Retirado do site scrapbookpages.com. Segundo a homepage do site, este tem como objectivo auxiliar os viajantes com interesse em história – especialmente no capítulo do Holocausto Judeu - e fornecer-lhes informação sobre o que podem esperar de locais com interesse histórico que planeiem visitar. Nos últimos anos, fizeram alguma investigação jornalística sobre acontecimentos que tiveram lugar há mais de 60 anos.
(Tradução minha)
O homem à esquerda é Josef Mengele, o oficial médico SS que seleccionou judeus para serem gaseados e que levou a cabo experiências médicas desumanas em prisioneiros.
O Dr. Josef Mengele era um dos 30 oficiais SS em Auschwitz II, também conhecido por Birkenau, que decidia quem viveria e quem devia morrer nas câmaras de gás. Mengele chegou a Birkenau nos princípios de Maio de 1943, mesmo na altura em estava a começar a segunda epidemia de tifo em Birkenau. O próprio Mengele apanhou tifo enquanto estava em Birkenau.
Mengele foi alcunhado como o “Anjo da Morte” pelos prisioneiros porque tinha a face de um anjo, e, no entanto, cruelmente, fazia selecções para as câmaras de gás de Birkenau. Mengele era simpático para as crianças do campo mas fazia experiências com elas como se fossem ratos de laboratório. Mengele ofereceu-se como voluntário para fazer as selecções em Birkenau, mesmo quando não era o seu turno, porque queria encontrar pessoas para as suas pesquisas médicas em genética e doenças hereditárias, que ele tinha já começado antes da guerra. Em particular, queria encontrar gémeos para as pesquisas que já tinha começado antes de ser colocado em Birkenau.
Mengele era conhecido por todos os prisioneiros pelo seu charme e por ser bem-parecido. Segundo Gerald L. Posner e John Ware, os autores de "Mengele, the Complete Story," [Mengele, A História completa], muitas crianças do campo de Birkenau “adoravam Mengele” e chamavam-lhe “Tio Pepi”. Esta informação foi dada por Vera Alexander, uma sobrevivente de Birkenau, que disse que o Dr. Mengele trouxe chocolate e as roupas mais bonitas para as crianças, incluindo fitas do cabelo para as meninas.
O Dr. Mengele tinha um doutoramento em antropologia assim como uma licenciatura em medicina, que tirou em Julho de 1938 na Universidade de Frankfurt. Fez o doutoramento em 1935 com uma tese sobre “Pesquisa Racial e Morfológica sobre o osso do maxila inferior em quatro grupos raciais.” Em Janeiro de 1937, o Dr. Mengele foi nomeado investigador assistente no Instituto da Hereditariedade, Biologia e Pureza Racial da Universidade de Frankfurt. Trabalhou como assistente do Professor Otmar Freiherr von Verschuer, um geneticista que andava a fazer pesquisa em gémeos. Como director, durante a guerra, do Kaiser Wilhelm Institute de Antropologia, Estudos Genéticos na Hereditariedade Humana, em Berlim, von Verschuer assegurou os fundos necessários para as experiências de Mengele em Auschwitz.
Os resultados das pesquisas de Mengele em gémeos eram enviados para o Instituto. A autorização para as pesquisa genéticas de Mengele foi dada pelo Conselho de Pesquisa Alemão em Agosto de 1943.
Olga Lengyel, uma prisioneira do campo de Birkenau, escreveu no seu livro intitulado “Cinco Chaminés” que ouviu falar através aos outros prisioneiros acerca do Dr. Mengele antes de o conhecer. Lengyel escreveu que ouvira dizer que o Dr. Mengele era “bem-parecido” mas que ficou surpreendida ao ver como Mengele era “atraente”. Acrescentou: “embora Mengele estivesse a tomar decisões que significavam extermínio, ele era tão agradavelmente auto-convencido como qualquer homem pode ser.”
Lengyel descreveu como o Dr. Mengele tomava todas as precauções médicas enquanto assistia a um parto em Auschwitz, embora, apenas meia hora depois, enviasse a mãe e o bebé para serem gaseados e queimados no crematório. A própria Lengyel foi seleccionada para a câmara de gás, mas conseguiu fugir do grupo de mulheres que tinha sido seleccionado, antes que chegasse o camião que levaria as prisioneiras para o crematório.
A primeira selecção sistemática para as câmaras de gás de Birkenau foi feita quando um transporte de judeus chegou a Auschwitz a 4 de Julho de 1942. Exactamente no dia anterior, o campo de Birkenau ficou em quarentena devido a uma epidemia de tifo.
O comboio parou a pouca distância da estação de Auschwitz junto a uma plataforma de madeira chamada “Rampa dos Judeus,” onde se procedia à selecção. Os Judeus que eram considerados em condições para trabalhar eram levados para o campo principal de Auschwitz, que ficava próximo da “Rampa dos Judeus”. Aí tomavam banho de chuveiro, as cabeças eram rapadas, era-lhes tatuado um número no antebraço esquerdo, e era-lhes feito um cartão de registro.
Os que não eram considerados aptos para o trabalho, eram levados imediatamente de camião da Rampa dos Judeus para duas câmaras de gás em Birkenau, que estavam localizadas em duas casas agrícolas convertidas chamadas “a pequena casa vermelha” e “a pequena casa branca”. Pelo menos 75% dos Judeus em cada transporte de 2,000 ou 3,000 prisioneiros eram considerados inaptos para o trabalho e eram destinados à câmara de gás. A pequena casa vermelha também chamada Bunker I, tinha uma capacidade de 800 pessoas em duas salas e a pequena casa branca, chamada Bunker 2, tinha uma capacidade de 1,200 em quatro salas.
A todos os prisioneiros que chegavam era-lhes dito que primeiro tomavam um banho de chuveiro. Os prisioneiros que eram mesmo seleccionados para trabalhar, tomavam um banho a sério, mas os outros eram levados em camião para as duas casas agrícolas, onde as câmaras de gás estavam disfarçadas de salas de chuveiros.
A pequena casa branca estava situada na parte oeste do campo de Birkenau, atrás da Central de Sauna que começou em funcionamento em 1943, e próximo do Krema 4. O nome da “Central de Sauna” provém do facto de ser a localização das câmaras de ferro onde a roupa dos prisioneiros era desinfectada com vapor quente. A Central de Sauna tinha também uma sala com 50 chuveiros.
A pequena casa vermelha estava localizada a norte do sítio onde o Krema 5 foi construído em 1943. Tanto o Krema IV como o Krema V possuíam câmaras de gás homicidas, disfarçadas de salas de chuveiros, onde eram lançados os grão de Zyklon-B através de janelas exteriores, matando lá dentro as vítimas que não suspeitavam de nada.
Um oficial das SS procede à selecção de um grupo de Judeus recém-chegado a Auschwitz - o destino era o trabalho forçado ou a morte na câmara de gás.
Embora Josef Mengele só começasse a fazer parte do pessoal de Birkenau em Maio de 1943, sobreviventes testemunharam durante o julgamento Aliado dos crimes de guerra que ele procedeu a selecções em 1942. Para além da selecção inicial quando os comboios de transporte chegavam a Birkenau, haviam mais selecções de mulheres no campo. O Dr. Mengele era o médico chefe dos alojamentos das mulheres, e ele aparecia periodicamente para seleccionar mulheres para trabalhar ou para a câmara de gás. Uma das mulheres que sobreviveu a uma destas selecções foi Sophia Litwinska, uma Polaca Judia que era casada com um homem ariano.
Sophia Litwinska fez um depoimento juramentado que fez parte do julgamento britânico do pessoal SS de Bergen-Belsen no Outono de 1945. Alguns tinham trabalhado anteriormente em Birkenau e eles estavam a ser julgados tanto por crimes cometidos em Birkenau e em Belsen. Franz Hoessler era o comandante do campo das mulheres em Birkenau em 1942; foi transferido para Belsen em Dezembro de 1944.
Como foi citado no livro “O Julgamento de Belsen”, Sophia Litwinska afirmou o seguinte no seu depoimento:
"Em Auschwitz, a 24 de Dezembro de 1942, eu estava na parada com cerca de mais 19,000 outros prisioneiros, todos mulheres. Presentes na parada estavam o Dr. Mengele, Konig e Tauber. Eu fui uma das 3,000 prisioneiras escolhidas do grupo de 19,000 pelos médicos e levadas para as nossas barracas, onde fomos despidas por outras prisioneiras e as nossas roupas foram levadas. Nós fomos levadas numa espécie de camiões basculantes para a rampa da câmara de gás. Eram grandes camiões basculantes, cerca de oito ao todo e com cerca de 300 pessoas em cada um. À chegada à câmara de gás, a parte de trás do camião levantou e nós deslizámos pela rampa abaixo através de algumas portas até pararmos numa sala larga."
"A sala tinha chuveiros a toda a volta, toalhas, sabão e muitos bancos. Também havia pequenas janelas próximas do tecto. Muitas pessoas aleijaram-se ao deslizar pela rampa e ficaram deitadas onde caíram. Aquelas de nós que se podiam sentar nos bancos fizeram-no e imediatamente a seguir as portas da sala foram fechadas. Os meus olhos começaram a chorar, comecei a tossir e tive uma dor no meu peito e garanta. Algumas das outras pessoas caíam e outras tossiam e espumavam da boca. Depois de estar na sala cerca de dois minutos, a porta foi aberta e um homem SS entrou usando uma máscara de gás. Chamou pelo meu nome e então tirou-me da sala e fechou rapidamente a porta outra vez. Quando cheguei cá fora, vi o SS Franz Hoessler, que identifiquei como Nº 1 na fotografia 9. Ele levou-me para o hospital, onde fiquei durante seis semanas, recebendo tratamento especial do Dr. Mengele. Nos primeiros dia que estive no hospital não conseguia comer nada sem vomitar. Só pensava que tinha sido tirada da câmara de gás porque tinha um marido de raça ariana e, por isso, estava numa categoria diferente dos outros prisioneiros, que eram todos Judeus. Hoje sofro de um coração fraco e tive dois ataques desde que estive em Belsen. Não conheço os nomes de nenhuma das pessoas que entraram na câmara de gás comigo."
