Notícia TVI - 2008-06-06
Aeroporto da Portela tem afinal muitos espaços livres
A falta de espaços para os aviões aterrarem e descolarem é muito mais problemático na grande maioria dos aeroportos de outras capitais europeias.
É falso um dos argumentos centrais do Governo para fechar o Aeroporto da Portela. O actual aeroporto de Lisboa continua com tempos disponíveis para os aviões aterrarem e descolarem praticamente durante todo o dia.
A falta de slots, o nome que os técnicos dão aos horários livres, é muito mais problemático na grande maioria dos aeroportos de outras capitais europeias.
Este facto pode ser verificado numa simples consulta à Internet. O Aeroporto da Portela está muito longe de ter necessidade de recusar voos por falta de disponibilidade de slots.
Desfazer esta mentira é algo que está ao alcance de todos. Se se for ao Google e pesquisar pela expressão slots na Portela aparece um estudo publicado online pelo especialista em transportes Rui Rodrigues.
Com esse estudo aprende-se a consultar o site da Coordenação Internacional de slots.
Se se atender à semana de 8 de Agosto, período por excelência de saturação de tráfego aéreo, o mapa de disponibilidades do Aeroporto da Portela mostra que, na maioria das horas, continuam disponíveis dezenas de tempos de descolagem e aterragem. Só há alguns problemas entre as 07:00 e as 08:00. Mesmo assim sem a disponibilidade do aeroporto não chega a estar esgotada.
No mapa de disponibilidades do Aeroporto de Gatwick, em Londres, a mesma semana de Agosto está quase toda ocupada. Noutro aeroporto da capital britânica, em Heathrow, são ainda mais os horários onde não há espaço para aterrar ou descolar um único avião a mais.
A empresa coordenadora de slots de Portugal confirma que não há recusa de slots na Portela, porque o aeroporto procura disponibilizar horários alternativos às companhias aéreas. A empresa argumenta com os constrangimentos ao estacionamento de aviões e das infra-estruturas de passageiros.
João Soares, ex-presidente da Câmara de Lisboa, garante que só por má vontade é que não se resolve o problema com os terrenos disponíveis.
Torna-se assim muito mais difícil perceber por que insiste o Governo em fechar a Portela. O pior é que o novo aeroporto pode tornar-se um «elefante branco». O custo estimado de 3 mil milhões de euros terá de ser pago ou pelos contribuintes ou pelos utilizadores. Por isso, é previsível que as taxas aeroportuárias a pagar pelos passageiros sejam elevadas, o que afastaria os voos das companhias low cost, que cada vez conquistam mais mercado.
Os aeroportos portugueses cobram agora o dobro em taxas do que, por exemplo, os espanhóis. O aeroporto de Girona cobra 17 euros por cada passageiro que viaja para o Porto mas, no regresso, esse passageiro tem de pagar o dobro, quase 30 euros, para utilizar o aeroporto do Porto.
O Aeroporto da Portela também cobra o dobro do aeroporto de Madrid. Os espanhóis, apesar de terem folga orçamental, optaram por construir aeroportos baratos, que servem de base às companhias low cost, que cada vez oferecem ligações directas para mais cidades europeias.
Reportagem TVI - 2008-07-04
Aeroporto da Portela tem espaço para crescer
A uma hora de ponta, em pleno Verão, chega a passar meia hora sem que se movimente um único avião.
É do senso comum e pode comprovar-se à vista desarmada que o aeroporto da Portela não está mesmo esgotado. A TVI filmou o aeroporto a uma hora de ponta, em pleno Verão, e verificou que chega a passar meia hora sem que se movimente um único avião. As previsões oficiais para este Verão também provam que a Portela é dos aeroportos com maior folga na Europa.
A TVI confrontou o presidente da TAP com estes factos e Fernando Pinto acabou a explicar que, afinal, o grande problema é a falta de espaço para o estacionamento de aviões. Mas uma análise simples aos terrenos da Portela demonstra que o aeroporto ainda tem muito espaço para crescer e só não é ampliado porque parece não haver vontade política para isso.
O encerramento da Portela representa por outro lado uma ameaça grave para o turismo. Os operadores turísticos têm medo que aconteça em Lisboa uma verdadeira «tragédia grega». Os gregos fizeram um aeroporto novo em Atenas, grande e caro, que afastou os turistas e levou muitas empresas do sector à falência.
O receio é maior porque o turismo de Lisboa nunca viveu tão bem, graças aos voos das companhias aéreas de baixo custo. No Algarve, por exemplo, os hoteleiros até pagam a essas companhias para aterrarem em Faro.
7 comentários:
Claro, claro! Foi este governo que andou de régua e esquadro, teodolito debaixo do braço a tomar as medidas do aeroporto!
