domingo, setembro 30, 2007

O jornal Expresso, a propaganda, a mentira e as guerras do petróleo

A Invasão do Iraque em 2003 teve inicio a 20 de Março através de uma aliança entre os Estados Unidos da América, Reino Unido e muitas outras nações (unidade conhecida como a Coligação). O pretexto da ocupação, inicialmente, foi encontrar as armas de destruição em massa que, supostamente, o governo iraquiano teria em stock e que, segundo Bush, representavam um risco ao seu país, abalado pelos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001. As supostas armas de destruição massiva que o Iraque possuiria jamais foram encontradas pelas forças de ocupação. As também alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islamistas nunca foram comprovadas.

Os EUA forneceram entre 1981 e 2001 cerca de 50% das importações de armas de Saddam Hussein. A dívida de Saddam aos americanos atingiu no período 1988-1998 um montante entre 7 e 8 biliões de dólares. A intervenção dos EUA no Iraque resulta de uma sequência de mentiras. Entretanto já morreram no Iraque 3.800 soldados americanos e mais de 1 milhão de civis iraquianos (Los Angeles Times - September 14, 2007).

Como no Iraque, o motivo principal por detrás das ameaças de guerra contra o Irão não são as armas de destruição em massa, mas o petróleo. O programa nuclear iraniano não é, na realidade, visto por Washington como uma grande ameaça. Assim como no Iraque, as armas de destruição em massa funcionam como casus belli para uma acção militar com outros objectivos.

Não existem quaisquer provas que o Irão tenha um programa de armas nucleares. As inspecções nos últimos três anos não encontraram qualquer programa de armamento nuclear. Já tiveram lugar mais de 2.200 pessoas/horas de inspecções das instalações nucleares do Irão pela Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA), e Mohammed El Baradei já afirmou que não há qualquer evidência que o Irão tenha um programa de armas nucleares. Até o relatório oficial da CIA de 2005 concluiu que o Irão precisaria de pelo menos 10 anos para ter capacidade para produzir uma arma nuclear.

O Irão detém as terceiras maiores reservas de petróleo do mundo, depois da Arábia Saudita e Iraque, e conjuntamente possui mais petróleo e gás natural que qualquer outro país do planeta.


A Propaganda

As escaladas militares são precedidas nos nossos tempos por uma ofensiva ideológica e propagandística. Os meios de comunicação social, nas mãos de umas poucas transnacionais, difundem fielmente e sem questionar muitas das falsificações enviesadas lançadas pelos governos beligerantes com o objectivo de diabolizar culturas e os seus lideres. Aqueles preparam assim o terreno para a aceitação pelas populações de acções militares e da mortalidade que estas implicam.

O jornal Expresso alberga (pelo menos) três destes propagandistas profissionais, que semana sim, semana sim, difundem nas suas «crónicas» a demonização, o ódio, a mentira e a distorção que lhes são encomendadas por governos beligerantes nos seus preparos para o genocídio e a rapina:

Jornal Expresso - 29 de Setembro de 2007


Meter o Irão nos eixos

Os russos, em maré de reafirmação nacional, têm tido um posição equívoca quanto aos desmandos nucleares iranianos, parecendo às vezes entenderem a gravidade da questão e estarem dispostos a colaborar com americanos, franceses e ingleses no Conselho de Segurança para lhe por cobro. Outras vezes, o Kremlin parece mais interessado em contrariar americanos e europeus para melhor se afirmar no Médio-Oriente, na Ásia Central e na própria Rússia, onde haverá eleições presidenciais no ano que vem, do que em se opor à proliferação nuclear. Putin fará visita de Estado ao Irão em Outubro.

Oxalá o Irão seja capaz de ir ao sítio, uma vez convencido de que se o não fizer os ocidentais começarão por lhe cortar a colecta e irão mais longe se for preciso. Em 2003, Saddam não cedeu antes da invasão em boa parte por estar convencido que franceses e alemães teriam peso político suficiente para impedir um ataque ao Iraque. Talvez Ahmadinejad comece a perceber (...) Com ou sem bomba, o Eixo do Mal sempre é capaz de existir...


