Artigo de Noam Chomsky - 23/6/2006
Um ponto de ebulição parece estar iminente em relação ao Irão e aos seus programas nucleares.
Antes de 1979, quando o Xá estava no poder, Washington apoiou fortemente esses programas. Actualmente, a alegação habitual é que o Irão não tem necessidade de energia nuclear, e portanto deve estar a seguir um programa de armas secreto. «Para um grande produtor de petróleo como o Irão, a energia atómica é um desperdício dos seus recursos», escreveu Henry Kissinger em The Washington Post no ano passado.
No entanto, há 30 anos, quando Kissinger era secretário de Estado do presidente Gerald Ford, sustentou que a «introdução da energia nuclear simultaneamente responderá às crescentes necessidades da economia do Irão e libertará as restantes reservas de petróleo para a exportação ou para a conversão em produtos petroquímicos». No ano passado, Dafna Linzer, do The Washington Post, perguntou a Kissinger sobre a sua inversão de opinião. Kissinger respondeu com a sua habitual franqueza comprometida: «Eles eram um país aliado».
«Asked why he reversed his opinion, Kissinger responded with some surprise during a brief telephone interview. After a lengthy pause, he said: "They were an allied country, and this was a commercial transaction. We didn't address the question of them one day moving toward nuclear weapons."»
Em 1976, a administração Ford «aprovou os planos iranianos para construir uma indústria de energia nuclear massiva, mas também trabalhou duramente para completar um negócio de milhares de milhões de dólares que teria dado a Teerão o controle de grandes quantidades de plutónio e urânio enriquecido – os dois caminhos para uma bomba atómica», escreveu Linzer. Os estrategos de topo da administração Bush, que agora estão a denunciar estes programas, estavam então em postos chave da segurança nacional: Dick Cheney, Donald Rumsfeld e Paul Wolfowitz.
Um ponto de ebulição parece estar iminente em relação ao Irão e aos seus programas nucleares.
Antes de 1979, quando o Xá estava no poder, Washington apoiou fortemente esses programas. Actualmente, a alegação habitual é que o Irão não tem necessidade de energia nuclear, e portanto deve estar a seguir um programa de armas secreto. «Para um grande produtor de petróleo como o Irão, a energia atómica é um desperdício dos seus recursos», escreveu Henry Kissinger em The Washington Post no ano passado.
No entanto, há 30 anos, quando Kissinger era secretário de Estado do presidente Gerald Ford, sustentou que a «introdução da energia nuclear simultaneamente responderá às crescentes necessidades da economia do Irão e libertará as restantes reservas de petróleo para a exportação ou para a conversão em produtos petroquímicos». No ano passado, Dafna Linzer, do The Washington Post, perguntou a Kissinger sobre a sua inversão de opinião. Kissinger respondeu com a sua habitual franqueza comprometida: «Eles eram um país aliado».
«Asked why he reversed his opinion, Kissinger responded with some surprise during a brief telephone interview. After a lengthy pause, he said: "They were an allied country, and this was a commercial transaction. We didn't address the question of them one day moving toward nuclear weapons."»
Em 1976, a administração Ford «aprovou os planos iranianos para construir uma indústria de energia nuclear massiva, mas também trabalhou duramente para completar um negócio de milhares de milhões de dólares que teria dado a Teerão o controle de grandes quantidades de plutónio e urânio enriquecido – os dois caminhos para uma bomba atómica», escreveu Linzer. Os estrategos de topo da administração Bush, que agora estão a denunciar estes programas, estavam então em postos chave da segurança nacional: Dick Cheney, Donald Rumsfeld e Paul Wolfowitz.
8 comentários:
There's no business as War business.
É natural que Kissinger já não se lembre do que disse há trinta anos. O homem já passou dos oitenta e a idade não perdoa. Aposto que se lhe falarem do Vietname ele vai abanar a cabeça com um sorriso desolado.
Mais tarde ou mais cedo a coisa dá-se. A Coreia também aproveita para por as garras de fora.
Pois, é que o problema dos estados unidos não é essa bomba atomica mas a outra...
A abertura da bolsa de petroleo iraniana a transacionar, não em dolares mas em euros... essa sim seria a mais forte arma de destruição massiça que os estados unidos teriam de enfrentar.
Dai a dor de cabeça.
O dolar tem sido durante decadas a unica moeda aceite pela opep nas suas transações.
Alguma coisa que mude isso será um tssunami para a economia dos estados unidos.
Eles sabem isso melhor que ninguem.
O pais deve a volta de 9 trilioes de dolares.
Deficit comercial a volta de 200 mil milhoes.
Crescimento a custa de consumo interno com uma bolha imobiliarea de todo o tamanho e quase a rebentar devido ao aumento dos juros.
Os juros da divida já são a quinta rubrica do orçamento + - 180 mil milhoes de dolares ano, realmente eles teem um problema, mas quem emprestou dinheiro a esta gente tem uma grande dor de cabeça.
um abraço a todos
C.D.
Digo "difice comercial a volta de 800 mil milhoes"
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