terça-feira, novembro 10, 2009

Hélder Filipe, do Infarmed, alerta-nos acerca da desinformação na Internet sobre a vacinação contra a Gripe A

No programa Prós e Contras de 2/11/2009 na RTP1, o Professor Doutor Hélder Filipe, Vice-Presidente do Infarmed (instituto público regulador e fiscalizador responsável pela introdução no mercado, comercialização e controlo dos medicamentos e outros produtos de saúde em Portugal), e grande defensor da vacinação em massa contra a Gripe A, alerta-nos contra a desinformação que grassa na Internet sobre os falsos perigos da vacina:


Hélder Filipe - Vice-Presidente do Infarmed
Um crítico da desinformação que é praticada na Internet



Fátima Campos Ferreira: Esta questão da comunicação social, Hélder Filipe, é interessante. De que forma é que a comunicação social pode ser um factor, enfim, que pelo menos que não seja um obstáculo à vacinação?

Hélder Filipe do Infarmed: Eu acho que é decisivo porque, como vimos aqui, isto é um problema de informação mais do que tudo o resto. Os medos com a vacina etc. é um problema de falta de informação, isso ligado a uma outra coisa que eu estava aqui a pensar que é a Internet. Os fenómenos que temos tido de má informação ou desinformação têm tido muito a ver com a Internet. A freira espanhola, a senhora finlandesa, todos nós recebemos os filmes do Youtube através do e-mail. E portanto, temos de pensar nesta realidade, e as pessoas perceberem que a Internet não é, só por si, uma fonte fidedigna de informação e, portanto, se usarem a Internet para irem a sites fidedignos – Direcção Geral de Saúde, Infarmed, e não é para puxar a brasa à nossa sardinha, Agência Europeia do Medicamento, onde pode haver informação fidedigna. E perceber que a Internet é apenas um veículo para ter boa ou má informação. E às vezes falamos muito da comunicação social e esquecemo-nos deste fenómeno da informação através da Internet.

Fátima Campos Ferreira: Onde ninguém tem qualquer controlo, não é?

Hélder Filipe do Infarmed: Exactamente!


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VÍDEO do Prós e Contras da RTP1 de 2 de Novembro de 2009
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Jornal Nacional da TVI de 7 de Setembro de 2009


(3 minutos)




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Jornal Nacional da TVI – 7 de Setembro de 2009
A Gripe A vai matar menos gente que a gripe sazonal



Jornalista da TVI: A verdade é que o mundo está preocupado com a Gripe A e já há empresas a ganhar milhões à custa do H1N1 (vírus da Gripe A). Das pequenas empresas aos grandes laboratórios toda a gente tem facturado com este vírus.

A farmacêutica Roche, por exemplo, cujas vendas do seu Tamiflu caíram quase 70% quando o mundo percebeu que já não havia perigo de uma Gripe Aviária, vê agora as vendas desse mesmo medicamento dispararem em mais de 200%.


Dr. Fernando Maltês (Director do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Curry Cabral): O Tamiflu, desde o princípio desta pandemia, tem sido encarado pela população como uma espécie de fármaco milagroso, o que não é verdade. E no que diz respeito à eficácia, concretamente no vírus da gripe, é uma eficácia que está, digamos, mal documentada. Se houver um conjunto de factores que digam – vale a pena administrar o fármaco – o médico administra, caso contrário, balançando os efeitos benéficos com os potenciais riscos, é preferível não administrar.


Jornalista da TVI: Numa altura em que o laboratório suíço Roche passa por dificuldades financeiras, com os lucros a caírem quase 30% na primeira metade deste ano, é caso para dizer que a Gripe não é Aviária, mas que caiu do céu.

Ajuda importante também para a Glaxo Smith Kline, o laboratório britânico a quem Portugal já encomendou seis milhões de doses da vacina contra a Gripe A, a 8 euros cada uma (48 milhões de euros), teve um ano difícil do ponto de vista financeiro. Eis senão quando, surge o tal vírus, H1N1, que deverá render, só ao laboratório britânico, cerca de dois mil milhões de euros, tendo em conta que as encomendas estão quase a atingir as trezentas milhões de doses.


