sexta-feira, janeiro 18, 2008

Laissez-faire, laissez mourir. Faites vos jeux!

Economist - 14 de Janeiro de 2008


«Os Estados Unidos ficam atrás de outros países ricos no desempenho global de seu sistema médico. Um novo estudo efectuado por investigadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres comparou os dados de 19 países em relação ao número de mortes abaixo dos 75 anos que poderiam ter sido evitadas com os cuidados médicos próprios. As mortes evitáveis decaíram 16% em média nestes países entre 1997 e 2003. Foram registradas grandes melhorias em países que começaram com níveis baixos de mortes evitáveis (como em França) e outros com níveis mais altos (como em Inglaterra). Mas os Estados Unidos, onde os custos em cuidados médicos per capita são os mais elevados, estão no fundo da tabela


Comentário:

Do people die younger? It’s the Free Market stupid! No money, no fun!



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7 comentários:

Anónimo disse...

Cá em Portugal não há dinheiro para dar apoio social e de saúde a quem verdadeiramente precisa. Mas tenho a certeza que ele não faltará para os nossos hospitais fazerem abortos à custa do orçamento e com prejuízo dos doentes que estão na lista de espera.

Canal Daniel Simões disse...

Sistema de Saúde?!!!

Então... mas os governos europeus, o americano, os das nações capitalistas e os das potências em emergência (Índia, China e Brasil), não estão todos a seguir o projecto Global 2000 que tem como objectivo diminuir em muito a população mundial?!!!

contradicoes disse...

O Serviço Nacional de Saúde nunca funcionou bem em Portugal e nos últimos anos tem-se degradado, com situações de morte nos hospitais por negligência médica sem responsabilização dos seus autores.
Para além disso o Ministério da Saúde é o maior absorvedor de receita do OE e nunca mais se consegue livrar da sua dívida crónica um mal que se arrasta há vários anos. E as razões são várias entre as quais e isso já foi denunciado o pagamento contínuo de horas extraordinárias muitas das quais não são feitas para além do incumprimento do horário de trabalho dos respectivos profissionais de saúde, cuja Ordem se sente ofendida com o facto dos seus associados passarem a ser controlados nos seus locais de trabalho, por serem mais responsáveis no seu entendimento que qualquer outro trabalhador que a esse controle está sujeito. Toda a gente reconhece duma maneira geral que é urgente e necessário rever muito de errado que ao longo dos anos se tem vindo a cometer ao nível do SNS. É preciso começar por algum lado. Provavelmente a escolha talvez não seja a mais correcta nem a indicada. Mas meu caro Diogo, com todo o respeito pelas causas que defende a indisciplina atingiu fortemente o sector da Saúde e se ninguém tiver a coragem de a disciplinar isto nunca mais entra nos eixos e vamos continuar a gastar rios de dinheiro por uma deficiente prestação de cuidados médicos nos hospital públicos e Centros de Saúde, onde os próprios médicos no debate dos "Prós e Contras" até reconheceram que muitos deles não possuem pessoal habilitado para saberem responderam em termos de funcionamento do SAP
(Serviço de Atendimento Permanente)
ás situações realmente urgentes de doentes com problemas cardiovasculares. As minhas desculpas pela extensão do comentário.

Anónimo disse...

há incongruência manifesta entre o enunciado do gráfico e do texto, como nas afirmação sobre Portugal e os States, dizendo-se que estes gastam muito per capita, qual capita? dos ricos?, porque os pobres são os mais deixados à sua desgraça, enquanto, por outro lado, ao ler-se ao princípio "gráfico do número de mortes abaixo dos 75 anos que poderiam ter sido evitadas", parece que mais avançados na saúde, maior número de mortes deixa de evitar, desde a Áustria, a Suécia, Noruega, até à Grécia e os States, que menos quantidade de mortes sacrificam por falta de cuidados médicos, c'um caray...

Anónimo disse...

sim, incongruência, ao contrário de uma enunciação positiva, a ex.:

gráfico do número de mortes evitadas, até aos 75 anos, nos países mais evoluídos, mercê dos serviços médicos adequados, com bom destaque para Portugal, por ora, ao invès da Grécia e - pasme-se - dos EUA, que, dizem uns, mais gasta em saúde per capita (per capita dos mais ricos, imagine-se, arredados os milhões de pobres que não têm cheta pa pagar tão belos serviços médicos privados)...

Que me parece a ideia de fundo, ma ci lo sa?...

alf disse...

Mas que grande confusão!!!

O que o gráfico mostra é a evolução das mortes evitáveis em 5 anos! Claro que nos EUA foi baixa!! Razão: porque a taxa de mortes evitáveis é já muito baixa e por isso não pode descer!!!

Por aqui se ve como se pode usar a estatistica para passar uma ideia oposta À verdade! Diogo, isto nem parece seu...

Lembra-me aquela propaganda da EDP escarrapachada no Marquês de Pombal onde se gaba de Portugal ter sido o pais europeu que mais investiu na eólica suponho que em 2006 --- pudera, para quem não tem eólica bastava montar 1 gerador para ter uma taxa de crescimento infinita... o povão é burro como ó caraças...

Diogo disse...

Alf,

Reconheço que o gráfico é um pouco confuso, mas analisemo-lo:

O gráfico refere-se à evolução do:

Decline in male preventable deaths (em %)

Significa que um país que em 1977 não prevenia morte nenhuma evitável e que em 2003 previne todas, mostraria no gráfico uma barra de 100%.

Significa que um país que em 1977 prevenia 90% das mortes evitáveis, e que em 2003 previne 95%, mostraria no gráfico uma barra de 50%.

Tanto a França com uma evolução de 16% (que tinha níveis baixos de mortes evitáveis), como a Inglaterra com uma evolução de 22% (que tinha níveis altos de mortes evitáveis), mostram bons resultados.


Alf: «O que o gráfico mostra é a evolução das mortes evitáveis em 5 anos! Claro que nos EUA foi baixa!! Razão: porque a taxa de mortes evitáveis é já muito baixa e por isso não pode descer!!!»

Os EUA não mostram evolução nenhuma (4%). A América tem (ao contrário do que você diz) níveis altos de mortes evitáveis, e portanto o resultado é éssimo. E são os que mais gastam per capita.