The Guardian – 24 de Janeiro de 2007
Não há nenhuma guerra ao terrorismo
O acusador público, Sir Ken Macdonald, colocou-se ontem à noite contra o Ministro da Administração Interna e o Governo Inglês, negando que a Grã-Bretanha esteja no meio de uma "guerra ao terrorismo" e chamou a atenção para uma "cultura de repressão legislativa" ao aprovar leis para lidar com o terrorismo.
O senhor Ken advertiu para o risco pernicioso que uma resposta "dirigida ao medo e inapropriada" à ameaça poderia conduzir a Grã-Bretanha a abandonar o respeito por julgamentos justos no devido respeito da lei.
4 comentários:
Se nós não nos "cansarmos" de denunciar, muitos outros como o senhor Ken Macdonald, sentirão coragem para assumirem o que lhes vai no mais recôndito da alma...
Mas nós é que não podemos abrandar, porque estas opiniões, por si sós, são insuficientes para resolver o problema... e também são facilmente neutralizáveis pelos neo-cons se a pressão das denúncias e da nossa indignação descansar, decidir "deixar-se embalar" pelo incipiente êxito (que, até agora, ain da não atingiu efeitos práticos palpáveis: Bush insiste em intensificar a ocupação do Iraque e os democratas preparam-se para "aceitar" os seus argumentos... se as vozes discordantes se calarem ou abrandarem).
significativo foi o tijolo de 700 e tal páginas que o M16 precisou de "produzir" sobre a morte da Diana Spencer.
Pois se não havia nada, porque se justifica tão anafado relambório?
Os "conspiradores" já são assim tão importantes?
"Os "conspiradores" já são assim tão importantes?"
Questão errada.
O que se passa é que a ignorância é de tal modo convencida, e viciada em novilíngua que se torna necessário desconstruir todo o discurso de uma dada teoria da conspiração, o que é sempre um trabalho de monta em que o bom-senso e a lógica assumem o ónus de provar que não podem ser verdadeiras as mirabolantes e nunca provadas alegações.
Claro que é um trabalho votado ao insucesso.
De facto as teorias da conspiração sustentam-se na crendice e na fé, são dogmas adquiridos a montante dos factos, por "revelação" e por isso, como qualquer Fé, incluindo o marxismo, nenhum facto é susceptivel de as confrontar.
O crente manterá a crença, e relativizará os factos.
É como o marxismo: todas as vezes que alguém o passou à prática, deu asneira da grossa o que pouco importa ao crente que acredita que nada daquilo foi o "verdadeiro marxismo" o qual existe certamente no extremo do arco-irís ou, mais provavelmente, na blindada abóbora dos mentecaptos que se estão nas tintas para os factos.
finalmente, alguém que o admite sem "papas na língua"...
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