quinta-feira, janeiro 24, 2008

O suporte da alta finança mundial à Revolução Bolchevique Russa de 1917

A gravura da capa deste livro foi desenhada pelo cartoonista Robert Minor em 1911 para o St. Louis Post-Dispatch. O cartoon de Minor retrata um barbudo e luminoso Karl Marx na Wall Street com o Socialismo debaixo do braço e recebendo as felicitações dos célebres financeiros J.P.Morgan, o sócio de Morgan George W. Perkins, um orgulhoso John D. Rockfeller, John D. Ryan do National City Bank, e Teddy Roosevelt em fundo. Wall Street está decorada com bandeiras vermelhas. Os aplausos da população sugerem que Karl Marx terá sido um indivíduo muito popular no distrito financeiro de Nova Iorque:



Myron Fagan em 1967 (Texto em português do Brasil):


A Rússia (após a I Guerra Mundial) estaria no lado dos vencedores desta vez, como esteve em 1814 e, portanto, o czar estaria seguramente sentado em seu trono. Aqui, é pertinente observar que a Rússia, sob o regime czarista, era o único país no qual os Illuminati nunca tinham conseguido fazer progressos, nem tinham os Rothschilds conseguido infiltrar seus interesses bancários, de modo que seria mais difícil do que nunca lidar com um czar vencedor. Mesmo se ele pudesse ser atraído para a assim chamada Liga das Nações, era tido como certo que ele nunca aceitaria um governo mundial único.

Assim, antes mesmo da deflagração da Primeira Guerra Mundial, os conspiradores estavam planejando cumprir o juramento de Nathan Rothschild, feito em 1814, de destruir o czar e também matar todos os possíveis herdeiros ao trono, e isso teria de ser feito antes do fim da guerra. Os bolchevistas russos seriam os instrumentos deles nesse plano específico. A partir da virada para o século XX, os líderes bolchevistas eram Nikolai Lenin, Leon Trotsky e, mais tarde, Joseph Stalin. Logicamente, esses não eram seus nomes verdadeiros. Antes da deflagração da Guerra, o quartel-general de Lenin estava em Paris, após o início da guerra ele se refugiou na Suiça. O quartel-general de Trotsky estava na parte baixa de East Side, em Nova York, que era habitado em grande parte por judeus russos refugiados. Tanto Lenin quanto Trotsky tinham barbas suíças e eram descuidados com a aparência. Naquele tempo, essa era uma marca registrada dos bolchevistas. Ambos viviam bem, porém nenhum deles tinha uma ocupação regular. Nenhum deles tinha meios visíveis de sustento, mas ambos sempre tinham muito dinheiro. Todos esses mistérios foram solucionados em 1917. Desde o início da guerra, estranhos e misteriosos acontecimentos estavam ocorrendo em Nova York. Noite após noite, Trotsky entrava e saía furtivamente da mansão de Jacob Schiff e, nas madrugadas daquelas mesmas noites, havia um ajuntamento de homens vagabundos e valentões na parte baixa do East Side, em Nova York. Todos eles eram refugiados russos no quartel-general de Trotsky e todos estavam passando por algum tipo misterioso de processo de treinamento que estava totalmente envolto em mistério. Ninguém falava do assunto, embora tenha vazado que Schiff estava financiando todas as atividades de Trotsky.

Então, subitamente, Trotsky desapareceu, bem como aproximadamente 300 de seus valentões treinados. Na verdade, eles estavam em alto mar, em um navio fretado por Schiff, indo em direcção a um encontro com Lenin e sua gangue na Suiça. Também naquele navio estavam 20 milhões de dólares em ouro [valores da época]; os 20 milhões de dólares foram fornecidos para financiar os bolchevistas a tomarem o poder na Rússia. Antes da chegada de Trotsky, Lenin preparou uma festa em seu refúgio na Suiça. Homens de posição muito importante de todo o mundo foram convidados para aquela festa. Entre eles estavam o misterioso coronel Edward Mandell House, o mentor e amigo íntimo do presidente Wilson, e mais importante, mensageiro especial e confidencial de Schiff. Outro dos convidados esperados era Warburg, da Casa Bancária Warburg, da Alemanha, que estava financiando o Kaiser e a quem o Kaiser tinha recompensado tornando-o chefe da Polícia Secreta Alemã. Além desses, havia os Rothschilds de Londres e de Paris, também Lithenoth, Kakonavich e Stalin (que era então o líder de uma gangue que assaltava trens e bancos). Stalin era conhecido como o "Jesse James dos Urais".