Não é claro a qual das quatro câmaras de gás de Birkenau, Litwinska se está a referir. As câmaras de gás do Krema IV e do Krema V estavam no subsolo e tinham “janelas pequenas próximas do tecto”, por onde os grãos eram atirados pelos homens das SS. Mas nenhuma destas câmaras de gás tinha uma “rampa de câmara de gás” para lançar as vítimas para a câmara de gás de “camiões basculantes.”
De acordo com os desenhos feitos por Walter Dejaco, um dos arquitectos do edifício Krema II, o projecto original mostrava uma rampa para corpos para fazer escorregar os corpos para o vestíbulo entre as duas morgues, que foram mais tarde convertidas numa sala para as pessoas se despirem e numa câmara de gás. A rampa para corpos nunca foi construída. Dejaco foi absolvido por um tribunal na Áustria em 1972; no seu julgamento, os desenhos da rampa para corpos foram apresentados como prova. (A morgue do campo de Sachsenhausen tem uma rampa para corpos que pode ser vista ainda hoje).
Não existiam fornos crematórios em Birkenau em 1942, e no campo principal de Auschwitz existiam apenas três fornos, que podiam incinerar 340 corpos num período de 24 horas. Os corpos dos Judeus que eram gaseados em Birkenau em 1942 eram enterrados em valas comuns próximo da pequena casa vermelha.
Os corpos foram mais tarde desenterrados e incinerados em piras, de forma a não contaminar a água no subsolo de Birkenau. Os corpos de milhares de prisioneiros que morreram na epidemia de tifo, que esteve descontrolada por volta de 3 de Julho de 1942, também foram exumados e incinerados. O comandante do campo Hoess escreveu na sua autobiografia que “O número de corpos em valas comuns chegava aos 107,000.”
Otto Moll, o homem das SS que estava encarregue de desenterrar os corpos das valas comuns em Birkenau em 1942, contesta a versão de Hoess; a 16 de Abril de 1946, Moll contou a um interrogador em Nuremberga:
“Quando eu estive encarregue destas escavações, tal como lhe disse antes, junto com outro camarada, o que Hoess confirmou hoje, nós colocámos de 30,000 a 40,000 pessoas nessas valas comuns. Foi o trabalho mais terrível que pode ser feito por um ser humano.”
A foto abaixo mostra o Dr. Josef Mengele com Rudolf Hoess e Josef Kramer a descansar em Solahuette, um retiro dos SS próximo de Birkenau. Kramer foi o comandante de Birkenau em 1944 quando esta foto foi tirada. Em Dezembro de 1944, foi transferido para Bergen-Belsen, que se tornou então num campo de concentração. O campo de Bergen-Belsen tinha sido antes um campo de detenção para Judeus que estivessem disponíveis para trocar com os Aliados por civis alemães detidos as prisões Britânicas e Americanas. Hoess era o comandante da guarnição militar ss de Auschwitz em 1944.
(Tradução minha)
O homem à esquerda é Josef Mengele, o oficial médico SS que seleccionou judeus para serem gaseados e que levou a cabo experiências médicas desumanas em prisioneiros.
O Dr. Josef Mengele era um dos 30 oficiais SS em Auschwitz II, também conhecido por Birkenau, que decidia quem viveria e quem devia morrer nas câmaras de gás. Mengele chegou a Birkenau nos princípios de Maio de 1943, mesmo na altura em estava a começar a segunda epidemia de tifo em Birkenau. O próprio Mengele apanhou tifo enquanto estava em Birkenau.
Mengele foi alcunhado como o “Anjo da Morte” pelos prisioneiros porque tinha a face de um anjo, e, no entanto, cruelmente, fazia selecções para as câmaras de gás de Birkenau. Mengele era simpático para as crianças do campo mas fazia experiências com elas como se fossem ratos de laboratório. Mengele ofereceu-se como voluntário para fazer as selecções em Birkenau, mesmo quando não era o seu turno, porque queria encontrar pessoas para as suas pesquisas médicas em genética e doenças hereditárias, que ele tinha já começado antes da guerra. Em particular, queria encontrar gémeos para as pesquisas que já tinha começado antes de ser colocado em Birkenau.
Mengele era conhecido por todos os prisioneiros pelo seu charme e por ser bem-parecido. Segundo Gerald L. Posner e John Ware, os autores de "Mengele, the Complete Story," [Mengele, A História completa], muitas crianças do campo de Birkenau “adoravam Mengele” e chamavam-lhe “Tio Pepi”. Esta informação foi dada por Vera Alexander, uma sobrevivente de Birkenau, que disse que o Dr. Mengele trouxe chocolate e as roupas mais bonitas para as crianças, incluindo fitas do cabelo para as meninas.
O Dr. Mengele tinha um doutoramento em antropologia assim como uma licenciatura em medicina, que tirou em Julho de 1938 na Universidade de Frankfurt. Fez o doutoramento em 1935 com uma tese sobre “Pesquisa Racial e Morfológica sobre o osso do maxila inferior em quatro grupos raciais.” Em Janeiro de 1937, o Dr. Mengele foi nomeado investigador assistente no Instituto da Hereditariedade, Biologia e Pureza Racial da Universidade de Frankfurt. Trabalhou como assistente do Professor Otmar Freiherr von Verschuer, um geneticista que andava a fazer pesquisa em gémeos. Como director, durante a guerra, do Kaiser Wilhelm Institute de Antropologia, Estudos Genéticos na Hereditariedade Humana, em Berlim, von Verschuer assegurou os fundos necessários para as experiências de Mengele em Auschwitz.
Os resultados das pesquisas de Mengele em gémeos eram enviados para o Instituto. A autorização para as pesquisa genéticas de Mengele foi dada pelo Conselho de Pesquisa Alemão em Agosto de 1943.
Olga Lengyel, uma prisioneira do campo de Birkenau, escreveu no seu livro intitulado “Cinco Chaminés” que ouviu falar através aos outros prisioneiros acerca do Dr. Mengele antes de o conhecer. Lengyel escreveu que ouvira dizer que o Dr. Mengele era “bem-parecido” mas que ficou surpreendida ao ver como Mengele era “atraente”. Acrescentou: “embora Mengele estivesse a tomar decisões que significavam extermínio, ele era tão agradavelmente auto-convencido como qualquer homem pode ser.”
Lengyel descreveu como o Dr. Mengele tomava todas as precauções médicas enquanto assistia a um parto em Auschwitz, embora, apenas meia hora depois, enviasse a mãe e o bebé para serem gaseados e queimados no crematório. A própria Lengyel foi seleccionada para a câmara de gás, mas conseguiu fugir do grupo de mulheres que tinha sido seleccionado, antes que chegasse o camião que levaria as prisioneiras para o crematório.
A primeira selecção sistemática para as câmaras de gás de Birkenau foi feita quando um transporte de judeus chegou a Auschwitz a 4 de Julho de 1942. Exactamente no dia anterior, o campo de Birkenau ficou em quarentena devido a uma epidemia de tifo.
O comboio parou a pouca distância da estação de Auschwitz junto a uma plataforma de madeira chamada “Rampa dos Judeus,” onde se procedia à selecção. Os Judeus que eram considerados em condições para trabalhar eram levados para o campo principal de Auschwitz, que ficava próximo da “Rampa dos Judeus”. Aí tomavam banho de chuveiro, as cabeças eram rapadas, era-lhes tatuado um número no antebraço esquerdo, e era-lhes feito um cartão de registro.
Os que não eram considerados aptos para o trabalho, eram levados imediatamente de camião da Rampa dos Judeus para duas câmaras de gás em Birkenau, que estavam localizadas em duas casas agrícolas convertidas chamadas “a pequena casa vermelha” e “a pequena casa branca”. Pelo menos 75% dos Judeus em cada transporte de 2,000 ou 3,000 prisioneiros eram considerados inaptos para o trabalho e eram destinados à câmara de gás. A pequena casa vermelha também chamada Bunker I, tinha uma capacidade de 800 pessoas em duas salas e a pequena casa branca, chamada Bunker 2, tinha uma capacidade de 1,200 em quatro salas.
A todos os prisioneiros que chegavam era-lhes dito que primeiro tomavam um banho de chuveiro. Os prisioneiros que eram mesmo seleccionados para trabalhar, tomavam um banho a sério, mas os outros eram levados em camião para as duas casas agrícolas, onde as câmaras de gás estavam disfarçadas de salas de chuveiros.
A pequena casa branca estava situada na parte oeste do campo de Birkenau, atrás da Central de Sauna que começou em funcionamento em 1943, e próximo do Krema 4. O nome da “Central de Sauna” provém do facto de ser a localização das câmaras de ferro onde a roupa dos prisioneiros era desinfectada com vapor quente. A Central de Sauna tinha também uma sala com 50 chuveiros.
A pequena casa vermelha estava localizada a norte do sítio onde o Krema 5 foi construído em 1943. Tanto o Krema IV como o Krema V possuíam câmaras de gás homicidas, disfarçadas de salas de chuveiros, onde eram lançados os grão de Zyklon-B através de janelas exteriores, matando lá dentro as vítimas que não suspeitavam de nada.
Um oficial das SS procede à selecção de um grupo de Judeus recém-chegado a Auschwitz - o destino era o trabalho forçado ou a morte na câmara de gás.
Embora Josef Mengele só começasse a fazer parte do pessoal de Birkenau em Maio de 1943, sobreviventes testemunharam durante o julgamento Aliado dos crimes de guerra que ele procedeu a selecções em 1942. Para além da selecção inicial quando os comboios de transporte chegavam a Birkenau, haviam mais selecções de mulheres no campo. O Dr. Mengele era o médico chefe dos alojamentos das mulheres, e ele aparecia periodicamente para seleccionar mulheres para trabalhar ou para a câmara de gás. Uma das mulheres que sobreviveu a uma destas selecções foi Sophia Litwinska, uma Polaca Judia que era casada com um homem ariano.
