que
" se apenas lhe apetecer vomitar merda, meta a cabeça na sanita e puxe repetidamente o autoclismo" .(sic)
Chiça, Diogo, isto prova que o mais completo mentecapto, incapaz sequer de usar um urinol sózinho, pode perpetrar com facilidade bostadas.
E nos últimos tempos, tem de facto perpetrado muitas.
Quase que parece um "intelectual de esquerda", cheio de flatulências paranóicas.
Perprete menos, homem.
Leia uns livros do Pato Donald, para aliviar da overdose de burrice que anda a consumir.
AH...o quê...o Pato Donald é obra da CIA?...para impor os valores americanos?
Não me diga?
POis aquele miserável Pato trabalha para o Bush?
Sacana!
Já agora, Diogo, onde há holocaustos é cá, no Verão.
Sabe o que quer dizer "holocausto"?
Bem me parecia que não!
Lidador, acontece que possuo um bom dicionário online:
sm (gr holókauston) 1 Sacrifício entre os judeus e outros povos, em que a vítima era totalmente queimada. 2 A vítima assim sacrificada. 3 Sacrifício, imolação.
holocaust holocausto; incêndio
sacrifice sacrifício; animal sacrificado como parte de um ritual religioso; vítima; cessão, condescendência, sujeição
Donde, meu caro, não só tenho um bom dicionário como tenho um razoável conhecimento do que se passa naquela zona. Ao contrário de si.
Meu caro Diogo achei que deveria vir dar-lhe a resposta acerca do comentário deixado. Julgo que já percebeu que não me identifico com este PS porque o meu voto não contribuiu, para esta maioria absoluta que ele obteve. Daí achar que em matéria da liberalização do preço dos combustíveis tenho de responsabilizar o governo de Durão Barroso por tal iniciativa que foi naltamente lesiva do nosso interesse nesta matéria. Mas insisto não votei PS porque exactamente partilho da sua opinião de não conseguir definir as fronteiras dum e doutro partido por achar que ambos comungam dos mesmos ideais, que são conhecidos, favorecer os ricos e continuar a prejudicar aqueles que menos podem. Todavia isso não invalida o reconhecimento de que sobre esta matéria o António Guterres foi sempre coerente e nunca cedeu à pressão do PSD no sentido de liberalizar o preço dos combustíveis para tal se traduzir num benefício para os consumidores
o que se verificou não só não aconteceu como se verificou o contrário o disparo exagerado do preço dos combustíveis.
Contradições, meu filho, deve andar a ver o mundo com uma burga à frente dos olhos.
Ainda não percebeu que não é o Guterres, ou o Sócrates, ou o Durão que determinam o preço da gasosa?
É que a coisa é feita de petróleo e não consta que ele nasça debaixo da residência oficial do 1º Ministro.
Bora lá fazer umas contas, caro cromo, agarre aí na máquina de calcular, traga duas garrafas de tinto, sente-se e prepare-sed que tem aí um dia de trabalho pela frente a fazer contas de somar e subtrair.
Se a gasolina custa 100 e o Guterres quer que se venda a 50, quem paga os outros são os contribuintes, porque, contrariamente ao que lhe contaram, o dinheiro tb não nasce debaixo da cama do 1º Ministro.
Incluindo os contribuintes que nem sequer andam de carro.
Você acha isso justo, porque gosta de se alambazar à custa dos outros.
Mas depois mão venha para cá berrar que não há dinheiro para isto e para aquilo.
Sol na eira e chuva no nabal, só na cabaça dos palermas.
Não é o seu caso, evidentemente, porque você, está na cara, é um génio incompreendido.
Quanto ao preço exagerado da gasosa, é verdade, é exagerado, mas se calhar o meu amigo ainda não meteu nessa mona esquerdista que a culpa é do estado, que carrega impostos com quem assalta à mão armada.
Imagine o céu, ísto é, uma gasolina em que o estado não metesse a mão como esta faz.
Aí sim, iria perceber o que é o preço liberalizado, ou seja, pagaria menos de metade do que agora.
E com esse dinheiro que o estado lhe rouba, iria por exemplo, jantar fora, dando trabalho as restaurantes, fabricantes de pratos, toalhas, produtores de carne e de peixe e de azeite, e de copos,etc etc.
Assim não...o dinheiro vai parar ao orçamento e fazem-se Otas e estádios de futebol e rotundas e renova-se a frota de Mertcedes.
Chiça, que raio de bolota você tem em cima dos ombros...
Invasao do Iraque
Venham os biocombustíveis para aligeirar esta porra do petróleo. E as outras renováveis também. Aviso já que este ano voltamos ao holocausto, não consegui fazer valer o imposto de carbono sobre a madeira queimada, tanto quanto eu saiba. Fica para o ano, portanto este vai ser um fartar vilanagem, dir-se-ia.
py
Lidador, você tem a calculadora avariada:
Os lucros das gigantes petrolíferas norte-americanas estão sob a mira de vários congressistas norte-americanos e até o presidente dos EUA tem apelado às autoridades reguladoras maior severidade no controlo dos preços praticados na venda de combustíveis.
Numa altura em que a cotação do petróleo se encontra em níveis historicamente elevados (em torno dos 72 dólares por barril), a apresentação dos resultados das três maiores empresas do sector, Exxon Mobil, Chevron e ConocoPhillips, coincidiu com a subida do preço da gasolina nos Estados Unidos para um valor recorde de três dólares por galão (3,78 litros).