Filmes pornográficos

"A universidade de Columbia entendeu convidar para um «rendez-vous» cultural o Presidente do Irão. Escusado será dizer que Mahmoud Ahmadinejad compareceu à chamada e, depois de uma apresentação pouco simpática, onde foi definido como ‘um ditador insignificante e cruel’ (a alegada ‘insignificância’ do homem mostra bem a ignorância dos anfitriões), o nosso Mahmoud aproveitou o momento para partilhar com o mundo as suas respeitáveis ficções: o Irão não deseja destruir Israel; o Irão não procura armamento nuclear; o Irão não tem homossexuais dentro de portas."

"E a universidade? Que nos disse Columbia deste filme pornográfico? De acordo com o reitor, o encontro serviu para mostrar a loucura de Ahmadinejad e a liberdade de opinião que reina nos Estados Unidos, duas novidades que o mundo recebeu de boca aberta. Infelizmente, não passou pela cabeça do senhor que este não foi um encontro cultural. Na verdade, a Universidade de Columbia ofereceu palco a um terrorista, responsável pela matança de americanos no Iraque e que, num mundo normal, já estaria a ser julgado, ou preso, por simpatias genocidas. Convidá-lo não foi um gesto de superioridade; foi um empréstimo de propaganda e respeitabilidade. A falência do liberalismo não começa quando toleramos a opinião contrária dos outros. Começa quando toleramos a opinião daqueles que de bom grado acabariam com a nossa. "


O teste de Nicolas Sarkozy

"A resposta à pergunta é crucial para avaliar até onde é que os países europeus estão realmente dispostos a ir para tentarem ajudar a solucionar o actual impasse iraniano. A existir, a solução não deixará de incluir a coerção. Aqui os músculos dos países europeus não serão militares mas sim comerciais e financeiros (...) Todavia, até muito recentemente, os governos europeus mostraram sempre uma enorme relutância em usar o seu enorme poder comercial, bancário e financeiro para pressionar Teerão. "

"Nas últimas semanas tudo parece ter mudado neste capítulo. Na ausência de um consenso rápido com a Rússia e a China no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o programa nuclear iraniano, o Presidente da França, Nicolas Sarkozy, propôs aos seus parceiros europeus a participação numa coligação de voluntários que inclui também os EUA e o Japão. O objectivo desta coligação é punir seriamente o regime iraniano através de restrições no seu acesso ao sistema bancário e financeiro internacional. "

"Punir desta maneira só será possível se os governos, bancos e empresas europeias forem mesmo capazes de fazer grandes sacrifícios durante bastante tempo. Até agora este triângulo foi totalmente incapaz de o fazer. Por isso mesmo, o mundo está cheio de gente desagradável que, muito naturalmente, duvida da credibilidade das políticas externas dos países europeus. Ar quente, pensam e dizem alto estas pessoas. A proposta de Sarkozy é um teste decisivo para a credibilidade internacional dos países europeus e para o futuro do euro-atlantismo."


Comentário:

Estes propagandistas não são apenas mentirosos profissionais. Ao participarem, mesmo que apenas com a caneta, nas guerras de pilhagem efectuadas por governos rapaces, estes publicistas embusteiros colaboram activamente no assassínio de milhões de pessoas.

.

24 comentários:

Bernardo Kolbl disse...

Gostei francamente de ler.

contradicoes disse...

É oportuno desmascarar
toda esta falsidade
porque ninguém faz parar
tanta falta de idoneidade

Anónimo disse...

A política que está a ser seguida pelos Estados Unidos é a do genocídio sistemático. Morreram 1.2 milhões de iraquianos e mais 2 milhões fugiram do país. 68 por cento dos iraquianos estão desempregados e nem mesmo lhes é permitido participar na "reconstrução" do país. Isto não é acidental. É um plano para despovoar e fragmentar o país, enquanto assegura que o Big Oil tenha os seus lucros. George W. Bush e todos os que lhe permitem continuar com esta política são criminosos de guerra.

Anónimo disse...

