terça-feira, janeiro 16, 2007

Uma sociedade de escravos

Viviane Forrester

No mundo actual – das multinacionais, do liberalismo absoluto, da globalização, da mundialização, da virtualidade –, o "trabalho", concebido como o conjunto de emprego mais assalariados, é um conceito obsoleto, um parasita sem utilidade. A mudança dá-se na verdadeira natureza do capital: que já não é aquele que expunha as garantias do capitalismo de ordem imobiliária; que já não é aquele em que o conjunto dos homens era indispensável para produzir lucro.

No actual modelo económico que se instala no mundo – sob o signo da cibernética, da automação, das tecnologias revolucionárias –, o trabalhador é supérfluo e está condenado a passar da exclusão social à eliminação total.

Viviane Forrester num tom de sagrada indignação, denuncia a globalização como a implacável geradora da exclusão social da nova era, aquela representada pela multidão crescente dos desempregados. O silêncio reinante no mundo intelectual diante do que está acontecendo levou a romancista, ensaísta e crítica literária a sair da sua rotina para vir dizer a todos os iludidos que as promessas paradisíacas da tecnologia e do consumo estão, na verdade, conduzindo a um pesadelo do qual ninguém sabe como sairemos.

Viviane Forrester não se deixa enganar pelo discurso do "pensamento único", segundo o qual as maravilhas do capitalismo pós-moderno estão a inaugurar a grande nação planetária, preconizada na Carta das Nações Unidas e no pensamento dos utopistas.

O trabalho morreu, só nos falta a coragem para enterrá-lo. No mesmo túmulo, é preciso acomodar seu sósia e seu irmão gémeo, igualmente defuntos: o emprego e o desemprego. A morte foi causada pelo distanciamento desastroso entre o território do trabalho e o da economia. No mundo actual – das multinacionais, do liberalismo absoluto, da globalização, da mundialização, da virtualidade –, o "trabalho", concebido como o conjunto de emprego mais assalariados, é conceito obsoleto, um parasita sem utilidade.

As multidões que diariamente batem às portas das fábricas em busca de um emprego continuarão a praticar em vão esse humilhante exercício até o fim dos seus dias. Empregos extintos não serão recriados, porquanto substituídos pela automação inteligente, pela informatização prodigiosa.

A alucinante velocidade do capital não corresponde à mobilidade do trabalhador. O capital desloca-se à velocidade da luz, pela fibra óptica das comunicações internacionais, em busca de melhor remuneração. As fábricas podem mudar de país com igual facilidade, instalando-se onde a mão-de-obra é menos exigente, mas o trabalhador está amarrado às suas contingências, às suas restrições físicas; assim, vai aceitando condições contratuais cada vez piores, tentando escapar ao desespero do desemprego e à dependência da assistência pública.

Os fervorosos da globalização procuram dourar a pílula, afirmando que as exclusões de hoje são transitórias, que oportunamente brilhará o sol da plena distribuição dos frutos do progresso. Viviane considera tudo isso pseudoverdades e aponta perspectivas sombrias para o género humano, a perdurar a actual tendência.

23 comentários:

xatoo disse...

o trabalho não morreu: foi deslocalizado! e na divisão internacional de trabalho (outsourcing) deste lado ficaram a I&D, e os serviços - do lado de lá, no neocolonialismo, ficou o "trabalhar é bom pró preto" (que agora é amarelo)

Este tipo de discurso critico pós-moderno vem na linha do "Manifesto contra o Trabalho" do grupo de Robert Kurz e do Raoul Vaneigem - é giro como forma de contestação, mas não resolve o problema fundamental:
Experimente lá indicar mercadorias fisicas sem mão de obra e trabalho incorporado?

Diogo disse...

Parte do trabalho humanos está a morrer e outra parte do trabalho está a ser deslocalizado (até morrer). O problema fundamental não pode ser resolvido com a luta pelo emprego (porque este está a desaparecer), mas com a luta pela distribuição da riqueza criada. As mercadorias físicas e os serviços têm cada vez menos mão de obra incorporada. Isso pode ser comprovado em qualquer fábrica e em qualquer escritório. Os downsizings e as reduções de pessoal não se devem a deslocalizações, mas sim à automatização, à robotização e à informatização.