Sophia Litwinska fez um depoimento juramentado que fez parte do julgamento britânico do pessoal SS de Bergen-Belsen no Outono de 1945. Alguns tinham trabalhado anteriormente em Birkenau e eles estavam a ser julgados tanto por crimes cometidos em Birkenau e em Belsen. Franz Hoessler era o comandante do campo das mulheres em Birkenau em 1942; foi transferido para Belsen em Dezembro de 1944.
Como foi citado no livro “O Julgamento de Belsen”, Sophia Litwinska afirmou o seguinte no seu depoimento:
"Em Auschwitz, a 24 de Dezembro de 1942, eu estava na parada com cerca de mais 19,000 outros prisioneiros, todos mulheres. Presentes na parada estavam o Dr. Mengele, Konig e Tauber. Eu fui uma das 3,000 prisioneiras escolhidas do grupo de 19,000 pelos médicos e levadas para as nossas barracas, onde fomos despidas por outras prisioneiras e as nossas roupas foram levadas. Nós fomos levadas numa espécie de camiões basculantes para a rampa da câmara de gás. Eram grandes camiões basculantes, cerca de oito ao todo e com cerca de 300 pessoas em cada um. À chegada à câmara de gás, a parte de trás do camião levantou e nós deslizámos pela rampa abaixo através de algumas portas até pararmos numa sala larga."
"A sala tinha chuveiros a toda a volta, toalhas, sabão e muitos bancos. Também havia pequenas janelas próximas do tecto. Muitas pessoas aleijaram-se ao deslizar pela rampa e ficaram deitadas onde caíram. Aquelas de nós que se podiam sentar nos bancos fizeram-no e imediatamente a seguir as portas da sala foram fechadas. Os meus olhos começaram a chorar, comecei a tossir e tive uma dor no meu peito e garanta. Algumas das outras pessoas caíam e outras tossiam e espumavam da boca. Depois de estar na sala cerca de dois minutos, a porta foi aberta e um homem SS entrou usando uma máscara de gás. Chamou pelo meu nome e então tirou-me da sala e fechou rapidamente a porta outra vez. Quando cheguei cá fora, vi o SS Franz Hoessler, que identifiquei como Nº 1 na fotografia 9. Ele levou-me para o hospital, onde fiquei durante seis semanas, recebendo tratamento especial do Dr. Mengele. Nos primeiros dia que estive no hospital não conseguia comer nada sem vomitar. Só pensava que tinha sido tirada da câmara de gás porque tinha um marido de raça ariana e, por isso, estava numa categoria diferente dos outros prisioneiros, que eram todos Judeus. Hoje sofro de um coração fraco e tive dois ataques desde que estive em Belsen. Não conheço os nomes de nenhuma das pessoas que entraram na câmara de gás comigo."
Não é claro a qual das quatro câmaras de gás de Birkenau, Litwinska se está a referir. As câmaras de gás do Krema IV e do Krema V estavam no subsolo e tinham “janelas pequenas próximas do tecto”, por onde os grãos eram atirados pelos homens das SS. Mas nenhuma destas câmaras de gás tinha uma “rampa de câmara de gás” para lançar as vítimas para a câmara de gás de “camiões basculantes.”
De acordo com os desenhos feitos por Walter Dejaco, um dos arquitectos do edifício Krema II, o projecto original mostrava uma rampa para corpos para fazer escorregar os corpos para o vestíbulo entre as duas morgues, que foram mais tarde convertidas numa sala para as pessoas se despirem e numa câmara de gás. A rampa para corpos nunca foi construída. Dejaco foi absolvido por um tribunal na Áustria em 1972; no seu julgamento, os desenhos da rampa para corpos foram apresentados como prova. (A morgue do campo de Sachsenhausen tem uma rampa para corpos que pode ser vista ainda hoje).
Não existiam fornos crematórios em Birkenau em 1942, e no campo principal de Auschwitz existiam apenas três fornos, que podiam incinerar 340 corpos num período de 24 horas. Os corpos dos Judeus que eram gaseados em Birkenau em 1942 eram enterrados em valas comuns próximo da pequena casa vermelha.
Os corpos foram mais tarde desenterrados e incinerados em piras, de forma a não contaminar a água no subsolo de Birkenau. Os corpos de milhares de prisioneiros que morreram na epidemia de tifo, que esteve descontrolada por volta de 3 de Julho de 1942, também foram exumados e incinerados. O comandante do campo Hoess escreveu na sua autobiografia que “O número de corpos em valas comuns chegava aos 107,000.”
Otto Moll, o homem das SS que estava encarregue de desenterrar os corpos das valas comuns em Birkenau em 1942, contesta a versão de Hoess; a 16 de Abril de 1946, Moll contou a um interrogador em Nuremberga:
“Quando eu estive encarregue destas escavações, tal como lhe disse antes, junto com outro camarada, o que Hoess confirmou hoje, nós colocámos de 30,000 a 40,000 pessoas nessas valas comuns. Foi o trabalho mais terrível que pode ser feito por um ser humano.”
A foto abaixo mostra o Dr. Josef Mengele com Rudolf Hoess e Josef Kramer a descansar em Solahuette, um retiro dos SS próximo de Birkenau. Kramer foi o comandante de Birkenau em 1944 quando esta foto foi tirada. Em Dezembro de 1944, foi transferido para Bergen-Belsen, que se tornou então num campo de concentração. O campo de Bergen-Belsen tinha sido antes um campo de detenção para Judeus que estivessem disponíveis para trocar com os Aliados por civis alemães detidos as prisões Britânicas e Americanas. Hoess era o comandante da guarnição militar ss de Auschwitz em 1944.
Josef Mengele, Rudolf Hoess e Josef Kramer
Mengele ganhou a Cruz de ferro de 2ª classe pouco depois de ter sido enviado para a Ucrânia em Junho de 1941 na altura da invasão alemã da União Soviética. Em Janeiro de 1942, Mengele juntou-se à prestigiada 5ª Divisão Panzer, alcunhada de Divisão Viking. Em Julho de 1942 foi condecorado com a Cruz de Ferro de 1ª classe depois de ter tirado dois soldados feridos de um tanque em chamas, sob fogo inimigo no campo de batalha, e lhes ter administrado cuidados médicos.
Depois de ter sido ferido em batalha na frente russa em 1942, Mengele foi promovido a capitão [Hauptsturmführer] e foi enviado para o departamento da Raça e Relocalização [Race and Resettlement Office] em Berlim, o mesmo departamento onde Adolf Eichmann estava encarregue de transportar os Judeus para “relocalização no leste,” um eufemismo nazi para enviar Judeus para derem gaseados em campos da morte.
Em Maio de 1943, o Dr. Josef Mengele chegou a Auschwitz e foi designado para chefiar as necessidades médicas do campo dos Ciganos. A seguinte citação provém do livro “Mengele, a história Completa”:
Poucos dias depois da sua chegada, enquanto Auschwitz estava a lutar contra uma das suas muitas epidemias tifóides, Mengele estabeleceu uma reputação de eficiência radical e impiedosa. O pântano próximo tornava difícil a obtenção de água potável e era uma ameaça constante por causa dos mosquitos. (O próprio Mengele contrairia malária em Junho de 1943). Outros médicos SS tinham falhado nas suas tentativas de restringir o tifo nas proximidades das barracas do campo. A solução de Mengele foi demonstrada numa das setenta e oito acusações formuladas em 1981 pelo Ministério Público da Alemanha Ocidental, quando as autoridades julgavam que ele ainda estava vivo. Em termos de provas detalhadas, este mandato de prisão é o mais incriminador e completo documento que já alguma vez foi compilado contra ele. Segundo o mandato, a 25 de Maio de 1943, “Mengele enviou 507 ciganos e 528 ciganas suspeitos de terem tifo para a câmara de gás.” “Acusa também Mengele de “a 25 ou 26 de Maio ter poupado aqueles ciganos que eram alemães enquanto mandava aproximadamente outros 600 para serem gaseados.”
De acordo com o livro “Mengele, a História Completa,” um surto grave de tifo atingiu as mulheres do campo de Birkenau em finais de 1943, quando o Dr. Mengele era o medico chefe da zona das mulheres. Cerca de 7,000 a 20,000 mulheres no campo estavam seriamente doentes e Mengele propôs uma solução radical para parar a epidemia.
A citação seguinte é do Dr. Ella Lingens, um médico austríaco que era prisioneiro político em Birkenau. Numa entrevista pessoal dada a S. Jones e K. Rattan a 14 de Fevereiro de 1984, o Dr. Lingens disse o seguinte como está citado em “Mengele, a História Completa”:
Mengele enviou um bloco inteiro de 600 mulheres judias para a câmara de gás e limpou o bloco. Depois mandou desinfectá-lo de cima a baixo. A seguir mandou colocar depósitos para chuveiros entre este bloco e o próximo, e as mulheres do próximo bloco vinham desinfectar-se e eram transferidas para o bloco já limpo. Aqui era-lhes fornecida uma camisa de noite nova e limpa. O bloco a seguir era limpo desta maneira e por aí fora até todos os blocos estarem desinfectados. Fim do tifo! O terrível foi ele não ter podido colocar as primeiras 600 mulheres em qualquer lado.
O campo de Birkenau tinha 172 hectares. Sete pequenas vilas tinham sido destruídas para dar espaço para o campo; era como uma pequena cidade com um total de 300 edifícios. Havia um total de 140,000 prisioneiros no campo em 1943, mas as barracas tinham capacidade para 200,000 prisioneiros. Havia muito espaço para colocar estas 600 mulheres, mesmo que tivesse de montar tendas no campo de futebol que ficava próximo de uma das câmaras de gás de Birkenau, mas o Dr. Mengele não tentou arranjar um espaço para elas porque tinha um total desrespeito pela vida humana, desde que se tratassem de Judeus e Ciganos ao seu cuidado. Na avaliação do seu desempenho, o seu superior complementou-o na tarefa de parar a epidemia de tifo: não houve menção das 600 mulheres que ele assassinou para conseguir este resultado.
Josef Mengele morreu a 7 de Fevereiro de 1979 com um ataque de coração quando estava a nadar em Embu, no Brasil. Só depois de alguns anos após a sua morte é que sobreviventes começaram a aparecer com histórias acerca de crimes que ele cometeu em Birkenau, e começou uma massiva caça ao homem para o encontrar.