"estes publicistas embusteiros colaboram activamente no assassínio de milhões de pessoas"

é verdade, Diogo, como o vi, também, pegando esta semana no dito "Expresso" da propaganda, além de palha publicitária a molhos, quando passei vista nesses dois marmanjos, quais corujas, mochos piadores, que até disse, c'um caray, é preciso destilar ódio, semanas a fio, para, subserviente, repetir na hora o que o tio sam diz!

e é fabuloso como numa crítica ao bom do Greenspan, (Greenspan e a economia da cobiça), há dias, em http://resistir.info/eua/empire_slips_p.html
"EUA: Como o império decai"
por Paul Craig Roberts, 25/Set, se diz bem "Os opositores às guerras de Bush saudaram a declaração de Greenspan, pois as mesmas desnudam o pretexto moral de Bush para a agressão, deixando desmascarada a cobiça nua.

Não há dúvida que o Iraque não foi invadido devido a ADMs, as quais a administração Bush sabia não existirem. Mas o pretexto do petróleo também é falso."

e segue-se as razões de "manutenção do dólar no seu status de divisa de reserva", que o Greens, pelos vistos, não viu bem, dando a invasão no fracasso que se viu, a toda a linha, e mais nessa que se vê e está pa ver

sem que, entretanto, o caderno de Economia do "Expresso" reserve um parágrafo à desolação...

e percebe-se a influência decisiva de um projecto sionista de tomar à sua conta a região, que nem dessa vez também deu

mas o "império do mal" não descansa, é claro da mente desses abutres servis, maléficos, como o desenha outro artigo, ibidem,
http://resistir.info/chossudovsky/irao_16set07_p.html
por Michel Chossudovsky, 24/Set, "Planos de guerra da administração Bush para o Irão"

e é um mistério, conclui o primeiro artigo:

"É um mistério como um povo, cuja política económica está a transformá-lo num país do terceiro mundo, com os seus licenciados por universidades a trabalhar como empregados de mesa, caixeiros de bares e motoristas de táxi, pode considerar-se como potência hegemónica, ao mesmo tempo que acumula dívidas de guerra que está a minar a sua futura capacidade de pagar as contas das suas importações."

mas os abutres, godinhos e cutileiros, com os mais e o "Expresso", verá, não vão desarmar!...

sanMartin

Anónimo disse...

ui, passou-me o
três, MMonjardino,
outro abutre, que,
certo, não vai desculpar!

Anónimo disse...

"Por isso mesmo, o mundo está cheio de gente desagradável que, muito naturalmente, duvida da credibilidade das políticas externas dos países europeus."!

oh, que grande hipócrita, assim a modos do hipócrita agradável, sonante e badalão, mas olhem na cara de tinto... se não condiz c'o a euforia do homem, bem bebido, bem servido à refeição!

tem cuidado, bomjardino, atenta-me ao coração!...

Unknown disse...

Vamos por partes:

El Baradei, o director da AIEA é um funcionário, pago para executar as decisões do Conselho de Segurança.
Mas j, teve o desplante de propor que, uma vez que o Irão não cumpre as ordens vinculativas deste orgão, relativamente ao programa nuclear elas devem ser pura e simplesmente deixadas cair.

Não se entende que funcionários que ninguém elegeu, se arvorem em representantes do que quer que vá pela sua cabeça, recomendando mesmo que deixem de ser válidas as decisões legítimas de quem lhes paga.

El Baradei não é pago para definir políticas, mas para as executar.

Se não concorda com elas, ou não se sente capaz de as prosseguir, que se demita e dê o lugar a quem o faça.

Já há quem sugira que El Baradei é manobrado pelos iranianos, ou por convicção, ou por dinheiro, ou simplesmente por ameaça.
Ainda não há muito tempo, a pedido de Ali Larijani , o inspector Chris Charlier foi simplesmente afastado do caso iraniano por dizer em voz alta que todas as peças conhecidas do puzzle conduziam à inevitável conclusão de que o Irão estava a construir uma bomba atómica.

De resto basta ouvir: Amadinejah garantiu qye o Irão já estava no pódio nuclear, com 3000 centrifugadoras a produzir bolo amarelo.
Na verdade já se sabia que o Irão vinha tranquilamente violando o Tratado de Não- Proliferação, jogando às escondidas com a AEIA e fazendo manguitos cada vez mais ostensivos ao CS da ONU, tratando as respectivas resoluções como papel de embrulho.
A Europa acenou-lhe com condições excepcionais que garantiriam aos aiatolas tecnologias limpas para produzir energia nuclear, mas estes nem se dignaram olhar para a cenoura, porque o que na realidade querem é produzir urânio enriquecido numa percentagem que permita construir umas bombitas, susceptíveis de serem utilizadas no caminho de Alah, contra os infiéis, claro, e os “sionistas”, evidentemente.

