segunda-feira, julho 11, 2005

Em defesa de Isaltino

Isaltino Morais tem sido achincalhado na praça pública. Claro que não é por acaso dada a proximidade das eleições. Assim que alguém se ergue contra os poderosos tem logo contra si o poder instalado. Aconteceu o mesmo a Santana Lopes quando quis afrontar os privilégios da banca e correr com os ricaços dos locatários que pagam tuta e meia de renda e têm os Mercedes à porta.

Isaltino nasceu pobre algures em Trás-os-Montes terra de revolucionários, daí que desde muito jovem se tenha manifestado intransigente para com os corruptos poderosos que se aproveitam dos cargos políticos para encherem os bolsos à custa do povo.

A campanha difamatória promovida pela Zambujo, que sem ele estaria hoje com uma esfregona num vão de escada, entristece-o não por ele, porque esta nobre alma não é de guardar rancores, mas pelo povo de Oeiras que ele sempre tanto amou, já desde os tempos em que ainda criança brincava no adro da igreja lá da aldeia.

Estas suspeições sobre a sua honestidade têm indignado os construtores civis que com ele privaram durante os seus mandatos à frente da autarquia oeirense. “Perguntem ao Magalhães se alguma vez me viu a roubar!”, desabafou ele um dia numa roda de amigos na marisqueira “Os Arcos” em Paço d’Arcos.

Se ele quisesse enriquecer teria ido para a Suíça como taxista para o pé do estroina do sobrinho. Aquilo é que é uma mina! Até já surgiu um movimento num cantão suíço contra os imigrantes portugueses devido ao seu crescente poderio económico.

Só falta acusarem-no de lavagem de dinheiro, fugas aos impostos, corrupção, mancomunação com arquitectos da Câmara que de lá teriam saído para que ele ficasse mais protegido nas negociatas! Sim só faltava isso a ele que se esfalfou pelo povo de Oeiras, que por ele geminou que se fartou!

Já quando estava na autarquia e lhe chegavam rumores de atoardas levantadas contra si, se sentia tão desgostoso que chegava a estar uma semana sem ir ao “Os Arcos”. O seu problema sempre foi o de ter uma alma sensível e delicada. Se fumava charutos caros não era por ostentação de “pato-bravo” novo-rico, como malevolamente se insinuava, mas pelo prestigio do Concelho, por o querer “sempre mais à frente”. Se ia com freqüência jantar por 40 ou 50 contos ao “Petit” de Algés, não era por luxo, por gula, “para encher a pança”, mas para se sentir mais forte, mais sadio, mais confiante no dia seguinte para lutar pelo bem dos pobres, do povo de Oeiras. Se tinha várias casas, que ninguém ousasse pensar que era por capricho ou para alojar amantes. Era para ter sempre alguma de reserva para algum morador de uma barraca a quem falhasse casa no programa de realojamento.

Ultimamente até têm dito que os da Concelhia do PSD que o apoiam, são os “que andaram a mamar” enquanto ele lá esteve. “Só me apetece é entornar um penico cheio de merda em cima do anão do Mendes”, deixa ele às vezes escapar quando a indignação aperta. Mas logo volta a si e fica tranquilo com aquela bonomia característica dos simples, dos impolutos, dos que sempre andaram na vida de cabeça erguida!

4 comentários:

Anónimo disse...

Já que falamos de politicos e do PSD aqui vai um artigo digno desde blog.

A propósito do Alberto João, lembrei-me assim:
Proposta de Abolição da Pena de Morte

Proponho que a pena capital seja enxotada, com efeitos imediatos, de todos os ordenamentos jurídicos de todos os países, desenvolvidos ou por desenvolver, em África ou nos EUA, em qualquer parte do universo onde respirem seres vivos. Uma só excepção, please: Madeira, arquipélago-pertencente-ao-território-português-mas-não-muito. Aqui, faça-se diferente. Altere-se a lei, referende-se o movimento, militarize-se a ordem: uma cadeira por um só dia para uma só pessoa - É que ele há punições até mais bem severas. É uma verdade; Mas é que com o nosso Alberto João, não há paciência. Elimine-se o homem.





OPINIÃO
Publicado 8 Julho 2005





Baptista Bastos
Um fascista grotesco
b.bastos@netcabo.pt


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Alberto João Jardim não é inimputável, não é um jumento que zurra desabrido, não é um matóide inculpável, um oligofrénico, uma asneira em forma de humanóide, um erro hilariante da natureza.
Alberto João Jardim é um infame sem remissão, e o poder absoluto de que dispõe faz com que proceda como um canalha, a merecer adequado correctivo.

