Agora que os preços da gasolina estão tão elevados, veio-me à memória esta azeda troca de palavras entre Durão Barroso e Francisco Louçã a propósito da Galp, da Carlyle e de Bin Laden:
(Rádio Renascença a 30 de Abril de 2004):
O Primeiro-ministro desmentiu que o Governo tenha favorecido o grupo norte-americano Carlyle, um dos concorrentes à alienação do capital da GALP, através do financiamento deste consórcio.
A acusação partiu do dirigente do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, durante o debate mensal com o Primeiro-ministro, na Assembleia da República.
"O Governo não deu qualquer indicação ao banco. A Caixa Geral de Depósitos movimenta-se no mercado e toma as suas opções", sublinhou Durão Barroso, condenando "com muita firmeza e indignação" a acusação de Francisco Louçã.
O Primeiro-ministro, que falava no final do debate mensal, acrescentou ainda que os partidos da oposição "têm todo o direito" para questionar o Executivo, mas não para "lançar insinuações sem provas".
"Quando se lançam suspeitas sem provas, está-se a fragilizar o exercício da democracia", frisou o chefe de Governo.
A polémica em relação ao grupo norte-americano Carlyle ocorreu na fase final do debate mensal com Durão Barroso, dedicado ao alargamento europeu.
Louçã justificou a acusação dizendo que a CGD "participa e financia" um dos consórcios que concorrem à alienação de parte do capital da GALP.
O líder BE acrescentou que a CGD "não tem autonomia" para tomar uma decisão desta ordem "sem consultar a tutela", e recordou que o pai do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, é um dos assessores da Carlyle, e que o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Martins da Cruz "chefia as operações" desse grupo norte-americano em Portugal. Ângelo Correia, dirigente histórico do PSD, é o porta-voz do consórcio para esta operação.
"O grupo Carlyle é também o gestor de negócios da família de Bin Laden no Ocidente", acusou ainda o dirigente bloquista, perguntando a Durão Barroso se é por amizade para com Martins da Cruz, para com George Bush ou por respeito pela família Bin Laden, que a Caixa Geral de Depósitos apoia esta operação.
Mas o que é o Carlyle Group?
O Carlyle Group foi fundado, nos anos 80, por um poderoso grupo financeiro e militar-industrial presidido pelos Bush (sénior e júnior) e por uma elite seleccionada entre milionários, generais, dirigentes de serviços secretos, diplomatas, etc.
O Carlyle Group é o 11º. maior produtor norte-americano de armamentos. As suas holdings dominam as maiores fatias do mercado internacional. Radica a sua principal base financeira no petróleo, área onde os seus mais importantes parceiros estratégicos são o Saudi Binladen Group (que inclui a família real saudita) e a Halliburton Energy , do vice-presidente de Bush, Dick Cheney.
Na administração da Carlyle, Frank Carlucci, o presidente executivo, faz-se acompanhar por uma imponente escolta, toda ela constituída por ex-directores da "secreta" norte-americana ou por figuras de referência da CIA: Helms, Casey, Kashoggi, Ghofanir , os homens do Irangate . Os actuais vice-presidentes dos EUA - Rumsfeld, Dik Cheney, Powel - são altos executivos da empresa que integra outros políticos de grande peso internacional, como Madeleine Albright, Henry Kissinger, Richard Perle (CIA), James Baker, e John Major , o ex-primeiro ministro inglês. O importante lobby do petróleo árabe encontra-se representado por Sami Mubarak Baarma, procurador dos interesses da família Bin Laden na Grã-Bretanha.
Como se isto não bastasse, em entrevista ao "SEMANÁRIO, Daniel Estulin, que investiga o clube de Bilderberg há treze anos, fala sobre os portugueses que têm participado nas suas reuniões, na crise política de 2004 em Portugal e da influência de Bilderberg na escolha de Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia.
Estulin diz que as suas fontes lhe confirmaram que Henry Kissinger, um membro permanente de Bilderberg, terá dito o seguinte sobre Durão: é "indiscutivelmente o pior primeiro-ministro na recente história política. Mas será o nosso homem na Europa".