Além disso, a divulgação das contas destas companhias (que obtiveram um lucro conjunto de mais de 12,6 mil milhões de euros) deu-se em plena campanha eleitoral para o Congresso e outros cargos estatais, o que torna as críticas às petrolíferas recorrentes nos vários discursos de campanha.
O agravamento dos impostos sobre os lucros destas empresas tem sido uma das propostas mais apontadas, assim como a redução em cerca de dois mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) as isenções fiscais de que algumas delas beneficiam.
Lá está o Diogo com a catilinaria dos lucros.
Ó homem, sem lucros não há empresas.
Você por exemplo, trabalha de borla?
Monta uma empresa para ter prejuizo?
Por exemplo, na Coreia do Norte as empresas não se movem pelo lucro.
O resultado é bom?
Para além do deputado Bernardino, não há muita gente a pensar assim.
E lá vem você outra vez com opiniões avulso, pescadas à linha na Internet, para pretender provar as suas bostadas.
Apenas consegue provar que há mais quem bosteje, e se calhar cita-o a si como autoridade.
Pescadinhas de rabo na boca.
Ah. sobre o congressista referido na notícia, não admira que não tenha as petrolífereas em muito boa conta...trata-se do sector que menos donativos lhe atribui.
Os maiores amigos do Jack são o sector da saúde, pessoal reformado e produção de trigo.
Bora lá, Diogo, ver quanto custa um litro de gasosa em Cuba e na Coreia...bem, se calhar nem é precisa...a malta não tem dinheiro para pão, quanto mais para carro.
Caro Diogo,esqueça o meu comentário no meu blog sobre ter retirado os links dos meus blogs,já vi que colocou de novo o link para um deles.Parabens e continue apesar das reacções dos idiotas uteis do sistema.
Este João Marcelino é mesmo asqueroso "O inimigo era óbvio e em cada mulher de burka havia uma razão para fazer esta guerra". Ele que vá dizer isso às mulheres que vivem na Arábia Saudita, que são bem capazes de ter complexos de inferioridade por terem sido preteridas nesta benemérita acção de libertação feminina, levada a cabo por evangelistas. Sob o comando do Sultão continuam aliadas ao libertador, assim como as paquistanesas, and so on..
As empresas petrolíferas têm grandes lucros porque muitas externalidades do seu negócio são pagas pelos governos (protecção de rotas e instalações).
Por exemplo:
http://english.aljazeera.net/NR/exeres/837BD1A8-EB11-4F59-B9CB-49B8274CE305.htm
Outra razão é o pessoal gostar de se queixar do preço da gasolina e como solução propôr taxas e impostos a quem a vende?!?!?
Querem pagar o preço real da gasolina, façam as empresas petrolíferas pagar todas as externalidades e retirem todos os impostos sobre os produtos petrolíferos.
Suspeito que o resultado final seria o preço da gasolina mais caro.
Não se esqueçam que o petróleo é um recurso finito, escasso,dificilmente substituível mesmo aos preços actuais e altamente disputado.
Recomendações para pagar menos pelos combustiveis e acima de tudo depender menos deles:
-Fazer menos Km
-Morar perto do emprego
-Comprar uma bicicleta e utilizá-la para deslocações curtas
-usar transportes publicos
-Economiza, Localiza, Produz
Acontece, o Marcelino cometeu uma gralha e os revisores não viram. O que ele queria dizer era: esta é uma guerra contra a humanidade. Uma gralhazita sem importância.
Marcelino, Marcelino, quem te deu o vinho?
Um abraço. Augusto
(desde st.petersburgo - sem acentos) Quando e que em Portugal se comeca a debater politica sem os animos descontrolados de quem esta a ver um jogo de futebol? Sem a cretina ideia de que ou se e "dos nossos" ou "contra nos"? Pessoalmente nao gosto nem um bocadinho do presidente dos EUA mas, caro Diogo, gostava de o ver uns dias aqui na Russia para perceber quem e o sr. Vladimir Putin, que parece tanto admirar. Talvez a sua veia esquerdista o levasse a ser o primeiro a entrar nas manifestacoes contra a censura que aqui se vive.E depois ficaria a saber como aqui se lidam com essas manifestacoes. Talvez nao lhe fizesse mal sentir na pele o "modus operandi" desta gente para depois reflectir um pouco e tirar as suas conclusoes.
Meu caro Anónimo de St. Petersburgo,
Não tenho qualquer dúvida de que não deve ser muito agradável viver sob a ditadura de Putin. Mas também tenho alguns conhecimentos sobre o saque económico que tem sido levado a cabo na Rússia pela alta finança internacional através de testas de ferro – os famosos oligarcas russos.
E sei também que o complexo militar-industrial americano prepara uma agressão militar contra a Rússia para se apoderar do petróleo do Cáspio e para esmagar uma potência regional.
Putin pode ser um indivíduo execrável, mas pode ser a resposta mais lógica à política de rapina e assassina de Cheney.
[Portanto, meu bom Marcelino, quando decidir escrever editoriais, tente aprofundar mais a coisa. No entanto, se o objectivo for apenas vomitar merda, meta a cabeça na sanita e puxe repetidamente o autoclismo.]
Com um sorriso nos lábios, subscrevo inteiramente!!!
Abraço, Diogo.
Se alguém quiser aprofundar mais essa coisa esquisita que são os preços, tem aqui para estudar:
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/05/16/AR2007051602429.html
No entanto, se o objectivo for apenas continuar a vomitar merda, continuem a meter a cabeça na sanita e a puxar repetidamente o autoclismo.
Como é que isto lhe soa aplicado a si, dioguito, soa-lhe bem?
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