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De 1933 a 1943 foi professor de História no liceu de Belfort, Academia de Besançon. Durante a guerra interveio na Resistência e foi preso pela Gestapo em 30 de Outubro de 1943. Ficou detido em Buchenwald e em Dora até ao final da guerra. Atingido pelo tifo nos últimos tempos da sua detenção e não conseguindo restabelecer-se por completo, teve de abandonar o ensino.
Condecorado com a medalha da Resistência e do Reconhecimento Francês, foi eleito deputado da Assembleia Constituinte, cargo que os comunistas lhe retiraram em Novembro de 1946. Rassinier empreendeu então uma análise sistemática das pretensas atrocidades alemãs, em particular do presumido extermínio de judeus.
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A Mentira de Ulisses faz alusão às histórias incríveis que costumam fazer parte dos relatos dos que regressam de países longínquos (muito mente quem de longe vem). Até à data da sua morte, Rassinier leu tudo o que se publicou sobre o «Holocausto» e tentou encontrar -- e encontrar-se -- com os autores dessas histórias. Desfez completamente as afirmações extravagantes de David Rousset que, no seu livro The Other Kingdom [O Outro Reino] (Nova Iorque, 1947), pretendia que em Buchenwald havia câmaras de gás. Tendo ele mesmo estado em Buchenwald, provou que nesse campo nunca houve câmaras de gás.
Interpelou também o padre Jean Paul Renard, que afirmara o mesmo no seu livro Chaines et Lumières [Correntes e Luzes]. Na contestação com que este prelado respondeu à afirmação de Rassinier, afirmou que «... houve pessoas que lhe disseram havê-las»
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A seguir, Rassinier procedeu a uma verdadeira dissecação do livro de Denise Dufournier, Ravensbrück: The Women Camp of Death [Ravensbrück: O Campo da Morte das Mulheres](Londres, 1948) e descobriu também que as únicas provas que a autora tinha eram «certos rumores»... Chegou ao mesmo resultado com os livros de Philip Friedman, This Was Auschwitz - The Story of a Murder Camp [Isto foi Auschwitz - a história de um campo de assassínio] (Nova Iorque, 1950) e de Eugen Kogon, The Theory and Practice of Hell [Teoria e Prática do Inferno](Nova Iorque, 1950).
Nenhum desses autores foi capaz de apresentar uma só testemunha autêntica da existência de câmaras de gás em Auschwitz. Eles próprios não tinham visto nenhuma. Kogon pretendeu que uma ex-detida já falecida chamada Janda Weiss lhe tinha dito, a ele somente, que vira câmaras de gás em Auschwitz, mas, como já tinha falecido, como Kogon sustentava, Rassinier não pôde, naturalmente, pedir-lhe esclarecimentos.
Rassinier conseguiu encontrar-se com Benedikt Kautsky, autor do livro Teufel und Verdammte [O Diabo e os Malditos], onde pretendia que em Auschwitz haviam sido exterminados milhões de judeus. Kautsky limitou-se a confirmar o que já escrevera no livro, ou seja, que não tinha visto nunca câmaras de gás e que baseava as suas informações no que «...outros lhe tinham contado».
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Depois da guerra Rassinier visitou todos os cantos da Europa à procura de uma testemunha ocular de extermínios em câmaras de gás em campos de concentração alemães. Não encontrou uma única. Nenhum dos autores dos numerosos livros que acusavam os alemães do extermínio de judeus tinha visto alguma vez uma câmara de gás construída com esse propósito, e menos ainda uma câmara de gás a funcionar. Nenhum autor conseguiu apresentar uma testemunha autêntica, viva, que tivesse visto uma só câmara de gás. Invariavelmente, os ex-detidos como Renard, Kautsky e Kogon, baseavam as suas afirmações, não no que realmente tinham visto, mas no que «ouviram dizer» a pessoas «dignas de fé», mas que, por uma lamentável casualidade, tinham todas falecido e não podiam, por isso, confirmar ou desmentir as afirmações feitas.
O mais importante dos factos que surgem dos estudos de Rassinier e sobre o qual não fica dúvida alguma é a mentira, a lenda das «câmaras de gás». Investigações feitas no lugar revelaram de maneira irrefutável que, contrariamente às declarações das «testemunhas» sobreviventes, nunca houve câmaras de gás em nenhum dos campos de concentração alemães, sejam Buchenwald, Bergen-Belsen, Ravensbrück, Dachau, Dora, Mauthausen ou outros. O facto foi certificado em primeiro lugar por Stephen Pinter do Ministério da Guerra dos Estados Unidos, e hoje admitido e reconhecido oficialmente pelo Instituto de História Contemporânea de Munique.
Como faz notar Rassinier, não obstante a verdade histórica oficial não faltaram «testemunhas» que, no processo contra Eichmann, fossem declarar de novo terem visto em Bergen-Belsen prisioneiros partirem para as câmaras de gás.
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A autenticidade das notas de Gerstein foi tão duvidosa que nem o tribunal de Nuremberga, não obstante todas as tentativas, conseguiu aceitá-las... No entanto, continuam a circular por aí, em três versões diferentes, uma alemã (distribuída nas escolas) e duas francesas, mesmo apesar de não concordarem entre si. Foi a versão alemã que serviu como «prova de convicção» no processo Eichmann em 1961...
Finalmente, Rassinier chama a atenção para uma confissão importante feita pelo Dr. Kubovy, director do Centro Mundial de Documentação Judaica Contemporânea de Telavive, em La Terre Retrouvée: que não existe uma só ordem escrita de extermínio procedente de Hitler, de Himmler, de Heydrich, de Goering, nem de ninguém.
Rassinier nega o número de 6 milhões
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A emigração como solução final
Rassinier afirma ainda que o governo do III Reich não teve nunca outra política em relação aos judeus que não fosse fazê-los sair da Alemanha. Depois da promulgação das leis raciais de Nuremberga em Setembro de 1934, os alemães negociaram com os ingleses o envio dos judeus alemães para a Palestina na base da Declaração Balfour. Quando esse plano fracassou, pediram a outros países que aceitassem a imigração judaica, pedido que todos recusaram. O projecto de emigração para a Palestina foi retomado em 1938, mas voltou a fracassar em face da obstinação dos organismos internacionais judaicos, mais interessados numa política hostil ao III Reich e propiciadora da guerra que na salvação dos próprios irmãos de raça. O Reich conseguiu, apesar de todas estas dificuldades, fazer emigrar a maioria dos judeus alemães, sobretudo para os Estados Unidos. Rassinier fala também da negativa francesa de aceitar nos finais de 1940 o plano de emigração dos judeus para Madagáscar e analisa as alternativas posteriores dessa negociação.
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Rassinier insiste na exploração deliberada da lenda do «holocausto» tendo como fim vantagens políticas e financeiras e considera que a União Soviética e Israel se puseram de acordo para explorar o «filão». Faz notar que, depois de 1950, se viu aparecer a avalanche de livros fraudulentos a propósito do «extermínio» que traziam o selo das organizações cujas actividades estão sincronizadas de tal maneira que só podem ter sido concebidas de comum acordo. A primeira é o Comité de Investigação dos Crimes e Criminosos de Guerra auspiciada pelos comunistas de Varsóvia, a segunda, o Centro Mundial de Documentação Judaica Contemporânea, de Paris e Telavive. As suas publicações aparecem em momentos favoráveis de clima político e no que se refere à União Soviética, Rassinier afirma que tem por único objectivo distrair a atenção sobre as suas próprias actividades.
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