Tête-à-tête desassombrado entre a crónica semanal de Henrique Monteiro do Expresso e Osama Bin Laden da Al-Qaeda
Monteiro: «A notícia de que alguns terroristas suicidas islâmicos poderiam estar, ou ter passado, por Portugal chamou a atenção sobre estes episódios. Em si, eles revelam algo de positivo - a preocupação e seriedade com que estes assuntos são tratados por quem tem autoridade para fazê-lo, ainda que as suspeitas sejam vagas.»
«No entanto, estas reacções mostram outra coisa, mais escondida, mas muito mais grave: o medo latente que todos temos de que um dia um qualquer suicida, com o qual nada temos a ver, chegue a uma estação de metro ou a um restaurante movimentado e mate, indiscriminadamente, amigos, familiares, vizinhos, conhecidos, quem sabe se nós mesmos.»
Osama: Lamentavelmente, o prezado colega Monteiro, na divulgação que faz da ameaça terrorista islâmica, está ainda longe da sofisticação da - CNN Fear Factor - vídeo legendado em português e apresentado no Daily Show por Jon Stewart:
Monteiro: «A notícia de que alguns terroristas suicidas islâmicos poderiam estar, ou ter passado, por Portugal chamou a atenção sobre estes episódios. Em si, eles revelam algo de positivo - a preocupação e seriedade com que estes assuntos são tratados por quem tem autoridade para fazê-lo, ainda que as suspeitas sejam vagas.»
«No entanto, estas reacções mostram outra coisa, mais escondida, mas muito mais grave: o medo latente que todos temos de que um dia um qualquer suicida, com o qual nada temos a ver, chegue a uma estação de metro ou a um restaurante movimentado e mate, indiscriminadamente, amigos, familiares, vizinhos, conhecidos, quem sabe se nós mesmos.»
Osama: Lamentavelmente, o prezado colega Monteiro, na divulgação que faz da ameaça terrorista islâmica, está ainda longe da sofisticação da - CNN Fear Factor - vídeo legendado em português e apresentado no Daily Show por Jon Stewart:
Monteiro: «Este sentimento (o medo do terrorismo), que começou na década de 90 - ainda antes do ataque às Torres Gémeas em 2001, antes de Bush ser presidente (há quem se esqueça deste facto comezinho) - tem vindo a agravar-se à medida que não sabemos como responder a esta escalada, a esta autêntica guerra que os radicais islâmicos nos movem. A invasão do Iraque revelou-se desastrosa; uma invasão do Irão seria, seguramente, mais desastrosa ainda. Não fazer nada será, também, totalmente desastroso.»
«Acresce que o Ocidente (ou a sua intelectualidade bem pensante) ainda gosta de se culpabilizar pela situação que o mundo vive. Tudo junto, isto resulta nesta espécie de esquizofrenia em que vivemos: temos medo deles, mas não sabemos exactamente como prevenir esse medo, senão reforçando a nossa segurança e a nossa desconfiança.»
Osama: A intelectualidade bem pensante ocidental não tem tem nada de que se culpabilizar, caríssimo Monteiro. Basta estar atento às declarações dos seus dirigentes: o ex-Presidente Italiano, o homem que revelou a existência da Operação Gládio, Francesco Cossiga, veio a público falar sobre os atentados do 11 de Setembro, afirmando, no Corriere della Sera, que os ataques foram executados pela CIA e pela Mossad e que esse facto era do conhecimento geral entre os serviços de informações a nível global.
A tendência de Cossiga para ser honesto preocupou a elite governante italiana e foi forçado a demitir-se após ter revelado a existência, e a sua participação na criação, da Operação Gládio, uma rede de operações secretas sob os auspícios da NATO que executou atentados bombistas por toda a Europa nos anos 60, 70 e 80. A especialidade da Gládio era executar o que se chama "false flag operations," ataques terroristas que eram imputados à oposição doméstica e geopolítica. As revelações de Cossiga contribuíram para uma investigação do parlamento italiano em 2000 sobre a Gládio, durante a qual foram reveladas provas de que os ataques foram administrados pelo aparelho de inteligência americano.
Monteiro: «Aos poucos tornamo-nos mais securitários, mais adeptos do fecho das fronteiras, mais adeptos da vigilância electrónica, mais adeptos de uma série de medidas que contradizem a enorme marcha da nossa civilização para uma sociedade mais livre.»
«Essa é a guerra que estamos a perder. Em nome da nossa segurança e por via da nossa incapacidade derrotamo-nos a nós próprios. E eles, para quem a morte é a glória, sabem-no muito bem.»
