À medida que o tempo passa, parece-me que se torna claro que a guerra no Iraque não tem solução militar.
Porquê? Por duas razões: os americanos estão longe de casa e os soldados não sentem legitimidade moral para ali estarem e, principalmente, porque os americanos não têm alvos militares… a resistência armada é feita por civis, provavelmente ex-militares, que usam tácticas de guerrilha urbana e que se escondem entre a população e dela recebem apoio, abrigo e incentivo…
Politicamente, o Iraque é, também, uma tremenda armadilha para os americanos… um regime multipartidário, vagamente democrático, vai resultar na eleição de um governo próximo do Irão e, portanto… muito pouco pró-americano. Ironia, não acham?...
Socialmente, a crise do Iraque resultou num retrocesso para o povo do território. Os iraquianos eram uma das sociedades islâmicas mais ocidentalizadas… e, hoje, estão maioritariamente muito mais radicalizados, tradicionalistas e fundamentalistas. As mulheres iraquianas devem agradecer…
Parece-me, portanto, que não há uma maneira agradável de resolver este problema, até porque não julgo que o senhor Bush decida uma retirada a breve prazo. E mesmo que isso acontecesse, os iraquianos, hoje, não têm condições de convivência entre si. Parece-me inevitável que a crise despoletada pela invasão americana só se resolverá depois de uma dolorosa guerra civil entre kurdos, sunitas e shiitas.
5 comentários:
A dolorosa guerra civil entre kurdos, sunitas e shiitas é criada e alimentada pelos norte-americanos.
Estes querem apenas o petróleo, as base militares e uma razão para nunca mais de lá saírem.
Não há armadilha nenhuma para os americanos. Há uma estratégia claramente definida.
Para mim, o Marujo tem razão numa coisa fundamental:Pela definição de principios da Constituação Iraquiana, os Gloriosos americanos, estão a construir mais uma poderosa república de "ayatollah's". Parece que não bastava ao anormal do Bush um Irão...
Um abraço
A situação no Iraque é muito complicada, kurdos, sunitas e shiitas odeiam-se, mas todos eles odeiam os americanos.
Se os americanos vierem embora, aqueles envolvem-se numa guerra civil, se prolongam muito a sua estadia, correm o risco de os ter de enfrentar, basta para isso que os diversos líderes religiosos se entendam, e uma força surgirá que possivelmente os americanos não possam enfrentar. Se isso acontecer o exemplo irá ser seguido por todo o mundo islâmico com consequências imprevisiveis. Este é o beco em que os americanos se meteram.
Um abraço. Augusto
"Há medida que o tempo passa (...)"
Meu amigo, antes de saber dar opiniões tem de aprender a saber escrever... que tal "À Medida que o tempo passa (...)" ??
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