quarta-feira, abril 18, 2007

Vítor Constâncio – uma marioneta a soldo da finança internacional

Banco de Portugal pede alteração à lei laboral para maior produção - Jornal público - 18.04.2007

O Banco de Portugal defendeu ontem que as empresas têm maiores dificuldades em adaptar-se à evolução da actividade económica devido à regidez do mercado de trabalho. E defendeu que a introdução de uma maior flexibilidade levaria a uma aceleração da produtividade nacional.

Vítor Constâncio lembrou ainda que, embora [infelizmente] o despedimento individual esteja limitado, [felizmente] a facilidade no despedimento colectivo é bastante elevada em Portugal.


Fernando Madrinha - Jornal Expresso - 3 de Fevereiro de 2007

«Todos os anos, por esta altura, muita gente se interroga: que país é este onde a vida é tão dura e deficitária para toda a gente, famílias e empresas, menos para os bancos

«… os lucros [dos bancos] não param de crescer. O Millennium bcp, por exemplo: teve 780 milhões de euros de lucros em 2006 - mais 28% do que no ano anterior; o BPI registou 309 milhões - mais 23%; o Banco Espírito Santo anunciou ganhos de 420 milhões - mais 5o%...»

«Tudo estaria bem se esta chuva de milhões sobre os bancos fosse um sinal de pujança da vida económica do país. Mas sabemos bem que não é. E que esses lucros colossais são, afinal, uma expressão da dependência cada vez maior das famílias e das empresas em relação ao capital financeiro. Daí que, em lugar de aplauso e regozijo geral, o que o seu anúncio provoca é o mal-estar de quem sente que Portugal inteiro trabalha para engordar a banca. Ganha força essa ideia de que os bancos sugam a riqueza do país mais do que a fomentam.»


Comentário:

Julgo que está na altura de pegarmos o Constâncio pelos colarinhos e perguntar-lhe:

a) Como é que os bancos criam dinheiro a partir do nada?

b) Como é que os bancos fazem empréstimos (ou criam crédito, que é a mesma coisa) de quantias dezenas de vezes superiores à que têm em depósitos?

c) Porque é que o Banco Central Europeu tem a pregorrativa exclusiva de imprimir dinheiro em notas (a partir do nada) e emprestá-lo aos Estados com juros?

d) Quem são os verdadeiros donos do Banco Central Europeu?

e) Quem são os verdadeiros patrões do Constâncio?


Thomas Jefferson (antigo Presidente dos Estados Unidos – 1861):

«Se o povo americano alguma vez permitir que os bancos controlem a emissão do seu dinheiro, primeiro por inflação, depois por deflação, os bancos e as corporações que nascerem à volta deles irão privar o povo de todos os seus bens até que os seus filhos acordem na miséria. O poder de imprimir dinheiro deveria ser retirado aos bancos e devolvido ao Congresso e ao povo a quem ele pertence. Acredito sinceramente que as instituições bancárias são mais perigosas do que exércitos em pé de guerra.»

17 comentários:

Anónimo disse...

O governado do BdP é a imagem contemporânea do Triunfo dos Porcos. Aliás basta ver a carinha. E não se esqueçam daquilo que eu já vos disse aqui uma vez: nos últimos 6 anos o BdP vendeu metade das reservas de ouro de Portugal, com o eufemismo de fazer a recomposição das reservas, e afinal a metade que resta, se é que resta, ainda vale 80% do total das reservas hoje!

Roubou-nos a todos descaradamente.

Há uma coisa chamada Direito de Regresso que tanto quanto eu saiba nunca foi aplicada em Portugal. Ou seja os responsáveis de cargos públicos podem ter de responder do seu bolso por acções e iniciativas que lesam o património comum.

Ao constâncio eu desejo que passe a torresmos.

py

Anónimo disse...

Após um longo período sabático o Zecatelhado volta à “Nau”. Ora faça o favor de fazer uma visita à minha “casinha” porque a sua presença é sempre imprescindível.
Aquele @bração do
Zecatelhado

Agora em: www.marujinho.wordpress.com

Anónimo disse...

Caro diogo, a frase foi grafada em 1861, por que raio é que nenhuma das sociedades industriais acordou no dia seguinte na miseria? quer ver que os bancos é só filantropismo

Diogo disse...

Caro dlm,

Para ficar com uma ideia mais abalizada do que tem sido o roubo do milénio aconselho-o a ver este documentário: The Money Masters

Pode encontrá-lo no Google vídeo.

The film argues that the Federal Reserve System enables United States banks to force recessions at will, allegedly through money shortages caused when the banks refuse to offer new loans while simultaneously demanding payment on existing loans. According to the film, those banks have used this power a number of times since the 1913 creation of the Federal Reserve, resulting in "many major depressions" from 1913 to the present.