Osama: Essa é a guerra que estamos a perder ou a ganhar, Monteirito? Não é, afinal, esse furacão de medidas liberticidas adoptadas pelos Estados Unidos que todos nós, terroristas, desejamos?
Logo após os atentados do 11 de Setembro, foi criada uma justiça de excepção. O ministro da Justiça, John Ashcroft, impôs a adopção de uma lei antiterrorista – a chamada "Lei Patriótica" (Patriot Act) – que permite às autoridades prender suspeitos por um período quase indefinido, deportá-los, encarcerá-los em celas incomunicáveis, censurar a sua correspondência, as suas conversas telefónicas, as suas mensagens pela Internet, e revistar as suas casas sem autorização judicial... George W. Bush decidiu também criar tribunais militares, de instâncias especiais, para julgar estrangeiros acusados de terrorismo. Esses julgamentos secretos poderão realizar-se em navios de guerra ou em bases militares; a sentença será pronunciada por uma comissão composta por oficiais militares; não será necessária a unanimidade para condenar um acusado à morte; a pena não terá apelo; as conversas entre o acusado e seu advogado poderão ser gravadas clandestinamente; o procedimento judicial será mantido sigiloso e os detalhes do processo somente serão tornados públicos várias décadas depois...
Também em apoio à "guerra mundial contra o terrorismo", outros países – Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Espanha, França... – reforçaram as suas legislações repressivas. Os defensores dos direitos públicos têm razão para estar preocupados. O movimento geral de nossas sociedades, que tendia para um respeito cada vez maior pelo indivíduo, acaba de ser brutalmente interrompido. E, actualmente, tudo indica que se caminha para um Estado cada vez mais policial... incluindo aqui, em Portugal.
Comentário:
Nunca será demais enaltecer o papel fundamental que os media internacionais têm tido na «Guerra ao Terrorismo»:
A componente mais poderosa da Campanha de Medo e Desinformação está a cargo da CIA, a qual secretamente subsidia autores, jornalistas e críticos mediáticos por meio de uma teia de fundações privadas e organizações patrocinadas pela CIA.
Iniciativas de desinformação encoberta, sob os auspícios da CIA, são também canalizadas através de vários "procuradores" (proxies) de inteligência noutros países. Desde o 11 de Setembro elas resultaram numa disseminação diária de informação falsa referente a alegados "ataques terroristas". Em virtualmente todos os casos relatados (na Grã Bretanha, França, Indonésia, Índia, Filipinas, etc), afirmam que os "supostos grupos terroristas" têm "ligações à Al-Qaeda de Osama bin Laden", sem naturalmente admitir o facto (amplamente documentado por relatórios de inteligência e documentos oficiais) que a Al-Qaeda é uma criação da CIA.
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«Acresce que o Ocidente (ou a sua intelectualidade bem pensante) ainda gosta de se culpabilizar pela situação que o mundo vive. Tudo junto, isto resulta nesta espécie de esquizofrenia em que vivemos: temos medo deles, mas não sabemos exactamente como prevenir esse medo, senão reforçando a nossa segurança e a nossa desconfiança.»
Osama: A intelectualidade bem pensante ocidental não tem tem nada de que se culpabilizar, caríssimo Monteiro. Basta estar atento às declarações dos seus dirigentes: o ex-Presidente Italiano, o homem que revelou a existência da Operação Gládio, Francesco Cossiga, veio a público falar sobre os atentados do 11 de Setembro, afirmando, no Corriere della Sera, que os ataques foram executados pela CIA e pela Mossad e que esse facto era do conhecimento geral entre os serviços de informações a nível global.
A tendência de Cossiga para ser honesto preocupou a elite governante italiana e foi forçado a demitir-se após ter revelado a existência, e a sua participação na criação, da Operação Gládio, uma rede de operações secretas sob os auspícios da NATO que executou atentados bombistas por toda a Europa nos anos 60, 70 e 80. A especialidade da Gládio era executar o que se chama "false flag operations," ataques terroristas que eram imputados à oposição doméstica e geopolítica. As revelações de Cossiga contribuíram para uma investigação do parlamento italiano em 2000 sobre a Gládio, durante a qual foram reveladas provas de que os ataques foram administrados pelo aparelho de inteligência americano.
Monteiro: «Aos poucos tornamo-nos mais securitários, mais adeptos do fecho das fronteiras, mais adeptos da vigilância electrónica, mais adeptos de uma série de medidas que contradizem a enorme marcha da nossa civilização para uma sociedade mais livre.»
«Essa é a guerra que estamos a perder. Em nome da nossa segurança e por via da nossa incapacidade derrotamo-nos a nós próprios. E eles, para quem a morte é a glória, sabem-no muito bem.»