Depois da guerra, o Dr. Josef Mengele trabalhou numa quinta com outro nome durante alguns anos, e depois escapou para a América do Sul; nunca foi levado a julgamento como criminoso de guerra. Se tivesse sido capturado e levado a julgamento, a Dr. Gisella Perl estava preparada para testemunhar contra ele. A Dr. Perl trabalhou como médica sob as ordens de Mengele e era ela própria uma prisioneira. Segundo o livro “Mengele, a História Completa,” a Dr. Perl afirmou que uma prisioneira chamada Ibi escapou por seis vezes da câmara de gás saltando para fora do camião que estava a levar prisioneiras da “Rampa dos Judeus” para a câmara de gás. O Dr. Mengele ficou furioso quando descobriu que ela tinha regressado à fila de selecção.
A seguinte citação é tirada do livro de Gisella Perl, entitulado “Eu era um médico em Auschwitz,” publicado em 1948:
“Ainda estás aqui?” Dr. Mengele abandonou a cabeça da fila, e com alguns passos largos alcançou-a. Agarrou-a pelo pescoço e começou a bater-lhe na cabeça até esta ficar numa pasta de sangue. Bateu-lhe, esbofeteou-a, esmurrou-a, sempre na cabeça – gritando o mais alto possível, “Queres escapar, não queres? Não podes escapar agora. Isto não é um camião, não podes saltar. Vais arder como os outros, vais ganir, sua Judia suja,” e continuou a bater-lhe na pobre cabeça desprotegida. Enquanto eu assistia, vi os seus belos olhos inteligentes desaparecerem sob uma camada de sangue. As orelhas já não existiam. Talvez ele as tenha despedaçado. E, em poucos segundos, o seu nariz ficou achatado, partido, uma massa sangrenta. Fechei os olhos, incapaz de suportar mais aquilo, e quando os voltei a abrir, o Dr. Mengele tinha parado de lhe bater. Mas em vez de uma cabeça humana, o corpo alto e magro da Ibi levava um objecto redondo vermelho-sangue nos seus ombros ossudos, um objecto irreconhecível, demasiado horrível para ver; ele empurrou-a novamente para a fila. Meia hora depois, o Dr. Mengele regressou ao hospital. Tirou um bocado de sabão perfumado da sua mala e, assobiando alegremente com um sorriso de profunda satisfação na cara, começou a lavar as mãos.
Segundo o testemunho de Rudolf Hoess no Tribunal Militar Internacional de Nuremberga em 1956, o marechal-de-campo SS Heinrich Himmler deu repetidas ordens no sentido do pessoal nos campos de concentração estarem proibidos “de utilizar violência física contra os prisioneiros.” De acordo com os sobreviventes de Birkenau, o Dr. Mengele perdia frequentemente as estribeiras e batia nos prisioneiros, no entanto nunca foi punido pelos seus oficiais superiores.
Dois outros sobreviventes do Holocausto que escaparam à morte saltando do camião que levava Judeus para a câmara de gás, foram Gloria Lyon, então com 14 anos, e a sua irmã de 12 anos, que estavam entre os Judeus húngaros enviados para Birkenau em 1944. Lyon falou para alunos do 10º ano da escola secundária de Oceana na baía de São Francisco em Fevereiro de 2008.
A seguinte citação vem de um artigo nos jornais escrito por Jane Northrop no site da Web www.insidethebayarea.com acerca do tormento de Gloria Lyon no campo de Birkenau:
No campo, a família foi separada. O pai de Lyon e os irmãos foram numa direcção, e Lyon e a sua mãe estavam noutro grupo. A sua irmã mais nova, que tinha 12 anos, era para ir com um grupo diferente, mas saltou da parte de trás do camião e correu para se juntar à mãe e à irmã.
“Isto salvou-lhe a vida. Os outros foram enviados para a câmara de gás,” disse Lyon. [...]
Eles sofreram as infames experiências do Dr. Josef Mengele. A grupos inteiros de pessoas foi-lhes dito para se despirem e se apresentarem ao médico para um “exame médico.”
“Foi precisa muita energia para encarar o Dr. Mengele. Alguns foram-se abaixo mais rapidamente do que outros,” disse Lyon. Quando os prisioneiros desmaiavam, eram levados para o outro lado do edifício, donde nenhum prisioneiro alguma vez regressou.
Quando a própria Lyon desmaiou no gabinete do médico em Dezembro, foi enviada para o outro lado.
Nua e aterrorizada, foi colocada com outros prisioneiros enfraquecidos num camião guardado por tropas SS. O guarda falou-lhe em húngaro, que ela percebia por ter vivido na Checoslováquia. O guarda disse que sabia quem ela era, porque era muito raro tantos membros de uma só família permanecerem vivos.
O camião tinha como destino a câmara de gás, mas se ela quisesse saltar da parte de trás, ele não a travaria ou ninguém que quisesse ir com ela. Ele prometeu não o denunciar. Nenhum dos outros prisioneiros, contudo, quis juntar-se a ela.
“Toda a gente estava esfomeada e sem esperança,” disse Lyon.
Ela saltou e viu uma trincheira onde se poderia esconder num cano. Estava tão magra em resultado dos meses de fome que conseguiu caber na cano e ficar escondida. Escondeu-se ali sem comida ou roupa. Ainda estava no campo, mas ao menos tinha escapado da câmara de gás.
“Não me lembro de ter sentido frio. Lembro-me de me ter sentido triunfante. Senti que tinha derrotado o exército alemão,” disse. Quando a sua fuga foi detectada, soou um alarme mas ninguém a encontrou no seu esconderijo.
Depois de 24 horas na escuridão, seguiu uma luz brilhante que se revelou ser uma barraca não guardada. O pequeno grupo de surpresos prisioneiros levou-a para dentro. Este grupo, com Lyon entre eles, foi metido em camiões para gado e levados para fora de Auschwitz. Lyon desejou ver a mãe e a irmã mais uma vez, mas sabia que enfrentava uma morte certa se fosse descoberta em Auschwitz.
Depois de três dia de viagem, o grupo chegou a Bergen-Belsen, um campo de concentração onde o crematório ardia dia e noite. Foi aí que Lyon passou o seu 15º aniversário.
Entre os sobreviventes de Auschwitz-Birkenau estava Philip Riteman, um Judeu Polaco enviado para o campo em 1941, que teve a presença de espírito para mentir sobre a sua idade de forma a ser seleccionado para a fila destinada a trabalho escravo. Num discurso que Riteman proferiu para os alunos de Riverview e Central Collegiate em Moose jaw, Canadá em Maio de 2008, tal como foi reportado por Lacey Sheppy ino Moose Jaw Times Herald a 23 de Maio de 2008, Riteman disse que tinha crescido em Szereszow, na Polónia, uma cidade de cerca de 25,000 pessoas – não muito diferente de Moose Jaw. Estava no 5º ano quando a guerra começou em 1939. Os Ritemans foram reunidos e enviados para o gueto de Pruzhany, onde viveram durante nove meses num quarto de três por quatro metros, com mais duas famílias.
O seguinte é de um artigo escrito por Lacey Sheppy, que foi publicado a 23 de Maio de 2008 no Moose Jaw Times Herald:
Em 1941, a família de Riteman foi colocada num comboio com cerca de mais 10,000 pessoas. Sete dias depois, depois de ser comprimido com outras 100 pessoas numa carruagem sem comida, água ou casa de banho, o comboio parou finalmente… em Auschwitz-Birkenau. À medida que os olhos de Riteman se ajustaram à luz do sol, ele viu algo que ainda o persegue até hoje.
“Estava uma mulher na casa dos vinte, bonita, que saiu do comboio, nunca me vou esquecer dela porque usava sapatos de salto alto.”
A mulher tinha uma criança nos braços. Um soldado nazi tirou-lhe o bebé e esmagou-lhe a cabeça contra o pavimento.
Quando a mãe tentou agarrar o bebé, gritando e chorando, o soldado espetou-lhe uma baioneta no estômago.
“Era só sangue, sangue por todo o lado,” disse Riteman.
Sem tempo para pensar naquilo que tinha acabado de ver, Riteman foi colocado na fila para ser separado. Embora só tivesse 14, Riteman mentiu acerca da sua idade e disse aos Nazis que tinha 17.
Riteman – com outros homens e jovens, rapazes saudáveis – foram separados num grupo, enquanto as mulheres, os velhos e os enfermos foram para outro.
Os trabalhadores foram enviados para o campo para trabalhar, enquanto o resto – os pais de Riteman, avós, cinco irmãos, duas irmãs, nove tias e tios e muitos primos – foram enviados para a câmara de gás.
A história de Riteman nao é única. Numerosos sobreviventes de Auschwitz foram salvos da câmara de gás por mentirem acerca da sua idade e houve muitas testemunhas que viram os notoriamente indisciplinados soldados nazis bater com a cabeça de bebés contra a árvore mais próxima ou contra o chão, sem ninguém intervir.
Funcionários de Auschwitz de férias em Solahuette:
A foto acima mostra membros do pessoal de Auschwitz no verão de 1944 brincando com auxiliares femininas, também chamadas Helferinnen, em férias no retiro das SS em Solahuette, a 30 quilómetros do campo. Os homens das SS estavam a divertir-se, sem quaisquer preocupações, enquanto 3,000 Judeus eram gaseados por dia e incinerados em Birkenau.
Segundo o livro intitulado “Mengele, a História Completa”, de Gerald L. Posner e John Ware, Dr. Josef Mengele passou 21 meses no campo de Auschwitz-Birkenau, e durante esse tempo, enviou 400,000 prisioneiros para a morte nas câmaras de gás de Birkenau. Levando em conta que o Dr. Mengele não podia trabalhar quando esteve doente com malária e tifo, seleccionou 20,000 Judeus e Ciganos por mês para serem mortos, segundo Posner e Ware.