O laboratório britânico Glaxo Smith Kline
terá um rendimento de dois mil milhões de euros graças ao H1N1



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Comentário

Não será de estranhar que Hélder Filipe, Vice-Presidente do INFARMED [instituto público regulador e fiscalizador responsável pela introdução no mercado e comercialização dos medicamentos em Portugal], seja tão pró-vacinação.

Afinal, mão é todos os dia que surge uma "Pandemia" que permite que se "invista" uma verba superior a 45 milhões de euros na aquisição de três milhões de vacinas.

Seguramente que a Glaxo Smith Kline terá de adquirir muitos perús para distribuir neste Natal.



Agência Lusa, Publicado em 10 de Outubro de 2009:

«Os impactos financeiros directos da gripe A nos custos do Estado já ascendem a 67,5 milhões de euros com a compra de vacinas, no valor de 45 milhões de euros, e do Oseltamivir [Tamiflu], no valor de 22,5 milhões de euros.

O Governo gastou este ano 45 milhões de euros na compra de seis milhões de doses de vacinas contra a gripe A à Glaxo Smith Kline (GSK) e gastou, nos últimos três anos, 22,5 milhões de euros na compra do anti-viral Oseltamivir [Tamiflu] à Roche, inicialmente destinado ao combate à gripe das aves.»

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11 comentários:

Johnny Drake disse...

Claro que o "grande problema" para certos lobbys é a falta de controlo na Internet... MAS A FALTA DE CONTROLO DA PARTE DELES! Que não conseguiram impedir que certas questões e dúvidas viessem a público! Por vontade de alguns, montava-se uma nova Inquisição e os carneiros eram obrigados a seguir cegamente o pastor... Infelizmente para eles as coisas não são ainda assim.

Anónimo disse...

as verdades na internet estão camufladas pelas mentiras

alf disse...

Esta gripe A é uma paranóia.

Para começar, duvido que este seja o primeiro ano da gripe A - a minha mulher teve o ano passado uma gripe com os exactos sintomas desta.

Este é apenas o ano em que ela foi «descoberta».

Depois, vejo os miudos com aqueles surtos de febre que todos os anos tinham e eram classificados como «viroses» a serem este ano classificados como gripe A.

Este ano não há «viroses», só há «gripe A». Que, curiosamente, dá os mesmos 3 dias de febre das «viroses».

Daniel Santos disse...

O Alf disse tudo.

Diogo disse...

Drake, Já há ameaças à liberdade na Internet. Vamos ver onde tudo isto vai parar.


Alf, Está a ver que afinal há conspirações? Acha possível uma paranóia tão concertada entre todos os Media, todos os políticos e todas as organizações de saúde (de nomeação política)?

Zéi disse...

Lei Marcial está em acção na Ucrânia

Aquilo que mais se temia está acontecendo na Ucrânia, a utilização da lei marcial no seu belo esplendor, devido à suposta mutação do vírus e à morte de meia dúzia de pessoas. A Ucrânia foi o primeiro passo para a conclusão do plano, que será decretar Lei Marcial em todos os países.

Os opositores da vacina na Ucrânia serão processados pelo governo no âmbito do direito penal, informou a agência de notícias Interfax Ukrainia.

O relatório da agência afirma que o ministro da Saúde, Wasilij Kniazevicz, pediu ao Procurador-Geral para iniciar um processo criminal contra aqueles que se opõem a campanha de vacinação em massa contra a gripe suína. Teme-se que o governo esteja no caminho certo para criar uma onda de detenções.

O Diretor de Saúde do Governo, Aleksander Bilovol, anunciou que o Estado pretende implementar uma campanha de vacinação em massa visando principalmente as mulheres grávidas.

Além disso, o Ministério da Saúde pretende alargar as zonas de quarentena na Ucrânia, o que pode provocar o isolamento de varias regiões e aprisionar pessoas virtualmente.

Também foi relatado que um dos principais profissionais civis de saúde pública ucraniano foi dissolvido e se alistou no exército, provocando temores de uma vacinação em massa forçada pelos militares.

A OMS e a ONU parecem ter tomado o de cima sobre personalidades-chave do governo, a pretexto de uma luta urgente contra uma pandemia.