Osama: Essa é a guerra que estamos a perder ou a ganhar, Monteirito? Não é, afinal, esse furacão de medidas liberticidas adoptadas pelos Estados Unidos que todos nós, terroristas, desejamos?
Logo após os atentados do 11 de Setembro, foi criada uma justiça de excepção. O ministro da Justiça, John Ashcroft, impôs a adopção de uma lei antiterrorista – a chamada "Lei Patriótica" (Patriot Act) – que permite às autoridades prender suspeitos por um período quase indefinido, deportá-los, encarcerá-los em celas incomunicáveis, censurar a sua correspondência, as suas conversas telefónicas, as suas mensagens pela Internet, e revistar as suas casas sem autorização judicial... George W. Bush decidiu também criar tribunais militares, de instâncias especiais, para julgar estrangeiros acusados de terrorismo. Esses julgamentos secretos poderão realizar-se em navios de guerra ou em bases militares; a sentença será pronunciada por uma comissão composta por oficiais militares; não será necessária a unanimidade para condenar um acusado à morte; a pena não terá apelo; as conversas entre o acusado e seu advogado poderão ser gravadas clandestinamente; o procedimento judicial será mantido sigiloso e os detalhes do processo somente serão tornados públicos várias décadas depois...
Também em apoio à "guerra mundial contra o terrorismo", outros países – Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Espanha, França... – reforçaram as suas legislações repressivas. Os defensores dos direitos públicos têm razão para estar preocupados. O movimento geral de nossas sociedades, que tendia para um respeito cada vez maior pelo indivíduo, acaba de ser brutalmente interrompido. E, actualmente, tudo indica que se caminha para um Estado cada vez mais policial... incluindo aqui, em Portugal.
Comentário:
Nunca será demais enaltecer o papel fundamental que os media internacionais têm tido na «Guerra ao Terrorismo»:
A componente mais poderosa da Campanha de Medo e Desinformação está a cargo da CIA, a qual secretamente subsidia autores, jornalistas e críticos mediáticos por meio de uma teia de fundações privadas e organizações patrocinadas pela CIA.
Iniciativas de desinformação encoberta, sob os auspícios da CIA, são também canalizadas através de vários "procuradores" (proxies) de inteligência noutros países. Desde o 11 de Setembro elas resultaram numa disseminação diária de informação falsa referente a alegados "ataques terroristas". Em virtualmente todos os casos relatados (na Grã Bretanha, França, Indonésia, Índia, Filipinas, etc), afirmam que os "supostos grupos terroristas" têm "ligações à Al-Qaeda de Osama bin Laden", sem naturalmente admitir o facto (amplamente documentado por relatórios de inteligência e documentos oficiais) que a Al-Qaeda é uma criação da CIA.
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7 comentários:
O Henrique Monteiro parece a versão infantil da CNN. Muito bom vídeo.
Terrorismo já nós temos
verifica-se há vários anos
mas esse nunca tememos
já conhecemos os bacanos
Que nos querem assustar
com acções de violência
mas não vamos acreditar
continuemos a ter paciência
o Henrique Monteiro mulher a dias no Expresso do tio Balsemão do Bilderberg - mais palavras para quê?
O Expresso dá-me vómitos. Cada vez leio menos jornais.
Cumprimentos
Temos que ler um pouco de tudo. Mesmo o que nos dá vómitos. Não para absorver qualquer parte, mas para perceber que somos úteis a contrariá-los com a nossa teimosia, com os nossos argumentos e com a nossa vontade. A nossa vontade se for mesmo verdadeira e de coração, nunca poderá ser derrotada. A nossa vontade de lutar pela verdadeira liberdade de informação. Não aquela que é manipulada pelos mais diversos interesses.
Continua o bom trabalho, camarada!
No
http://revisionismoemlinha.blogspot.com/
iremos colocar uns vídeos interessantes para o fim de semana...
Ui, esse de henrique Monteiro, vi há muito e agorinha ainda no DN, a propósito de uma crítica ao Rio das Flores para o Expresso, esse de henrique é munta burrinho, apanhado e reduzido da tola...
e com'è que um gajo desse vai a chefe de redacção ou lá que é do Expresso?
como? oh, porque serve à medida e cor exacta os "ideais" da papelada em semanairo expresso, ihihi!...
--Ora se eu já lhe disse que a visão do buraco de fechadura á apenas parcial e pode não obedecer á realidade, porque é que insiste nessa ?
http://apombalivre.blogspot.com/p/henrique-monteiro-por-mim-contei-o-que.html
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