É esta parte da produção das máquinas que deve ser canalizada cada vez mais para as populações. Hoje há muita coisa que não se produz, não porque não haja tecnologia ou pessoas carenciadas, mas porque não se «vende». Ou seja, porque não há pessoas com poder de compra para as adquirir (embora tenham necessidade delas).

O trabalho da máquina tem hoje um tal peso na produção que não pode continuar exclusivamente em mãos privadas.

Anónimo disse...

tanto "o horror económico" como "uma estranha ditadura" (da mesma autora) estão traduzidos em português e são editados pela Terramar.
Leitura obrigatória.

Unknown disse...

"Viviane Forrester num tom de sagrada indignação"

Bem me parecia que se tratava de religião.

Se a Vivianem rezasse menos e pensasse mais, sem fúrias e obcecações, perceberia que só quem tem dinheiro lhe pode comprar o livro de orações.

E que o seu livro de orações só é possível porque uns gajos cortaram arvores em Portugal, com serras feitas na Alemanha, com aço feito no Índia, com energia vinda da Arábia, e por aí adiante.

E toda esta malta e mais uns milhares, contribuiram para a porcaria do livro da Viviane, não porque o vão ler, ou sequer porque acreditem nas bostadas que a Viviane escreve, mas apenas porque querem, cada um deles, ganhar o seu dinheiro.

A Viviane masturba-se na própria ignorância "sagrada", sem por um minuto perceber que o faz justamente porque é mentira tudo o que diz.


"Sagrada indignação"

Então mas isto agora é conversa de bispos?

Diogo disse...

Anonymous: leitura obrigatória.
Absolutamente de acordo. Também tenho os dois livros.


Lidador,
Se percebesses alguma coisa de alguma coisa, nem que fosse pouca coisa, podia tentar explicar-te qualquer coisa, mas assim...

Unknown disse...

Parece pertubado Sofocleto.
Com que então é contra a globalização?

É pela "autarchia", é?

Também o Hitler era...com os magníficos resultados que se conhecem.

Se os dinossauros que por aqui rugem soubessem um pouco da História, já teriam pelo menos percebido que só as sociedades que se abriram ao exterior através do comércio, cresceram, enriqueceram e se desencolveram.

Os bosquímanos não...

Anónimo disse...

Quem me dera ser bosquímano para ser auto-suficiente.

Anónimo disse...

E o meu almoço, quem é que o prepara?

Anónimo disse...

E emigração para a terra dos bosquímanos é livre...e barata.
Claro que é muito mais fácil mandar umas postas contra o "grande capital" e "os poderosos", enfim, contra "eles", principalmente quando se está de barriga cheia de nalgas afundadas num estofo, a teclar do alto da burra.

Vá lá perguntar aos africanos porque razão fogem aos milhares para o nosso inferno.... melhor, troque com um deles, e venha-me mostrar os resultados daqui a 4 meses, se ainda estiver vivo.

Chiça, que cambada de pavões que por aqui abancam...

Diogo disse...

Lidador,

Os africanos fogem de um inferno para um purgatório. Mais importante é tentar compreender porque é que a África se tornou num inferno e o Ocidente num purgatório, quando o planeta dispõe da mais desenvolvida tecnologia de toda a história. Porque é que há tanta gente na miséria e em situação económica precária no «mundo rico»? Os parcos neurónios de que dispõe sugerem-lhe alguma coisa?

Biranta disse...

E soluções, porra?

Este discurso depressivo e desesperante não me comove nem me diz nada.

Essa treta da anti-globalização já se tornou um chavão tal que nem é preciso ter ideias objectivas sobre o que quer que seja para alinhavar umas quantas lamechices inconsequentes.

Aqui voltamos aquele nosso "tema de discórdia" em que eu afirmo que é fácil resolver os problemas da sociedade, por mais que isso erice seja quem for.

A resolução dos problemas está nas mãos das pessoas e de mais ninguém. Mas não é possível mobilizar sem apontar caminhos que possam ser reconhecidos como tal.

As pessoas têm de saber o que devem defender e o que devem combater (não tolerar), na realidade, e não no Mundo das generalidades e das frases feitas.

