sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Unilateralismo e pacifismo

Num artigo intitulado «O unilateralismo é a chave para o nosso sucesso», de 2001, Charles Krauthammer, do Washington Post, descreveu o mundo dos próximos cinquenta anos como não dispondo de protecção contra ataques nucleares ou danos ambientais, no caso dos cidadãos de todos os países excepto os dos Estados Unidos; um mundo em que «democracia» é uma palavra sem qualquer significado sempre que os seus benefícios entrem em conflito com os «interesses» americanos; um mundo no qual quem quer que exprima a sua divergência relativamente a estes «interesses» receberá um estigma de terrorista, justificando vigilância, repressão e morte.

E mais recentemente Krauthammer afirmou: no princípio do ano passado, quando Bush deixou claro que iria deitar para o lixo o tratado ABM (redução dos mísseis balísticos), o senador democrata Carl Levin, actual presidente do comité de armamento do Senado declarou: “Estou muito preocupado com esta decisão unilateral... porque penso que ela pode conduzir a uma segunda guerra fria.”

Falso. Completamente falso. (Wrong. Totally wrong) – asseverou Krauthammer.


Tem toda a razão Krauthammer. Levin está senil. Além disso é democrata. Daí ao socialismo, ao comunismo e ao pacifismo, é um passo. Um indivíduo perigoso que conviria vigiar, pelo sim, pelo não.

A decisão de Bush, de rasgar unilateralmente o tratado ABM, não conduz o mundo, de forma nenhuma, a uma segunda guerra fria. Pode, isso sim, despoletar a terceira guerra mundial.

A conjuntura que arrastou o mundo para a segunda grande guerra é, hoje, sensivelmente a mesma. Os papeis é que estão trocados. Os Estados Unidos fazem de Alemanha; o Irão faz de Polónia; a Alemanha e a França fazem de Inglaterra; a Rússia, a China e a Índia fazem de USA; Portugal faz de si próprio e os judeus são outra vez exterminados. Shalom.