O seguinte excerto é de “Mengele, a História Completa”:
A memória deste homem delicado, sem um cabelo fora do sítio, a sua camisa verde escura bem passada, a cara bem lavada, o boné com a caveira das SS inclinada para um lado, permanece vívida para aqueles que sobreviveram ao seu exame detalhado quando chegavam à estação de Auschwitz. Botas polidas ligeiramente afastadas, o polegar apoiado no cinto da pistola, avaliava a presa com aqueles olhos perscrutadores e impenetráveis, Morte para a esquerda, vida para a direita.
Quatrocentas almas – bebés, crianças pequenas, jovens raparigas, mães, pais, e avós – foram enviados despreocupadamente para o lado esquerdo com o movimento de uma varinha segura numa mão enluvada. Mengele era o fornecedor chefe das câmaras de gás e para o crematório. Tinha uma expressão que dizia ‘Eu sou o poder,’ disse um sobrevivente. Nessa altura, Mengele tinha apenas 32 anos de idade.
As duas histórias mais famosas acerca do Dr. Josef Mengele: uma sobre a sua tentativa de mudar olhos castanhos para azuis e outra sobre coser duas crianças juntas, costas com costas, para criar gémeos siameses.
Vera Alexander, uma sobrevivente de Birkenau, foi uma testemunha da experiência dos gémeos siameses. O Dr. Mengele morreu em 1979 mas a sua morte foi mantida em segredo pelos seus amigos e família. Em Outubro de 1985, quando estava em curso uma intensiva caça ao homem a Mengele, Vera Alexander afirmou o seguinte numa entrevista para a produção televisiva “À procura de Mengele,” como foi citado no livro “Mengele, a História Completa”:
Um dia Mengele trouxe chocolate e roupas especiais. No dia seguinte, os homens das SS vieram e levaram duas crianças. As duas crianças estavam comigo, Totó e Nino. Um deles era corcunda. Dois ou três dias mais tarde, um homem das SS trouxe-os de volta num estado terrível. Foram cortados. O corcunda estava cosido à outra criança, de costas um para o outro, os seus punhos também. Cheirava terrivelmente a gangrena. As incisões estavam sujas e as crianças choraram todas as noites.
Segundo Gerald L. Posner e John Ware, os autores do livro “Mengele, a História Completa”, Mengele já tinha começado uma bizarra tentativa de mudar olhos castanhos para azuis antes da chegada do Dr. Miklos Nyiszli, um médico Judeu húngaro, a 29 de Maio de 1943. O Dr. Nyiszli foi escolhido para ajudar o Dr. Mengele a fazer autópsias nos corpos no Crematório II ou Krema II.
O Dr. Mengele tinha um interesse particular em estudar pessoas que tinham olhos de cor diferentes.
A história da experiência da cor dos olhos em 36 crianças em Birkenau foi contada pelo Dr. Vexler Jancu, um prisioneiro Judeu de Birkenau.
Como citado em “Mengele, a História Completa,” O Dr. Jancu disse o seguinte: Em Junho de 1943 fui ao campo dos Ciganos em Birkenau. Vi uma tábua de madeira. Em cima dela estavam vários exemplares de olhos. Todos tinham um número e uma letra. Os olhos iam do amarelo pálido até ao azul brilhante, verde e violeta.
O Dr. Mengele escapou de Auschwitz antes do campo ser libertado pelo exército da União Soviética, e levou consigo todos os seus artigos de investigação. Estes artigos caíram mais tarde nas mãos dos aliados, mas nunca chegaram a ser publicados. Os resultados das experiências do Dr. Mengele estão hoje guardados num cofre em Israel. O testemunho de alguns do Judeus que foram objecto das experiências e pesquisas de Mengele, foram publicados, mas não os resultados nem os seus artigos de investigação sobre a condição genética e doenças dos Judeus.
Houve alegações de vários sobreviventes de Birkenau que o Dr. Mengele mandou incinerar 300 crianças vivas a céu aberto.
Como citado em “Mengele, a História Completa,” um prisioneiro russo de Birkenau chamado Annani Silovich Perko afirmou o seguinte numa declaração juramentada feita ao promotor público em Moscovo em Setembro de 1973:
Passado um bocado, um grande grupo de oficiais das SS chegou em motas, Menguele estava entre eles. Guiaram para o pátio e desceram das motas. Depois de chegarem, rodearam as chamas; ardiam horizontalmente. Nós observávamos o que se iria seguir. Passado um bocado, chegaram camiões, camiões basculantes com crianças lá dentro. Os camiões eram cerca de dez. Depois de entrarem no pátio, um oficial deu uma ordem e os camiões fizeram marcha-atrás em direcção ao fogo e começaram a lançar aquelas crianças para o fogo, dentro da cova. As crianças começaram a gritar; algumas conseguiram rastejar para fora da cova a arder; um oficial deu a volta e com um pau empurrou-os para dentro, aos que conseguiram sair. Hoess e Mengele estavam presentes e davam ordens.
Um quadro de um sobrevivente do Holocausto representa crianças a serem queimadas vivas.
A seguinte citação é de um livro intitulado “A Mente Criminal” da Dr. Katherine Ramsland que escreveu 25 livros sobre psicologia criminal:
Além dos burocratas e dos militares, Hitler também inspirava alguns médicos a cumprir a sua visão horrível, particularmente o Anjo da Morte de Auschwitz, Josef Mengele. Um líder na visão biomédica nazi, ele especializou-se em anomalias genéticas. Chegando a Auschwitz a 30 de Maio de 1943, ficou a comandar o processo de selecção. Aparecia junto dos transporte de prisioneiros com um ar elegante e com um olhar decidia o destino de cada pessoa. Enviava qualquer um com uma imperfeição para a câmara de gás e escolhia outros para trabalhar ou para as suas experiências abomináveis.
Mengele gostava da sua posição de poder. A confirmação do ideal nazi de purificação da raça era o que o motivava. No entanto, ninguém sabia o que esperar dele. Tanto separava famílias e matava com impunidade, ora punha-se no papel de médico preocupado ou caprichosamente permitia a algumas pessoas viver. No seu desejo de aperfeiçoar a eficiência do campo como uma máquina de morte, ensinou a outros médicos a forma de dar injecções de fenol a uma longa fila de prisioneiros, acabando rapidamente com as suas vidas. Também matou pessoas a tiro, e segundo alguns relatos atirou bebés vivos para o crematório. Ao longo de tudo isto, ele manteve um eficaz comportamento distante e via-se a si próprio como um “cientista.”
A grande paixão de Mengele era a pesquisa em gémeos. Estes eram pesados, medidos, e comparados em todos os sentidos. Alguns, ele matava-os para exames patológicos, dissecando uns e deixando algumas partes preservadas. Outros, operava sem anestesia, removendo membros ou órgãos sexuais. Se um gémeo morresse durante a experiência, o outro deixava de ter utilidade, portanto era simplesmente gaseado.
Ainda assim, mesmo já os tendo seleccionado para mutilação ou morte, brincava com eles e mostrava-lhes grande afeição. Até lhes dava uma boleia no seu carro no caminho para a câmara de gás. Mais tarde, podia passear com as suas cabeças ou prender os olhos deles com um pino a um quadro.
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Depois de ter sido ferido em batalha na frente russa em 1942, Mengele foi promovido a capitão [Hauptsturmführer] e foi enviado para o departamento da Raça e Relocalização [Race and Resettlement Office] em Berlim, o mesmo departamento onde Adolf Eichmann estava encarregue de transportar os Judeus para “relocalização no leste,” um eufemismo nazi para enviar Judeus para derem gaseados em campos da morte.
Em Maio de 1943, o Dr. Josef Mengele chegou a Auschwitz e foi designado para chefiar as necessidades médicas do campo dos Ciganos. A seguinte citação provém do livro “Mengele, a história Completa”:
Poucos dias depois da sua chegada, enquanto Auschwitz estava a lutar contra uma das suas muitas epidemias tifóides, Mengele estabeleceu uma reputação de eficiência radical e impiedosa. O pântano próximo tornava difícil a obtenção de água potável e era uma ameaça constante por causa dos mosquitos. (O próprio Mengele contrairia malária em Junho de 1943). Outros médicos SS tinham falhado nas suas tentativas de restringir o tifo nas proximidades das barracas do campo. A solução de Mengele foi demonstrada numa das setenta e oito acusações formuladas em 1981 pelo Ministério Público da Alemanha Ocidental, quando as autoridades julgavam que ele ainda estava vivo. Em termos de provas detalhadas, este mandato de prisão é o mais incriminador e completo documento que já alguma vez foi compilado contra ele. Segundo o mandato, a 25 de Maio de 1943, “Mengele enviou 507 ciganos e 528 ciganas suspeitos de terem tifo para a câmara de gás.” “Acusa também Mengele de “a 25 ou 26 de Maio ter poupado aqueles ciganos que eram alemães enquanto mandava aproximadamente outros 600 para serem gaseados.”
De acordo com o livro “Mengele, a História Completa,” um surto grave de tifo atingiu as mulheres do campo de Birkenau em finais de 1943, quando o Dr. Mengele era o medico chefe da zona das mulheres. Cerca de 7,000 a 20,000 mulheres no campo estavam seriamente doentes e Mengele propôs uma solução radical para parar a epidemia.
A citação seguinte é do Dr. Ella Lingens, um médico austríaco que era prisioneiro político em Birkenau. Numa entrevista pessoal dada a S. Jones e K. Rattan a 14 de Fevereiro de 1984, o Dr. Lingens disse o seguinte como está citado em “Mengele, a História Completa”:
Mengele enviou um bloco inteiro de 600 mulheres judias para a câmara de gás e limpou o bloco. Depois mandou desinfectá-lo de cima a baixo. A seguir mandou colocar depósitos para chuveiros entre este bloco e o próximo, e as mulheres do próximo bloco vinham desinfectar-se e eram transferidas para o bloco já limpo. Aqui era-lhes fornecida uma camisa de noite nova e limpa. O bloco a seguir era limpo desta maneira e por aí fora até todos os blocos estarem desinfectados. Fim do tifo! O terrível foi ele não ter podido colocar as primeiras 600 mulheres em qualquer lado.