Há um ano, o Irão estava apto a enriquecer urânio a 4%, suficiente para produzir energia em centrais de água ligeira, mas não para fabricar bombas nucleares.
Com 3000 centrifugadoras, o Irão pode atingir os 18%, todavia ainda longe dos 80 % necessários para que a pirotecnia islâmica possa iluminar condignamente os céus de Telaviv e outros.

Podemos colocar ainda alguma água na fervura propagandística de Amadinejah, porque não é provável que todas as 3000 estejam a funcionar. Trata-se de maquinaria fabricada no Irão, copiada em 2ª mão de uma já de si sofrível cópia pirata paquistanesa de centrifugadoras alemãs.
De qualquer modo, a coisa vai e é só preciso tempo, que é algo que o Ocidente tem estado generosamente a oferecer aos aiatolas, dispostos a pagar os módicos e simbólicos custos que a chamada “Comunidade Internacional” vem impondo.

Tão simbólicos que não tarda nada que uma catrefada de outros países, da região e não só, sigam as pisadas iranianas.

A partir daí será altamente provável o caos nuclear, com bombas ao alcance de clérigos, fanáticos religiosos e ideológicos, milenaristas doidos, etc., gente disposta ao martírio e para quem a dissuasão é uma piada.
A Europa, mais preocupada em dar lições de moral aos americanos do que em olhar de frente as realidades, acabará mais uma vez a pedinchar o conforto do guarda-chuva anti-missil, americano, se bem que já andem por aí aos guinchos do “contra”, os imbecis de sempre, recuperando as bostadas dos seus patéticos ascendentes que, na década de 80, guinchavam com idêntica estupidez contra os chamados “euromísseis”, berrando a plenos pulmões o cobarde estribilho do “antes vermelhos que mortos”.
Foi preciso vir o Reagan explicar-lhes que não era essa a alternativa, mas sim, “nem vermelhos nem mortos”.
Durante anos esta canalha atravessou o deserto da orfandade ideológica, mas cumpriu o dever bíblico de procriar. Os seus filhos estão agora na fase da borbulha mental, os genes não enganam, e ei-los por aí a zurrar a nova versão do velho estribilho, em humilhantes genuflexões perante os Neandertais islamistas: “antes “dhimmis” que mortos”

A Europa politicamente castrada, enxertada em corno Zapateiral, arrasta os pés perante a adopção de sanções económicas duras, recusa o uso da força como se fosse uma virgem pudica e esconde-se cobardemente atrás dos americanos, não deixado contudo de lhes tentar ditar como devem agir.
Esta Europa olímpica, deu em acreditar que a paz é um direito e que para a obter basta fazer manifestações e declarações moralistas, e exigi-la com palavras de ordem simplórias.

Nunca foi assim, e entretanto o Irão ganha tempo, dando-se até ao luxo de criar espectáculos avulso nos quais se compraz em humilhar os nossos valores, para gáudio dos complexados islamistas de todo o planeta e dos idiotas úteis que os aplaudem.

Sim, ainda há tempo, mas no fim do caminho alguém terá de ceder.
E está visto que o Irão só cederá se levar nas orelhas.
Estará o Ocidente disposto a dar-lhe com a cana nas ditas enquanto a tem na mão?
Ou prefere ir pondo as próprias orelhas em posição de ser zurzidas?

Pelo que se lê neste ninho de cucos, já há para aqui muita gente de rabo para o ar.

Canal Daniel Simões disse...

É excusado, caro Diogo: vai sempre existir gente que defende a guerra, o genocídio, a violência, o imperialismo... e são estes que fazem com que as coisas desagradáveis continuem, pois, basta uma só pessoa para, num minuto, destruir aquilo que milhares delas demoraram anos a construir... e como pode ver, mesmo através dos comentários, vai sempre existir gente que defende e dá força às forças destruidoras que trazem a guerra, a fome e a miséria para este mundo... e defendem como se realmente de coisas boas se tratassem, como se, realmente, os senhores da guerra fossem criaturas que se importassem com a vida e o bem estar das pessoas.
São, somente, níveis de consciência diferentes: uns de planos mais elevados, outros de planos rateiros, reptilíneos, demoníacos... e vai ver como estes últimos se picam, se coçam e estrabucham por serem desmascarados como seres que defendem a morte e a destruição, quando poderíamos, de um dia para o outro, fazer desta Terra um paraíso: era só o coração dos homens voltar-se para a partilha e para a entre-ajuda, invés de estar virado para as coisas mortificantes.