Anónimo disse...

No meio de tanta miséria que paira sobre Portugal, como é que existem pessoas como o dlm que ainda duvidam da enorme corrupção governametal e bancária?

Mas basta visitar blogues como o "Democracia em Portugal" (blogue de militares comandos) para, através das fotos, descobrir como vivem aqueles que fazem, cegamente, a vontade do governo, brincando as guerras, explodindo bombas e despejando cartuchos em terras alheias, em nome da democracia da ONU, da UE e dos EUA e ganhando exurbitâncias sem produzir coisa alguma, exurbitâncias tais retiradas dos bolsos dos portugueses: férias em hóteis de luxo no Algarve, caríssimos banquetes na Páscoa e por ai adiante.

Talvez, antes de argumentar com pessoas como o dlm, devessemos perguntar-lhes o que fazem elas na vida!

Anónimo disse...

PERDAO!

O blogue em questao é o AROMAS DE PORTUGAL e não o Democracia de Portugal...

Anónimo disse...

Que pena que o Constâncio não estivesse a leccionar uma cadeira de "finanças pela calada" na Universidade da Virgínia.

Anónimo disse...

Tenho vários colegas que tiveram um aumento das prestações mensais das casas entre 10 e 30 contos nos últimos tempos. O Sr. Constâncio tem muito a esplicar.

Canal Daniel Simões disse...

Caro Diogo,

no seu post anterior houve alguém chamado "crédulo incrédulo" que perguntou e muito bem se se está aqui a propôr a nacionalização da banca?
É mesmo isso que vc esta a propôr: a nacinalização da banca?
Tem ideia do que poderia acontecer se tal sucedesse?

Diogo disse...

Caro Nicolaias,

Eu tenho vindo a afirmar que os bancos centrais, incluindo o Banco Central Europeu, ao contrário do que muita gente pensa, são instituições privadas que têm por único objectivo o lucro dos seus patrões. Eles não estão preocupados com a estabilidade dos preços ou com o controlo da inflação. Só estão preocupados em encher a mula à custa dos Estados, das empresas e dos cidadãos. Mandam imprimir dinheiro a partir do nada e emprestam-no aos Estados com juros.

Quanto aos chamados bancos comerciais, quero que se acabe com as reservas mínimas que lhes permitem «emprestar» o que não têm, recebendo juros por isso. Para ter uma ideia da falcatrua veja o vídeo que está no Google:

Money as Debt

Anónimo disse...

Caro Sofocleto,
Aproveito neste post para lhe refazer a pergunta que deixei no post anterior e ao qual não respondeu: a proposta defendida por este blog sobre esta matéria é a nacionalização da banca?

Diogo disse...

Caro Incrédulo,

Defendo a nacionalização dos bancos centrais (que são de facto privados) e defendo a «nacionalização europeia» do Banco Central Europeu (que também é um banco privado).

Quanto aos bancos comerciais acabava-lhes com as reservas mínimas. Só podiam emprestar aquilo que tivessem depositado nos seus cofres. Acabava-se a criação do dinheiro a partir do nada e a cobrança de juros sobre esse nada.

Anónimo disse...

A banker is a fellow who lends you his umbrella when the sun is shining, but wants it back the minute it begins to rain.

Anónimo disse...

Caro Diogo,

eu já vi o documentário.
Eu compreendo a sua ideia e concordo com ela.
A questão é "como".
Tal como é dito no vídeo: as pessoas, ou não têm dinheiro suficiente para fazer frente aos banqueiros, ou não querem saber de economia, logo, não entendem o que se passa, o que faz com que não haja uma massa crítica de pessoas que possa realizar uma pressão significativa para que aconteça a nacionalização dos bancos.
Ainda assim, a nacionalização dos bancos parece-me uma boa ideia.

Diogo disse...

Caro Nicolaias,

[as pessoas não querem saber de economia, logo, não entendem o que se passa]


Por isso é que tenho vindo a traduzir artigos e a chamar a atenção para este assunto, que reputo o mais grave das sociedades modernas. Se gostou do documentário vejo o Money Masters, também no Google. É incontornável.

Anónimo disse...

troquei: o que eu vi foi o Money Master's

Anónimo disse...

E não esqueçamos o Alves Reis. Temos entre nós o exemplo do homem que através de um embuste de contrafacção injectou uma data de dinheiro na economia nacional, e vingou-nos da desfeita da mamã Inglaterra depois da grande guerra, gorda monarquia que veio dar cabo da jovem I República. Pagou-as na prisão e forjava documentos sem escrúpulos. Tinha um diploma de Engenheiro de Oxford forjado. Está-me a lembrar alguém :)

py