O campo de Birkenau tinha 172 hectares. Sete pequenas vilas tinham sido destruídas para dar espaço para o campo; era como uma pequena cidade com um total de 300 edifícios. Havia um total de 140,000 prisioneiros no campo em 1943, mas as barracas tinham capacidade para 200,000 prisioneiros. Havia muito espaço para colocar estas 600 mulheres, mesmo que tivesse de montar tendas no campo de futebol que ficava próximo de uma das câmaras de gás de Birkenau, mas o Dr. Mengele não tentou arranjar um espaço para elas porque tinha um total desrespeito pela vida humana, desde que se tratassem de Judeus e Ciganos ao seu cuidado. Na avaliação do seu desempenho, o seu superior complementou-o na tarefa de parar a epidemia de tifo: não houve menção das 600 mulheres que ele assassinou para conseguir este resultado.
Josef Mengele morreu a 7 de Fevereiro de 1979 com um ataque de coração quando estava a nadar em Embu, no Brasil. Só depois de alguns anos após a sua morte é que sobreviventes começaram a aparecer com histórias acerca de crimes que ele cometeu em Birkenau, e começou uma massiva caça ao homem para o encontrar.
Depois da guerra, o Dr. Josef Mengele trabalhou numa quinta com outro nome durante alguns anos, e depois escapou para a América do Sul; nunca foi levado a julgamento como criminoso de guerra. Se tivesse sido capturado e levado a julgamento, a Dr. Gisella Perl estava preparada para testemunhar contra ele. A Dr. Perl trabalhou como médica sob as ordens de Mengele e era ela própria uma prisioneira. Segundo o livro “Mengele, a História Completa,” a Dr. Perl afirmou que uma prisioneira chamada Ibi escapou por seis vezes da câmara de gás saltando para fora do camião que estava a levar prisioneiras da “Rampa dos Judeus” para a câmara de gás. O Dr. Mengele ficou furioso quando descobriu que ela tinha regressado à fila de selecção.
A seguinte citação é tirada do livro de Gisella Perl, entitulado “Eu era um médico em Auschwitz,” publicado em 1948:
“Ainda estás aqui?” Dr. Mengele abandonou a cabeça da fila, e com alguns passos largos alcançou-a. Agarrou-a pelo pescoço e começou a bater-lhe na cabeça até esta ficar numa pasta de sangue. Bateu-lhe, esbofeteou-a, esmurrou-a, sempre na cabeça – gritando o mais alto possível, “Queres escapar, não queres? Não podes escapar agora. Isto não é um camião, não podes saltar. Vais arder como os outros, vais ganir, sua Judia suja,” e continuou a bater-lhe na pobre cabeça desprotegida. Enquanto eu assistia, vi os seus belos olhos inteligentes desaparecerem sob uma camada de sangue. As orelhas já não existiam. Talvez ele as tenha despedaçado. E, em poucos segundos, o seu nariz ficou achatado, partido, uma massa sangrenta. Fechei os olhos, incapaz de suportar mais aquilo, e quando os voltei a abrir, o Dr. Mengele tinha parado de lhe bater. Mas em vez de uma cabeça humana, o corpo alto e magro da Ibi levava um objecto redondo vermelho-sangue nos seus ombros ossudos, um objecto irreconhecível, demasiado horrível para ver; ele empurrou-a novamente para a fila. Meia hora depois, o Dr. Mengele regressou ao hospital. Tirou um bocado de sabão perfumado da sua mala e, assobiando alegremente com um sorriso de profunda satisfação na cara, começou a lavar as mãos.
Segundo o testemunho de Rudolf Hoess no Tribunal Militar Internacional de Nuremberga em 1956, o marechal-de-campo SS Heinrich Himmler deu repetidas ordens no sentido do pessoal nos campos de concentração estarem proibidos “de utilizar violência física contra os prisioneiros.” De acordo com os sobreviventes de Birkenau, o Dr. Mengele perdia frequentemente as estribeiras e batia nos prisioneiros, no entanto nunca foi punido pelos seus oficiais superiores.
Dois outros sobreviventes do Holocausto que escaparam à morte saltando do camião que levava Judeus para a câmara de gás, foram Gloria Lyon, então com 14 anos, e a sua irmã de 12 anos, que estavam entre os Judeus húngaros enviados para Birkenau em 1944. Lyon falou para alunos do 10º ano da escola secundária de Oceana na baía de São Francisco em Fevereiro de 2008.
A seguinte citação vem de um artigo nos jornais escrito por Jane Northrop no site da Web www.insidethebayarea.com acerca do tormento de Gloria Lyon no campo de Birkenau:
No campo, a família foi separada. O pai de Lyon e os irmãos foram numa direcção, e Lyon e a sua mãe estavam noutro grupo. A sua irmã mais nova, que tinha 12 anos, era para ir com um grupo diferente, mas saltou da parte de trás do camião e correu para se juntar à mãe e à irmã.
“Isto salvou-lhe a vida. Os outros foram enviados para a câmara de gás,” disse Lyon. [...]
Eles sofreram as infames experiências do Dr. Josef Mengele. A grupos inteiros de pessoas foi-lhes dito para se despirem e se apresentarem ao médico para um “exame médico.”
“Foi precisa muita energia para encarar o Dr. Mengele. Alguns foram-se abaixo mais rapidamente do que outros,” disse Lyon. Quando os prisioneiros desmaiavam, eram levados para o outro lado do edifício, donde nenhum prisioneiro alguma vez regressou.
Quando a própria Lyon desmaiou no gabinete do médico em Dezembro, foi enviada para o outro lado.
Nua e aterrorizada, foi colocada com outros prisioneiros enfraquecidos num camião guardado por tropas SS. O guarda falou-lhe em húngaro, que ela percebia por ter vivido na Checoslováquia. O guarda disse que sabia quem ela era, porque era muito raro tantos membros de uma só família permanecerem vivos.
O camião tinha como destino a câmara de gás, mas se ela quisesse saltar da parte de trás, ele não a travaria ou ninguém que quisesse ir com ela. Ele prometeu não o denunciar. Nenhum dos outros prisioneiros, contudo, quis juntar-se a ela.
“Toda a gente estava esfomeada e sem esperança,” disse Lyon.
Ela saltou e viu uma trincheira onde se poderia esconder num cano. Estava tão magra em resultado dos meses de fome que conseguiu caber na cano e ficar escondida. Escondeu-se ali sem comida ou roupa. Ainda estava no campo, mas ao menos tinha escapado da câmara de gás.
“Não me lembro de ter sentido frio. Lembro-me de me ter sentido triunfante. Senti que tinha derrotado o exército alemão,” disse. Quando a sua fuga foi detectada, soou um alarme mas ninguém a encontrou no seu esconderijo.
Depois de 24 horas na escuridão, seguiu uma luz brilhante que se revelou ser uma barraca não guardada. O pequeno grupo de surpresos prisioneiros levou-a para dentro. Este grupo, com Lyon entre eles, foi metido em camiões para gado e levados para fora de Auschwitz. Lyon desejou ver a mãe e a irmã mais uma vez, mas sabia que enfrentava uma morte certa se fosse descoberta em Auschwitz.
Depois de três dia de viagem, o grupo chegou a Bergen-Belsen, um campo de concentração onde o crematório ardia dia e noite. Foi aí que Lyon passou o seu 15º aniversário.
Entre os sobreviventes de Auschwitz-Birkenau estava Philip Riteman, um Judeu Polaco enviado para o campo em 1941, que teve a presença de espírito para mentir sobre a sua idade de forma a ser seleccionado para a fila destinada a trabalho escravo. Num discurso que Riteman proferiu para os alunos de Riverview e Central Collegiate em Moose jaw, Canadá em Maio de 2008, tal como foi reportado por Lacey Sheppy ino Moose Jaw Times Herald a 23 de Maio de 2008, Riteman disse que tinha crescido em Szereszow, na Polónia, uma cidade de cerca de 25,000 pessoas – não muito diferente de Moose Jaw. Estava no 5º ano quando a guerra começou em 1939. Os Ritemans foram reunidos e enviados para o gueto de Pruzhany, onde viveram durante nove meses num quarto de três por quatro metros, com mais duas famílias.
O seguinte é de um artigo escrito por Lacey Sheppy, que foi publicado a 23 de Maio de 2008 no Moose Jaw Times Herald:
Em 1941, a família de Riteman foi colocada num comboio com cerca de mais 10,000 pessoas. Sete dias depois, depois de ser comprimido com outras 100 pessoas numa carruagem sem comida, água ou casa de banho, o comboio parou finalmente… em Auschwitz-Birkenau. À medida que os olhos de Riteman se ajustaram à luz do sol, ele viu algo que ainda o persegue até hoje.
“Estava uma mulher na casa dos vinte, bonita, que saiu do comboio, nunca me vou esquecer dela porque usava sapatos de salto alto.”
A mulher tinha uma criança nos braços. Um soldado nazi tirou-lhe o bebé e esmagou-lhe a cabeça contra o pavimento.
Quando a mãe tentou agarrar o bebé, gritando e chorando, o soldado espetou-lhe uma baioneta no estômago.
“Era só sangue, sangue por todo o lado,” disse Riteman.
Sem tempo para pensar naquilo que tinha acabado de ver, Riteman foi colocado na fila para ser separado. Embora só tivesse 14, Riteman mentiu acerca da sua idade e disse aos Nazis que tinha 17.
Riteman – com outros homens e jovens, rapazes saudáveis – foram separados num grupo, enquanto as mulheres, os velhos e os enfermos foram para outro.
Os trabalhadores foram enviados para o campo para trabalhar, enquanto o resto – os pais de Riteman, avós, cinco irmãos, duas irmãs, nove tias e tios e muitos primos – foram enviados para a câmara de gás.
A história de Riteman nao é única. Numerosos sobreviventes de Auschwitz foram salvos da câmara de gás por mentirem acerca da sua idade e houve muitas testemunhas que viram os notoriamente indisciplinados soldados nazis bater com a cabeça de bebés contra a árvore mais próxima ou contra o chão, sem ninguém intervir.