E ele não está perigosamente situado ? pois não? E foi o governo que aqui o colocou? Claro! São muito maus. fazem sofrer as pessoas ! e gostavam era de poder fazer ainda mais mal, mas o danado dos estudos que pediram a várias entidades vieram todos marados: Que era preciso um novo aeroporto que este já era. E assim!
Ainda bem que a TVI e mais os seus aero-experts vêm regulatmente contribuir para a nossa cultura.
Quando um avião com umas 300 pessoas aterrar no Campo Grande ou na Av. de Roma é que vai ser o bom e o bonito!
Aqui del-rei que o governo não previu o risco x benfício de aterragens um bocado pouco hortodoxas...
E uma volta pelo Mundo? fazia bem . Sempre arejavam as cabecinhas!
MFerrer
Meu caro MFerrer, vá ao Google Earth e veja quantos aeroportos europeus e norte-americanos estão no meio de casario.
Mais, esse argumento nunca é referido pelos políticos. O objectivo deles é uma «cidade aeroportuária».
a habilidade, tanto da TVI como do PSD, ou seja, por extensão, de tudo o que há de mais reacccionário na sociedade tuga, é aparecerem estes xico-experts pela direita a criticar as correctas aspirações do que haveria de ser as politicas de esquerda.
Com tintas trocadas, papas e bolos se enganam os tolos - e aí vai o maralhal votar na direita para poupar uns tustos ao país (mas quando chegarem ao Poder, a Manela&Compª invertem o discurso, servindo à mesma as clientelas que vivem do betão)
É a industria do cimento na sua máxima força. Seja na OTA ou em Alcochete, que interessa isso ?
O que é preciso é construir, aumentar o volume de negócios, os ratios, as luvas, etc, etc.
O que vem para aí ?
Abraço,
Zorze
resposta à tua questão das FARc serem uma boa desculpa para justificar os negócios das empresas de armamento:
Também, mas não é esse o ponto principal. O que interessa é quem mexe os cordelinhos nas decisões: o lobie judaico, a banca judaica e as novas tecnologias informáticas de detecção GPS em que empresas israelitas como a Odigo Systems se especializaram - e que é mais que certo estarem implicadas no 11 de Setembro:
Odigo had its U.S. headquarters two blocks from the WTC. The Odigo employees, however, did not pass the warning on to the authorities in New York City, a move that could have saved thousands of lives
http://www.rense.com/general64/moss.htm
.
Até que enfim que um grande (em termos de audiências) meio de comunicação social levantou a ponta do véu, Diogo.
Mferrer, será que vale a pena continuar a acreditar no Pai Natal?
A Portela permite 26 aterragens e 26 descolagens por hora, 24 horas por dia. Para hoje, 10 de Julho, há apenas uma hora esgotada, entre as 7 e as 8 da manhã. Das 624 aterragens disponíveis, estão reservadas 350. Das 624 descolagens disponíveis, foram reservadas 340. Isto corresponde a uma ocupação média de 55,2%. Este mês e o próximo (de Agosto) corresponde ao maior fluxo de passageiros da Portela, noutras épocas do ano (excepto a Páscoa) a ocupação média do aeroporto não chega aos 40%.
Esta informação é “oficialíssima”, vem da coordenação do tráfego aéreo.
Quanto à segurança… O aeroporto foi inaugurado a 15 de Outubro de 1942, está portanto próximo de completar 66 anos. Felizmente nunca houve um grande acidente, mesmo quando as aeronaves e os controladores não dispunham da panóplia de tecnologia que está hoje disponível, acha que é preciso um governo de visionários para vir agora resolver o problema da segurança?
Quanto aos estudos de que fala, deixo-lhe a opinião do ex-presidente da Portugália Airlines, a melhor companhia aérea da Europa, que estes senhores (os tais visionários) fizeram o favor de fechar:
“Para chegarmos à conclusão que a Portela vai esgotar-se nos próximos anos, seria preciso demonstrá-lo. Como? Simples, com um estudo sobre a Portela. Ora, a não ser que exista um estudo secreto, na realidade nunca foi avaliada a optimização da Portela. Nunca!” – João Ribeiro da Fonseca, em entrevista ao Diário Económico em agosto de 2007.
Quando à volta pelo mundo, Kai Tak diz-lhe alguma coisa?
Xatoo - De acordo! O que é preciso é que haja conflito.
Apache - o último argumento que resta aos defensores do NAL é o da segurança. Mas este problema é demasiado sobrevalorizado. Nunca houve um acidente grave. Com as tecnologias de hoje, esse problema é ainda menor. Ademais, a grande maioria dos aeroportos europeus e norte-americanos estão em zonas habitadas.
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