Esta globalização da perfídia e da destruição concretiza-se à custa de muitos crimes, abusos e outros esquemas, que são ilegais e condemáveis até à luz das leis e regras existentes. Concretiza-se á custa de muita mentira, embustes, publicidade enganosa e demagogia que há que combater eficientemente; isto é: de forma mobilizadora.
A corrupção e a alta criminalidade são dois exemplos gritantes. As provocações mafiosas, de espiões e outros quejandos, idem...
As mentiras dos governantes também, tal como o arrivismo dos seus desempenhos.
É um nunca mais acabar.
Quanto ao trabalho não há com que nos preocuparmos porque há muita coisa para fazer (pelo menos por aqui). O "trabalho" que está a desaparecer é o da produção em série (de produtos que já saturaram o mercado), mas isso já vem desde a penúltima década do século passado; não é novidade.
A globalização da perfídia é a forma que o nazismo actual assume, provocando destruição semelhante, e tem de ser tratada do mesmo modo.

Ah! E para sossego de "o-lidador" (embora ele não vá perceber patavina, como é costume) eu sou pela globalização... DA PAZ, DO PROGRESSO, DO RESPEITO POR TODOS OS POVOS, DO RESPEITO PELA DIGNIDADE HUMANA DE TODOS E DE CADA UM... pela globalização da erradicação da fome, da perfídia, dos abuso, da corrupção, do banditismo, da prepotência e do arrivismo...

E tudo isto é possível conseguir...

Até começo a acreditar que não há outra forma de nos opormos, eficientemente, à globalização da perfídia, que não seja a "globalização" da oposição à perfídia.

É tudo uma questão de pôr as coisas no seu lugar.

Já agora deixem-me que partilhe convosco uma outra ideia:

Os problemas das deslocalizações e da invasão de produtos muito baratos vindos do extremo oriente, resultam das leis do próprio capitalismo... e do mercado de capitais, "leis" que são tão manipuláveis como quaisquer outras.

O que quer dizer que o capitalismo se está a destruir a si próprio, sendo muito provável que se dê uma grande convulsão muito antes de se concretizarem "as desgraças" anunciadas no texto... Nesse caso será preciso manter a cabeça fria e saber o que fazer... deixando ir os anéis e preservando os dedos. Até porque, pela parte que me toca, não nutro qualquer "solidariedade" para com o sistema capitalista que conhecemos e não pretendo me deixar afundar com ele. Até aconselho todos os trabalhadores e cidadãos a fazerem o mesmo. O texto tem a visão contrária. Confunde tudo, apresentando esse desfecho inevitável como uma desgraça catastrófica para os trabalhadores. Não é, nem deve ser!

Diogo disse...

Biranta,

O texto não confunde nada. Aponta o principal problema de hoje: os empregos estão a desaparecer e não vale a pena chorar por eles, o que constitui em si mesmo o primeiro passo para a sua resolução. O diagnóstico correcto é o primeiro passo para a cura. Forrester afirma também, no seu livro, que o capitalismo se está a destruir a si próprio. A autora defende que é absurdo perseguir uma miragem e que se deve procurar um outro tipo de organização de sociedade, evitando um período longo de sofrimento inútil e apela à imaginação e racionalidade de todos para uma mudança rápida de paradigma.

Como é que se preservam os dedos com filhos a chorar com fome?

Anónimo disse...

Ao neo-liberal do o-lidador.


Vou contar-lhe uma história, verdadeira, é sobre globalização e as proezas das instituições que a sustentam, é assim:

Situamos no espaço - Somalia, corno de Africa
Situamos no tempo - Umas decadas atraz.

A Somália por volta da decada de 60 era uma economia que vivia essencialmente da pastoricia, trocas diretas entre os pastores nomadas eram a base dessa economia.

Por volta dos anos 70 os programas de repovoamento levaram a um incremento do sector da pastoricia a nivel comercial, dados de algumas organizações dizem que mais de metade da população se dedicava então a pecuaria representando este sector 80% das receitas de exportação deste pais.

Ok não era um mar de rosas mas nem por sombras se falava em fome, desenrrascavam-se bem.

Na decada de 80, com a entrada no pais das instituições de Breton Woods (Banco Mundial e FMI) começou o colapso deste, hoje triste, pais.

Concedem um emprestimo a Somália mas em troca impoem um ajustamento estrutural da toda a economia, esse ajustamennto impunha, entre outras coisas a privatização da sanidade pecuaria, a depreciação da moeda, e a produção de produtos para o mercado externo com "alto valor acrescentado", como são o algodão, frutas, legumes, estes produtos seriam cultivados nas melhores terras, e com a melhor irrigação.