Funcionários de Auschwitz de férias em Solahuette:
A foto acima mostra membros do pessoal de Auschwitz no verão de 1944 brincando com auxiliares femininas, também chamadas Helferinnen, em férias no retiro das SS em Solahuette, a 30 quilómetros do campo. Os homens das SS estavam a divertir-se, sem quaisquer preocupações, enquanto 3,000 Judeus eram gaseados por dia e incinerados em Birkenau.
Segundo o livro intitulado “Mengele, a História Completa”, de Gerald L. Posner e John Ware, Dr. Josef Mengele passou 21 meses no campo de Auschwitz-Birkenau, e durante esse tempo, enviou 400,000 prisioneiros para a morte nas câmaras de gás de Birkenau. Levando em conta que o Dr. Mengele não podia trabalhar quando esteve doente com malária e tifo, seleccionou 20,000 Judeus e Ciganos por mês para serem mortos, segundo Posner e Ware.
O seguinte excerto é de “Mengele, a História Completa”:
A memória deste homem delicado, sem um cabelo fora do sítio, a sua camisa verde escura bem passada, a cara bem lavada, o boné com a caveira das SS inclinada para um lado, permanece vívida para aqueles que sobreviveram ao seu exame detalhado quando chegavam à estação de Auschwitz. Botas polidas ligeiramente afastadas, o polegar apoiado no cinto da pistola, avaliava a presa com aqueles olhos perscrutadores e impenetráveis, Morte para a esquerda, vida para a direita.
Quatrocentas almas – bebés, crianças pequenas, jovens raparigas, mães, pais, e avós – foram enviados despreocupadamente para o lado esquerdo com o movimento de uma varinha segura numa mão enluvada. Mengele era o fornecedor chefe das câmaras de gás e para o crematório. Tinha uma expressão que dizia ‘Eu sou o poder,’ disse um sobrevivente. Nessa altura, Mengele tinha apenas 32 anos de idade.
As duas histórias mais famosas acerca do Dr. Josef Mengele: uma sobre a sua tentativa de mudar olhos castanhos para azuis e outra sobre coser duas crianças juntas, costas com costas, para criar gémeos siameses.
Vera Alexander, uma sobrevivente de Birkenau, foi uma testemunha da experiência dos gémeos siameses. O Dr. Mengele morreu em 1979 mas a sua morte foi mantida em segredo pelos seus amigos e família. Em Outubro de 1985, quando estava em curso uma intensiva caça ao homem a Mengele, Vera Alexander afirmou o seguinte numa entrevista para a produção televisiva “À procura de Mengele,” como foi citado no livro “Mengele, a História Completa”:
Um dia Mengele trouxe chocolate e roupas especiais. No dia seguinte, os homens das SS vieram e levaram duas crianças. As duas crianças estavam comigo, Totó e Nino. Um deles era corcunda. Dois ou três dias mais tarde, um homem das SS trouxe-os de volta num estado terrível. Foram cortados. O corcunda estava cosido à outra criança, de costas um para o outro, os seus punhos também. Cheirava terrivelmente a gangrena. As incisões estavam sujas e as crianças choraram todas as noites.
Segundo Gerald L. Posner e John Ware, os autores do livro “Mengele, a História Completa”, Mengele já tinha começado uma bizarra tentativa de mudar olhos castanhos para azuis antes da chegada do Dr. Miklos Nyiszli, um médico Judeu húngaro, a 29 de Maio de 1943. O Dr. Nyiszli foi escolhido para ajudar o Dr. Mengele a fazer autópsias nos corpos no Crematório II ou Krema II.
O Dr. Mengele tinha um interesse particular em estudar pessoas que tinham olhos de cor diferentes.
A história da experiência da cor dos olhos em 36 crianças em Birkenau foi contada pelo Dr. Vexler Jancu, um prisioneiro Judeu de Birkenau.
Como citado em “Mengele, a História Completa,” O Dr. Jancu disse o seguinte: Em Junho de 1943 fui ao campo dos Ciganos em Birkenau. Vi uma tábua de madeira. Em cima dela estavam vários exemplares de olhos. Todos tinham um número e uma letra. Os olhos iam do amarelo pálido até ao azul brilhante, verde e violeta.
O Dr. Mengele escapou de Auschwitz antes do campo ser libertado pelo exército da União Soviética, e levou consigo todos os seus artigos de investigação. Estes artigos caíram mais tarde nas mãos dos aliados, mas nunca chegaram a ser publicados. Os resultados das experiências do Dr. Mengele estão hoje guardados num cofre em Israel. O testemunho de alguns do Judeus que foram objecto das experiências e pesquisas de Mengele, foram publicados, mas não os resultados nem os seus artigos de investigação sobre a condição genética e doenças dos Judeus.
Houve alegações de vários sobreviventes de Birkenau que o Dr. Mengele mandou incinerar 300 crianças vivas a céu aberto.
Como citado em “Mengele, a História Completa,” um prisioneiro russo de Birkenau chamado Annani Silovich Perko afirmou o seguinte numa declaração juramentada feita ao promotor público em Moscovo em Setembro de 1973:
Passado um bocado, um grande grupo de oficiais das SS chegou em motas, Menguele estava entre eles. Guiaram para o pátio e desceram das motas. Depois de chegarem, rodearam as chamas; ardiam horizontalmente. Nós observávamos o que se iria seguir. Passado um bocado, chegaram camiões, camiões basculantes com crianças lá dentro. Os camiões eram cerca de dez. Depois de entrarem no pátio, um oficial deu uma ordem e os camiões fizeram marcha-atrás em direcção ao fogo e começaram a lançar aquelas crianças para o fogo, dentro da cova. As crianças começaram a gritar; algumas conseguiram rastejar para fora da cova a arder; um oficial deu a volta e com um pau empurrou-os para dentro, aos que conseguiram sair. Hoess e Mengele estavam presentes e davam ordens.
Um quadro de um sobrevivente do Holocausto representa crianças a serem queimadas vivas.
A seguinte citação é de um livro intitulado “A Mente Criminal” da Dr. Katherine Ramsland que escreveu 25 livros sobre psicologia criminal:
Além dos burocratas e dos militares, Hitler também inspirava alguns médicos a cumprir a sua visão horrível, particularmente o Anjo da Morte de Auschwitz, Josef Mengele. Um líder na visão biomédica nazi, ele especializou-se em anomalias genéticas. Chegando a Auschwitz a 30 de Maio de 1943, ficou a comandar o processo de selecção. Aparecia junto dos transporte de prisioneiros com um ar elegante e com um olhar decidia o destino de cada pessoa. Enviava qualquer um com uma imperfeição para a câmara de gás e escolhia outros para trabalhar ou para as suas experiências abomináveis.
Mengele gostava da sua posição de poder. A confirmação do ideal nazi de purificação da raça era o que o motivava. No entanto, ninguém sabia o que esperar dele. Tanto separava famílias e matava com impunidade, ora punha-se no papel de médico preocupado ou caprichosamente permitia a algumas pessoas viver. No seu desejo de aperfeiçoar a eficiência do campo como uma máquina de morte, ensinou a outros médicos a forma de dar injecções de fenol a uma longa fila de prisioneiros, acabando rapidamente com as suas vidas. Também matou pessoas a tiro, e segundo alguns relatos atirou bebés vivos para o crematório. Ao longo de tudo isto, ele manteve um eficaz comportamento distante e via-se a si próprio como um “cientista.”
A grande paixão de Mengele era a pesquisa em gémeos. Estes eram pesados, medidos, e comparados em todos os sentidos. Alguns, ele matava-os para exames patológicos, dissecando uns e deixando algumas partes preservadas. Outros, operava sem anestesia, removendo membros ou órgãos sexuais. Se um gémeo morresse durante a experiência, o outro deixava de ter utilidade, portanto era simplesmente gaseado.
Ainda assim, mesmo já os tendo seleccionado para mutilação ou morte, brincava com eles e mostrava-lhes grande afeição. Até lhes dava uma boleia no seu carro no caminho para a câmara de gás. Mais tarde, podia passear com as suas cabeças ou prender os olhos deles com um pino a um quadro.
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30 comentários:
Impressionante!
Sabemos que há indivíduos assim; sabemos que num cenário de guerra grande parte das pessoas ficam assim ou parecidas; mas há sempre alguém que não fica e se insurge. Onde é que está esse alguém nestas histórias? é isso que mais me assusta, o não existir ninguém que se tenha levantado contra isto.
PS - veja lá se a minha última tentativa de definição de «Tempo» no «outra Física» já lhe agrada mais
Caro Alf, leia com atenção este post.
Diogo
Para já obrigado pelo vídeo sobre o dinheiro.
Josef Mengele ficou para sempre como anjo da morte.
È horrível pensar que um ser humano conseguia ser tão pouco humano.
Horrível essa discrição de um parto medicamente assistido para enviar de seguida mãe e filho para o forno crematório.
Que espécie de mente era essa, educada, agradável, culta e tão friamente perversa.
Só uma mente doente, num tempo doente, numa Europa em ruínas, sem estribeiras, é deste tipo de coisas que involuntariamente tenho medo.
Um homem desumano é a maior besta existente.
Beijo
E o valentim loureiro?
Até chora a roubar
o hauptsturmführer Mengele (um posto de prestígio dentro do exército alemão) ficou para sempre marcado "como anjo da morte"
No entanto, lendo e comparando os depoimentos deste post observam-se numerosos contradições entre eles.
O que significa que a diabolização dos actores alemães na IIGG, que agora (quase) toda a gente praticamente dá como verdadeira, é uma história ficcionada e que vem sendo trabalhada há mais de 60 anos.
Descubram em proveito de quem,,,
Bem visto, Xatoo.
«Só depois de alguns anos após a sua morte (a 7 de Fevereiro de 1979) é que sobreviventes começaram a aparecer com histórias acerca de crimes que ele cometeu em Birkenau, e começou uma massiva caça ao homem para o encontrar.»
Temos aqui um monstro post-mortem.
Eu era criança quando vi nos anos 60, uma revista do Século Ilustrado,
Com fotografias do Holocausto,confesso que me marcou, não podia acreditar que todos aqueles horrores praticados contra seres humanos, podessem ter existido na realidade, era demasiado cruel e horrível.
