Daniel Oliveira - Jornal Expresso - 5/1/2008
O pai tirano
«...quando mais o Estado abandona as suas funções sociais e deixa de intervir como árbitro em relações de poder desiguais (como as do trabalho), mais aumenta a sua presença no quotidiano dos cidadãos. Faz sentido. Se o Estado não quer gastar dinheiro com a nossa saúde ou nos deixa morrer ou limita a nossa liberdade. Se o Estado não quer planear as cidades ou dar apoio social põe um polícia em cada esquina. Uma sociedade que desiste do ideal igualitário não pode confiar na liberdade dos seus cidadãos. Eles estão demasiado zangados. Aquilo a que assistimos nos últimos anos em Portugal é um excelente retrato do que nos espera: o mesmo Estado que fecha urgências quer convencer-nos a deixar de fumar. O mesmo Estado que não nos protege do despedimento arbitrário protege-nos dos perigos da bola de Berlim.»
Mas que Estado é este de que fala Daniel Oliveira? Fernando Madrinha esclarece:
Fernando Madrinha - Jornal Expresso - 1/9/2007:
«...Remetem-nos para uma sociedade cada vez mais vulnerável e sob ameaça de desestrutruração, indicam-nos que os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.»
Comentário:
É natural que os cidadãos andem demasiado zangados. Apercebem-se, crescentemente, que aquilo que vêem como Estado, é apenas dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos. E que esse poder, cada vez mais absoluto e opressor, é quem paga as campanhas eleitorais das marionetas que nos «governam».
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O pai tirano
«...quando mais o Estado abandona as suas funções sociais e deixa de intervir como árbitro em relações de poder desiguais (como as do trabalho), mais aumenta a sua presença no quotidiano dos cidadãos. Faz sentido. Se o Estado não quer gastar dinheiro com a nossa saúde ou nos deixa morrer ou limita a nossa liberdade. Se o Estado não quer planear as cidades ou dar apoio social põe um polícia em cada esquina. Uma sociedade que desiste do ideal igualitário não pode confiar na liberdade dos seus cidadãos. Eles estão demasiado zangados. Aquilo a que assistimos nos últimos anos em Portugal é um excelente retrato do que nos espera: o mesmo Estado que fecha urgências quer convencer-nos a deixar de fumar. O mesmo Estado que não nos protege do despedimento arbitrário protege-nos dos perigos da bola de Berlim.»
Mas que Estado é este de que fala Daniel Oliveira? Fernando Madrinha esclarece:
Fernando Madrinha - Jornal Expresso - 1/9/2007:
«...Remetem-nos para uma sociedade cada vez mais vulnerável e sob ameaça de desestrutruração, indicam-nos que os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.»
Comentário:
É natural que os cidadãos andem demasiado zangados. Apercebem-se, crescentemente, que aquilo que vêem como Estado, é apenas dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos. E que esse poder, cada vez mais absoluto e opressor, é quem paga as campanhas eleitorais das marionetas que nos «governam».
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14 comentários:
Saramago disse o ano passado na Colômbia que se está a implantar no mundo um regime plutocrático onde os governos são apenas comissários políticos dos poderes económicos. São os ricos que governam e, quando precisam que outros governem por eles, têm-nos
O escritor considerou que o mundo está a passar por um «processo de anestesia de que somos vítimas sem saber o que está por detrás daquilo a que se chama democracia».
Para Saramago, tudo se debate menos a democracia, que se limita a convocar eleições para eleger um governo por um determinado período, para depois convocar novas eleições.
Acrescentou que, em muitos países, «a vida é determinada e dirigida por organismos que, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, não são democráticos».
Saramago advertiu que a civilização, tal como hoje a entendemos, por estar a chegar ao fim, pelo desenvolvimento tecnológico e pela engenharia genética.
Abraço, K'mrd.
Bem visto!!! "ESTADO TIRANO!"
Abraço
Paulo
Portugal cada vez mais parecido com o Brasil.
Mas... porque é que ainda não sairam para a rua uns quantos corajosos mais ousados empunhando cartazes esclarecedores, chamando as coisas pelos nomes, despertando os que estão adormecidos, dando coragem aos que têm vontade de se manisfestar e não o fazem porque ainda ninguém se chegou à frente?
Os nomes a colocar em cartaz são fáceis: maçonaria, grupo de Bilderberg, SGSI (Secretário Geral da Segurança Interna), CSIC (Conselho Superior de Investigação Criminal), CNPD (Comissão Nacional de Protecção de Dados), Plano tecnológico, Sybase, Oracle...
Ah, esqueci-me do medo do cacetete, a educação pelo choque de Friedman.
Só que não estará na altura de sair para a rua definitivamente?
"Venha no que vier a dar, assim não podemos ficar", já cantava o Fausto.
de facto, a olhar a amostra, da direita à esquerda e da esquerda à dreita, aí, suscita-te alguma simpatia ou respeito?
não, presumo, se o que sinto é asco, caldeado de uma raiva vingada de desprezo pela mafia inteira portuguesa...