Aqui, preciso lembrá-los que a Inglaterra e a França estavam então em uma guerra contra a Alemanha e que em 3 de Fevereiro de 1917, o presidente Wilson tinha rompido as relações diplomáticas com a Alemanha. Portanto, Warburg, o coronel House, os Rothschilds e todos os outros eram inimigos, mas logicamente, a Suiça era um terreno neutro onde inimigos podiam se encontrar e ser bons amigos, especialmente se tivessem algum esquema em comum. Essa festa de Lenin quase foi estragada por um incidente imprevisto. O navio fretado por Schiff foi interceptado e mantido em custódia por um navio de guerra britânico. Schiff, porém, rapidamente enviou instruções ao presidente Wilson para que ordenasse que os britânicos liberassem o navio intacto com os homens valentões de Trotsky e todo o ouro. Wilson obedeceu. Ele advertiu o governo britânico que se eles se recusassem a liberar o navio, os Estados Unidos não entrariam na guerra em Abril, como ele tinha prometido fielmente um ano antes. Os britânicos deram ouvidos à advertência. Trotsky chegou à Suiça e a festa de Lenin aconteceu como tinha sido planejada. Mas eles ainda enfrentavam aquilo que ordinariamente teria sido o obstáculo intransponível de fazer o bando de terroristas de Lenin e Trotsky cruzar a fronteira e entrar na Rússia. Bem, é aqui que entrou o Irmão Warburg, chefe da Polícia Secreta Alemã. Ele colocou todos aqueles homens em vagões de carga selados e tomou todas as providências necessárias para que eles pudessem entrar secretamente na Rússia. O resto é história. A Revolução Russa ocorreu e todos os membros da família real dos Romanoff foram assassinados.


17 comentários:

xatoo disse...

eh,eh,eh Diogo, não sabia que agora estvas dado ao estilo humorista:
"eles estavam em alto mar, em um navio fretado por Schiff, indo em direcção a um encontro com Lenin e sua gangue na Suiça" É verdade: desembarcaram de uma barcaça transantlântica no porto de Zurique.
e, tã,tã, tã,,
"o navio intacto com os homens valentões de Trotsky e todo o ouro" lá foram todos de comboio blindado a caminho de São Petesburgo roubar as jóias ao Czar
Peço desculpa mas,
este estilo arruaceiro, incorrecto e profundamente reaccionário de compreender a história, sem atender ás suas condicionantes e factos concretos, não me seduz minimamente. Passo.

Diogo disse...

Xatoo,

Tirando o estilo arruaceiro (e brasileiro), existe alguma inverdade no que foi dito?

Trotsky e Lenine não foram apoioadaos pelos Money Lenders?

Blogildo disse...

Artigo muito interessante, Diogo! Não vi nada de "arruaceiro e reacionário" no texto.

xatoo disse...

A ignorância normalmente não se enxerga. Falar de acontecimentos que ocorreram durante a primeira Guerra Mundial sem a mencionar, nem a qualquer das potências beligerantes, é obra!

alf disse...

Deixa lá ver... hummm.... parece a história da Al Qaeda... diogo, qual é a sua fonte de informação? (eu não concordo nem discordo, da história dos humanos sei pouco...)

Diogo disse...

Alf,

Jacob Schiff

From Wikipedia, the free encyclopedia

Jacob Henry Schiff, born Jacob Hirsch Schiff (January 10, 1847 – September 25, 1920) was a German-born New York City banker and philanthropist, who helped finance, among many other things, the Russian Revolution of 1917 and the Japanese military efforts against Tsarist Russia in the Russo-Japanese War.

From his base on Wall Street, he was the foremost Jewish leader in what became known as the "Schiff era," grappling with all major issues and problems of the day, including the plight of Russian Jews under the tzar, American and international anti-Semitism, care of needy Jewish immigrants, and the rise of Zionism. He also became the director of many important corporations, including the New York City National Bank, the Equitable Life Assurance Society, and the Union Pacific Railroad.


Existem muitas outras fontes. Basta procurar por Jacob Schiff e Lenin.

E, você tem razão Alf - parece tão inverosímel como a história da Al-Qaeda.

Diogo disse...

Xatoo,

Viste, suponho, tal como eu, o vídeo dos Money Masters. Eles referem, com boa documentação, tanto a 1º Guerra como a Revolução Russa. Queres acrescentar alguma coisa?

Apache disse...

Não gosto particularmente do estilo de escrita usado no texto, aparte isso, nada a opor.

xatoo disse...

Alf:
nada a opor porque não percebes nada disto.
Então se o judeu Jacob Schiff, aliás Jacob Hirsch Schiff e depois de "americanizado" Jacob Henry Schiff (que era um emigrante do gueto de Franckfurt com tarefas cometidas no âmbito da familia Rothchild) se antes do "suposto "comunismo" financiou o Japão, porque é que o Japão (um país muito mais industrializado - logo mais de acordo com as bases da teoria marxista) não "se converteu" ao comunismo? É que o investimento lá foi bastante maior! tanto que aniquilaram a Rússia na guerra que opôs os dois paises!
Mistério.
e porque é que eu digo que esta bosta que está aqui escrita neste post não passa disso mesmo? uma inanidade?
Porque seria normal qualquer banqueiro (a empresa financeira actual dos descendentes do Schiff chama-se Solomon Brothers, não sei se conhecem) financiar as perspectivas do melhor negócio a cada momento preciso da guerra. É normal que hoje financiem as empresas do Dick Cheney que estão no Iraque e no Afeganistão, não?