Vi a pele de pessoas dentro de bões em vidro, cabeças de seres humanos mumificadas e reduzidas ao tamanho de uma bola de Tenis, as roupas de crianças, centenas delas com apenas alguns meses de idade, os fornos onde foram mortas, as câmaras de gás, os milhares de cadáveres humanos amontoados como se trata-se de sacos de lixo, os sobreviventes dos campos de concentração esqueléticos mal se seguravam em pé.
A forma como os Nazis se divertiam fazendo tiro ao alvo com seres humanos, velhos, jovens, crianças.
Tiravam a identidade, a nacionalidade, a dignidade e a vida aos Judeus.
Marcavam os seres humanos como se fossem gado.
Ainda hoje por vezes eu penso que tudos aqueles horroros inacreditáveis, dantescos e de tremendo sofrimento humano, não foram verdade, que tudo aquilo não passou de um grande pesadelo.
Que não podem existir no mundo, por piores que sejam, pessoas com tão grande capacidade de crueldade e crime é impossível.
Hoje damos com nós a ver alguns fantoches extremistas ou nazis quererem desmentir tudo que existiu, que encontram-se registados em documentos como provas, filmes, fotografias, testemunhos de sobreviventes desses horrores.
Anónimo,
O Prémio Nobel Elie Wiesel (ainda vivo), que chegou a ser convidado para presidente de Israel, no seu livro autobiográfico «Noite», em que descreve a sua experiência de dez meses como prisioneiro em Auschwitz, não menciona em parte alguma as câmaras de gás. Wiesel diz, realmente, que os Alemães executaram Judeus, mas... com fogo; atirando-os vivos para as chamas incandescentes, perante muitos olhos de deportados!
Wiesel não viu nem soube da existência de câmaras de gás em Auschwitz nos dez meses que lá passou como prisioneiro.
Se reparar nos testemunhos deste post, há-de reparar que se contradizem uns aos outros e relatam situações totalmente absurdas.
o Anónimo das 19:37 diz que "viu" os horrores no Século Ilustrado" nos anos 60 - pudera! então não havia de ver?! o jornal "O Século" era dirigido pelo judeu Moisés Amzalak que foi dirigente da Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) por mais de 50 anos. O lisboeta Amzalak foi o único judeu estrangeiro condecorado por Hitler: é ler o livro de António Louçã, "O Segredo da Rua do Século", é ler meus senhores, é ler,,,
Quem se impressionou com mistificaões já é tempo de se ir desintoxicando
Bom post Diogo!
Ainda bem que temos o "Revisionismo Histórico". ;-)
Mais uma pequena informação sobre este dr. pode ser lida aqui: http://febreamarela.blogspot.com/2008/09/israelitas-permitiram-fuga-de-mengele_06.html#links
1 Abraço,
Paulo.
Caro Paulo, não faço parte do grupo dos que podem comentar no seu blog. Quanto ao seu último post, o meu comentário é:
Talvez a China esteja a tentar evitar o controlo militar absoluto do espaço pelo Pentágono. Este afirmou essa intenção no «Rebuilding American Defenses» de 2001.
Caro Diogo, faço-lhe o convite aqui e em directo - porque não nos conhecemos e não tenho o seu contacto: o Revisionismo em Linha precisava de uma pessoa como você... Aliás, o Revisionismo Histórico... Já pensou nisso?...
Não eram os Nazis que atiravam as crianças para o fogo ou os fornos da morte, esse trabalho criminoso e sujo, eles mandavam os judeus fazerem-no, que ou faziam ou tinha a morte por certo.
De facto existem muitas contradições. Mas uma coisa é certa, a insanidade mental pairou por aqueles lados, e com toda a força. Nem falando da hora sexual.
Abraço,
Zorze
OLHA EU LI O TEXTO E NA MINHA OPINIAÕ EU NÃO GOSTEI DOS RELATO DESCREVIDOS DURANTE O TEXTO.É UMA COISA HOORRIBVEL DE SE OKOKOKO 12790I
Coitados. Eles estão com saudades da suástica ou talvez tenham pena de não terem sido parte da equipa dos "técnicos".
Não viram o Shoa do Claude Lanzmann?
Não lhes chega documentação abundante sobre as aberrações como Wirth, Irma Grese, Hoess, Kramer, Ohlendorf, Stahlecker, Blobel, Rasch,Greiser,Mengele, e outros quejandos ? não viram as latas de Zyklon B ?
Será que não tomaram a medicação hoje ? Qual foi o enfermeiro que os deixou sair ? Só se foi bem intencionado e na frente havia um bom pasto de relva verde que tanto desejavam, pois não estou a ver outra vertente.
Leiam historiadores insuspeitos,leiam Gitta Serenny, leiam Anthony Beevor, leiam outros tantos tais como Raoul Hilberg, mas, perdão esqueci-me, talvez não saibam ler, sejam analfabetos, falam de ouvido.
Tenham juizo !
As pesquisas realizadas pelo "anjo da morte",tirou a medicina das trevas e da mediocridade, pois o avanço foi satisfatorio muitas vidas foram extintas, mas muitas outras no futuro pós querra foram salvas graças a suas pesquisas com seres humanos, a pergunta que se faz é, valeu a pena, 100 vidas retiradas compensa 10 salvas?,haja vista que suas pesquisas muito contribuiu para o avanço da medicina, a pergunta é valeu a pena?, apesar de sua mente insana, mas quem era mais insano, quem aplicava as pesquisas ou quem se submetia a ela, a submissão mesmo pela força não é forma de consentimento?, 100 cadaveres por 10 vidas salvas no futuro pós querra, valeu a pena o preço pago pela humanidade para a obtenção do beneficio?,a verdade é que quando se mata alguém mata uma geração inteira e quando se salva alguem salva-se uma geração inteira, valeu a pena?
axo q isso nun foi insano sei q nun foi muitooooo humano mais pelos menos foram seis milhoes de unidades de lixo pro saco ^^
Certo vcs Reclamares de mengele, mas a Grande Iguinorancia do ser Humano é pensar somente na vida da raça Humana.
vi um post ali em cima esta como "anonimo" (Sitando em (marcando Jovens,mulheres,Crianças como se fossem Gado)
Pois ai é que ta, marcar gado Multilar gado não é nenhuma montruosidade da raça Humana como a maioria dos Seres Humanos dizem.
e nenhum desses Individuos Foram Condenados por Isso.
Os testemunhos vão ser sempre assim, quase nunca um vai dizer exatamente o que viu igualmente como o companheiro que estava ao seu lado diz, porque forças maiores, como o medo da morte, tristesa, raiva... faz com que veja coisas, aumente o ocorrido, deturpe o acontecimento e não torne o relato 100% seguro.
No texto existe poucos depoimentos. Seria bom que vc le-se Médicos Malditos, de Christian Bernadac e Médico em Auschwitz, de Miklos Nyiszl. Nesses 2 livros feitos por depoimentos ineditos na epoca, mostram uma centena de deportados contando, entre outras coisas, as atrocidades medicas que aconteceram. Mas o que mais tem a pesar sobre isso, é que os depoimentos se entrelaçam e se confirmam, sem que seja do modo que vc citou no seu texto, que foi pego os depoimentos separados, e postos frente a frente, o que causa certa desordem nos fatos, e traz uma certa falta de veracidade, se assim pode-se dizer.
Simon Wiesenthal foi o percussor dessa grande investida contra Mengele, e com isso, os depoimentos começaram a aparecer. Devemos nos lembrar que são poucas as pessoas que contam o que passaram em campos, muitos deletaram isso do seu passado, e choram ao se ver perguntados pelo occorido.
Baixar o Documentário - Mengele - O Anjo da Morte - http://t.co/fPv968XG
Gostaria de saber se existe um artigo sobre a propaganda nazista,não encontrei um texto bem elaborado na net.
E sobre o doutor Mengele,vc esqueceu de mencionar onde ele viveu alguns regado a água de coco,samba,futebol e caipirinha...
Gostei do texto,é bem esclarecedor!
valeu.
Gostaria de saber se existe um artigo sobre a propaganda nazista,não encontrei um texto bem elaborado na net.
E sobre o doutor Mengele,vc esqueceu de mencionar onde ele viveu alguns regado a água de coco,samba,futebol e caipirinha...
Gostei do texto,é bem esclarecedor!
valeu.
Eu sinto nojo destes malditos nazistas, pena que esse Megele não foi condenado á forca assim como os outros porcos iguais a ele.
Como pode um ser humano ter um coração tão ruim a ponto de praticar essas crueldades com outros seres humanos?
Confesso que chorei as partes que falam sobre experimentos com crianças... como pode isso????
Abaixo o nazismo, porcaria de pensamento tolo e infame!
fico parva como ainda há pessoas que defendem os nazis,vocês não devem ter amor ao próximo e nem devem ter filhos deviam estar na pele daquelas pessoas e sentirem os horrores que eles sentiram está mais que provado sem duvida alguma através de inumeras provas que tudo isto aconteceu,pessoas como vocês não merecem andar neste mundo punha-vos nas maõs do senhor menguele para darem valor ao sofrimento de todas as vitimas daqueles monstros se gostam deles problema vosso mas por amor de deus tenham um pingo de respeito e não venham dizer que foi inventado e manipulado e que é propaganda tudo o que é relatado pelos sobreviventes aconteceu vão mas é morrer longe defensores do nazismo vocês são a vergonha da humanidade.
Impressionante, este post. Aprecio muito o fato de que mais pessoas tomem conhecimento do que aconteceu com tantas pessoas inocentes injustamente.
Interessante, este post. Aprecio muito o fato de que mais pessoas tomem conhecimento do que aconteceu com tantas pessoas inocentes injustamente.
Melhor Alemães doq Brasilóides safados nojentos falsos burros...
Hoje os Israelitas com o total apoio dos eua estão a fazer o mesmo com o povo da Palestina
Com relação a esse infeliz anônimo que disse que prefere alemães do que os brasileiros digo que quem é sáfado,nojento,falsos burros é ele mesmo.
É um miserável que não tem vergonha na cara para escrever bobagens,e o que é pior não é homem suficiente para colocar seu nome no comentário .
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