Anónimo disse...

Caro Diogo
Pode-me enviar o seu email para este email (vidabela181@hotmail.com)
Carlos

simon disse...

Não se preocupe, senhora ministra, nem ó filipe das neves, o Roomsfeld agradece.

alf disse...

Diogo

São conspirações de interesses. Há uma estrutura de saúde que vê aqui uma oportunidade de mostrar a sua utilidade aos cidadãos e ganahr importância; há os interesses farmaceuticos; há a possibilidade de «catástrofe» que é um petisco para os Media porque os seus clientes - o cidadão comum - fica logo todo excitado com tal; há a pressão dos anti-governo: se este não comprasse logo milhões de vacinas, ai jesus que estava a por a vida dos cidadãos em risco; e há o histerismo das pessoas comuns.

Agora há muita gente que diz que não quer ser vacinada, mas isso é só porque há muitas vacinas; se estas fossem poucas, racionadas, estava aí tudo aos gritos anti-governo e ai jesus que vamos morrer todos por falta de vacinas.

Mas grave mesmo é o despudor com que certas pessoas aparecem a dizer que a vacina devia ser obrigatória e que quem não quer está a por em risco a vida dos outros.

Agora isto, como a teoria do aquecimento global e outras coisas, é uma demonstração de como as pessoas são manipuláveis. Não são só algumas pessoas que se deixam manipular pelas Igrejas Universais, toda a gente se deixa manipular da mesma maneira, desde que toquem nos seus interesses.

é por isso que eu venho dizendo que toda a gente é 'crente» e que a sociedade humana, por enquanto, tem de ser gerida pela «mentira conveniente».

Ando a apreciar o esforço do Obama para tentar não recorrer a ela e estou curioso de saber até onde ele se vai aguentar. Mas ele já vai dando uma no cravo e outra na ferradura, não se pode dizer a verdade em todas as frentes, uma de cada vez.

Motim disse...

Diogo mais uma vez acertaste na mouche.
Também tenho essa edição do Prós e Contras, propaganda pura do início ao fim.

Estas declarações revelam o "modus operandis" da elite.
Há décadas que lá fora se fala dos perigos das vacinas, mas por cá todos calados. Agora com a internet eles deixaram de controlar todo o fluxo de informação.

Uma das tácticas aqui utilizadas costuma-se chamar de "Straw man". Eles já não conseguem evitar falar na oposição generalizada à vacina. Como contornar isto? Em vez de falarem nos estudos científicos elaborados há dezenas de anos, ou referirem os vários cientistas que alertam para os perigos das vacinas, o governo/farmacêuticas/comunicação social apenas fala nas declarações de uma freira espanhola e uma médica finlandesa. Porquê? Porque são pessoas fáceis de atacar. É fácil criar no público uma associação mental entre a freira e outras figuras sem qualquer credibilidade da igreja católica. E no caso da médica finlandesa, basta dizer que ela também acredita em extraterrestres, apesar de ser irrelevante para o caso. E quem vier a público falar dos perigos das vacinas, a comunicação social vai imediatamente associar essa pessoa à freira e à finlandesa.

O argumento principal do governo/farmacêuticas/comunicação social foi repetido várias vezes neste programa e continua a ser: A vacina é segura porque a OMS, a UE e o governo dizem que é. Todos nós conhecemos as boas intenções de governos como o nosso, da UE e de entidades como a OMS e a ONU, apanhadas várias vezes a distribuir vacinas com HIV em África.

No fim do vídeo eles lamentam-se e mostram a pena que têm em não controlar toda a internet... Sim porque todos os governos e comunicação social estão controlados. A internet é a nossa última réstia de liberdade e vamos ter de lutar por ela.

Zorze disse...

Um post muito interessante, tal como os comentários nele inseridos.
Destaco os do Alf, pela sua acutilância e do Motim pela sua visão realística do assunto.
Há que ter cuidado pelo controlo da blogosfera ainda livre. Já há mecanismos que a tentam abocanhar.
As "responsabilidades onlines" que circulam por aí é um dos passos.

Abraço,
Zorze