As consequensias destas politicas, foram, para a pecuaria, cuja produção era na sua maior parte escoada para os vizinhos, Arabia Saudita e outros,um descalabro completo.

Quanto ao sector dos cereais, os produtores ficaram sem poder escoar a sua produção dado que uma boa parte dela era destinada ao gado e aos pastores agora falidos.

A desvalorização da moeda levou a um aumento dos combustiveis, adubos e dos custos da exploração agricola, o impacto desta medida sobre toda a economia foi imediato e devastador.

O poder de compra urbano declinou, degradaram-se a infratruturas e os borucratas,comerciantes e oficiais do exercito ficaram com o que restava de melhor da economia. Toda esta situação levou ao colapso do estado e a situação que todos conhecemos hoje.

Mas alem dos corruptos da Somália houve mais quem ficasse a ganhar com esta situação, adivinhe lá quem é que exporta agora os excedentes de carne de baixa qualidade e tambem excedentes de cereais para os paises que antes eram abastecidos pela Somália...? Se está a pensar na europa e nos estados unidos acertou.

Pena é que para o senhor poder estar ai a escrever barbaridades com um pc ligado a net, telemovel, duche quentinho no inverno e fartura de comidinha na mesa outros tenham que morrer de fome e doenças provocadas pela falta de assistencia medica.

O senhor que é um neo-liberal confesso diga-me, sera que nós não somos capazes de fazer melhor do que isto?

O senhor sente-se confortavel quando sabe de coisas destas?

Eu acho que o senhor se está pura e simplesmente borrifando para estas coisas, ou não é?

PS. O senhor já reparou que os media quando falam da Somália nunca falam das causas do problema?

xatoo disse...

uma adenda sobre o conflito Etiópia-Somália:
Depois do golpe militar de 1974 de Mengistu Hailé Marian, com o apoio da URSS, organizou-se a agricultura e a pastoricia em comunas populares; mas na sequência das grandes secas dos finais dos anos 80 foi necessário o auxilio da comunidade internacional - que em troca exigiu o fim do "comunismo"
A Etiópia, de etnias berberes (de pele clara), não tem acesso ao mar e por isso lutam tradicionalmente com a etnia (de pele negra) do Sul, da Somália, por esse acesso. Para azar dos da mó de baixo, recentemente descobriu-se também que no Sul havia petróleo - resultado: 2 milhões de negros bantus abatidos na ultima década com o apoio do Ocidente - por enquanto,,,
enquanto não se conseguir pacificar as tribos e estabilizar um regime dócil que faculte a exploração do petróleo em condições "eficazes" para os paises doadores: os EUA e a UE.
Já conhecemos esta história contada noutros lados, de outras maneiras, com protagonistas diferentes, não?

xatoo disse...

e
é engraçado ver como a (des)"informaçaõ" ocidental se esforça por passar a mensagem que se trata de um conflito religioso (metendo a al-Qaeda ao barulho e tudo):
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=10663

Anónimo disse...

Ainda bem que existem os xatos para nos esclarecer. Gente xatissima mas sapiente.

BellaMafia disse...

Mas que hipócrisia reina neste espaço de comentários, todos a pregarem a pobreza dos povos africanos e os demais e provavelmente nem são capazes de comprar um saco de arroz para o banco mundial contra a fome! tenham dó.

Contem a história da Somália, mas não a história recente, contem a história secular. O ocidente não é a nova peste negra, curiosamente são de nacionalidade americana os maiores municiadores de ajuda dos povos africanos (que estranho, ehm!). E o que dizer do super, mega, hiper, capitalista americano Bill Gates e a mulher Melinda? os pais Peste! aposto que nas obras de caridade existe um qualquer complô para derrotar a diáfana realidade africana.

Parém de encontrar falsos Vilões, os vilões residem lá, são pessoas que cegam por poder e dinheiro e olvidam a necessidade de um povo em crise.

xatoo disse...

mentira!:
os vilões residem cá e compram vilõezinhos baratos lá.
além do mais
a vida das pessoas, sejam elas quem forem, não devem depender da caridade alheia.
É preciso ter lata para se ser adorador do BillGaitas; já agora do benemérito Bush? porque não?

Macillum disse...

