Por Frank Cannon & Richard Lessner - Weekly Standard - 23 de Junho de 2006
The nihilism of soccer: The more you look, the less there is to see.
(No Guardian - A revista Weekly Standard, cujo editor é William Kristol, é considerada a bíblia e a caixa de ressonância do movimento neoconservador americano.)
O jogo histórico [dos Estados Unidos] com a Itália acabou com empate épico de 1 - 1. Mas naquele que foi considerado um dos melhores jogos já efectuados pela equipa Americana, os Estados Unidos não conseguiram marcar. O golo dos americanos foi marcado por um jogador da equipa contrária que acidentalmente marcou na própria baliza.
Pensem nisto por um momento. Resume tudo o que é preciso saber acerca do “soccer”, ou futebol, como é conhecido noutros lados.
“Soccer” é o jogo perfeito para um mundo pós-moderno. É a mais refinada expressão do niilismo que prevalece em muitas culturas, a qual é indubitavelmente responsável pela sua popularidade na Europa. O “soccer” é um absurdo, um jogo sobre nada, desporto como sensação.
Na realidade, o “soccer” poderia mesmo ser jogado sem nenhuma bola, e poucos notariam a diferença. O jogo consiste em 22 homens a correr para a frente e para trás num campo relvado durante 90 minutos sem quase nada acontecer com os fãs a gritar como loucos. Normalmente o “soccer” são apenas tipos a correr sem nenhum objectivo, uma metáfora para uma vida sem sentido.
Não obstante os esforços heróicos dos esquerdistas suburbanos, e do exagero do publicidade do campeonato do mundo, o “soccer” nunca se tornará popular na América. Nenhum jogo que procura atingir objectivos de tão pouca importância pode ocupar a atenção do americano médio. O nosso país terá ainda de sucumbir ao niilismo, ao existencialismo ou anarquia que atacou a Europa. Um jogo sobre nada, no qual marcar é uma casualidade, tem um interesse reduzido para americanos que ainda acreditam que o mundo faz sentido, que a vida tem mais significado e estrutura, que existir não é um fim em si mesmo.
Qualquer jogo que proíba a utilização das mãos é anti-natural. Polegares opostos permitem aos humanos segurar coisas. É por isto que os jogos humanos implicam segurar coisas como bastões de basebol, tacos de golfe e sticks de hóquei, ou segurar e lançar objectos como uma bola ou um disco.
O “soccer” nega aos seus jogadores a habilidade humana mais básica. O jogadores não podem apanhar ou lançar a bola com a mão. Mas pode cabeceá-la. Se alguém se pusesse a inventar um jogo fundamentalmente contrário à natureza humana, inventaria o “soccer”. Coloca a cabeça e o cérebro em perigo constante, e proíbe o usos das mãos. O “soccer” nega aos seus praticantes os verdadeiros atributos do ser humano. O “soccer” parece um jogo mais apropriado para quadrúpedes idiotas do que para seres humanos.
Comentário:
Os rapazes da revista neoconservadora Weekly Standard mostraram-nos, de forma brilhante, o quanto esta Europa está à deriva, sem rei nem roque, sem um objectivo claro (como a guerra ao terrorismo) ou um propósito definido. E o nosso “soccer”, símbolo máximo da descrença e da vanidade, constitui uma excelente metáfora para este niilismo que nos submergiu.
No entanto gostava de perceber porque é que os americanos usam a palavra football, que resulta da concatenação das palavras foot (pé) e ball (bola), para designar um jogo fundamentalmente jogado com as mãos. Quem terá sido o quadrúpede que se lembrou de tal coisa?
The nihilism of soccer: The more you look, the less there is to see.
(No Guardian - A revista Weekly Standard, cujo editor é William Kristol, é considerada a bíblia e a caixa de ressonância do movimento neoconservador americano.)
O jogo histórico [dos Estados Unidos] com a Itália acabou com empate épico de 1 - 1. Mas naquele que foi considerado um dos melhores jogos já efectuados pela equipa Americana, os Estados Unidos não conseguiram marcar. O golo dos americanos foi marcado por um jogador da equipa contrária que acidentalmente marcou na própria baliza.
Pensem nisto por um momento. Resume tudo o que é preciso saber acerca do “soccer”, ou futebol, como é conhecido noutros lados.
“Soccer” é o jogo perfeito para um mundo pós-moderno. É a mais refinada expressão do niilismo que prevalece em muitas culturas, a qual é indubitavelmente responsável pela sua popularidade na Europa. O “soccer” é um absurdo, um jogo sobre nada, desporto como sensação.