(Rádio Renascença a 30 de Abril de 2004):
O Primeiro-ministro desmentiu que o Governo tenha favorecido o grupo norte-americano Carlyle, um dos concorrentes à alienação do capital da GALP, através do financiamento deste consórcio.
A acusação partiu do dirigente do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, durante o debate mensal com o Primeiro-ministro, na Assembleia da República.
"O Governo não deu qualquer indicação ao banco. A Caixa Geral de Depósitos movimenta-se no mercado e toma as suas opções", sublinhou Durão Barroso, condenando "com muita firmeza e indignação" a acusação de Francisco Louçã.
O Primeiro-ministro, que falava no final do debate mensal, acrescentou ainda que os partidos da oposição "têm todo o direito" para questionar o Executivo, mas não para "lançar insinuações sem provas".
"Quando se lançam suspeitas sem provas, está-se a fragilizar o exercício da democracia", frisou o chefe de Governo.
A polémica em relação ao grupo norte-americano Carlyle ocorreu na fase final do debate mensal com Durão Barroso, dedicado ao alargamento europeu.
Louçã justificou a acusação dizendo que a CGD "participa e financia" um dos consórcios que concorrem à alienação de parte do capital da GALP.
O líder BE acrescentou que a CGD "não tem autonomia" para tomar uma decisão desta ordem "sem consultar a tutela", e recordou que o pai do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, é um dos assessores da Carlyle, e que o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Martins da Cruz "chefia as operações" desse grupo norte-americano em Portugal. Ângelo Correia, dirigente histórico do PSD, é o porta-voz do consórcio para esta operação.
"O grupo Carlyle é também o gestor de negócios da família de Bin Laden no Ocidente", acusou ainda o dirigente bloquista, perguntando a Durão Barroso se é por amizade para com Martins da Cruz, para com George Bush ou por respeito pela família Bin Laden, que a Caixa Geral de Depósitos apoia esta operação.
Mas o que é o Carlyle Group?
O Carlyle Group foi fundado, nos anos 80, por um poderoso grupo financeiro e militar-industrial presidido pelos Bush (sénior e júnior) e por uma elite seleccionada entre milionários, generais, dirigentes de serviços secretos, diplomatas, etc.
O Carlyle Group é o 11º. maior produtor norte-americano de armamentos. As suas holdings dominam as maiores fatias do mercado internacional. Radica a sua principal base financeira no petróleo, área onde os seus mais importantes parceiros estratégicos são o Saudi Binladen Group (que inclui a família real saudita) e a Halliburton Energy , do vice-presidente de Bush, Dick Cheney.
Na administração da Carlyle, Frank Carlucci, o presidente executivo, faz-se acompanhar por uma imponente escolta, toda ela constituída por ex-directores da "secreta" norte-americana ou por figuras de referência da CIA: Helms, Casey, Kashoggi, Ghofanir , os homens do Irangate . Os actuais vice-presidentes dos EUA - Rumsfeld, Dik Cheney, Powel - são altos executivos da empresa que integra outros políticos de grande peso internacional, como Madeleine Albright, Henry Kissinger, Richard Perle (CIA), James Baker, e John Major , o ex-primeiro ministro inglês. O importante lobby do petróleo árabe encontra-se representado por Sami Mubarak Baarma, procurador dos interesses da família Bin Laden na Grã-Bretanha.
Como se isto não bastasse, em entrevista ao "SEMANÁRIO, Daniel Estulin, que investiga o clube de Bilderberg há treze anos, fala sobre os portugueses que têm participado nas suas reuniões, na crise política de 2004 em Portugal e da influência de Bilderberg na escolha de Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia.
Estulin diz que as suas fontes lhe confirmaram que Henry Kissinger, um membro permanente de Bilderberg, terá dito o seguinte sobre Durão: é "indiscutivelmente o pior primeiro-ministro na recente história política. Mas será o nosso homem na Europa".
