quarta-feira, abril 20, 2005

Too late!

Os teólogos da Libertação, pouco antes das volutas de fumo saírem pela chaminé do Vaticano, oravam fervorosamente:

Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

Bolas!




Outros houve que ficaram mais optimistas. D. Manuel Martins, Bispo de Setúbal afirmou ao Jornal Destak de 20/04/2005:
«Tenho esperança que morra o Cardeal Ratzinger para nascer Bento XVI».

Sofocleto:
Contudo, segundo sei, a maioria dos católicos não vai tão longe: «Bento XVI nem precisaria de nascer» - afirmam.



Quem é afinal Bento XVI?

Joseph Ratzinger, alemão, 78 anos, foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, órgão do Vaticano que substituiu a Santa Inquisição. Sua função é salvaguardar os conceitos morais do mundo católico.

Ratzinger é um dos mais poderosos integrantes da Cúria. Ele era um velho amigo de João Paulo II e compartilhava das posições ortodoxas do Papa. O cargo de prefeito é muito importante, o que tornou Ratzinger o flagelo dos liberais, que já o acusaram de usar seu poder para calar dissidentes. O ex-frei Leonardo Boff, um dos expoentes da Teologia da Libertação, teve voto de silêncio imposto por Ratzinger em 1985.

A Teologia da Libertação, que vem dividindo a Igreja na América Latina, é uma doutrina que prega que as pessoas sejam libertadas da opressão económica. O Vaticano ficou alarmado com as nuances marxistas dessas ideias.

Tido como ultraconservador, Ratzinger é contrário à ordenação de mulheres e defende ardorosamente a necessidade de moralidade sexual. Para ele, "a única forma clinicamente segura de prevenir a Sida é ter um comportamento de acordo com a lei de Deus".