Que a Luz e a Sabedoria do Amor vos acompanhe a todos!

Diogo disse...

Caro Nicolaias,

Os propagandistas do Expresso são indivíduos pagos para mentir deliberadamente. São mercenários, perfeitamente conscientes das guerras sujas que estão a incitar e a alimentar.

O Lidador é apenas um imbecil. A retórica oca que lhe preenche todas as sinapses impede-o de formular qualquer raciocínio por mais simplista que seja.

Muitos vão atrás dos propagandistas porque não têm outras fontes de informação. O Lidador vai atrás porque a massa encefálica não dá para mais. O Saddam não tinha armas de destruição em massa, ao contrário do que diziam o Bush e os propagandistas. Deste facto o Lidador não conseguiu inferir rigorosamente nada.

xatoo disse...

Vamos lá ver se nos entendemos sobre as mentiras compulsivas do charlatão Lidador que assentando a sua prosápia pseudo erudita num pressuposto falso inicial, a partir daí constrói todo um mundo povoado de bruxas e fantasmas surreais que só ele, no seu mundo inventado, é que vê como actores importantes (o funcionário El Baradei, a Onu, o clown Powell das WMD, o Barroso, etc)
A criação do Irão nuclear remonta ao tempo do Xá Reza Pahlevi, à década de 70, quando o Irão era uma colónia com governo nomeado pelos americanos. Os cientistas persas estudaram nos EUA, e quando depois da implantação da República Islâmica, a partir de 1979, os yankees foram escorraçados, os promotores do "nucular" (como diria o Bush) vieram também eles recambiados para os States onde se constituem hoje nos principais acessores da suposta desmontagem do programa que eles próprios tinham iniciado sob o patrocinio económico do Tio Sam.
A campanha contra o Irão começou a partir daí, e como tudo isto é afinal um negócio regido pelo complexo politico industrial, a quem não pode faltar "matéria prima" para vender aquilo que produzem, não tardou que os verdadeiros interessados tomassem a dianteira nas iniciativas: Israel e o lobby judeu nos EUA . Limpando do mapa inclusivamente alguns impecilhos que poderiam desbroncar a verdade. Para que se não pense que isto é outra novela, de sinal contrário, diga-se desde já que a influência do lobie judeu no ataque ao Irão, como antes no ataque ao Iraque pelo petróleo (o judeu Greenspan já o admitiu) é assumida pelo Harvard Institute - esta é uma das razões para que o Amedhinejad afirme que "varrerá Israel do mapa" caso sofra um ataque.

Ataque esse que é actuamente pouco provável, pela simples razão que para gerir a máquina de guerra é preciso dinheiro, e este com a crise financeira volatiza-se mais depressa que os desejos dos perigosos marados islamofóbicos que cavalgam o fundamentalismo mais alucinante dos últimos dois séculos

xatoo disse...

o último link parece que não funciona, mas é este:
http://www.jewsonfirst.org/06b/cufi.html

Unknown disse...

Caro Diogo, os ataques ad hominem não dão nenhuma credibilidade aos seus "argumentos" e denunciam apenas a incapacidade em encarar outros pontos de vista.

Se para si, todas as opiniões diferentes são "mercenárias, imbecis, maradas", resta-lhe a masturbação mental.

Unknown disse...

Quanto ao assunto em si, parece que nem a diplomacia nem as sanções da ONU pararão o programa nuclear iraniano.
Um Irão nuclear não será apenas mais um. Trata-se de uma teocracia com uma visão apocalíptica do mundo, não enquadrável na racionalidade da dissuasão.

"Nós não adoramos o Irão, mas sim Alá. Que esta terra arda se tal for necessário para que o Islão triunfe” (Khomeini, 1980).