Em tempos, já assim alguém o fez. Recordemos. Nos finais da década de 70, invectivando contra o Conselho da Revolução, Jardim proclamou: «Os militares já não são o que eram. Os militares efeminaram-se». O comandante do Regimento de Infantaria da Madeira, coronel Lacerda, envergou a farda número um, e pediu audiência ao presidente da Região Autónoma da Madeira. Logo-assim, Lacerda aproximou-se dele e pespegou-lhe um par de estalos na cara. Lamuriou-se, o homenzinho, ao Conselho da Revolução. Vasco Lourenço mandou arrecadar a queixa com um seco: «Arquive-se na casa de banho».

A objurgatória contra chineses e indianos corresponde aos parâmetros ideológicos dos fascistas. E um fascista acondiciona o estofo de um canalha. Não há que sair das definições. Perante os factos, as tímidas rebatidas ao que ele disse pertencem aos domínios das amenidades. Jardim tem insultado Presidentes da República, primeiros-ministros, representantes da República na ilha, ministros e outros altos dignitários da nação. Ninguém lhe aplica o Código Penal e os processos decorrentes de, amiúde, ele tripudiar sobre a Constituição. Os barões do PSD babam-se, os do PS balbuciam frivolidades, os do CDS estremecem, o PCP não utiliza os meios legais, disponentes em assuntos deste jaez e estilo. Desculpam-no com a frioleira de que não está sóbrio. Nunca está sóbrio?

O espantoso de isto tudo é que muitos daqueles pelo Jardim periodicamente insultados, injuriados e caluniados apertam-lhe a mão, por exemplo, nas reuniões do Conselho de Estado. Temem-no, esta é a verdade. De contrário, o que ele tem dito, feito e cometido não ficaria sem a punição que a natureza sórdida dos factos exige. Velada ou declaradamente, costuma ameaçar com a secessão da ilha. Vicente Jorge Silva já o escreveu: que se faça um referendo, ver-se-á quem perde.

A vergonha que nos atinge não o envolve porque o homenzinho é o que é: um despudorado, um sem-vergonha da pior espécie. A cobardia do silêncio cúmplice atingiu níveis inimagináveis. Não pertenço a esse grupo.

APOSTILA 1 - José Sócrates foi extremamente convincente na entrevista de terça-feira à SIC. Ricardo Costa e José Gomes Ferreira apenas titubearam. Nota vinte para Sócrates. Os dois interlocutores estiveram a ver a banda passar.

APOSTILA 2 - Por falta de apoios o Ciberdúvidas, consultório de língua portuguesa na Inbternet, pode encerrar a sua notabilíssima tarefa. Fundado por João Carreira Bom e por José Mário Costa, dois excelentes jornalistas que nunca atropelaram o verbo nem se estatelaram na preposição, aquele consultório cumpre, averiguadamente, uma função desprezada pelos poderes. O número de respostas e os textos de apoio que o Ciberdúvidas tem inserido no «sítio», é volumoso e mais do que significativo, impositivo da sua especial importância. Animador desta iniciativa fundamental, depois da morte de Carreira Bom, o jornalista José Mário Costa tocou no batente de pujante instituições, como a Caixa Geral de Depósitos, a Galp, BPI, CTT e PT. Em vão. Aquele que é o «único prestador de serviço público gratuito e universal na divulgação da língua e da literatura portuguesas» está seriamente ameaçado. Dilectos: vamos à carga!

APOSTILA 3 - Na net corre um risonho comentário sobre o português ideal. Assim: tem uma pensão de 1600 contos por mês; tem dois meses de férias como os juízes; reforma-se aos 57 anos como os enfermeiros; acumula um lugar de vogal na Fundação Luso-Americana com o seu emprego, como o dr. Vítor Constâncio; tem o sistema de saúde dos polícias; tem uma verruga mais uma dioptria no olho esquerdo, e mais outro achaque qualquer para chegar aos 80 por cento de deficiência, e quase não paga inpostos; tem a esposa na TAP e viaja com descontos; tem um pai militar e faz as compras na Manutenção Militar; tem a mãe médica e não paga consultas, ao abrigo do estatuto deontológico da Ordem dos Médicos; e possui um cartão do PS e outro do PSD pelo que arranja sempre um «tacho».

Diogo disse...

Vinte valores!

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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