sexta-feira, junho 17, 2005

Djalmão e Zubaydah

Numa favela brasileira, dois homens entram num barraco arrastando um cara pelos braços. Lá dentro, o Djalmão, um negão enorme, limpa as unhas com um facão.

- Djalmão, o chefe mandou você comer o cu desse cara aí, que é para ele aprender a não se meter a valente com o nosso pessoal.

- Pode deixar ele aí no cantinho que eu cuido dele daqui a pouco.

Quando o pessoal sai, o rapaz diz:
- Ô Djalmão, faz isso comigo não, depois de enrabado minha vida vai acabar, o que vão falar de mim... etc. etc.

- Cala a boca e fica quieto aí!

Pouco depois, entram mais dois homens arrastando outro cara:
- Esse aqui o chefe mandou você cortar as duas mãos e furar os olhos... é para ele aprender a não tocar no dinheiro do gang.

- Deixa ele aí que eu já resolvo.

Daí a pouco chega outro pobre coitado:
- Djalmão, esse o chefe quer que você corte o bilau e a língua para ele não se meter com mais nenhuma mulher da favela!

- Já resolvo isso. Bota ele ali no cantinho junto com os outros.

Nisso, o primeiro cara que chegou arrastado diz em voz baixa:
- Seu Djalmão, com todo respeito, só pró senhor não se confundir: o do cu sou eu, tá?



Mas, o mundo é pequeno, e as anedotas, adaptadas às especificidades de cada país, repetem-se um pouco por todo o lado. De seguida, a versão portuguesa, ouvida, por acaso, no metropolitano de Lisboa:


Num bairro degradado de Lisboa, dois árabes entram numa vivenda arrastando Paulo Portas pelos braços. Lá dentro, Zubaydah, um árabe enorme, islamista radical com ligações à al-Qaeda, palita os dentes com a cavilha de uma granada.

- Zubaydah, o chefe Zarqawi ordenou que você sodomize este tipo, por ele ter sido homenageado por Rumsfeld, o Secretário da Defesa dos Estados Unidos.

- Amarrem-no aí a um canto que eu já trato dele.

Pouco depois, entram outros dois árabes arrastando Durão Barroso:
- Zubaydah , a este, o chefe Zarqawi ordena que lhe dê um par de estalos, por ter organizado a cimeira dos Açores entre Bush, Blair e Aznar.

- Amarrem-no aí junto do outro que eu já trato dele.

Passado mais um bocado, entram outros árabes arrastando Freitas do Amaral:
- Zubaydah , a este, o chefe Zarqawi ordena que lhe dê uma canelada, por ter aceite o convite da Secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, para se deslocar a Washington.

- Amarrem-no aí ao pé dos outros dois que eu já trato dele.

Então, Portas sussurrou mansamente:
- Sr. Zubaydah, com todo o respeito, não queria que ficasse baralhado: comigo, a violência não resulta, está bem?