Na realidade, o “soccer” poderia mesmo ser jogado sem nenhuma bola, e poucos notariam a diferença. O jogo consiste em 22 homens a correr para a frente e para trás num campo relvado durante 90 minutos sem quase nada acontecer com os fãs a gritar como loucos. Normalmente o “soccer” são apenas tipos a correr sem nenhum objectivo, uma metáfora para uma vida sem sentido.
Não obstante os esforços heróicos dos esquerdistas suburbanos, e do exagero do publicidade do campeonato do mundo, o “soccer” nunca se tornará popular na América. Nenhum jogo que procura atingir objectivos de tão pouca importância pode ocupar a atenção do americano médio. O nosso país terá ainda de sucumbir ao niilismo, ao existencialismo ou anarquia que atacou a Europa. Um jogo sobre nada, no qual marcar é uma casualidade, tem um interesse reduzido para americanos que ainda acreditam que o mundo faz sentido, que a vida tem mais significado e estrutura, que existir não é um fim em si mesmo.
Qualquer jogo que proíba a utilização das mãos é anti-natural. Polegares opostos permitem aos humanos segurar coisas. É por isto que os jogos humanos implicam segurar coisas como bastões de basebol, tacos de golfe e sticks de hóquei, ou segurar e lançar objectos como uma bola ou um disco.
O “soccer” nega aos seus jogadores a habilidade humana mais básica. O jogadores não podem apanhar ou lançar a bola com a mão. Mas pode cabeceá-la. Se alguém se pusesse a inventar um jogo fundamentalmente contrário à natureza humana, inventaria o “soccer”. Coloca a cabeça e o cérebro em perigo constante, e proíbe o usos das mãos. O “soccer” nega aos seus praticantes os verdadeiros atributos do ser humano. O “soccer” parece um jogo mais apropriado para quadrúpedes idiotas do que para seres humanos.
Comentário:
Os rapazes da revista neoconservadora Weekly Standard mostraram-nos, de forma brilhante, o quanto esta Europa está à deriva, sem rei nem roque, sem um objectivo claro (como a guerra ao terrorismo) ou um propósito definido. E o nosso “soccer”, símbolo máximo da descrença e da vanidade, constitui uma excelente metáfora para este niilismo que nos submergiu.
No entanto gostava de perceber porque é que os americanos usam a palavra football, que resulta da concatenação das palavras foot (pé) e ball (bola), para designar um jogo fundamentalmente jogado com as mãos. Quem terá sido o quadrúpede que se lembrou de tal coisa?
24 comentários:
Gostei do comentário: "No entanto gostava de perceber porque é que os americanos usam a palavra football, que resulta da concatenação das palavras foot (pé) e ball (bola), para designar um jogo fundamentalmente jogado com as mãos. Quem terá sido o quadrúpede que se lembrou de tal coisa?"
Mas para lá disto tudo, está por fazer a análise da intoxicação do futebol para desviar as atenções das massas para os seus problemas. E isso os neocons não o fazem, porque se fizessem, ficariam, com certeza, satisfeitos por saber que o futebol serve perfeitamente os seus propósitos ao alienar e adormecer os povos.
Outra dos americanos em relação ao resto do mundo - estes tipos intoxicam-me!!!
Os neoconservadores são um conjunto bastante restrito de pensadores e intelectuais que, desde os anos cinquenta, organizados em redor e partir de diversos pólos de reflexão e acção, como as revistas Commentary, The Public Interest, Weekly Standard, The National Interest ou a recente The American Interest, de Think Tanks como o American Enterprise Institute, ou de distintos centros universitários, se têm afirmado na cena política norte-americana, estando hoje bem estruturados nos distintos centros de poder.
Uma boa parte deste grupo transitou da esquerda do espectro político, alguns mesmo da extrema-esquerda; Irving Kristol, considerado o Pai desta corrente, tem raízes trotskistas, que ainda se manifestam no seu zelo ideológico e na sua capacidade de organização e polémica.
Os americanos são uma cambada de anormais. São os únicos no mundo que não jogam futebol e ainda vêm dar lições de moral. Vamos embora cambada!
Os americanos sempre foram diferentes, violentos. Vem do tempo da independência, das guerras civis, dos filmes à
"John Wayne". São mesmo um povo tosco e único! E têm actualmente os líderes que merecem, entretanto felizmente cada vez mais a descobrirem que têm sido manipulados...
Not nil-nil. One-nil to Portugal!
bom...com as mãos, com os pés, com espiríto batoteiro, arruaceiro e canalha, parece que a economia do rectângulo (e a brilhante estabilidade...) vão fazer muito por esta choldra...