11 comentários:
Durão está hoje onde está devido ao apoio de Blair. Quando foi necessário a escolha de um novo lider para a Europa havia uma grande disputa entre franceses e alemães. Nem um nem outro país desejava um lider europeu francês ou alemão respectivamente. A maior parte dos países "pequenos" também preferia um lider dum país "pequeno". Foi Blair que acabou por ter a maior influência e indicou Durão Barroso.
E hoje é um lider respeitado por todos. E apreciado! Não há conspirações de pacotilha nesta historia. O Sr. Louçã já por uma ou duas vezes resolveu fazer declarações de arromba do género dessa, mas quando confrontado com os factos, remeteu-se SEMPRE a um prudente e cobarde silêncio. O próprio debutado do BE, Miguel Portas, um dia resolveu embarcar naquela história dos favores dum empresário grego. Felizmente o próprio Portas percebeu a meio da historia que estava a actuar como palhaço num filme de má categoria e retirou-se de tal enredo. Felizmente!
Mas por aqui há pessoas que continuam a adorar maus filmes de 3ª categoria, péssimos guiões e actores ainda mais ridiculos.
¿El peor primer ministro? Sin duda no conoce a Zapatero......!
Anonymous,
«O Sr. Louçã já por uma ou duas vezes resolveu fazer declarações de arromba do género dessa, mas quando confrontado com os factos, remeteu-se SEMPRE a um prudente e cobarde silêncio.»
Eis um exemplo do cobarde silêncio de Louçã quando confrontado com os factos:
"O grupo Carlyle é também o gestor de negócios da família de Bin Laden no Ocidente", acusou ainda o dirigente bloquista, perguntando a Durão Barroso se é por amizade para com Martins da Cruz, para com George Bush ou por respeito pela família Bin Laden, que a Caixa Geral de Depósitos apoia esta operação.
«Eis um exemplo do cobarde silêncio de Louçã quando confrontado com os factos»
E que fez o Dr.Louçã após as suas declarações bombásticas ? Ele como deputado tem todas as condições para ir muito mais longe. Até tem imunidade criminal. Como deputado podia exigir a criação duma comissão de inquerito ou de investigação.
Mas ele fez alguma coisa de concreto para além de mandar uns sound-bytes para aparecerem nos noticiários em prime-time ?
«Ele como deputado tem todas as condições para ir muito mais longe»
Até onde pode ele ir? Deu claramente a entender no Parlamento que Durão estava a soldo da Carlyle, a empresa dos Bush e dos Bin Laden. O que fez aparentemente recuar a Carlyle do negócio da Galp. O que mais quer que ele faça?
«Até onde pode ele ir? Deu claramente a entender no Parlamento que Durão estava a soldo da Carlyle, a empresa dos Bush e dos Bin Laden. O que fez aparentemente recuar a Carlyle do negócio da Galp. O que mais quer que ele faça?»
Ok. Parece satisfeito. Ainda bem.
PS: Gostei do "aparentemente".
Louçã teve a coragem de dizer, alto e bom som, aquilo que os jornais, as televisões e as outras bancadas parlamentares tinham obrigação de dizer e não o fizeram.
Se apenas uma pequena parte dos deputados da «nossa Assembleia da República» dissesse um décimo do que já disse Louçã, era eu o primeiro a cantar loas à democracia portuguesa.
«PS: Gostei do "aparentemente".»
Evidentemente que é aparentemente! Ou julga que 11º fornecedor de armas do Pentágono, fora o resto, iria desistir por causa da indignação de um deputado de um pequeno partido português?
Blair já deve ter garantido o seu lugar no conselho de administrção da Carlyle. E bem merece coitado!
E o psiquiatra, não vos ajudará?
o que teria acontecido se o be não tivesse denunciado o esquema?
Tenho uns links interessantes sobre o Carlile group e o Bilderberg group(para alem de outros curiosos groups)no meu blog Nova Desordem Mundial.
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