Em matéria de gastos com a saúde tem de se travar pois veja-se o enorme défice que o Ministério tem e os serviços têm-se vindo a degradar já há muito anos atrás. São horas extraordinárias que se pagam e não se fazem, bens e serviços que se facturam fraudulentamente, algum pessoal médico e de enfermagem encontra-se duma maneira geral a prestar serviços nos hospitais e clínicas privadas e nem sequer o escondem, resta saber se no período em que o Estado lhes está a pagar o ordenado. Era importante saber-se quanto custa ao erário público um utente tratado em regime ambulatório ou de internamento, que julgo seria muito interessante conhecer. O défice orçamental vem há muitos anos a ser afectado pelo SNS e não há forma de o controlar. Admito que a opção pelo encerramento de algumas urgências não será a mais correcta mas sinceramente não alinho na contestação duma realidade que já há muito tempo está fora da controle e até tem permitido golpes.
Caro Raul,
É evidente que a saúde e toda a função pública pode ser melhor gerida. Isso não significa fechar para privatizar. Veja o desastre que se passa na América:
PUBLICO.PT
População sem seguro de saúde subiu para 47 milhões. EUA tinham 36,5 milhões de pessoas na pobreza em 2006. 28.08.2007
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1303484
Nicolaias: «Os nomes a colocar em cartaz são fáceis: maçonaria, grupo de Bilderberg, SGSI (Secretário Geral da Segurança Interna), CSIC (Conselho Superior de Investigação Criminal), CNPD (Comissão Nacional de Protecção de Dados), Plano tecnológico, Sybase, Oracle... »
Quase ninguém em Portugal sabe o que é que essas siglas significam. Os telejornais ocupam quase um terço com futebol...
Nem o Daniel nem o Madrinha compreendem (ou se compreendem,como colunistas do Expresso, não o podem assumir) que o Estado é uma empresa como outra qualquer que tem um determinado volume de negócios a nivel global que lhe dão a importância que a sua dimensão tiver.
O que antes os patrôes contabilizavam no lucro extraido aos produtores (trabalhadores) assalariados, extrai agora o Estado aos consumidores.
Portugal, Exxon, Burkina Faso ou a Frutalmeidas são todos pessoas colectivas equiparaveis, cuja importância depende do volume de facturação e dos lucros obtidos. As mais rentáveis são as que podem atrair mais investimentos para por sua vez optimizarem o negócio. A nossa resposta já não pode ser dada pelos mecanismos sindicais, mas sim por meio de greves ao Consumo
E o nosso Belém lá empatou novamente.
Xatoo - «Nem o Daniel nem o Madrinha compreendem (ou se compreendem,como colunistas do Expresso, não o podem assumir)»
Não o podem assumir mais do que aquilo. Repara que Madrinha diz praticamente tudo:
«A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.»
É impossível dizer mais no Expresso.
Então, caro Diogo,
penso que está na altura de começar a tornar esses nomes públicos.
Mas olhe que já não assim tão poucos os que sabem o que representam tais nomes; não se atingiu, porém, uma massa crítica de informados e despertos, o que pode ser alterado com certos movimentos elucidatórios.
Não sei, é certo, até que ponto é que tal movimento seria perigoso para aqueles que o executariam... e até que ponto é que os poderes alvos de tais movimentações deixariam que essas manifestações se estendessem.
Já no outro dia lhe disse que, aqui no Brasil, tenho vindo a propor a alguns orgasnismos e micro-empresas que se avançasse com um esclarecimento popular através de movimentos de rua e da elaboração de um documentário: todos recuam devido ao poder que maçonaria aqui tem de um modo explícito e declarado. Por isso eu falo que talvez a melhor maneira de começar um movimento de esclarecimento e despertar seja mesmo à moda antiga: sair para rua com cartazes escritos com dizeres que chamem a atenção: na internet não se sai da mesma.
É na rua que tudo acontece por fim!
Mas só acontece se não formos bloqueados pelo medo e pelo preconceito.
Magnifico o comentário do Daniel Oliveira! E tem toda a razão: para que é que precisamos do Estado: para regular os Poderes! Se são os Poderes que regulam, o Estado fica sem papel - por isso é que se agarra desesperadamente a este de nos proteger das "bolas de Berlim"!
E, claro, a igualdade de oportunidades é ideia morta - mas não só por culpa do Estado, o que eu vejo é que muitas pessoas querem é desigualdade de oportunidades a seu favor.
Já o que diz o Madrinha é mais que sabido. Mas não é exactamente "quem lhes paga as campanhas eleitorais", porque quem as paga é o erário público sobretudo, através de esquemas diversos de desvios de dinheiros publicos. A estratégia dos poderes é sempre a mesma: infiltração. Muitos políticos são empregados (como se descobre quando saem do governo e assumem o seu verdadeiro "emprego")dos grupos económicos. Agora até já usam os poderes do Estado para fazerem guerra aos grupos económicos rivais, como seja a guerra BES-BCP...
Mas estou desconfiado que o Sócrates é muito mais ambicioso do que isso e que vai querer ter a sua parcela de poder. Que vai fazer guerra aos poderes económicos para encontrar o seu espaço. Ele está, por enquanto, a formar o seu exercito. Deve poder apresentá-lo por altura das eleições...
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