Israel é a grande obsessão dos aiatolas, que acreditam poder pulverizar “o regime sionista”, com um ataque massivo e de surpresa.
Acreditam na protecção de Alá que, de uma forma ou outra, impedirá o Ocidente de trilhar o caminho do Armagedão. Encaram as sociedades ocidentais como decadentes e fracas, dirigidas por políticos venais, facilmente atemorizáveis com anúncios de mísseis e células terroristas adormecidas em cidades ocidentais. Não acreditam que gente assim corra riscos apenas para vingar os “sionistas”.
Se todavia o fizerem, a equação já foi linearmente descrita por Rafsanjani:

“Uma bomba atómica será suficiente para destruir o regime sionista, mas uma resposta apenas causará danos ao mundo islâmico, que sobreviverá”.

Para Mohamed Abtahi, ex-Vice Presidente do Irão, não restam muitas dúvidas:
"Esta gente jogará a carta nuclear da mesma forma que joga a carta do terror global".

Depois, com a graça de Alá, a terra sagrada de “Qods” voltará a ser parte do Dar-Al-Islam, e o 12º imam, poderá então regressar, para liderar o Islão na luta final contra o Dar-Al Harb.

Israel está a ficar sem tempo. Se agir sozinho com meios convencionais, não só não conseguirá destruir tudo, como sofrerá duras retaliações por mísseis balísticos vindos do Irão, Síria e Líbano, além de uma campanha mundial de terrorismo e demonização.
Será necessária uma grande campanha aérea, provavelmente superior a um mês, e isso só está ao alcance dos EUA ou de uma coligação.
Um ataque nuclear preventivo poderá resolver o problema, mas terão os israelitas “estômago” para tomar uma decisão, que será sempre “cedo demais"?
Israel sobreviverá, é certo, mas será o alvo de toda a ira mundial, mais ostracizado, isolado e odiado do que nunca.
Porém, se tiver de retaliar com armas nucleares, já não existirá e a comunidade internacional limitar-se-á a enviar ajuda humanitária, condenando vivamente o Irão.
Mas o facto estará consumado e a vida continua.
Aproxima-se o momento da decisão. As nuvens acastelam-se e, como escrevia Shakespeare “ um céu carregado não se limpa sem uma tempestade”.

Anónimo disse...

"Considere isto: em 2000, quando Bush tomou posse, o ouro estava a US$273 por orça, o petróleo estava a US$22 por barril e o Euro valia US$0,87 por dólar. Actualmente, o ouro está a mais de US$700 por onça, o petróleo está a mais de US$80 por barril, e o Euro está a aproximadamente US$1,40 por dólar. Se Bernanke cortar as taxas [NR] , provavelmente veremos o petróleo a US$125 por barril na próxima Primavera."

http://resistir.info/crise/whitney_18set07.html

essa é que é a bomba, qual tsunami e terramoto, a desabar-nos em cima, após a eleição fraudulenta do babe idol, lá que isso signifique, na minha o maior fantoche da História Humana, a pedir Tribunal Internacional, o grande bandido!

amelie

Unknown disse...

cara amelie, por acaso já reparou que:
1- o petróleo é pago em dólares?

2-que as potências emergentes têm feito disparar a procura?

Em relação a 1, faça as contas para a cotação do euro e terá o grato prazer de verificar que o petróleo não está assim tão caro para quem tem euros.

Em relação a 2, envie uma carta ao seu deputado, de modo a que o estado português aprsente na ONU um projecto de resolução a proibir a China e a ìndia de comprarem petróleo, fazendo disparar a procura e os consequentes preços.

E sim...o Bush é feio, e mau, e cheira a enxofre. Já sabemos isso....

Anónimo disse...

tem razão, Lidador, sobre o preço do petróleo, que ronda em Euros ao litro os 57€, nem tudo indo mal, pelos vistos

ressalvo é quanto me regalo a ler esses artigos postados, de graça, no http://resistir.info/
sobre reservas do dinheiro e as danças da bolsa, como das guerras, querendo que aprendo, a contrário da campanha de reaças do "Expresso", a tretas de zero em Economia...

e, se o dito Bush não leva a guerra a todo o mundo, connosco, e eu não morrer mais cedo do que espero, ainda sou rica...

entretanto, obrigada pelo reparo, bem visto!

amelie

Anónimo disse...

[Em relação a 1, faça as contas para a cotação do euro e terá o grato prazer de verificar que o petróleo não está assim tão caro para quem tem euros.]