O blogue www.noticmundo.blogspot.com esta de novo activo

AJB - martelo disse...

onde está o estado visível das lutas pelos direitos conseguidos após a revolução industrial? esses direitos vão-se esvaindo em nome da actual exigência económica e com a implantação do medo...e a cedência que os colaboradores ( agora é assim em vez de trabalhadores...)vão soltando em nome do "pão"; a pouco e pouco o retrocesso vai-se instalando.

Biranta disse...

Meu caro Sofocleto.

Só agora vi o seu comentário e não posso deixar de responder.

Diz o meu amigo que (a autora): "apela à imaginação e racionalidade de todos para uma mudança rápida de paradigma."
(Engraçado. Até parece o P.M., ou o Presidente, a falarem. Esses também dizem coisas dessas...)
É aí que está o erro (ou a inutilidade) deste texto como de muitos outros semelhantes.
Essa coisa da "imaginação e racionalidade de todos" não existe em lado algum, nunca existiu e nunca vai existir. O que existe é uma sociedade com um dado tipo de estrutura, onde uns se apoderam do poder e, com ele nas mãos, o usam em proveito próprio e dos seus amigos; enquanto que existem outros que sofrem as consequências.

O Apelo é tão vago que qualquer um pode apresentar qualquer coisa como sendo fruto da "imaginação e criatividade, para a mudança" e ficamos todos na mesma... ou pior, como tem acontecido.
Claro que, para si, essa expressão tem um significado específico... coerente com as suas concepções filosóficas e sociais. Mas isso é só para si e para os que pensam do mesmo modo, o que é muito curto para resolver os problemas do Mundo.

Meu caro! Só a democracia nos pode salvar e é na prática concreta, do dia a dia, que se fazem "as mudanças", começando por mudar os maus hábitos e por acabar com a respectiva, tolerância e impunidade que uns reivindicam e os outros consentem, porque ainda não lhes apareceu alternativa; um pouco porque as pessoas que se fazem ouvir (que têm tempo de antena) perdem tempo a assobiar para o lado e a fazer apelos, em vez de chamarem os bois pelos nomes e dizerem o que se impõe que seja dito.

Já lhe disse, várias vezes, e repito: eu sei como resolver, em alguns meses, os nossos maiores problemas... e não sou só eu que sei. É claro que, depois, nada ficaria como dantes (nem poderia retroceder). Isso só se consegue envolvendo a população, de modo a que esta defenda, com unhas e dentes e como um direito, os "novos paradigmas", que começaram, afinal, por ser simples medidas práticas e concretas para resolver problemas concretos...
Se esta verdade (de que existem soluções para tudo e as pessoas certas para cada cargo e função) for transmitida às pessoas e repetida, vezes sem conta, elas acabarão por perceber
que não podem mais tolerar as desculpas dos políticos, nem a sua incompetência... e muito menos a sua perfídia.

Seria um passo importante para falarmos TODOS (a maioria, é claro) a mesma língua, ao invés do que acontece agora em que cada grupinho (ou será melhor dizer; grupelho) defende o seu paradigma e está à espera de que o desespero aumente e exploda porque acha que terá, então, oportunidade de o impor... porque sabe que não o consegue pela via da adesão (por culpa dos outros, é claro...)
Diagnósticos e apelos abundam e até já saturam, já enjoam... Atitudes correctas (ao menos ao nível intelectual) é que nem vê-las.

É fácil mobilizar as pessoas para a resolução dos problemas concretos e contra os abusos e prepotências. Estes apelos é que não mobilizam nada (nem as pessoas sabem para quê se devem mobilizar).
Sem a mobilização das pessoas não é possível alterar o que quer que seja.
É por isso que eu defendo o reforço da democracia, democracia de verdade, que é o maior e o principal pradigma. É por isso que eu defendo a valoração da abstenção, porque não é possível "arrumar a casa" sem desentulhar o lixo.

E, por acaso, ainda gostava de ver estas minhas propostas (paradigmas), em confronto com esses "apelos" só para avaliar as respectivas capacidades de mobilização...

Aliás, ainda não perdi a esperança, nem nunca perderei. Mesmo que me falte o fôlego, há que semear a ideia, para que outros possam prosseguir...

Anónimo disse...

aaaaammmmmmmmmuuuuu o site gente. parabens

Anónimo disse...

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