Pretende-se neste post construir uma teoria sobre uma acção de propaganda dos judeus nova-iorquinos (emigrantes que vieram escorraçados dos progroms) que pretendiam desestabilizar o poder do Czar na Rússia.
Quer-me parecer que financiar a Oposição de um país com quem a Inglaterra e a França (aliados dos EUA que depois entrariam tb na guerra como pretendiam os judeus da banca) estavam em guerra (a Rússia) não me parece que tenha nada de anormal.
E o que é que isso teve a ver com o "Comunismo"? ZERO!
Foi a degradação social legada pela derrota na guerra, os condicionalismos históricos e as lutas operárias que fizeram a História - não um qualquer determinismo bancário.

Anónimo disse...

Desta vez estou de acordo com o Xatoo. É óbvio que o apoio financeiro aos revolucionários nada teve que ver com o "Comunismo", até porque nessa altura era imprevisível o que viria acontecer depois com a Revolução Bolchevique.

Um Homem das Cidades

xatoo disse...

eu creio que esta resposta não foi dada pelo Diogo (é uma boca, porque não explica "o que viria a acontecer depois? o que é que foi? não sabe, não responde)
Mas, para concluir e perceber melhor a questão é ir ver lá ao meu blogue ver a resposta onde se explica quem é este Myron Fagan de cujo texto se fez aqui copy&paste

Anónimo disse...

Esta resposta é de "Um Homem das Cidades", que fundou este Blog mas que aqui não escreve há muito.
Quis dizer que não estou de acordo com o Diogo neste artigo e que subscrevo na íntegra o Xatoo em «Quer-me parecer que financiar a Oposição de um país com quem a Inglaterra e a França (aliados dos EUA que depois entrariam tb na guerra como pretendiam os judeus da banca) estavam em guerra (a Rússia) não me parece que tenha nada de anormal.
E o que é que isso teve a ver com o "Comunismo"? ZERO!
Foi a degradação social legada pela derrota na guerra, os condicionalismos históricos e as lutas operárias que fizeram a História - não um qualquer determinismo bancário.».

Também acho que os capitalistas que financiaram Lénine e Trotsky não pretendiam criar um estado comunista mas apenas tirar proveito conjuntural de uma situação de guerra ao jeito de "Os inimigos dos meus inimigos meus amigos são".

Um Homem das Cidades

Flávio Gonçalves disse...

Lamento imenso caro Diogo, mas também estou em desacordo com este texto, este género de teoria da conspiração serve para desacreditar muitos revisionistas mas é uma interpretação errada da História, a Rússia (mesmo a Rússia imperial) sempre foi um opositor dos EUA, o financiamento dos inimigos da Rússia baseava-se no crença de que tudo o que fosse mau para a Rússia era bom para os interesses capitalistas dos EUA.

O mesmo ocorreu na Irlanda, em que o IRA e outros grupos separatistas foram financiados pelos nazis e também pela URSS.

Se é certo que Marx era judeu e os judeus estarem exageradamente representados na Revolução russa, isso foi por acharem que lhes era conveniente, posteriormente a sua influência foi rechaçada e purgada, não indica que o Comunismo foi criado e financiado por judeus, aliás actualmente os maiores inimigos do sionismo judeu encontram-se na esquerda comunista.

Diogo disse...

Caros Xatoo, Homem das Cidades e Flávio Gonçalves, vamos aprofundar este tema em próximos posts.

Um ponto importante: não confundam interesses americanos com interesses sionistas. Nada têm a ver uns com os outros.

Rouxinol disse...

Mas será que alguém aqui sabe o que é um empréstimo? E que os empréstimos geram juros? E que eu me posso estar a cagar para o Japão ou para o comunismo, desde que me paguem a merda dos juros?

Claro que é do interesse de um banqueiro financiar uma revolução, tentando mediar o retorno vs risco desse mesmo investimento. Os banqueiros que financiaram os bolcheviques (alguém teve que os financiar) saíram-se bem.

"Foi a degradação social legada pela derrota na guerra, os condicionalismos históricos e as lutas operárias que fizeram a História - não um qualquer determinismo bancário."

Não segue. Eram precisas armas e estrutura para tomar os edifícios governamentais, como era preciso dinheiro para sustentar a guerra que só foi ganha em 1922. Eram precisos apoios e tiveram que vir de algum lado.

Anónimo disse...

Na foto aonde esta escrito Stalin, Lenin e Trotsky, existe ledo engano.Não é Trotsky que esta do lado de Lenin, e sim Kalinin.Talvez a pessoa que postou esta foto confundiu devido a aparencia, mas é Kalinin e não Trotsky.

Francisco Alves disse...

Seja la o que seja , bao podemos admitir que essa gangue dos corruPTos disseminem nas escolas, sua ideologia doentia com objetivos escusos.