O DN explica a coisa razoavelmente na edição de hoje:

Euro suaviza impacto do petróleo em Portugal


Porra pá, leiam qualquer coisa sem ser o resitir.info ou o morteaobush.masturba!

Anónimo disse...

vá lá, Oliveira, não seja azedo, homem, que nem reparou que na distração onde era barris eu dei o 'litro'

mas resistir é óptimo, como o red voltaire e esse

e, há tempos, o Bush engasgou-se, esteve às últimas... por mor das armas? não, mas à conta de um osso de galinha, sôfrego!

amelie

Anónimo disse...

[sobre reservas do dinheiro e as danças da bolsa]

Querer aprender economia com o Chossudovsky é como querer aprender a teoria da relatividade com o professor Karamba.

Anónimo disse...

a par ao menos, creio, de godinhos, jardinos e cutileiros

se vão lá peças do melhor que diz e sabe, de NY a LA, rumando Tóquio à Autrália, num sarilho de entendidos europas de olands a deutschlands e englands até oarar em Lisboa, a nata, meu velho, em Economia e Finança!

isso você o sabe de sobra, pra kê ironizar sobre um nome, apenas, karamba!

de amelie, con un beso!

augustoM disse...

Toda a política dos EU se baseia na mentira, mentir, mentir, mentir, até que alguém da mentira faça verdade. Eu pessoalmente não me admiro nada com todos estes acontecimentos, até me parecem naturais. Há uma urgente de necessidade de conhecer melhor os americanos, para percebermos o porquê da mentira. Vou dar a minha modesta contribuição a partir da próxima semana. Sem ordem cronológica, irei apresentar diversos aspectos da vida americana, menos conhecidos, mas que acho fundamentais para termos uma ideia mais concreta do nosso “amigo” transatlântico.
Um abraço. Augusto

xatoo disse...

este Oliveirinha, o Lidador & clones são mesmo burros.
Agora o "petróleo está barato" porque o pagamos em euros.
Acontece que, numa economia que depende das exportações, a maior parte das quais nos são pagas em moeda indexada ao dólar, nos estão a pagar as mercadorias ou serviços por um valor muito menor.
Este é um dos truques com que os americanos se fazem pagar pela sua dívida externa. Pagando-a com papéis extremamente desvalorizados. A vida está boa é para eles, não é para quem anda a encher depósitos de gasóleo a 13 contos de cada vez, para pagar a colaboração do "nosso" governo nas guerras deles.

Anónimo disse...

mais ostracizado, isolado e odiado do que nunca.

Porque será? Ah, não diga que eu já sei. Anti-semitismo.

Acertei?


Bush é feio, e mau, e cheira a enxofre.

Credo, homem! Até parece que está a exorcizar algum mau-olhado.

Canal Daniel Simões disse...

É o que lhe digo, caro Diogo: os vampiros chupam-lhes o sangue (a lidadores e a outros mais) e eles ainda estendem os pescoços a sorrirem, olhando para nós e a dizer:

"-Anti-vampirismo?!!! Então, mas vocês não compreendem que eles são bons e só querem o nosso bem?! Eles são os bensfeitores da humanidade e sem eles estaríamos perdidos!"

Fazer o quê: deixar que os outros lhes chupem o sangue, para, de seguida, virem chupar o nosso? Ou defender aqueles que, chupados e que não mais possuem vontade, opiniões e pensamentos próprios, sujeitarmo-nos a que ainda se virem contra nós, culpando-nos de querer mal aos seus "amorosos" amos, os condes dráculas, senhores de guerras, com milhões de vítimas em suas consciências?

É uma situação por demais complexa: se não mexermos na porcaria ela vai trazer doenças e contaminar todos. Se mexermos, o cheiro vai-se espalhar e atrair ainda mais porcaria.

Talvez a solução seja concentrarmo-nos em aspectos positivos e procurar, através da prática do amor, da entre-ajuda, da partilha, do serviço voluntário e desinteressado (postura em grande crescimento por todo o mundo) criar uma força invisivel que transmute o planeta, a sociedade mundial, a humanidade, de um modo que, quando olharmos para trás, já passou, já se transformou e nem sequer demos conta, nem sabemos como aconteceu.

É complexo por demais.