"No entanto gostava de perceber porque é que os americanos usam a palavra football, que resulta da concatenação das palavras foot (pé) e ball (bola), para designar um jogo fundamentalmente jogado com as mãos. Quem terá sido o quadrúpede que se lembrou de tal coisa?"
Não será também isso culpa do Bush?
Suadações de Rilhafoles
A questão do football não deve ser encarada de ânimo leve.
O facto de atrair milhões de pessoas é um facto que não deve ser substimado.
Exemplo da importância da "bola" para servir interesses políticos é o aproveitamento que foi feito por Hitler, Franco, Salazar, etc.
Vários estudos estão feitos sobre o assunto.
Várias reportagens televisivas mostram o facto social que foi e é o football. Com os pés ou com as mãos!
O problema dos neo-cons americanos é o facto de a selecção americana ter sido eliminada do Mundial.
Há dias atrás, quando se abria o MSN, aparecia uma caixa onde "eles" davam "a receita" para vencerem o Mundial.
Não li a receita, como é óbvio, mas agora também não me espanta que venham dizer que o futebol é "nil, nil"...
Se não são eles a ganhar, então é porque o jogo não presta. A culpa é do jogo...
Mais uma falácia assim à semelhança dos atentados terroristas... (esta é para fazer a vontade ao Rilhafoles).
Aquilo com que devemos ter cuidado é com os pretextos que podem servir para instigar vandalismo, violência, lutas internas ou internacionais, etc.
O futebol (e o respectivo fanatismo) também tem essa capacidade (assim á semelhança das religiões, dos muçulmanos, mesmo sem que os próprios tenham nda a ver com isso...) e ela já tem sido usada, muitas vezes, para as provocações neo-cons, sem que isso seja contraditório com este tipo de "discursos"...
Agora mesmo, no início do Mundial, os longos "massacres" com os comentários do futebol e do evento, apresentados pelas televisões, incluiram todo o tipo de mensagnes subliminares, em forma de "notícia", que faziam parte da actual campanha de medo e desinformação.
Assim de memória recordo: a ameaça contra a equipa do Irão; as manifestações (encomendadas e manipuladas), contra o respectivo governo; a alusão aos dispositivos de segurança, às exigências do combate e prevenção do terrorismo, os "cenários decorrentes das ameaças terroristas; a alusão ao tráfico de mulheres e respectiva "alta criminalidade"... uma infinidade de coisas que, como é costume, transformam os "serviços noticiosos" em campanhas de desinformação e propaganda, ao pior estilo nazi...
Tudo isso sob a batuta da conspiração neo-con.
Este usar o futebol como pretexto de achincalhamento dos povos europeus (quase a justificar todo e qualquer tipo de "repressão" e domínio) faz parte integrante da mesma estratégia, da mesma campanha de "medo, desinformação, de provocação.
É, sobretudo, a isso que devemos estar atentos.
Nunca se sabe quando é que uma qualquer manifestação expontânea de "alegria futeboleira" pode degenerar nalguma coisa bem feia... se estiverem de serviço uns quantos provocadores pagos para o efeito (iniciar uma batalha campal). Para isso (para instigar este extemismo primário), os dirigentes dos clubes e não só, dão sempre uma grande ajuda, através das "guerras de palavras"... Se calhar é esse mesmo o seu papel...
Bem! O jogo entre a selecção portuguesa e a holandesa já foi quase uma batalha campal... que agora se prolonga nas declarações dos intervenientes....
O "meu" problema é que o fanatismo e tanto primarismo existente à volta do futebol contribuem para "reduzir" os nossos meios de defesa em relação a "provocadores encartados" como os lacaios neo-cons.
Se não fosse isso nem me preocuparia as "alegrias ou as tristezas", quem ganha ou quem perde. Porque aquilo é (ou devia ser) apenas desporto...
Mas também as abordagens ecléticas, da coisa, a achincalhar os "sentimentos" instigados e incutidos, até à exaustão, não ajudam nada, bem pelo contrário. Porque não é a manifestação da alegria ou tristeza das pessoas, a sua "participação", da única forma como lhes é permitido participar e expressar os seus sentimentos, que representa o "perigo".
Ponhamos, aqui como em tudo, as coisas no seu lugar e apontemos as responsabilidades a quem as tem...
Até porque sem respeitarmos as pessoas não as conseguiremos "mobilizar", não conseguiremos nos fazer ouvir; e sem as "mobilizarmos", sem nos fazermos ouvir, sem coordenarmos objectivos, não conseguiremos nos opor a esta escumalha. Também aqui teremos que aprender a "trabalhar em equipa"...
Pelo que se lê no texto este tipo de discurso é assustadoramente próximo do dos Nazis no tempo de Hitler.Raças,povos,sociedades e seres humanos superiores a outros que são,todavia,inferiores porque mais estúpidos e próximos dos símios-macacos(foi isto que se discutiu em relação aos povos africanos aquando dos primeiros contactos europeus,inclusive o facto de se estes seriam possuidores de alma).Portanto nada de novo,os erros do passado repetem-se na História,no presente,de forma cíclica.Só que agora essa filosofia e sobranceria alastra e enraíza no seio da sociedade mais poderosa e belicosa do presente.Pelo que é expresso no texto da Weekly Standard conclui-se que os americanos são superiores ao resto dos povos do mundo inteiro porque estes jogam futebol(desporto típico de homens macacos),pois até um burro teria vantagem sobre os humanóides que jogam futebol porque só tem patas e ainda por cima quatro.Logo os americanos sendo superiores dentre os outros habitantes do planeta devem governá-los,visto que estes não têm a inteligência necessária para o fazer.E quanto às guerras,tendo em conta que os outros são infra-humanos,pois matá-los não é problema pois os símios-macacos não são assim tão necessários para o progresso da verdadeira humanidade:os americanos a quem estes se devem submeter,e aceitar as suas superiores e brilhantes ideias,para que possam também caminhar na Luz.Os americanos são assim os únicos que se mantêm impolutos e incontaminados.Acho estas ideias e forma de pensar dos neocons extremamente doentios e perigosos.E sendo uma filosofia que vai ganhando apoio nos meios políticos do poder norte-americanos então pode no futuro tornar-se algo muito ominioso.
júlio Reis espero que de facto seja apenas ignorância e nada mais dos americanos relativamente ao soccer,porque caso contrário estamos mal e bem arranjados com estes neocons.
Então e agora não podemos alegar o relativismo cultural?
Miguel Bombarda,
A questão é mais relativismo propagandístico. Ou doutrinação fraudulenta, se preferir.
Se você o diz, Sofocleto, quem sou eu para duvidar?
Saudações de Rilhafoles.
PS: porte-se bem, senão hoje não o deixo ver os jogos dos oitavos! E escusa de me chamar "lacaio neocon" e "amigo do Podhoretz" que os talassas já mechamaram coisas bem piores...
«E escusa de me chamar "lacaio neocon" e "amigo do Podhoretz"»
E que tal "amigo dos neocon" e "lacaio do Podhoretz". É mais simpático da minha parte?
That´s it ol´chap, vou tirar-lhe o alvo com a cara do W. do seu quarto!
E dê-me também as setas, não vá você magoar-se a si mesmo!
From Rilhafoles, with love!
O alvo com a cara do W. pode levar. Mas não me tire o Cheney, o Rumsfeld ou o Wolfowitz.
Quanto às setas, isso já só se usa em Rilhafoles. Eu tenho uma pressão de ar.
Sim, mas mesmo assim. Se não se magoa a si, magoa o seu ego. Ou o elefante cor-de-rosa...
O elefante do Partido Conservador mudou de cor ou você estará com um copito a mais?
Ora aí está uma óptima deixa para fazer alusões (ou traçar similitudes) entre o nosso interlocutor e o animal que serve de mascote ao Partido Democrático.
Mas vou deixar essa deixa para outra pessoa...
E depois não diga que eu nunca lhe dou nada!
Desbul!
Não se iluda! Desde os atentados de 11 de Setembro (e mesmo antes, durante a sua preparação e as restantes provocações e conflitos que os antecederam), nada disto é inocente...
É tudo premeditado, a concorrer para o mesmo fim. Outros povos e outros países já foram vítimas deste tipo de "argumentos" sem lógica nem coerência, apenas par justificar que sejam bombardeados, para justificar genocídios, etc.
Biranta,
A história vista do seu prisma é uma enorme recta sem qualquer curva.
Se assim fosse não haveria chumbos na cadeira de história...
Vai-te catar oh palhaço!
Só dizes babuseiras e achas que isso é raciocinar?
Vocês são assim uma espécie de papagaios. Isso demora muito tempo a treinar? coitados dos vossos amestradores...
Depois de amestrados dizem e repetem sempre as mesmas coisas: expressões abstractas que podem significar tudo e também o seu contrário... Mas pensam que estão em condições de impressionar alguém!
Mas também não se pode esperar mais. A vossa missão é destruir, chatear, baralhar, lançar a confusão e, para isso, qualquer babuseira serve...
A única coisa que voc~es aprenderam a fazer foi a construir frases; não a perceber-lhes o sentido ou a fazê-las com sentido...
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